Editorial
10 nov 2021, 44 comentários

Chora Que Eu Te Escuto

Quarta feira e temos dois Choras! Vem ver, ler, e ajudar as meninas!

01 – Confusa

Oi, Cony! Meu Chora diz respeito a minha carreira. Vamos a ele:
Tenho 33 anos, sou de SP, solteira, sem filhos e formada em direito. Sempre quis fazer concurso público e há 4 anos eu realizei o meu sonho: fui aprovada num grande concurso federal. Salário ótimo, estabilidade e no dia-a-dia um trabalho que eu amo! Como o concurso é federal, eu fui lotada inicialmente em Macapá, capital do Amapá. No início isso não foi problema, já que eu estava animada com a aprovação. Além disso, havendo remoção, eu conseguiria voltar pra SP.Só que o tempo passou, a crise econômica se agravou, as nomeações de mais aprovados ficaram mais difíceis e, por consequência, a remoção também. Nesses 4 anos eu nunca senti realmente que a minha vida era Macapá. Eu até fiz amigos lá, saía com eles, conheci pessoas novas e tal, mas eu sempre estava pensando em conseguir voltar pra SP. Até meus médicos e meu cabelereiro eu mantive em SP, aproveitava as visitas aos amigos a à família pra resolver essas coisas.Só que com o passar do tempo isso começou a me incomodar. Parecia que a minha vida estava suspensa, sabe? A sensação era de que eu estava esperando voltar pra SP pra minha vida andar. Some-se a isso o fato de eu sentir muita falta de tudo em SP, da minha família, dos amigos, ad agitação da cidade, das várias opções de restaurantes etc. :/Algumas coisas na minha vida de fato estão pausadas: Meu sonho é comprar meu apartamento, mas pra mim não faz sentido comprar em Macapá nem comprar em SP agora, sendo que eu não vou morar nele tão cedo. Até minha vida amorosa fica um pouco prejudicada, já que eu fico com receio de me envolver com alguém em Macapá, ser removida e ter que namorar a distância. Como eu disse, eu amo o que eu faço e tenho um ótimo salário e jogar tudo pro alto pra voltar pra SP desempregada não é uma opção. A remoção ainda é possível, mas isso depende de várias questões financeiras e políticas. O que pega é a falta de previsão. Eu não tenho ideia de quanto tempo vou ficar aqui. Podem ser 6 meses, mas também podem ser mais 5 anos. Já pensei em continuar no meu emprego e voltar a estudar para algum concurso que me permitisse ficar em SP, mas não tem nenhum concurso aberto ou em vias de abertura e só quem já estudou pra concurso sabe como é pesado, extenuante e estressante. Me dá preguiça só de pensar em começar tudo de novo.Várias pessoas já me falaram que agora a minha vida é em Macapá e pra eu não ficar com essa ansiedade pra voltar, mas é difícil desapegar. Por isso resolvi mandar esse chora, pra você e suas leitoras (principalmente as concursadas e concurseiras) me darem uma luz. Fico onde estou, aproveitando a vida sem pensar na remoção ou foco em estudar pra tentar voltar pra SP?Beijos

Amiga, acho que seus amigos tem razão… sua vida agora é Macapá e é o que temos pra hoje. Acho que coisas grandes, tipo comprar uma casa, um apartamento, podem ficar pra depois. Vai juntando dinheiro mas não deixa de viver suas coisas aí não. Se aparecer um namorado, que seja bem vindo. O dia de amanhã a gente nunca sabe. Vai vivendo o agora, se a gente foca muito no amanhã, o dia de hoje passa desapercebido e sem valor algum, e nisso vai um dia, dois, três, semanas, meses, anos… e aí? Não tente controlar o que você não tem controle, abrace seu sucesso aí e é isso mesmo. Foi sua escolha fazer o concurso e está super realizada né? Para cada escolha, uma renúncia. É a vida.

Chora 02 – Aflita

Oi Cony! Já te acompanho faz um tempo por aqui e pelo instagram também e adoro suas dicas e sou super influenciada por você. Meu choras é o seguinte.
Estou noiva e vou me casar ano que vem. Amo muito meu noivo e de verdade, ele é tudo o que eu pedi à Deus em minhas orações, mas…(sempre tem um mas né?) ele é totalmente desleixado com sua aparência.
Ele é proprietário de uma barbearia aqui na nossa cidade, então ele acompanha esse estilo e deixou a barba crescer. Até aí tudo bem, eu adoro a barba grande dele, mas acho que ele poderia se vestir melhor. Seu “uniforme” pra tudo é: camiseta preta com estampa de banda ou algo ligado a rock, bermuda, meia preta até metade da canela e tênis (que é o mesmo usado para trabalhar, malhar e sair). Ou seja, ele está com 36 anos mas ainda se veste como um adolescente de 16.
Por estar acima do peso (ele pesa 140 kg e tem 1,98) ele acha que qualquer outro estilo de roupa fica feio, chama muita atenção ou ele fica parecendo gay (super preconceito, eu sei). Mas por outro lado tbm, ele não se cuida para tentar emagrecer. Sempre come muita besteira e malha apenas 1x na semana. Nem ao médico ele vai. Vive reclamando de dores no joelho, mas nunca fez nenhum exame para tentar descobrir o que é.
Já tentei dar dicas sutis que ele precisa melhorar, já dei roupas com estilo mais arrumadinho, mas ele simplesmente não usa.
Sei que não posso querer mudá – lo, pois já o conheci assim. Fomos amigos por 4 anos antes de começar a namorar e ele sempre teve esse estilo, mas também acho que sempre podemos ser uma melhor versão de nós mesmos, e geralmente quando estamos num relacionamento, queremos estar mais arrumados para o parceiro e para nós mesmos.
Às vezes me sinto até desmotivada, pois me arrumo tanto para sair e ele chega em casa de camiseta, calça jeans e tênis.
O que eu faço Cony e leitoras do blog? Como melhorar o estilo do boy sem deixar de lado sua essência e sem transforma – lo em outra pessoa?

Então, as dicas que eu ia te passar, você já fez 🙁 Ia te falar justamente pra dar uns toques de leve, dar umas roupinhas mais bacanas pra ele, ir aos poucos sabe? Aqui em casa fiz assim com o Leo, mas ele nem tinha um estilo tão ruim, só precisava de uns ajustes, fui dando umas dicas, uns presentes e ele aceitou super bem… O problema no seu caso é que parece que seu noivo tá 100% fechado e não aceita essa “mini lapidação discreta” (kkkk) que você está tentando dar. O negócio amiga, é que ele TEM QUE QUERER mudar, se ele não quer, não insista. Eu sei que é chato você sair toda linda e ele de qualquer jeito, sei que você se preocupa com a saúde dele, sei que por mais que isso pareça “bobagem” é uma questão sim, incomoda, desanima, irrita… Mostra esse Chora pra ele que eu vou dar um recado: Noivo da Aflita, você ama ela né? Quer ela feliz certo? Ela é bonita, vaidosa, se cuida e quer que você também se cuide um pouco! Você trabalha com a vaidade masculina, você deixa seus clientes mais bonitos, tem que ser exemplo e não é só na barba não! Quanto mais você for admirado, mais valor tem seu trabalho e tenho certeza que você quer isso. Uma coisa puxa a outra. Além disso, cuidado com a imagem não é só estética e futilidade, é muito além, é mostrar uma pessoa bacana, cuidadosa, organizada, responsável (sim, uma imagem desleixada não passa confiança!) e respeito pra quem convive com você, incluindo seus clientes. Eles merecem isso né? E quem merece mais é a sua noiva, que está ao seu lado e te incentiva todos os dias a ser uma pessoa melhor. Escuta ela, só vai te acrescentar 🙂

  • CHORAS ABERTOS!!! Mande seu desabafo, sua dúvida, sua angústia, seu problema para constanza@futilish.com e no assunto coloque em letras maiúsculas CHORA QUE EU TE ESCUTO. Manterei seu anonimato!
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44 comentários em “Chora Que Eu Te Escuto”
  1. Esther10/11/21 • 19h56

    Cara amiga Confusa, assim como vc, prestei concurso durante muito tempo (mais de 10 anos). Por isso, primeiramente, quero te parabenizar por tua conquista! Vc é uma vencedora. Seja diariamente grata por êxito pq, se vc sempre tiver em mente de como foi o caminho até o cargo público, certamente não vai mais permitir que sua vida fique sob condição suspensiva.

    Vc já batalhou tanto estudando que agora merece viver cada dia com mais tranquilidade e verdade, quer seja em Macapá, quer seja em SP.

    O local onde vc está é fruto das tuas tão sonhadas escolhas profissionais. Portanto, aí em Macapá, seja vc e seja feliz!

  2. Márcia10/11/21 • 22h16

    CONFUSA: a Cony tem razão quando diz para você aproveitar o presente, mas se você realmente quer voltar para SP, não é necessário fazer outro concurso. Tente uma requisição ou uma redistribuição. Você pode fazer uma permuta com triangulação também. Te indico o site: “Já vou”. Lá você encontra servidores públicos de todo o Brasil buscando vaga em outros estados.

  3. Monica10/11/21 • 22h22

    Caso 01
    Passei por isso, acabei comprando meu ap na minha cidade do coração, mas a transferência não saia da minha cabeça .Pensei em outro concurso, mas meu trabalho consome muito minh energia. Enfim, fui levando a vida, mas com foco na transferência, que acabou acontecendo!! Tenha paciencia, mas não deixe de aproveitar não

  4. Priscila10/11/21 • 22h41

    Chora 1: sua vida agora é no Macapá. Encare essa realidade e viva experiência em viver em outro estado, outra cultura, outros hábitos. Amanhã você muda e descobre que tinha tanta coisa interessante e que você perdeu. E nem sabe como perdeu.
    Chora 2: as pessoas só mudam se elas quiserem e só aceitam sugestões se fizer sentido a elas. Reveja seus argumentos e toques pra comunicar de forma que possa tocar seu noivo. Meu atual eu não tenho esse problema, só pequenos ajustes que precisei fazer, mas de resto, tudo ótimo! Se bobear, a largada sou eu kkkkkkkk

  5. Elis10/11/21 • 23h14

    Para a Confusa: como concurseira que fui, posso falar de carteirinha, esse é o mal de todos os concurseiros, participam de certames país a fora, não conseguem classificar para sua cidade de origem ou simplesmente não tem vaga na sua cidade natal, assumem bem longe de casa, logo pensando em voltar por uma remoção interna, depois não conseguem e ficam frustrados porque nunca pensaram que essa mudança poderia ser mais longa que o desejado ou até definitiva, por absoluta inexistência de vaga para localidade desejada. Isso faz um mal enorme para pessoa e mais para o serviço público, pois muitas vezes a falta de vínculo com a cidade não traz comprometimento com a prestação do serviço e com a comunidade. Infelizmente sua vida ficará estacionada se não se abrir para o lugar que te acolheu para trabalhar, aproveite ao máximo, faça tudo que ele pode te oferecer, vá desbravá-lo, mesmo numa cidade do Norte, muitas vezes com tantas limitações; crie laços com as pessoas, corte um pouco o vínculo com SP, desse modo o tempo passará mais rápido, boas energias lhe envolverão e o universo irá conspirar a seu favor. Pode ter certeza disso! E quando você finalmente conseguir sua remoção ou se não conseguir, partir para outro concurso (agora só para sua cidade, por favor!), não carregará tanta frustração no coração e deixará uma estória linda no lugar e com as pessoas que conviveu, além de alimentar os melhores sentimentos para sua vida futura.

    • SILVIA11/11/21 • 15h10

      Nossa, amei seu comentário! De uma delicadeza e um acolhimento para com o serviço público e a população de uma maneira ímpar. Como seria bom se todos os servidores pensassem assim…

      • Elis12/11/21 • 00h08

        Obrigada por gentis palavras, Silvia. São 24 anos no serviço público, algumas aprovações em concurso, posse em cargos só por mérito (provas e títulos), remoções de cidades, muita experiência e um olhar atento ao longo do tempo sobre os estudantes profissionais ou “trabalhadores” da fábrica de concunseiros (Sim, estudam tipo linha de produção, não há dia da semana pesado, só disciplinas. É pesado, àrduo, emocionante desgastante, mas o que traz a sonhada aprovação) que às vezes esquecem da questão vocacional e da finalidade do serviço público (servir ao público ), transformam-se em pessoas frustradas, amargas ou completamente indiferentes, sem compromisso com suas atribuições legais, com o ente público que lhe remunera e com melhores resultados para sociedade.

      • Elis12/11/21 • 00h13

        Em resumo….é uma escolha que afeta não só a pessoa, mas toda uma engrenagem, por isso precisa ser uma decisão bem pensada e ter muito maturidade para enfrentar os desafios e dificuldades dessa escolha!

    • Denise12/11/21 • 14h11

      Muito obrigada pelas suas palavras. Como servidora também enxergo assim, nosso dever é servir a população, também sonho com uma remoção, mas meu caso é o oposto (fiz concurso para a cidade que moro, mas adoraria ir para litoral nordestino), mas enquanto isso não acontece o hoje nos pertence deve ser vivido da melhor forma possível. Nessa estória do caso 1 já passaram 4 anos, é muito tempo para viver em função de outro lugar. Espero que ela encontre a paz no Amapá e quando menos esperar possa ir para SP.

  6. Flavia11/11/21 • 01h38

    Nossa, me identifico muito com o primeiro chora. Mudei de sp pra Campinas durante minha gravidez e perdi todas as referências que eu tinha, não sabia nem qual restaurante escolher pra pedir um almoço e tudo que eu podia fazer em sp, eu fazia. Exames, médicos, cabeleireiro, voltei para sp para ter minha filha lá…ainda quero voltar a morar em sp, mas hj já consigo viver mais em campinas também. Mas não é fácil ainda desapegar de lá..

  7. Sah11/11/21 • 01h41

    Aflita, desencana e deixa seu noivo ser quem ele quiser ser. Qualquer um odeia alguém querendo mudar nossas roupas. Dá até pra dar uns toques mas é o estilo dele, é como ele se sente bem, é a forma que ele é ele e se identifica e se vê no mundo. Imagina alguém querendo mudar seu estilo: “Sua saia está curta”, “esse vestido é muito estampado”, “você só veste preto”… Mudanças realmente vêm de dentro. Ele não usa as roupas que você deu porque ele não gostou, não faz parte da personalidade dele, não deve se ver nelas e provavelmente gostar do que ele usa. Quando queremos nos arrumar, a gente se arruma e sai toda linda, não precisa sair combinando igual par de jarro. Não é mais legal cada um usar o que quiser? É satisfação garantida, cada um cuida das suas roupinhas e saem todos felizes. A não ser que ele demonstre insatisfação e te peça ajuda aí, sim você entra com os palpites e presentes.

  8. Bruna11/11/21 • 06h50

    Chora 01

    Oi!! Como fica a questão do teletrabalho na sua carreira? Inviável?

    Eu concordo com Cony e seus amigos. Acho que vc tem que se abrir para a sua vida em Macapá, já que já se passaram 4 anos e não há previsão.
    Meu caso era o contrário: eu estudava para concurso e me fechava para tudo e todos, por medo de me envolver na minha cidade e depois ter que mudar, caso eu passasse.
    Trabalhei muito isso na terapia e, logo depois que comecei a me abrir, conheci o homem da minha vida e no casamos. Outras oportunidades surgiram, parei de estudar e minha vida seguiu um outro rumo.

    Claro que sua situação é mais difícil, já que vc está longe de todos. Mas foi uma escolha sua ir e está vivendo um momento feliz na esfera profissional. É uma baita conquista!

    Te aconselho a conversar isso em terapia, sabe. Não acho que seja uma decisão facil: pronto, agora vou aceitar que minha vida é aqui. Na terapia, vc vai conseguir trabalhar esses medos, descobrir o que realmente quer e se entregar melhor, sabe?
    Mas nao deixe sua vida em stand-by
    Vc tá nova, jovem, cheia de vida. Isso tudo passa rápido demais.

    Se quiser conversar, só pegar meu e-mail com a Cony
    Beijinhos e boa sorte!

  9. Maria Carolina11/11/21 • 06h59

    No caso do barbudo, não sei se concordo… quando a gente ama alguém, ama do jeito que é…. Invertendo os papéis:imagina se o barbudo quisesse que ela se arrumasse de um jeito x, y, z? Não dá… cada um com sua personalidade e se vestindo como se sente feliz.

  10. juliana11/11/21 • 07h59

    Chora 2. Tive um namoro muito longo e era assim também. No meu caso, o namorado saia até de roupa rasgada e tinha 1 sapato (e tinha dinheiro p ter o closet dos sonhos ) . Na verdade nunca me importei, pois o conheci assim, gostei dele desta forma. Por outro lado eu saia sempre deslumbrante. Então para não me sentir incomodada passei a pensar da seguinte forma; devemos nos aceitar como somos e isto tem a ver com respeitar a individualidade do parceiro. Se ele não se incomoda de sair assim e é feliz com o estilo dele, não se preocupe em vesti-lo melhor. Perceba as outras características que te encantaram nele. Acho que querer mudar o estilo de vestir de alguém algo muito invasivo, caso ele não tenha pedido ajuda neste sentido . Já pensou se fosse o contrário ?

  11. Neila Moreira11/11/21 • 08h05

    Para o chora 1: Já vivi isso qdo vim para Minas com 19 anos junto com meus pais em função do trabalho do meu pai. Te digo uma coisa, perdi 20 ano da vida pensando em voltar pra SP e não namorar ninguém pra não ficar aqui pra sempre, com muita terapia eu entendi que não importava o lugar, a questão era comigo…voltando para SP depois de alguns anos, vi que não queria mais, não gosto 100% de Minas, mas minha vida hoje é aqui é gosto demais de BH. Hoje estou realizada em ter me encontrado.

  12. Iluska11/11/21 • 08h15

    Confusa, estou na mesma situação que você, porém a minha distância é de 160km. Estou a quase 4 anos nessa outra cidade e não me acostumo de forma alguma. Sinto que minha casa é a casa de minha mãe (na minha cidade natal mesmo), meu cabeleireiro, as lojas, até supermercado. Já pensei várias vezes em largar tudo (também sou concursada) e voltar, porém lembro das contas pra pagar kkkk
    É muito chato perder comemorações de família, datas importantes… vejo meu noivo a cada 15 dias.
    Eu coloquei na minha cabeça que Deus sabe tudo o que faz e que não adianta eu ficar na agonia querendo voltar sendo que não é a hora certa. Estou tentando me acostumar, mas é muito difícil mesmo.

  13. Karen11/11/21 • 08h20

    Confusa, passei por uma situação semelhante a sua na minha vida; sou do interior do PR e me mudei para a capital após ter sido aprovada em um concurso. “Larguei” família, amigos, um emprego que eu amava e uma vida toda para viver um sonho que eu alimentava desde a graduação. O primeiro ano foi muito difícil: não tinha amigos, não aceitava o ritmo da cidade, vivia presa na minha rotina do passado, na ansia de ir a minha cidade natal a cada 15 dias, impreterivelmente, e na expectativa de uma transferencia para lá. Um sofrimento sem fim, pois não aproveitava “nem lá, nem cá”. Até que um dia, me lamentando com uma amiga, ela me disse: “você precisa fazer parte da cidade pra querer criar raízes; criar uma rotina para que sinta que sua vida é ai agora. Viva seu sonho e não se apresse com o futuro”. E foi isso que eu fiz: comecei me matriculando em uma academia, me inscrevi num curso de línguas, passei a conhecer os lugares sozinha, a conversar mais e estar aberta a fazer novas amizades… hoje, 2 anos depois, estou noiva, comprei meu apartamento na cidade, estou em uma das minhas versões e penso que vir pra cá foi um grande presente.
    Desfrute de todas as pequenas coisas, a vida pode te surpreender nos detalhes.

  14. Amiga dos choras11/11/21 • 08h22

    Conny, acompanho vc há anos. Já vi cada chora complicado que nem ousei a tentar ajudar. Mas aí vai minha opinião porque considerei que essas duas meninas precisam só clarear as ideias. Ela seja resolveram o q querem!
    Querida Confusa 1, mesmo não sendo da mesma profissão que você, já vivi o “muda de cidade” e sei o que você passa. Macapá é muito diferente de São Paulo e viver nessa expectativa só irá limitar a sua vida (em tudo) e a fará ficar cada vez mais triste é frustrada. Quer um bom exemplo? Quem sai do Brasil e diz que quer ter uma vida de sucesso lá fora mas só convive com brasileiros! Ficará limitado à língua, às amizades e não há evolução porque o que você tem a ganhar hoje, você está deixando para trás. Veja como perda de tempo se lamentar por algo que não aconteceu ainda! Ansiedade consome. Curta a cidade, faça amigos aí. E se o homem da sua vida estiver aí, quando ele aparecer você pensa no que faz. E se ele estiver em Sp? Espera o boy aparecer. Aí vc pensa!!!

    Aflita 2. Você disse “não posso querer mudá-lo”. Poder querer pode, mas não se magoe se ele não mudar. Seja suave, respeite o estilo dele. Dê uma camiseta preta de presente mas com menos estampas. E um dia ele aceitará uma preta lisa. Dê uma bermuda parecida mas sei lá, menos bolsos, por ex. Quando ele aceitar essas, vc saberá que poderá mexer em outra coisa. E peça para ele usar em um dia especial que vc irá se arrumar mais. “Amor, comprei essa camiseta que achei linda para você usar quando estivermos juntos. Fica linda em você, que tal? Se você não gostar, já me fala que devolvo”. Aí já é termômetro se ele vai se esforçar ou não. Sobre a saúde dele… ele precisará sentir na pele que precisa de ajuda.

  15. Lais11/11/21 • 09h05

    Confusa,

    Amiga, uma vez ouvi a seguinte frase e tudo fez sentido pra mim: se tem solução, então não é um problema; se não tem solução, então só nos cabe aceitar.

    Suponho que você tenha passado numa DPU, AGU da vida. Entendo demais o seu dilema, e acho que fazer terapia pode te ajudar a aceitar viver no presente.

    Fui concurseira e num determinado ponto tive que parar pq senti que não compensava mais a rotina extenuante de estudos. Hoje advogo e sou feliz. E a terapia me ajudou muito a focar no presente.

    E parabéns pela sua conquista!

  16. Lais11/11/21 • 09h11

    Aflita,

    Se você não consegue mudá-lo AGORA, tenta outra coisa. Quando você estiver toda arrumada e ele estiver com esse “uniforme”, fala o quanto você o ama, o quanto tem orgulho dele.

    Todos nós temos tantas crenças limitantes e homens têm muita dificuldade em se comunicar. Eu te sugeriria primeiro fortalecê-lo. E quem sabe com o tempo, ele dê uma chance a se vestir melhor. E se não der, o importante é ele te tratar bem e te amar (no final é isso que importa, ne)

  17. Renata Castro11/11/21 • 10h11

    Confusa, também sou concursada federal e passei pela mesma situação que você, com o agravante que eu ainda tinha um namoro à distância. Infelizmente (ou não kkkk), quando estamos estudando, a gente não pensa muito nessa questão da mudança de cidade e “apenas” quer ser aprovada. Quando realmente a mudança acontece, é que temos dimensão. Também fiquei um tempo na mesma situação que você e, hoje, percebo que não é nada bom, porque a gente acaba não vivendo nem uma vida nem a outra. Achei o conselho na Cony super sensato… tente abraçar o seu sucesso e sua vida aí em Macapá, vivendo o presente, e entregue “o resto” nas mãos de Deus. Eu sei que não é fácil, mas é o melhor que você pode tentar fazer por você agora! Tenho certeza que Deus vai encaminhar o que for melhor pra você!
    Falando sobre a minha experiência, meu namoro acabou e, quando eu realmente entreguei nas mãos de Deus e conhecei a viver e aproveitar a cidade em que eu estava, por um milagre, consegui uma permuta para voltar para a minha cidade! Já tem pouco mais de 4 anos que voltei pra BH e estou super feliz aqui. Como a Cony disse: “O dia de amanhã a gente nunca sabe”!

  18. bru11/11/21 • 11h13

    Chora 1 – eu não aguento esses concurseiros com esse mimimi. Deve ser por isso que há algumas decisões e comportamentos no serviço público que a gente fica pensando: essa pessoa bitolou e passou no concurso e não viveu a prática e não sabe como funciona as coisas por ai…deve ser por conta dessa “confusão” mental. Me desculpe, mas prestou o concurso e passou e ainda está chorando? Me poupe. Da forma como está o país, devia dar graças a Deus. Sua vida é onde você mora. Isso não é um problema real. “Não sei se compro apto apto em SP”…compra e aluga; tendo em vista que muitos não tem nem o dinheiro para pagar o aluguel e vc pode comprar….
    Podem me julgar, mas não aguento isso.

    • lia11/11/21 • 20h57

      Também não acho que a colega do chora 1 tenha um problema real, com um bom salário se vive muito bem em qualquer capital e ela já fez o concurso sabendo quais seriam as lotações iniciais

      • Carol11/11/21 • 21h39

        Desculpa, mas achou que faltou empatia no seu comentário. É óbvio que com um bom salário se vive bem em qualquer capital. É óbvio que num país com 14 milhões de desempregados a menina do chora 1 é privilegiada. É óbvio que num país em que as pessoas estão comprando osso pra comer existem problemas maiores e mais sérios do que querer sair de Macapá e voltar pra SP. Mas se as leitoras escrevem pro Chora é porque elas tem suas questões, seus dilemas, alguma coisa que as aflinge. E não é porque existem problemas maiores e mais sérios que gente precisa dizer que o problema do outro é mimimi. O mundo não é uma competição de quem sofre mais, quem tem os piores problemas. A questão da menina do chora 1 está incomodando ela. E olha nos comentários quantas meninas se identificaram com ela e disseram que passaram por situação parecida.

        • Zan12/11/21 • 16h19

          O MELHOR comentário

          • Zan12/11/21 • 16h19

            O de Carol

        • Sam15/11/21 • 14h42

          Carol rainha do bom senso. Falou tudo.

  19. Tatiana TB11/11/21 • 11h18

    Adoro ler os Choras pq amo seus conselhos de amiga, Cony. Vc sempre tem algo a acrescentar positivamente. Acho essa TAG um grande diferencial do seu blog q eu amo e é o único q recebo newsletter e acesso toda vez q ela chega no meu email. Tb enviei meu chora e a tua ideia/resposta foi ótima. Algo q eu jamais tinha pensado.

    Sobre a amiga concursada (inveja feelings): eu realmente acho q sua vida é aí agora. Não adianta vc ter um super salário e viver com a vida no “hold” como se ainda estudasse pra concurso. Se abre, vai morando de aluguel, compra teu apt em SP e aluga ele (aproveita q vc tá sozinha e depois q casar ele jamais entrará numa eventual partilha) e vai estudando pra outra coisa (se vc tiver algum de interesse no radar). É um saco, eu mesma estudo pra concurso e não vejo a hora de sair dessa vida.. mas vc já passou em 1 (tua autoestima já tá melhor q a minha), já trabalha no direito e vai ser mais fácil… entendo demais seu conflito e nem faço prova q possa me levar a Macapá. Fui pra Belém e pra Cuiabá fazer prova e vi que não seria feliz em lugares de calor “infernal” maior q no RJ (e tb não passei). Realmente deve ser muito difícil vc se acostumar com uma cidade num estado com menos recurso, tão diferente da tua de origem e pra onde vc quer voltar… mas pensa q tem suas vantagens, é o preço pra fazer o que vc ama e segue. Ainda q seja mais 5 anos, tem grande chance de vc sair daí. Ate lá é no hoje q vc tem q focar.

    Sobre a amiga com o namorado “largado”, a única coisa a pontuar é se arrume como sempre. Nao se vista de acordo com o figurino dele pq vc vai mal. Segue “reclamando”, dando dicas, dando presentes de acordo com um look mais adulto e persevera na lavagem cerebral pq água mole em pedra dura tanto bate até q fura.

  20. bru11/11/21 • 11h21

    Chora 2 – concordo com tudo que a Cony disse. E acho que você não deve desanimar e deve se cuidar e se arrumar sim, independente dele sair de bermuda e camiseta. Aqui em casa estava acontecendo isso e as leves e doces indiretas não adiantaram. Mandei a real mesmo ou apenas falava: vai sair com esse sapato ou desse jeito ? e não falava mais nada…kkkkkkkkk….mas eu não sou a mais sutil e agradável. Porém, deu certo. Doces patadas as vezes são necessárias.

  21. Karol11/11/21 • 14h45

    1) só aparecer um homem q roube teu coração aí em Macapá q as dúvidas todas desaparecerão.
    Vá pra pista.

    2) vc ama ele e ele te ama, larga de arrumar problema numa relação q está ótima.

  22. Marcely11/11/21 • 16h09

    Chora 1: Me vi um pouco nesse chora. Conheci meu marido pelo falecido Orkut, ele do ES e eu de SP. Somos casados há 14 anos e estou no ES há 14 anos. Mantenho a maioria dos meus médicos em SP (tb tenho alguns aqui, p emergência), já tentei me acostumar com cabeleireiros aqui, por ex (pouquíssimos deram certo). Sobre se acostumar, demorou uns 10 anos, até q parei de viver pensando em voltar. Ou seja, eu vivia contando dia e hora p voltar p SP nas férias, feriados, qqr brecha q surgia… Conclusão, não estava vivendo, né?! Qd ouvi isso de um amigo, comecei a aceitar, pq era isso ou viver pela metade. Cá estou, sem mtas perspectivas de volta, qd viajo p SP, viajo leve. A volta q antes era um martírio, hj já me sinto bem mais confortável e até sinto saudade da minha casa. Sofro um tiquinho ainda, mas sem aquela neura de voltar e contar os dias p voltar como antes…
    Tenta desfocar e deixar a vida te levar e o q for de melhor p acontecer, vai acontecer aí ou em SP!
    Boa sorte!

  23. Aline11/11/21 • 16h13

    Miga Confusa todo mundo já deu boas dicas mas queria deixar meus super parabéns. Vida de concurseira é fodaaaaa só quem vive sabe a dificuldade de aprovação e de nomeação. Acho q quem vive essa vida acaba ficando com essa expectativa de q tem sempre alguma coisa pra chegar, um outro edital, uma outra prova. Será q vc não ficou tanto tempo nesse automático q agora não consegue viver o presente? Vc merece colher os frutos da sua conquista, miga. O futuro a gente vê depois. De repente vc arruma um boy mara e nem quer mais vir embora hahahaha! Super beijo fica bem aí em Macapá =)

  24. Tábata11/11/21 • 20h50

    Sobre o chora 01

    Sei como vc se sente, sou concursada e tomei posse e fui parar no interior do RS, quase 500km de distância da minha cidade natal. Foi uma mudança completa de vida, nunca tinha ouvido falar da cidade e não conhecia ninguém. Brincava q tinha “zerado” a vida pq era totalmente começar do zero e TB cheguei na cidade já pensando na remoção. Como vc marcava salão e medicos quando voltava para a minha cidade. O que me ajudou mto a encontrar a felicidade naquela cidade do interior foi realmente viver a cidade, passei a ir na academia lá, salão, restaurante e tentar criar novas amizades e com o tempo isso aconteceu. Três anos depois quando consegui remoção para mais perto chorei horrores ao me despedir dos amigos q fiz lá e sempre tenho um sorriso no rosto quando lembro do meu tempo naquele lugar. Detalhe q consegui remoção para uma cidade q tb não conhecia ninguém e lá fui eu zerar a vida de novo. VC vai voltar em algum momento e pode ter certeza q pra vc ser feliz aí vc precisa ter um novo olhar sobre o tempo q ainda resta em Macapá. Não precisa comprar apartamento em nenhum lugar por enquanto,.gaste dinheiro com vc. E na minha opinião a felicidade segue a gente para todos os lugares, SP não será a resposta para todos os seus conflitos, esteja mais aberta e viva o presente, espero de coração q vc encontre motivos pra ser feliz em Macapá

  25. lia11/11/21 • 20h53

    Chora 2:
    Talvez seu namorado se vista assim pq tem baixa autoestima por causa do peso ou talvez ele realmente goste de se vestir assim e mesmo que mude a composição corporal não vai mudar o estilo de se vestir.
    Tem certeza que você o ama mesmo ou idealiza alguém que ele não é e nem vai ser?

    Se fosse um homem reclamando da aparência da noiva desleixada ia chover pedra em cima dele.

  26. Kelly11/11/21 • 21h14

    Chora 2: Acho que o estilo de cada um tem que ser respeitado. Eu mesma não gosto de caras engomadinhos. Para mim, o mais importante é ser limpo e cheiroso e não usar roupa esfarrapada (furada, com bolinhas, descosturada, manchada, enfim). Nós mulheres somos complicadas….se fosse o contrário, estaríamos reclamando também (não tô falando de abuso). Deixa o rapaz ser feliz à maneira dele. Roupa é secundário.

  27. Livia11/11/21 • 23h20

    Chora 01: tenta home office. Eu sou concursada federal consegui home office por tempo indeterminado. Aí vc mora na cidade que vc quiser. Se não der mesmo, abra seu coração pra Macapá.
    Chora 02: eu curto estilo roqueiro e combina com dono de barbearia, rs! Curta seu boy do jeito que ele é! Como vc mesmo disse, vc já conheceu ele assim.

  28. Leticia12/11/21 • 09h35

    Chora 01: Sou de SP e vim pra Brasília por conta do concurso. O que fiz foi cortar os vínculos com SP. Lembro que tinha colegas que não se permitiam viver BSB, praticamente todos finais de semana e feriados iam pra cidade natal.
    Tem gente que além das consultas médicas e cabelereiro até levava roupa pra lavar na casa da mãe!
    Como estava montado o apê do zero, sempre pesava… 1 viagem pra SP custa um micro-ondas, e assim por diante. Então passei a ir pra SP no máximo 3x por ano e viver BSB (baladas, restaurantes, etc).
    Logo engatei um namoro que virou casamento, tem 14 anos que moro aqui e me considero uma brasiliense.
    Vejo como é ruim assumir uma vaga no concurso já pensando em remoção. É um inferno pra pessoa e pro serviço público, os servidores se portam como “vítima” e ficam se lamentando o tempo todo.
    Aproveite Macapá, sem autocobrança pela remoção.

  29. ka13/11/21 • 20h59

    Chora 01
    Amiga vc pode comprar um ap ai e vender quando se mudar pra outro lugar, pelo menos seu dinheiro estará investido ao invés de vc não comprar nem la nem cá e nem guardar/investir. O mais difícil é ter uma renda e nome limpo pra comprar um Ap, se vc ja tem tudo isso vc já é mais abençoada e privilegiada do que grande parte da população.
    Algo que pode ser legal é fazer Yoga, vai te ajudar a viver no presente e saber aproveitar seu momento.
    Outra coisa que eu faria no seu lugar é viajar muito, vc está perto de vários lugares incríveis, América do Sul e Central, Nordeste. Além de abrir sua mente, vc conhecer pessoas diferentes, planejar a viagem e a expectativa vão ser coisas que vão te empolgar mais durante o resto do ano.
    Amiga, vc tem o emprego que vc queria e tem sua estabilidade, você é abençoada, sua hora vai chegar!

    • Gaby19/01/22 • 14h00

      Pensei a mesma coisa para o Chora 1, viaje pelas redondezas ou tire 1 ano sabatico (se o trabalho permitir) e se jogue nesse mundao! Quem sabe assim o tempo passe mais animado ou vc ate mude o percursso da vida.

      Chora 2, meu namorido tem esse estilo e sua meta da vida eh poder ir assim nas reunioes com empresarios milionarios e ter credibilidade. hehe As vezes o que te incomoda nem eh tanto o estilo dele mas sim os que as pessoas vao pensar qndo vcs saem juntos, ja que estas sempre arrumada.

  30. Lala16/11/21 • 16h21

    Chora 1: Não entendo mto do assunto mas não teria como tentar achar algo em sp enquanto está por aí? mesmo que ganhando menos… se não está feliz as vezes vale a pena abrir mão de certas coisas (e enquanto isso vai saindo e aproveitando a vida por aí da melhor maneira). Meu noivo morou fora um tempo e eu esperei, ele estava trabalhando mto e infeliz mas foi procurando algo no linkedin , enviando cv etc e quando apareceu algo bacana ele voltou para o Brasil.

    Chora 2: Gosto do estilo dele e acredito que ele goste e se ache estiloso assim, zero engomadinho… masss entendo sua visão de achar meio largado, realmente se ‘lapidasse’ um pouco seria um estiloso empresario dono de barbearia kkk. Mas tenta falar com ele sem magoar… sei que é difícil mas umas indiretas tipo ‘de novo essa bermuda desbotada? poxa me arrumei toda pra voce hahah’ , acho que falando algumas coisas assim uma hora ele vai perceber que isso te incomoda. E assim como outra pessoa falou aqui vc poderia dar de presente uma camiseta preta de algodão pima com tecido bem macio ( Dicony kkk), uma bermuda do jeito que ele gosta mas mais nova, meia preta estilosa da Vans etc… pelo menos melhorar , mas mudar acho difícil hehe

    Bjosss amo o fufu ♥

  31. Taina17/11/21 • 12h32

    Cony, melhor comentario que ja vi seu foi: “Para cada escolha, uma renúncia.” Se voce me permite vou usar sua frase daqui pra frente porque exemplifica tudo!

    Eu moro fora do Brasil ha muitos anos (uns 15 anos). Eu nao sou concursada nem sei muito sobre essa vida. Vou me limitar a dar os parabens para a Chora 1 por ter passado no concurso que ela queria.
    O que eu posso falar ‘e sobre “largar familia e amigos”. Eu acredito que essa vida de morar longe e recomecar nao seja para qualquer pessoa. Existem pessoas que querem ser medicas, existem pessoas que querem ser designer de moda. Existe lugar na sociedade para todo mundo. Igualmente da maneira como eu vejo existe pessoas que querem recomecar e ir para lugares diferentes e pessoas que nao querem. Nao existe um errado e um certo.
    Agora, se voce quer ir, existe a renuncia de estar longe da familia, de ter que fazer novos amigos, novos restaurantes, novos saloes, novo tudo.
    E se voce quer ficar, existe a renuncia de talvez nao ter exatamente o cargo e o salario que voce quer, de nao conhecer outras culturas e etc.
    Nao existe um errado e um certo, existe o certo para cada pessoa.
    Eu nao consigo imaginar minha vida ficando na minha cidade natal. E tenho amigas que ainda moram la que nao conseguem se imaginar sem almocar na casa da mae dos domingos. Eu morro de sauddades da minha familia mas eu tenho claro quais sai as minhas prioridades.
    Meu conselho para Chora 1 ‘e pensar o que voce realmente quer. O que voce quer mais que tudo e o que voce abriria mao para isso. Voce quer esse cargo e salario mais que tudo e abre mao de estar perto? Ou voce quer vida em SP e abre mao do cargo e salario?
    Talvez voce consiga tudo no futuro (e eu desejo do fundo do meu coracao que voce consiga), mas voce tem que saber suas prioridades para saber como aproveitar as oportunidades que a vida te da.
    Espero que meu comentario seja util. Boa sorte!

  32. Cris18/11/21 • 18h40

    Para Confusa: Já senti na pele isso que você está passando. Passei para um concurso federal (sonho da minha vida) em outro estado, beeeem longe… Resolvi assumir, mas deixei meu marido e minha família. Quando fez 1 mês que eu estava lá, ainda morando em hotel, meu irmão faleceu. Perdi o chão, desabei mesmo, e minha vontade era só de voltar e ficar perto da minha mãe. Mas, ergui a cabeça e com muita fé em Deus consegui suportar a minha escolha. Fiquei lá por 2 anos, nesse mesmo vaivém que vc está vivendo, gastos com passagens caríssimas de avião, angústia, saudade doída, e ainda aguentando meus colegas me chamarem de louca por estar tentando a remoção sem antes ter concluído nem o estágio probatório. Até que um dia a tão sonhada portaria foi publicada! Só tenho uma coisa pra te dizer: Lute pela sua remoção, tenha Fé, que uma hora dessas ela vai sair, vá atrás, trabalhe bastante, faça muitos contatos, não fique esperando cair do céu…. E, enquanto isso, ocupe sua cabeça com coisas boas, aproveite, viva, mas viva bem e tranquila a sua vida onde está. Beijos.

  33. Milena Ferreira22/11/21 • 17h27

    Preciso enaltecer a colega do Chora 1 que já está concursada, empossada and efetivada. Parabéns!
    Tornei-me concurseira esse ano e sei o quanto é pauleira a vida de estudos.
    Assumir em local longínquo é um medo que eu tenho, mas sempre penso: ” primeiro ter o “problema” (passar no concurso), pra depois resolvê-lo” e sigo estudando.

  34. Juliana Back11/12/21 • 10h23

    Confusa, sei exatamente o que vc esta sentindo, minha irmã passou em um concurso ótimo também e foi direcionada para outro estado, no começo ela chorava horrores, ligava todos os dias, mandava mensagem sempre pois sentia que a sua vida não era lá (somos do interior do Paraná); para ajuda-la sempre que podia pegava o primeiro avião e ia passar uns dias com ela, mas quando eu retornava era pior; como somos muito ligadas mandei a real, ou se adaptaria e viveria aquilo que escolheu, ou abriria mão do concurso e voltaria embora. Resumo: conheceu um cara maravilhoso, compraram uma casa, casaram-se e formaram família; sempre que ela pode ela vem para cá, mas a partir do momento que ela mudou a atitude e encarou essa nova fase, tudo se transformou. Se abra para esta sua nova vida.