LifestyleEditorial
Decoração, Mi Casa Su Casa
09 set 2018, 25 comentários

Mi casa, su casa – Hoje não vou dar, eu vou distribuir.

Luz Fufus, vou distribuir LOOOOOOOZ!

Anteriormente conversamos sobre o LED, e sobre os efeitos de iluminação.

Logo logo a Patroa Magnânima vai chegar nesse mundo louco na casa nova então já vamos deixar uma cola para ela.

Esses conhecimentos prévios nos permitem entender como salpicar a luz para obtermos  resultados diferentes.

A luz muda tudo:

Cada tipo de ambiente tem por lei uma quantidade específica de luz necessária. Esse valor é determinado pela ABNT 5413 que caso você seja alguém bem curioso, pode consultar clicando AQUI.

A lei estabelece valores em LUX, que não é aquele sabonetão que a gente compra na gôndola de melhor custo x benefício do mercado. Lux é uma medida que incorpora vários itens dos quais o mais importante é fluxo lumínico, ou seja, quanta brilhosidade é necessário no local para a gente poder usar o espaço de forma funcional; para tanto precisamos multiplicar esse valor que a legislação define pelo tamanho em metros quadrados de seu ambiente.

Se você é mais prático ou se quer saber de uma forma global os números apenas para uma residência, espia aqui:

Agora se não tá entendendo porque temos umas sequência com 3 fatores de LUX , deixa eu explicar que somos humanos e o que acontece com humanos? Nós deterioramos. Assim como uma fruta na cestinha, a verdade é que a gente não melhora com o tempo. Então a iluminação tem que mudar conforme nossa idade avança.

Antes de distribuir os pontos de luz, eu gosto sempre de imaginar 3 cenários diferentes para cada ambiente. Caso você queira inventar mais, é perfeitamente possível, vai da sua imaginação e vontade. Esses cenários podem ser complementares e podem ser “misturados” para atingir os propósitos. O mais importante deles  é sempre o que eu calculo primeiro que a cena de transtornados como eu:

1ª Cena: Manutenção:

Toque a musiquinha da escrava Isaura aí e pense comigo: Tem que limpar, tem que tirar pó, tem que achar a tarraxa do brinco que caiu, dentre outras possibilidades variáveis mediante qual o uso do seu cômodo. Para esse exercício vamos usar uma sala integrada, dessas que combinam jantar, estar e tevê, afinal hoje e dia a maioria das pessoas tem uma sala nesta configuração.

Como ninguém que está aqui tem obrigação de entender um desenho de planta baixa, deixa eu explicar esse abaixo:

A setinha vermelha indica a porta principal de entrada;

Logo depois dela, tem coladinho na parede uma linha mais grossinha azul bem escuro que seria um painel com um revestimento bonitão;

Esse círculo mais abaixo com quatro orelhinhas; é uma mesa de jantar redonda com 4 cadeiras;

Mais abaixo da mesa, grudado na parede, uma cristaleira, chique vovó;

O quadrado azul clarinho pequeno é uma mesinha e do lado direito dele tem um sofá para 3 humanos que está pintadinho de um bege meio cinza;

Esse circulo meio falhado, que parece que tem uma areia dentro, é um tapete na frente do sofá;

Ele chega até um retângulo marrom mais claro, que seria o móvel do televisor, onde tem um ar condicionado (retângulo branco);

Essa linha rosa bem exibida, é o desenho do gesso do teto, formando uma sanca.

Ufa! Se você está um pouco sem entender, é super normal, não se sinta meio besta. É difícil logo de cara compreender estas representações.

Seguindo com o desenho técnico, tudo que for os pontos de luz, aparecerão em amarelo para você perceber melhor.

Voltando para nossa sala chiquérrima, dos três usos, a sala de jantar é a que demanda maior necessidade de luz, afinal a gente tem que ver se não tem proteína extra no alface. Logo, vamos dar um amor extra sobre a mesa mais adiante. Contudo a luz de manutenção deve ser bem homogênea e iluminar de forma eficiente todo o espaço. Para isso eu incluiria no gesso, uma sanca iluminada em todo o perímetro:

Como essa luz fica dentro de uma calha de gesso, ela bate no teto e ! Volta bem louca da cabeça gritando UHULLLLLLLLLLLLLLLLL! E faz tudo aparecer bem direitinho, de forma bem uniforme. É importante que a potência dessa fonte de luz (seja ela fita de led, mangueira de led, tubular ou qualquer outra que te ofereçam) supra toda a necessidade de LUX das salas e ainda exceda em uns 30% que é o que a gente “perde” luminância quando rebate ela no teto.

Um bom recurso seria dimmerizar essa sanca, que é um aparelhinho que coloca no interruptor e assim podemos controlar a intensidade da claridade, para isso o lâmpada tem que ser compatível com essa função.

Agora vamos para um outro momento.

2ª Cena: Boas vindas

Esse efeito eu gosto de dizer que é aquele que a sogra quando entra se mija de inveja. É pras colegas invejosinha pensarem : “Féla-da-mãe que casa mái-linda!

Para isso vamos demarcar o que há de belo no local. Arandelas na parede iluminando arte ou revestimentos especiais, spots voltados para parede com aquela “mancha” que escorre pela parede, e também para móveis com apelo decorativo, neste caso a nossa cristaleira.

É uma luz mais baixa, bem intimista, que explode numa mesa de centro ou no tapete, criando sombras em algumas partes, nessa proposta a televisão estaria em uma parte mais sombria, evidenciando a tela. O resultado é algo assim:

Só entre nós, alguém mais vê algo fálico nessa luz que “desenha” a parede?

Esse desenho pode variar muito, depende da distância que o ponto estiver da parede e do ângulo de abertura da lâmpada, mas isso é conversa para outro post.

Shall we go to the next?

3ª Cena: Jantar

Essa é aquela hora de desfrutar, de compartilhar bons momentos com a família, com seu benzin, ou de se divertir e distribuir felicidade aos que queremos por perto.

Para isso a ênfase é na mesa, dividir o alimento e celebrar a vida. Por mais clichê que pareça (e seja) é onde eu acredito que um belo lustre/pendente/plafon decorativo deve estar.

E para que ninguém se perca e saia trombando nas paredes e móveis, combinamos essa luz com aquela perimetral das boas vindas, sobre o sofá e na cristaleira.

Para ter uma ideia de como seria essa marcação, olha essa referência:

Temos três cenas sim, mas nesse local eu acho que falta uma iluminação ainda. então vou colocar mais uma cena.

4ª Cena: Cheguei MiMi:

MiMijando, situação também conhecida como cosplay de gatinho.

É aquele momento que abrimos a porta do apartamento é só precisamos enxergar uma coisa: O caminho até o banheiro mais próximo.

Também muito útil para ir buscar um copo d´água maroto no meio da madrugada sem temer os espíritos que vagam nos corredores escuros.

E por fim, já a segunda cena extra, mas que surge da oportunidade, olha a…

5ª Cena: Cinema em casa.

Uma luz bem fraquinha, só para não errar o pote de pipoca, é esse o Brasil que eu quero!

Aproveitando que já temos arandelas no painel, criamos um clima e ajudamos o pipoqueiro a achar a porta da cozinha facilmente. Essa luz na parede, geralmente entre 170 e 210cm de altura é muito luxuosa e uma das minhas preferidas.

Chega por hoje né? Contudo, antes preciso dissertar um pouquinho. Quero que se compreenda além da questão estética.

O ideal é que se tenha o projeto de mobiliário antes de se fazer a distribuição da iluminação. O gesso também influencia ou sofre influência da distribuição de pontos de iluminação. Mas com certeza entender o que estará sob o domínio da luz é muito importante.

Outro quesito é que a iluminação, como eu disse lá no começo dessa matéria, muda tudo  (e espero que o gif tenha ilustrado bem).

Algo que eu sinto obrigação de pontuar é que 60% da maravilhosidade de uma decoração se perde com a falta de um bom projeto de luminotécnica. A especificação em si não tem um valor elevado e muitas lojas de produtos de iluminação e de elétrica atualmente dispõe de funcionários formados e capacitados a te oferecer por um valor excelente esse estudo.

O investimento deve ser muito bem contabilizado porque as vezes o profissional não explica que mesmo que se pague por ponto deixado, depois por luminária instalada e ainda por vários spots, arandelas, plafons etc… Esse diferencial em um momento de comercialização do imóvel encanta e valoriza seu espaço. E eu quero deixar isso claro pois se você olhar a planta final de iluminação, temos numa sala de  19m2 nada mais nada menos que dezesseis pontos de luz:

Esse post sofreu um empurrãozinho da Nathália, que me pediu recentemente para voltar com o tema. Fiquem a vontade para deixar sugestões, dúvidas, críticas e elogios nos comentários.

#Bença!

Lifestyle
Decoração, Mi Casa Su Casa
30 abr 2017, 16 comentários

Mi casa, su casa – Iluminação pro teu ninho.

Olá  Fufu-delícias!

Chegou aquela época do ano que eu sofro, com temperaturas entre 5 e 15ºC aqui no Sul.

Inverno e inferno não são tão parecidos assim por acaso.

Titio aqui já desmistificou o LED pra vocês nesse post AQUI. E sempre nos comentários recebo pedidos pra falar sobre iluminação. É um assunto complexo, que tem um monte de regras, leis, contas, variantes… então hoje arrumando minha estante eu encontrei um livro muito bom que eu comprei pra ler nas férias de…

2009/2010… Sim, eu sou desse tipo de gente que vai pra Buenos Aires e o livro de cabeceira do hostel (porque eu sou desses terráqueos muquirana) é sobre trabalho. Desculpe-me, mas eu amo meu trabalho. O livro é esse aqui:

Nele o autor, Mauri, usa uma linguagem bem simples. E se você está estudando arquitetura, engenharia ou design de interiores, é uma aquisição ótima, pois vez ou outra é necessário consultá-lo. Não é um livro caro, mas com certeza a biblioteca da sua instituição tem ele disponível para consullta, então você pode conhecê-lo antes de adquirir.

No post anterior falamos de temperatura de cor, de quantidade de iluminação para cada tipo de ambiente e hoje eu vou falar de alguns (os principais) efeitos de luz e onde eu gosto de empregar esses efeitos.

Então pega uma vela e #Vemkotio!

Vamos falar de tipo de luz antes. Basicamente, existem:

Luz Direta: Uma luz não muito brilhante, mas que ilumina de forma efetiva tudo que está no ambiente. Como os Plafons:

Luz Indireta: Uma luz direcionada que bate em uma superfície e então é refletida e ilumina o local de maneira suave. Como as sancas em gesso:

Luz Difusa: Uma luz que atravessa algum material (tecido, vidro, acrílico) e que por isso de distribui sem incomodar os olhos. Como lustres com cúpulas:

Luz Focal: Se projeta em pontos específicos, como quadros, esculturas, bancadas, mesas, como as luminárias direcionáveis:

Para se fazer um projeto de iluminação eficiente, é necessário que se saiba onde estarão os móveis. Mesmo que  você não tenha comprado o mobiliário ainda, é preciso conhecer a posição onde eles vão ficar, para podermos adequar os pontos de luz de forma correta. Nada de facho de luz sobre a cabeça das pessoas na sala de jantar, ou batendo no topo da estante alta.

Agora vamos começar a falar de efeitos.

Todo e qualquer ambiente, pra mim, tem que ter o que chamo de luz plena (tbm conhecida como luz geral). E pra vocês entenderem essa iluminação eu sempre digo que essa é a luz da faxina. É aquela que você ligaria pra limpar a casa a noite, que ilumina tudo de forma uniforme. Quando você precisar arrumar uma mala, ou pregar um botão numa camisa você vai agradecer a mim por ter essa luz.

Ela pode ser um ponto central (funciona bem em ambientes menores):

Ou vários pontos distribuídos (para ambientes amplos):

O importante é enxergar tudo que tem no seu cômodo, compreendido?

Aí vamos para os efeitos com viadagem. Pode ser pra enfatizar um revestimento bonito, um papel de parede, molduras… aí um dos mais comuns é o efeito “washing wall“. Que eu vou me dar o direito de modificar e aportuguesar como “cachoeira”, ninguém merece lavar parede.

Esse efeito vem geralmente do teto e “escorre” pela parede:

Eu adoro de usar esse efeito em Hall de entrada, em corredores, em salas de TV e em banheiros de medidas generosas, afinal porque não?

Aí temos o DownLight, que é a uma luz de cima pra baixo (parece óbvio, mas güenta ae) e que não de distribui muito para os lados, ela fica focada no ponto pra onde é direcionada. Para isso é necessário que tenha uma abertura de facho de luz específica – atualmente tem umas controláveis – e a altura do pé direito também é importante, pois se for muito alto, pode acontecer de se perder o efeito no meio do caminho.

Esse tipo de iluminação cria “bolas” onde ela incide:

Acho muito legal esse tipo de luz em bancadas de cozinha, mesas de refeições e estudo.

Aí vamos pegar a contramão e falar do UpLight. Eu disse que parecia óbvio, mas existe a luz de baixo pra cima também. É um recurso que é comum em paisagismo:

Mas que usamos dentro de casa porque cria a Luz Indireta que a gente ama por ser confortável demais:

Esse efeito pra cima me agrada em quartos, salas de tv e espaços de jantar.

Em questão de efeitos, é quase que essencialmente isso que existe. Podem ser aplicadas de formas diferentes, como uma “cachoeira” de baixo pra cima, ou lateralmente.

Em breve (me cobrem) falaremos de quais luminárias/lâmpadas são usadas para atingir esses efeitos, combinado?

Beijo grande do tio!

Não esqueçam de procurar eu e patroa diva no Instagram: Futilish e Tiolelofoz, e eu também estou no Sanpchat com o mesmo nome de usuário.

assilelo

As fotos utilizadas nos posts são coletadas na internet, e só apareceram aqui porque eu gostei, então, parabéns pra você que fez. Respeito muito seu trabalho e os créditos são seus. Se te incomodar a divulgação aqui, mande um email e eu substituo. BêXos.