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Dicas de Viagem
12 mar 2019, 64 comentários

A Mala do Atacama!

AÊEEEEEE, chegou o post mais esperado da viagem! Fiz a ousadia de viajar durante 15 dias ente o Atacama, Uyuni, Bolivia, Cusco e Lima com uma mísera mala de 10kg. Achei que eu não conseguiria, afinal, pra uma viagem de final de semana eu costumo levar uma mala pequena lotada. Mas desta vez a proposta era outra… se tratava de uma viagem roots, sem luxos, sem mimos, leve e prática e a mala tinha que ser nesse estilo.

Como contei no post do Atacama (LINK), fomos de Sky Airlines de Santiago para Calama e pode levar uma mala de até 10kg na mão, só que mesmo assim preferi despachar, pagando bem pouquinho. Não queria o perrengue de carregar nada. E não levei bolsa, fui de mochila a viagem toda.

Montar a mala foi um desafio, em vários momentos quis desistir e ir de malona mesmo mas a insistência da minha mãe (“vai caber tudo sim!”) e o desafio do Leo (“duvido que você vai conseguir viajar só com uma mala pequena”) me deram forças para ir adiante com meu projeto.

FORÇA GUERREIRA! E consegui.

Aeroporto de Santiago, indo! E já usando as peças mais volumosas e pesadas.

Vou listar aqui as peças que levei e farei observações com o que NÃO usei e o que FEZ FALTA. Daí sim, vocês terão a mala perfeita para 15 dias de mochilão pela America do Sul, pegando praia, frio, deserto e neve! Loucura!

Vem ver:

Peças de Calor que LEVEI

  • Camisetas de malha de várias cores (levei branca, listrada, laranja, vermelha, cinza) FALTOU uma preta e deveria ter escolhido ou laranja ou vermelha porque nas fotos parece que é a mesma. Uma escolha mais inteligente seria ter levado uma verde, azul, amarela… Todas são da Rice And Beans (LINK), que tem a melhor malha e nem amassa! Além disso tem o comprimento perfeito pra usar com legging, o decote é ótimo e ainda dá para usar de dois jeitos.
  • Regatas: levei duas pretas (uma regata normal e uma cavadona, pra aparecer o top rendado mesmo), uma branca e uma verde. Não usei nem a verde e nem a branca e usei MUITO as pretas.
  • Uma blusinha preta, decotada, de tecido plano caso fossemos jantar em algum lugar mais chique. Escolhi o modelo mais errado possível, uma cachecour (essas de amarrar) que não ficou bem com quase nada que usei. Fora que amassou muito e perdeu todo o encanto de blusa chique. Recomendo uma blusa mais básica, sem detalhes, e sem dificuldades de vestir! Usei, mas não ficou bom.
  • Short jeans. Levei um só e senti falta de mais um, mas é que eu amo short jeans.
  • Short preto de alfaiataria. É ok, faz bonito, mas um de brim mais despojado teria me atendido mais. Pensei no de alfaiataria caso tivesse alguma saída mais chique durante a viagem, mas não teve e ele não funcionou bem nos outros dias.
  • Biquini! Levei um e um maiô. Só usei o biquini!
  • SENTI MUITA FALTA de um vestidinho leve e solto. Teve dias de muito calor e eu não aguentava mais usar o short jeans.

Valle de La Luna, San Pedro de Atacama. Camiseta de malha, legging, botinha.

Lagunas Rojas, Atacama. Regatão cavado, top de renda, legging, botinha, casacão, boné e lenço no pescoço pra dar o style.

Travessia do Uyuni. Legging, blusa de gola alta, polainas para dar um toque diferente na roupa e fleece da Decathlon colorido! E a botinha, claro!

Peças de Frio

  • Legging. Ok que não é uma peça de frio, mas também não é de caloooor né? Por isso deixei ela aqui. Levei duas, uma grossinha da Zara (material tipo malha, algodão) e uma de ginástica da Live. Gente, a da Live foi MARAVILHOSA! É uma de cintura alta, ela aperta tudo sem machucar ou marcar, super confortável, não esquenta, e é preta pretinha, ficou mara! E levei ela no susto porque era a única preta inteira e sem detalhes que eu tinha (de malhar). Depois dessa viagem quero dela de TODAS as cores mas não achei ainda… As duas foram essenciais, TEM QUE levar duas para intercalar, mas a da Live foi a melhor justamente por ser mais confortável. Segue o LINK.
  • Calça jeans, levei uma só e usei super pouco. Desnecessária. Conforto é a palavra chave e por mais que estejamos acostumadas a usar jeans, com o corpo suado, ou com um pouco de desconforto que tiver, fica bem ruim.
  • Roupas térmicas: fiz a festa na Decathlon chilena mas tinha as mesmas coisas que tem aqui no Brasil. Reconheci vários brasileiros usando as mesmas roupas hahahaha. Levei duas blusas térmicas (mas poderia ter sido só uma), uma calça térmica fininha (comprei na Uniqlo), meia calça termica (mas foi desnessária), luvas (usei uma vez só), gorro térmico (nem usei). SENTI FALTA de um cachecol! Segurei a onda com blusa de gola alta mas se tivesse um cachecol seria melhor. Acabei comprando um quase no final da viagem, em Machu Picchu porque queria fazer fotos coloridas.
  • Uma blusa preta de manga comprida e gola alta, da Intimissimi. Usei MUITO! Poderia ter levado uma off white também.
  • Uma blusa listrada de manga 3/4  e justa da Zara. Usei uma vez só, acho que teria usado mais se fosse mais soltinha e larguinha.
  • Uma jaqueta de couro preta (usei só pra fazer style mesmo, porque não é muito funcional, mas fica mara nas fotos)
  • Uma jaqueta dessas fofinhas com capuz pro frio (usei MUITOOOO praticamente todos os dias). A minha cobre o bumbum e isso é bem importante porque como quase sempre estava de legging, não é bacana buzanfa de fora. Comprei meu casaco no Chile.
  • Jaqueta jeans, também não é muito funcional mas servia para amarrar na cintura.
  • Tricô, levei vários fininhos (um preto, um verde e um amarelo) e só usei UM! Um mais grosso, porém mais certinho no corpo e comprimindo. Acho bacana looks despojados com coisas amarradas na cintura, por varias vezes usei o tricô e as jaquetas para esse truque. Uma dica importante é levar blusas e tricôs COMPRIDOS, que além de ficar mais bonito esteticamente em produções despojadas, são mais funcionais.
  • Maxi cardigã de malha. Levei um cinza da Rice and Beans e senti falta do listrado! Para fotos fica lindo e é só colocar uma regata preta e legging por baixo que fica arrumado, leve e confortável.
  • Levei um tricozão, grande, pesado e NÃO USEI! Na verdade usei uma vez só de raiva porque ele estava ocupando espaço e não se encaixava com nada.
  • Também levei mais um casaco de frio preto, que além de ter levado errado (era um da minha mae, achei que era meu), nem quis usar porque não foi necessário. Um bom casaco preto impermeável tá ótimo!

Dia dos gêiseres e o dia mais frio. Legging, calça térmica, casacão e tricozão (que usei só por causa da gola) e botinha.

Atacama. Short jeans, botinha, regatão, top de renda, e jaqueta amarrada.

Fronteira da Bolívia. Legging, tenis Vans, tricô da AMARO na cintura, camiseta da Rice And beans, jaqueta de couro.

Sapatos

  • Botinha de trekking, TEM QUE LEVAR! TEM TEM TEM, sem dúvida alguma! Usei praticamente TODOS os dias e valeu cada caro centavo. Eu tenho uma aqui no Brasil que comprei justamente para ir ao Atacama em 2016, mas desta vez como não sabia se iria ou não pro deserto, não levei a bota pro Chile mas lá tive que comprar outra. Comprei na Lippi, uma marca chilena de outdoor e paguei cerca de R$ 300, o que nem é tãaaao caro assim. A minha é essa DAQUI. Ok que é um tipo de sapato que a gente usa bem pouco, mas juro que não sei como seria a viagem sem ela. Tênis normal, NÃO DÁ CONTA.
  • Tenis levei um só, um Vans e deu pro gasto quando não era passeio em terreno bruto, tipo saidinha a noite ou bater perna em Lima. Tem gente que acha que ele machuca, mas pra mim ele é ok. Mas daí fica a critério de vocês levar um tênis mais estilosinho e confortável. Necessário também.
  • Um chinelo, tem que levar ne?
  • Levei uma sapatilha QUE NÃO USEI! Sapato de cidade não rola mesmo! Salto nem pensar. Talvez deveria ter levado mais um tênis estilo, um Converse, algo assim.
  • Levei uma rasteira também que NÃO USEI. Tem que ser tênis gente.

Copacabana, Bolívia. O único tricô que usei (da AMARO, segue LINK). Legging, botinha de novo. 

Cusco. Base toda preta, maxi cardigã Rice And Beans, tenis Vans e lenço no pescoço.

Toda de preto com jaqueta de couro para bater perna em Cusco.

Acessórios transformadores de look:

  • Lenço, levei um da Zara colorido que usei no cabelo, na mochila e como cinto.
  • Polainas! Minha mãe tinha algumas e levei duas estampadas para mudar a cara da legging.
  • Boné. Levei um jeans de 1820 que nem lembro onde comprei!
  • Óculos: levei dois, um espelhado Prada e um preto Wayfarer da Ray Ban. Usei muito mais o Ray Ban, mais esportivo e combinava mais com os looks roots.

Machu Picchu. Camiseta vermelha e polaina e cachecol coloridos que comprei lá para deixar o look mais andino e bonito pra foto.

Lima, batendo perna. Calor. Short jeans, tenis vans e a blusa de tecido que me deu ódio. Desta vez usei o lenço no cabelo. Nos outros dias, usei o lenço amarrado na mochila.

Lingerie

  • 2 sutiãs confortáveis e sem renda (prefiro, acho mais gostoso de usar rs)
  • 1 top de renda que usei MUITO (poderia ter levado mais um!)
  • 7 calcinhas (fui lavando durante a viagem)
  • 3 pares de meia, mas poderia ter sido uns 7 pares. Usei todos os dias e tinha que lavar direto.
  • 1 pijaminha CONFORTÁVEL, velhinho, gostoso. Levei um que minha mãe me deu e não achei muito confortável. Acabei dormindo de camiseta praticamente todos os dias.

Tive que comprar:

  • Capa de chuva, compramos em Cusco!
  • Cachecol e polainas coloridos, também em Cusco, para a foto clássica de Machu Picchu. Era quase o final da viagem e tava enjoada das minhas roupas.
  • SENTI FALTA de uma POCHETE. As vezes íamos dar voltinha curta e a minha mochila era grande ou pesada. Uma pochete estilosinha seria o ideal (estilosa mas esportiva). Quis comprar, mas achei todas feias.

É bom levar:

  • Protetor solar facial e corporal
  • Toalhas de microfibra
  • Balm Labial
  • Fluidificante e descongestionante nasal (tipo Rinosoro ou Sorine)
  • Remedios pra dor de cabeça, dor no corpo e gripe
  • Álcool em gel para higienizar as mãos
  • Lencinhos umedecidos
  • Lenços de papel (desses pacotinhos pequenos ou papel higiênico mesmo)
  • Produtos de higiene pessoal, tudo em embalagens Travel Size.
  • Barrinhas de cereal e chocolates
  • Bateria extra para celular

Maquiagem (levei uma mini necessaire e foi mais que suficiente):

  • Uma base
  • Lapis de olho (levei marrom e preto)
  • Um blush (levei um tipo bronze)
  • 2 batons (um nude e um vermelho, mas só usei o nude)
  • Um corretivo
  • Pó compacto (levei um blot da MAC)
  • Preenchedor de sobrancelhas
  • Delineador (no meu caso, que sou viciada né?)
  • Os respectivos pinceis

Acessórios:

  • Levei uma mini bolsinha mas fiquei praticamente a viagem toda com o mesmo brinco, pequeno e discreto.

Lavamos roupas duas vezes, uma em San Pedro de Atacama, no hostel que ficamos 4 noites e uma em Cusco, onde ficamos 5 noites. Nos lugares onde passaríamos mais tempo, fizemos essa limpeza das roupas rs. Calcinha, eu lavei todos os dias no chuveiro mesmo.

Eu não levei MAS PODERIA TER SIDO UTIL, um look de jantar arrumadinho. Acabou que não fomos em nenhum lugar mais fino a noite, mas como ficávamos na rua o dia todo, nem daria para trocar de roupa. Isso vai de cada um, se for rooooooots mesmo, a gente vai comer em qualquer lugar com a roupa do dia, se rolar descanso, hotel e tal, vale a pena um look mais arrumadinho.

  • É isso! Acho que ficou bem completo mas obviamente devo ter esquecido de alguma coisa… A medida que for lembrando, arrumo aqui ok?
  • Arrasei, sim ou sim???
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Diario de Viagem, Dicas de Viagem
28 fev 2019, 36 comentários

Atacame-se

Posso dar uma desculpa beeeeem esfarrapada para ter demorado tanto para fazer este post? Acredite se quiser, mas tem um quê de verdade kkkk Coloquei aquelas unhas postiças que mostrei aqui no blog e elas são super compridas e eu não conseguia digitar com elas! JURO POR DEUS que isso foi um dos fatores que me fez adiar esta postagem. Como tinha que escrever muito, a unha comprida não ajudou e tive que esperar tirar pra poder digitar com calma e ligeirinha rsrs. Sério. Agora sim to liberada pro textão de viagem rs.

Bom, vamos lá, para uma viagem inesquecível num dos meus lugares preferidos do mundo: San Pedro de Atacama.

Como já contei AQUI AQUI, ficamos uma semana em Santiago e uma semana na praia, no litoral central do Chile mesmo. Depois disso, resolvemos ficar 15 dias viajando, o que contemplava San Pedro de Atacama, fazer a travessia do Uyuni, depois ir para La Paz na Bolívia, Copacabana e depois Cusco, Macchu Pichu e Lima.

Hoje vamos falar da parte de San Pedro de Atacama.

O Chile é um país pequeno, com uns 18 milhões de habitantes, porém é aaaalltooooo e magrelo. E o deserto fica lá no norte e Santiago no meio do Chile, ou seja, tem que ir de avião.

Fomos de Sky Airlines, que é uma low cost, até Calama. O valor da passagem foi algo cerca de R$ 200 (só a ida pois de lá iriamos para outro canto) mas se ficar esperto acha passagem até por 10 dólares kkkk. Sério, tem muita promoção! Mas por ser uma low cost, você paga bagagem despachada, não tem comida, se quiser reservar assento paga… OPS, AQUI É IGUAL. Enfim, se quiser despachar mala, faça pela internet um dia antes e pague metade do valor cobrado no aeroporto. O vôo dura 2 horas, é tranquilo e VÁ NA JANELA. Chegar em Calama e sobrevoar o deserto de Atacama é emocionante e único!

Chegando em Calama

Saímos as 9 da manhã e chegamos por volta de 11h em Calama. De lá, pegamos uma van para San Pedro de Atacama. Da outra vez que fui, fiquei num hotel chique que buscou a gente no aeroporto (fiquei no Alto Atacama) mas como desta vez era uma viagem roots e ficamos numa pousadinha bem simples, teve que ser por nossa conta mesmo. Pegamos uma indicação de van com a Araya Atacama (agência que fez todos nossos passeios e que vou falar muito deles aqui) e reservamos o Transfer Pampas por email dias antes da viagem. O valor de Calama até San Pedro foi de 12 mil pesos por pessoa, cerca de R$ 60 (compramos só a ida, a ida e volta custa 20 mil pesos por pessoa) e é uma van comum para o trajeto de uma hora e meia e eles nos esperam com plaquinha no desembarque. É longinho. San Pedro é um destino comum para gringos americanos, europeus, asiáticos e brasileiros. Nossa van tinha muito europeu. No final do post, colocarei o contato do Transfer Pampas ok?

Chegamos em San Pedro e a van nos deixou na porta da nossa pousadinha. Reservamos pelo Booking mesmo e escolhemos uma que fosse barata, bem localizada e limpinha. Fui com a cara da Hostal Perita pelo site de reservas, olhei os comentários sobre ela e achei que daria pro gasto. A diária custa cerca de R$ 250 para o casal. Ao chegar lá, constatei que era bem simples mesmo, mas extremamente limpa! E como isso é importante né? São 6 chalés se não me engano de uma moça que se chama Elba. Ela tem uma filhinha e uma pug que se chama Chancha hahahaha. Nem sei porque tô contanto isso, mas é que tem uma vibe tipo casa de parente do interior sabe? Me senti super a vontade lá. Ela fornece um café da manhã, também muito simples, mas com carinho e isso vale tanto… Até quando os passeios saiam muito cedo, ela arrumava o café um dia antes e entregava pra gente. Uma fofa. E também lavou nossa roupa no último dia (fui com uma mala de 10 kg para 15 dias, isso é assunto para outro post) e nem cobrou nada. Tem que dar uma gorjetinha né? Enfim, indico. É simples mas é limpinho. Ah, e bem localizado mesmo! Fica a uns 3 quarteirões da Calle Caracoles, a rua principal de San Pedro.

Reservamos todos os passeios com a Araya Atacama, agência que conheci quando fui lá da outra vez e tem uma história bem interessante. A Araya é da Roberta e do Sebastian, ela brasileira e ele chileno. Ela foi para San Pedro há alguns anos e lá conheceu o Seba. Eles se apaixonaram, começaram a namorar e montaram a Araya, a  agência de turismo mais bacana de San Pedro! Todo mundo que faz os passeios pela Araya, ama! Indico de olhos fechados, nem percam tempo olhando outras. Eles têm os melhores guias (saudades Ricardo, Jesus, Pamela!), são super animados, tem ótimas explicações, sabem tirar fotos (hahahahaha GENTE ISSO É MUITO IMPORTANTE) e falam português! Além disso, eles montam os grupos de maneira inteligente, por exemplo: não colocam uma pessoa que tá viajando sozinha só com casais. Ou pessoas super jovens com idosos. Por isso dá super para ir sozinha e fazer os passeios com eles, a gente faz amizade rapidinho e quase todo mundo é brasileiro! SE JOGUEM!

Voltemos a San Pedro e nosso primeiro dia. Logo após fazer o check in na Perita, estávamos famintos (sempre, SEMPRE carregue alguns snacks na mochila) e fomos para o Barros, restaurante super perto da pousada e que foi indicado pela Elba. Na verdade tem dois restaurantes perto que curtimos: O Barros que tem uma pegada super roots, comida chilena e todas as noites tem música, e o Mal de Puna, mais nutella mas muito bom também, também com musica todas as noites e com um ceviche MARAVILHOSO! Peçam o de salmão, custa 8 mil pesos, cerca de R$ 40. Ah, já que vou indicar restaurantes e estávamos mais roots (evitamos os caros), super indico o El Charrua, uma pizzaria MARAAAAA com preço bom (uns R$ 60 para uma pizza de 8 pedaços, Gente, isso tá até “barato” viu, considerando que a comida no Chile tá bem cara) e fica pertinho da Caracoles. Tem um lugar que vende empanadas também, numa esquina, na Caracoles mesmo, MUITO BOA. Empanadas gigantes e gostosas. E a Franchuteria, uma padaria de um francês que foi pro deserto e acabou ficando por lá. Provem os croissants! Comemos praticamente todos os dias nesses lugares. Tem lugar mais chique, mais rico, mais elaborados, mas… fomos roots.

Barros

Pizza no El Charrua

Ceviche delicioso no Mal de Puna

Logo no primeiro dia, depois do check in e de almoçar no Barros, fizemos nosso primeiro passeio com a Araya: Valle de La Luna. Ah, como é lindo meu país.

A Araya nos enviou um roteiro com todos nossos passeios, mas teve algumas alterações no decorrer da viagem.

Esse foi nosso roteiro inicial, mas fizemos algumas alterações durante a viagem. Vocês podem observar que tem alguns valores destacados, esse NÃO É O VALOR DO PASSEIO, é o valor das entradas para esses parques. Tem que levar em dinheiro e pagar na hora ok?

Nosso guia pro Valle de La Luna foi o Ricardo, super figura, gente boa demais, um querido e que usa um chapéu com muita história. Estava fazendo bastante calor e é recomendado sempre levar água, passar muito protetor solar, levar um balm para os lábios, óculos escuro, algum lubrificante nasal e ir com tênis confortável. Eu super aconselho comprar uma botinha de trekking. Eu usei a minhas TODOS os dias! Tênis não aguenta! Aguentar aguenta, mas vai acabar com ele.

Eu e Ricardo, o guia mais figura da Araya Atacama!

Enfim, vem ver o Valle de La Luna.

La Piedra del Coyote! Sabem a pedra do papa-léguas? Do Bip Bip? É essa.

Por do Sol no Valle de la Muerte. Todo final de passeio tem um coquetelzinho oferecido pela Araya!

No segundo dia era noite de Réveillon e não tínhamos ideia de onde passar a virada. Soubemos de várias festas, mas achei tudo caro e os chilenos tem uns costumes estranhos… as festas começam sempre depois de meia noite kkkkk Sim, no Chile geralmente você ceia, não tem contagem regressiva, não tem queima de fogos, toca o hino nacional meia noite e depois que começa a bagunça. Prefiro como no Brasil que a bagunça já começa cedo rsrsrs. Nesse dia fizemos dois passeios, praticamente emendados pois no dia 1 de Janeiro não teríamos nada para fazer, nada funciona, nem as agências de turismo então tínhamos que aproveitar o máximo possível.

Fizemos as Lagoas Altiplanicas, novamente com o Ricardo Rica Rica e de tarde, Laguna Cejar e Tebinquiche. Foi bem emendado MESMO, nem tivemos tempo de almoçar. Nesse dia, conhecemos o Jesus, que seria nosso guia para Uyuni… assunto para outro post também. O passeio para Cejar e Tebinquiche é bem interessante pois no caminho dá para ver ALMA que é um dos maiores observatórios astronômicos do mundo, com 66 antenas que pertencem a vários países (da Asia, Europa e America do Norte) para observar o universo e conversar com os ETs.

Foto: reprodução

Agora deixa eu contar uma coisa super interessante? Sabemos que o Atacama tem o céu mais claro do mundo e esse é um dos motivos de terem feito esse observatório lá. Sabe-se também que direto aparecem Ovnis no deserto. É verdade, pode perguntar pra qualquer pessoa que mora por lá, todos tem casos de terem visto luzes estranhas, objetos diferentes no céu. Agora a parte curiosa, sabe como os índios chamavam o local onde está ALMA hoje? Chajnantor, que no dialeto deles significa “pista de aterrisagem e decolagem“. Agora me explica, o que aterrissava e decolava alí pros índios colocarem esse nome no local? HEIN HEIN???? Estamos falando de centenas de anos atrás. Inocência achar que somos os únicos no universo, no deserto a gente tem CERTEZA que tem vida (bem mais) inteligente no espaço.

Lagunas Altiplanicas

Por do sol na Tebinquiche. O mais maravilhoso, o céu fica de inúmeras cores!

Bom, de noite – virada de ano –  fomos pra rua, andamos pra lá e pra cá e não conseguimos decidir por nenhuma festa. Como tinha muitos brasileiros, acabei conhecendo umas leitoras e ficamos tudo ali na rua bebendo mesmo. Gente, em San Pedro não se pode beber na rua (acho que no Chile todo não pode), somente no Reveillón que eles liberam! E foi um caos pra comprar bebida, as “botillerias” estavam lotadas, as filas enormes, espumante quente, meia noite chegando, cachorro correndo (ô lugar pra ter cachorro de rua viu? Tanto que tem gente que chama a cidade de San Perro de Atacama) eu ansiosa, cadê meia noite, cadê contagem regressiva, cadê pessoas contando em voz alta. De repente, 2019. Abraços, beijos, e… Hostal Perita.

No outro dia, nada para fazer, foi o dia de tentar resolver os cartões de crédito do Leo, que não passavam em lugar nenhum e nem dava para sacar dinheiro. Ele teve problemas com limite de saque no exterior mas o meu segurou a onda, e também tínhamos alguns dólares. Poucos dólares na verdade e isso me preocupou um bocado porque ainda tínhamos muito chão pela frente e uma hora meu cartão poderiam dar tilt também. Mas felizmente Leo conseguiu resolver e sacamos todo o dinheiro possível kkkk. Tem caixas eletrônicos por lá e algumas casas de cambio, onde obviamente o cambio não é o mais favorável do mundo, mas quebra o galho. Dica: levem dólares ou então um travel card carregadinho. Ah, e se for usar dinheiro, tudo se paga em pesos, são poucos os lugares que aceitam dólares.

No dia 2, voltamos a programação normal dos nossos passeios com a Araya. Acordamos de madrugada e partimos para os Geisers del Tatio. Lá a altitude me fez de vítima e me senti um pouco mal. San Pedro de Atacama está a 2.400 metros de altitude, o que é sobrevivível. A gente cansa, não dá para dar uns piques de corrida, ficamos ofegantes mas é ok. É só tomar um chazinho de coca, não beber muito álcool e se hidratar bem para ficar de boa. Já nos Geisers a altitude é de 4.300 metros e aí o bicho pega um pouco. Dor de cabeça, tontura, um mal estar. Da outra vez que fui não senti muito, mas desta vez foi um pouco chato mas voltando pra San Pedro, passou. De tarde fizemos um dos meus passeios preferidos, as Lagunas Escondidas… É longe, muita estrada, mas o lugar é incrível. São 7 (ou 8 lagoas) no meio do deserto e com alta concentração de sal, mais que no Mar Morto! Só pode entrar na primeira e na última e é MUITO legal!

Geiser del Tatio! Mas essa foto é de 2016 hahahaha. Como passei mal, não tava muito pra fotos e o dia também não estava muito bonito.

Lagunas Escondidas!

A gente boia muitooooo! É difícil até pra se mexer!

E aquele coquetelzinho básico de final de passeio. Araya, vocês ARRASAM!

No terceiro dia foi o início da travessia para Uyuni, também com a Araya Atacama e com o guia Jesus. Mas essa parte merece um post especial e será o próximo desta série.

Dica importante para quem vai ao Deserto do Atacama: tentem ir sempre em lua NOVA, pois é quando o céu tem menor iluminação e dá para ver maior quantidade de estrelas. Quando fui em agosto de 2016 vi o ceu mais estrelado do mundo mas desta vez não rolou. E nem foi pela lua, mas porque o tempo estava nublado. Fiquei bem triste porque queria que o Leo visse as estrelas, mas não deu. É uma bela desculpa para voltar, com certeza!

Sobre as roupas, farei um post especifico também, mas se estiver com pressa, aposte em legging, botinha de trekking, camisetas de malha e casacos pesados.

Foto tradicional na estrada do deserto!

Agora vamos aos contatos!

  • Linha Aérea Santiago – Calama – Sky Airlines – LINK
  • Transfer Calama – San Pedro – Transfer Pampas – LINK – email transferpampa@gmail.com 
  • Pousada San Pedro de Atacama – Hostal Perita – LINK
  • Agência Passeios Atacama e Uyuni – Araya Atacama – LINK  – instagram @araya.atacama
  • Restaurante Barros – instagram @barrosturismo
  • Restaurante Mal de Puna – instagram @maldepuna.atacama
  • Pizzaria El Charrua –  Tocopilla 442, San Pedro de Atacama (não achei o insta)
  • Padaria Franchuteria – instagram @lafranchuteria

Semana que vem volto com o post da mala e o do Uyuni!