Comportamento
Cotidiano
25 set 2013, 250 comentários

E Depois do Fim?

Lembram daquele post que fiz sobre fim de namoro? Foi bonito. Bonito não pelo o que estava escrito mas sim pela troca de experiências e ver o quanto as meninas tiraram proveito dos conselhos e discutiram seus problemas. Acho que falta um lugar tranquilo e de confiança nesses momentos que a gente quer conversar, mas não quer mais incomodar aquela amiga querida, quer ser ouvida mas não quer falar, quer desabafar mas não quer que ninguém te veja chorando…

É punk. Não vou dizer que é fácil não. Tem momentos que a gente tá mega feliz e num segundo, cai tudo. Claro que com o tempo a gente aprende a lidar melhor com isso e acaba ignorando essas recaídas. Faço o “estapeamento mental” e acordo. Mas que dá vontade de ligar, de repensar tudo, de achar que ¨não era tão ruim assim¨, ô se dá.

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Mas se a gente ficar nessa pendenga de voltar atrás, nem que seja um segundo e na memória, a vida não flui. Não adianta. Surgirão comparações, lembranças de coisas pequenas que te faziam bem, aquele bar que vocês iam, aquela música que sempre tocava quando estavam juntos, aquele ator que ele ama e você passou a gostar também, aquelas manias idiotas que os casais acabam incorporando e que depois do término, permanecem.

Ai como dói. Mas a vida tem que continuar. E talvez a parte mais dolorosa de uma separação nem é o dia do término, mas sim o dia que você permite que a pessoa saia de vez da sua vida e que cada um siga seu caminho, livre, sem se importar com o destino mas sim com a felicidade do outro. Afinal todo aquele amor não acaba de um dia pro outro, talvez nunca acabe. Mas vai se transformar em bem querer, em desejar sucesso, felicidade, tranquilidade, paz, mesmo que isso signifique um caminho completamente oposto ao seu, onde você não vai poder se intrometer ou dar pitaco, e pode ser no meio de outras pessoas completamente diferentes de você. E vai ter que aceitar, desejar boa sorte e deixar ir. Essa sim vai doer mais, a tal fase da libertação.

Li um texto que me fez chorar, quando achei que nem choraria mais por isso. Reli e ¨rechorei¨. E toda vez que leio, meus olhos se enchem d’água. Porque podemos estar muito certas do que queremos e do que é melhor pra nós (e o quê realmente merecemos), mas assumir isso, aceitar e falar, “ok, chega, segue teu caminho, daqui pra frente é cada um por si e talvez eu nem veja seu rastro”, é forte e é a decisão de uma vida.

O texto é da Naiá Aiello, amiga que escolhi pra irmã e que conheci graças ao blog. Ela é jornalista e tem o dom da escrita. E traduziu exatamente como as coisas devem ser.

¨Às vezes a gente precisa deixá-lo ir. Mesmo quando dói o peito de uma forma que nem se consegue explicar. Quando a gente diz que esqueceu mas, no fundo, a lembrança se faz tão presente. Eu preciso te deixar ir, menino. Passou da hora. O relógio já girou tantas e tantas vezes que até perdi as contas. Fiquei olhando e me perdi nas minhas ideias. Eu sei o quanto machuca e você não precisa me dizer. Embora pareça que não sinto nada, embora eu tente – e tente tanto – fingir que isso não me incomoda, aqui dentro uma senhorita ferida ainda custa a cicatrizar. Não pense que não. Porque se pensar, chego a acreditar que você nem me conhecia direito e isso é ruim de imaginar. Principalmente por alguém que me conhece tão bem. Ou conhecia, sei lá o quanto mudei. Sei lá se mudei tanto assim, também. Eu só sei que é chegada a hora. Que passou da hora. E eu não posso mais te manter aqui no meu peito dessa maneira. Não é justo com ninguém e tampouco contigo, menino. Afogar você nos meus instintos tão avulsos. Por isso eu te deixo ir. Assim, lentamente, como quem se deixa levar numa maré calma e suave. Assistindo o balanço do mar numa tardezinha semi-ensolarada de outono. Por te querer tão bem eu te liberto, querido. Eu te deixo ir com a certeza de que você vai ser feliz, eu rezo, eu rezo pra que seja todas as noites e todos os dias, vai feliz, que eu olho daqui por ti.¨

Glup.

Mas porquê tô falando disso? Porque continuo recebendo e-mails de gente que está passando por um término e está perdida. O fim infelizmente não se resume a um dia, minha linda. Quem dera fosse assim. Mas a gente vai passando por fases até chegar na libertação, que é o verdadeiro fim. Fim é uma palavra muito forte, digamos melhor, o encerramento de um ciclo. No fim de um, começa outro e por aí vai. Mas ser forte, ser mulher o bastante para querer o bem de quem você tanto amou (mesmo que tenha te feito mal de alguma forma) é um ato nobre, digno e que traz paz. A alma agradece e aí sim, sua vida vai continuar e fluir de uma maneira que você nunca imaginou.

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  • Tô devendo a playlist da felicidade, I know. É que tem músicas novas… rsrsrs. PROMETO postar em breve. Me cobrem.
  • Tava pensando em fazer uma tag de conversinhas, pensamentos, o quê acham? 
  • AHH, a Naiá tem um blog onde ela escreve algumas coisas beeeem legais. Para quem gostou do texto, tem mais aqui.
ConstanzaComportamento
Cotidiano
13 jun 2013, 393 comentários

Conversinha Sobre o Fim…

Acabou. Depois de alguns anos juntos, chegou a hora da separação.

NÃO É BLOG QUE TÁ ACABANDO NÃOOOOOOOO hahahaha. Peguei vocês heim??

Bom, deixa explicar direito este post… Ia postar ontem mas achei meio sem noção falar sobre isso justo no Dia dos Namorados.

Acho que quase todo mundo sabe que no final do ano passado passei um perrengue danado. Namorei 14 anos e meio e terminamos em setembro. Durante dois meses fiquei feliz, aliviada, cheia de vida e querendo aproveitar tudo, mas em dezembro meu mundo caiu. Tive o tal “choque de realidade” e foi aí que abri o jogo com vocês lá no Facebook (já me segue por lá também néam?) e contei o que estava acontecendo. Não sou muito de falar da minha vida pessoal, mas o negócio tava tão feio e como eu não conseguia postar nada achei que seria legal dar uma explicação do porquê da paradeza do Futilish. Cês não imaginam o quanto pensei antes de falar lá, mas minhas amigas (suas lindas, se não fosse por vocês não sei o que teria sido de mim) me apoiaram e deram a maior força. Gente, durante esses quase 4 anos de blog foi a coisa mais emocionante que já me aconteceu. Achei que iriam aparecem milhões de haters me chamando de várias coisas mas não… nunca recebi tanto apoio, tanta palavra boa, tanta energia positiva! Ó, cês podem até não saber, mas me ajudaram MUITO! Fora os comentários que recebi por lá, choveram emails de gente que passou ou estava passando pela mesma coisa. Eu tava perdidinha, afinal nunca tinha passado por nada daquilo (foi meu primeiro namorado “firme”). Meu sofrimento durou cerca de um mês, até achei pouco. Mas foi intenso.

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E eis que chego na finalidade deste post: até hoje recebo emails de meninas/mulheres que estão passando por isso e querem conversar, desabafar, pedir ajuda, me perguntam como fiz para superar o término. Porque dói, e não é pouco. É dor física. Você acha que vai morrer, que vai infartar, não consegue respirar direito, tudo fica cinza, a cabeça fica vaziiiiiiiia, a gente perde o sentido de tudo! Nada mais tem graça, qualquer música te faz chorar, qualquer casal na rua dá vontade de pular da ponte. Normal. E acredite, passa. Quando me falavam “Cony, isso vai passar” eu pensava: que passar o quê, cê não imagina como estou, isso não vai passar vou morrer a qualquer instante. Aff, tolinha. Um dia você acorda e… passou.

Mas ok. Sofrimento a parte, como superar um término de namoro? Não virei PhD no assunto e nem quero (kkkkk tá locka né?) mas aprendi algumas coisinhas que podem ajudar quem está passando por esse pesadelo.

  • A mais importante de TODAS. NUNCA, JAMAIS, EM NENHUMA HIPÓTESE DEIXE DE SE CUIDAR! Tirando o fato que homem nenhum merece acabar com a auto estima de uma mulher, o amor próprio sempre deve vir em primeiro lugar, em qualquer momento de sua vida! Principalmente quando a gente sai de um relacionamento e fica se achando a última mulher do mundo, não deixe esse pensamento se apoderar de você. Muito pelo contrário, se olhe no espelho e se ame loucamente. Veja que mulherão você é. Use roupas lindas, faça as unhas como sempre, cuide da pele, do cabelo, perfume-se, passe creme no corpo e fique toda macia, malhe muito (que além de deixar seu corpo mais bonito você ainda vai produzir serotonina, o hormônio da felicidade), permita se apaixonar por você mesma. Resultado: todo mundo vai te falar “nossa, você ficou mais bonita depois que terminou com fulano!” E é. Tiro e queda. E ouvir isso faz um bem danado viu?
  • Saia de casa. Por mais difícil que possa parecer, crie forças, se arrume e vá dar uma volta. Mesmo sozinha. Shopping, tomar um sorvete, ir ao cinema (não assista romances ou dramas, prefira filmes de ação ou de suspense rs), faça caminhadas. Se tiver alguma amiga para te acompanhar, ótimo! Mas se não tiver, se vire. Lembre-se que a sua vida está nas suas mãos e como você é uma pessoa que se ama muito vai fazer o impossível para ficar bem logo.
  • Não se afunde em comida, doces, álcool (se bem que um porre homérico é necessário, mas um só. Ok, uns dois). Eu sou meio radical nesse ponto. Além de engordar e ficar triste com os kg a mais, acho que tudo isso só vai mascarar um problema que tem que ser resolvido. Lembre-se que os problemas deixam de existir quando encaramos e resolvemos. Desviar deles só vai adiar e estender mais seu sofrimento.
  • Tente não tomar remédios. Eu fui em psicóloga, psiquiatra, gastei uma nota preta com remédios para dormir, para acordar, para me manter acordada, pra ficar feliz e sabe que só tomei uns 3 dias? Eu ficava tão, mas tão lerda, fazia tudo tão mecanicamente que preferi sofrer a rodo do que ficar naquele estado letárgico. Se achar que só eles te ajudam, tente não tomar por um período muito longo de tempo. Vai malhar que o efeito é bem melhor.
  • Chore, esperneie, xingue a vida, peça colo, ligue para as amigas, dramatize muito. Mas só enquanto realmente existir drama. Depois a gente fica meio mimada com tanto carinho e apoio que acaba abusando do povo rs. Mas é muito importante conversar com alguém e OUVIR conselhos. E quando te falarem que vai passar, acredite. Porque vai passar mesmo. (obrigada mais uma vez para minha turminha…)
  • Corra pro colo da mãe. Do pai. Da madrinha. Da irmã ou irmão. Família é TUDO. Eles são sua base e saiba que amor de família não acaba nunca, faça o que você fizer. Sempre estarão lá pra você e por você. Não precisa falar nada, nem contar muita coisa. Eles entenderão.
  • Escute músicas felizes, alegres, animadas. Fiz a melhor playlist da minha vida enquanto eu estava na deprê. Até hoje escuto quando tô mais desanimada e levanta até defunto!
  • FUJA de filmes melosos e românticos, durante um bom tempo.
  • Paquere. Ahhhhhhhhhh essa é batata. Por um momento você vai pensar que nunca mais vai ficar com ninguém, não vai beijar nem fazer outras cositas. Ledo engano ma friend. Permita-se paquerar, olhar rapazes bonitos, dê bola messsssmo, deixe que te paquerem e não crie uma redoma. No começo é difícil (imagina eu que fiquei quase 15 anos fora do mercado?), a gente fica sem graça, não sabe mais como reagir frente a um olhar 43, não sabe se o cara tá sendo só gente boa ou se tá interessado… enfim. O importante é deixar ser desejada e acreditar que se alguém está te cantando, é porquê você está despertando o interesse alheio SIM!
  • Não se apaixone pelo primeiro carinha que beijar após o término. Não é o momento de transferir o amor ou tentar achar um substituto rápido. Antes disso você tem que encontrar sua paz, esvaziar seu corpo e cabeça de todo e qualquer resquício do relacionamento anterior e aí sim estará pronta para outra relação. Não se preocupe com o tempo, em quantos meses já está solteira. Quando tiver que acontecer, acontecerá naturalmente. Não force a barra!
  • Cuidado com relacionamentos “rebound”. Esse foi conselho do meu sábio irmão. Um “rebound” é um namoro que acontece logo após o término de um relacionamento longo e significativo. Geralmente acontecem para preencher o vazio que o ex deixou. Você entra nele cheia de vícios, tenta manter a rotina que tinha (e não tem mais) e tende a transferir todos os problemas para o novo companheiro. Fora as situações constrangedoras que acontecem, como chamar o atual do nome do ex, continuar indo aos lugares que ia, trata o atual com uma intimidade que não existe, a relação “rebound” é apenas uma distração para fugir da solidão e só vai adiar o sofrimento que uma hora você terá que enfrentar. Não tem muito futuro então não gaste sua energia nisso. A pessoa pode até ser bacanérrima, mas a antiga relação não resolvida irá atrapalhar, e muito, o novo namoro. Novamente, não se cobre e deixe o tempo agir. Ah, e meninas que se apaixonaram por homens que acabaram de sair de um longo namoro, cuidado. Se realmente você achar que o carinha vale a pena, espere um tempo até ele se resolver, não tente forçar um namoro e muito menos ser o ombro amigo. Geralmente eles acabam procurando a ex depois de um tempo de “curtição”. Para o homem é mais difícil esquecer uma ex de longa data que para uma mulher. Believe me.
  • Faça coisas que não fazia enquanto estava no cárcere (kkkk). Viaje, saia com aquele amigo que seu ex morria de ciúmes, faça festa com as amigas, use decote, entre para um grupo de patinação, faça um curso de vinhos, ligue para os amigos que não vê faz tempo, crie turmas e amizades novas, faça um retiro espiritual, vá para uma balada gay (são as melhores músicas!), compre lingerie sexy para você mesma, vá no show daquela banda que você ama e seu ex odiava, faça um curso no exterior… Foque nas coisas que te dão prazer e que traduzem quem você realmente é!
  • Leia livros de auto ajuda engraçadinhos. Bom humor é muito importante nessa hora. Eu li um bacaninha, não tinha muuuita coisa interessante mas uma lição ele me ensinou e deu super certo: ficar 60 dias sem contato nenhum com o ex. Nem mensagem, nem email, nem telefonema. Fiz isso e foi ótimo! Achei que não conseguiria, mas quando vi que já tinham se passado os dois meses, não senti falta nem necessidade de entrar em contato. Ah, e depois dos 60 dias não significa que está liberada para procurar o dito cujo, mas é o tempo necessário para não sentir mais falta. Você simplesmente não terá vontade de saber nem notícia do ex. O livro se chama “Quando Termina É Porque Acabou”. Quem quiser uma distração, rir um pouco da desgraça alheia (é cheio de exemplos), ver que isso acontece com TODO mundo e aliviar um pouco o momento, vai gostar.
  • Cuidado com o Facebook, tente não postar a todo momento frases de Martha Medeiros, Caio Fernando de Abreu, Tati Bernardi. Muito menos mande indiretas pro ex, pros familiares etc. Dependendo do “gravidade” do término e dos motivos, acho válido deletar o ex.
  • Ria da situação! Faça piada da sua solteirice! Quando alguém vier com “peninha” mostre que você está bem resolvida e tranquila.
  • Não pense que todo mundo que está namorando ou casado está melhor que você. Posso te garantir que pelo menos 50% é só aparência. Nas redes sociais (e vida real) todo mundo é muito feliz, rico e bonito mas a realidade pode ser beeeeeeeeem diferente. Boa parte tem tantos ou mais problemas que você e pior, muita gente só está acompanhado porque não sabe ser feliz sozinho. Quer infelicidade maior que essa? Foque na SUA felicidade sem comparar com a dos outros. Cada um sabe onde o sapato aperta (que pode ser lindo e maravilhoso por fora mas péssimo de calçar).
  • E para finalizar (tô falando demais rs) tem uma frase Osho que acho perfeita e reforça o que falei acima:  ”Se você é capaz de ser feliz quando você está sozinho, você aprendeu o segredo de ser feliz.” Se for para depender de alguém, que seja de você mesma! Não entregue a sua felicidade na mão de outra pessoa. Quem nasceu com você e estará com você até seu último dia mesmo??? E acredite, o melhor está por vir. Seja qual for a sua crença, pense que nada é por acaso e nunca recebemos um fardo maior do que podemos carregar. Vai passar e você será mais feliz do que imagina!

 

Só sei que foi assim. E tô bem, obrigada 😉

If-You-Arent-Happy-Single