Editorial
22 abr 2020, 57 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Choremos!

Chora 01 – Fantine

Cony, sou mais uma dino anônima, que te acompanha e torce por vc aqui caladinha, há muuuuuitos anos.
Hoje resolvi escrever esse chora, que nem acho que será publicado – afinal, sou mais um caso de mulher que vive numa relação abusiva – mas acredito que o simples fato de escrever minha história já me ajudar a sair dela.Vamos lá. 
Tenho 37 anos e este mês fará 6 anos que me relaciono com um pessoa, que hoje vem a ser o pai da minha filha. Preciso colocar um contexto resumido da minha vida amorosa. Meu primeiro namoro durou 4 anos e meio. Praticamente minha faculdade inteira (e eu me arrependo tanto disso!) Um cara que não tinha futuro, não tinha nada a ver comigo, mas eu acho que namorei por carência, sei lá. Depois, tive um outro namoro de 5 anos. Foi um namoro maravilhoso. Nos gostávamos demais. Nossas famílias se amavam. Tínhamos um grupo de amigos muito legal e tínhamos certeza de que nos casaríamos. Mas, ele passou num concurso no Rio. Ficamos 3 anos namorando à distância e, quando ele fez 30 anos, quando todos os nossos amigos se casaram, ele me veio com um papo de que precisávamos de um tempo para vivermos outras coisas. Principalmente eu, que só tinha transado com meu ex e ele. Na lógica dele, deveríamos aproveitar um pouco a vida antes de nos casarmos. Podíamos ficar com outras pessoas, mas não deveríamos namorar pq depois voltaríamos e nos casaríamos. Oi??? Senta lá, né Cláudia?! Com 29 anos desfiz meus sonhos do casamento, tirei uma licença e resolvi passar 7 meses na Europa. Ele chegou a pedir para eu não ir, mas aí eu já estava convencida que queria aquilo. Não tinha nem 1 mês que estava lá, descobri que ele já estava de namorada nova no Rio. E o pior: que eles estavam morando juntos. Foi um baque muito grande pra mim! Pensei até em voltar, mas minhas amigas não deixaram e fiquei lá. Curti horrores, viajei muito, conheci vários caras, aproveitei demais. Foi a melhor coisa que fiz! Quando voltei, decidi sair da casa dos meus pais, continuei viajando e todos me achavam maravilhosa, segura, independente. Mas, só eu sei o quanto aquilo era um pouco um disfarce. Eu sofria demais e me sentia um lixo em pensar que meu ex, que dizia que eu era a mulher da vida dele, caiu fora na hora de nos casarmos e logo estava morando com outra! Masss…a vida seguiu! Eu sei que sou uma mulher bacana, sei que não sou nada feia, sou cuidada, tenho uma família boa…nunca tive dificuldade em arrumar pretendentes. Dentre uns namoricos e outros conheci um cara muuuuuito bacana! Ele era  meu número! Inteligente, divertido, gostava de música, arte, chegava na minha casa lendo trechos de livros pra mim. Era viajado. Logo que nos conhecemos me apresentou pra família toda e, como bons mineiros, foram todos muito acolhedores e cativantes. O namoro durou pouco tempo. Apenas 9 meses. Mas foi muito intenso. Mas, como ele tinha mudado de cidade e nosso namoro passou a ser a distância, na época, eu exigi dele uma posição. Ele tinha passado num concurso, tinha ido morar em Brasília e eu tb sou concursada, a sede do meu órgão é em Brasília, então seria muito fácil me mudar pra lá. Encostei ele na parede e ele foi sincero dizendo que era aquilo que ele poderia me oferecer por enquanto: um namoro à distância. Ele não gostava de fazer planos. Ponto. Fiquei arrasada. Isso foi no final de janeiro de 2014. 
Então, decidi que ia voltar a estudar pra concurso, comprei um cursinho online mega caro e falei que passaria o carnaval trancada em casa. Só que uma amiga me chamou pra sair, insistiu e lá fui eu toda com dor de cotovelo fingir que estava bem, que só queria dar uns beijos na boca e tal. Foi nessa mesma noite que conheci o pai da minha filha. Um gato. Minha amiga, que me fez sair de casa e me apresentou, já tinha tido um rolo com ele no passado e me falou que ele não prestava, mas ele foi tão insistente e eu tava tão achando que seria só uma ficada de carnaval, já que ainda gostava do ex, que não dei muito ouvido pra ela. Ficamos no carnaval. A química do beijo era maravilhosa e depois de algumas saídas rolou o sexo e foi perfeito! Que pele! Que cama era aquela! E como ele era bonito e galanteador.Moramos numa capital pequena, onde todo mundo meio que se conhece, e quando começamos a ficar direto, váááááárias amigas vieram me contar alguma coisa dele. Das minhas melhores amigas, uma já tinha sido apaixonada por ele (coisa de adolescência…e eu me mudei pra cá com 17 anos, portanto, não o conhecia), outra já tinha ficado com ele (e me disse que ele era bonito, mas meio “doidinho”), e várias outras me disseram que ele era muito popular quando novo, que era lindo, mas tinha fama de galinha e meio desequilibrado. Eu, na época com 31/32 anos, já me considerava uma mulher foda e vacinada: era viajada, tinha um emprego excelente, com um ótimo salário, tinha ido morar sozinhas aos 30 anos, mesmo tendo todo conforto e liberdade na casa dos meus pais, achava que não cairia em papinho de garotão…Até pq todas as coisas que me falaram dele pareciam vir da adolescência e, meu Deus, já não éramos adolescentes, tínhamos mais de 30. Conclusão: enquanto o meu último namorado era muito massa, gentil, me tratava com tanto respeito e carinho, massss nem falava em filhos e casar, essa pessoa chegou sendo o oposto. Se dizia cada dia mais encantado comigo, me falava a todo tempo que queria muito conhecer uma pessoa como eu para casar, ter filhos, construir uma vida. Tudo o que eu queria ouvir!!! 
Hoje, enxergo que, apesar de aparentar pra todo mundo (e até pra mim mesma) que eu era uma mulher independente, que aproveitava a minha vida de solteira e tal, no fundo eu era um poço de carência e já tava naquela vibe do desespero de querer casar, ter meus filhos, minha família…Assim, começamos a cada vez ficar mais juntos, mas sem assumir namoro…quando me vi envolvida e quis namorar, ele começou a me dar todos os sinais! Começou a ficar enrolado, querer fazer joguinho, veio com o papo de que estava passando por uma transição de carreira, o pai dele estava com câncer e isso o abalava muito e blá blá blá. Eu caí fora. Cortei, mas não pela raiz. Ele continuava me rodeando e eu dava trela. E assim o tempo foi passando. E as evidências de que ele não prestava eram escancaradas. Ele relutou, mas assumiu namoro, conheceu minha família, eu parte da família dele (os pais eram separados. Eu convivia muito com o pai, a madrasta, a irmã, mas a mãe, que era com quem ele morava, fui conhecer muuuuito depois, o que eu achava muito estranho. Mas ele dizia que ela era muito difícil e hoje, que a conheço bem, sei que é mesmo). Namoro assumido, mas ele me dava vários perdidos. Não sei nem quantas vezes terminamos. Sério. Perdi as contas! Sempre por pisadas de bola dele! Conversinhas no whatsapp com outras, ir pra balada sem me falar…Foram tantos términos, alguns duravam meses, que eu até chegava a conhecer outros caras. Mas eu não conseguia gostar de ninguém. Me via sempre apegada no sexo com ele e ele sempre insistndo pra voltar, me prometendo mundos e fundos, dizendo que não viveria sem mim.Quando foi em outubro de 2016 o pai dele, que tinha câncer e era um querido, ficou muito mal e acabou falecendo. E eu fui todo o suporte dele!!!! Ele passou a ficar caseiro, apegadíssimo a mim e eu lá, ao lado dele! Ele teve que assumir a propriedade rural da família, teve que deixar a advocacia. A vida dele virou de ponta cabeças e ele parecia ter necessidade da minha presença  e eu passei a acreditar que a vida tinha dado um chacoalhão nele e que ele deixaria de ser garotão e passaria a ser homem.Em dezembro de 2016 descobri que estava grávida. Pensei que deveríamos nos casar, mas ele disse pra eu ter calma, pois era muita mudança na vida dele em poucos meses. Moraríamos juntos. Tive que começar a procurar um apê maior pra gente e o que ele fez nada? Não se envolvia com nada da nossa vida! Ia às consultas comigo, mas falou pra eu escolher o apê sozinha, não se programou nem na mudança. Foi pra Fazenda. E eu grávida, de barriga, arrumando tudo sozinha. Nossa filha nasceu  e ele foi péssimo! Não quis dormir com a gente na maternidade pq disse q estava muito cansado. Minha mãe ficou possessa, os dois brigando e eu ali, recém-parida, me achando um fardo. Minha mãe ficou comigo e, no dia seguinte foi a vez dele! Foi péssimo: minha filha não pegava o peito e ele ficava nervoso comigo, dizendo que eu tinha que saber o que fazer, que ele tinha pena de mim como mãe…O meu puerpério foi todo difícil, minha filha com suspeita de APLV (Alergia à Proteína do Leite da Vaca), eu numa dieta super restritiva pra poder amamentar e ele, quando não estava na Fazenda, estava na rua. Até que uma noite, quando nossa filha não tinha nem 4 meses – ele chegou em casa de madrugada e nós quebramos o pau. E ele bêbado gritou muito comigo, me empurrou e sacudiu minha cabeça. Falei pra ele que ele estava me agredindo e falava pra eu chamar a polícia. Chamei foi meu irmão que logo estava na minha casa e os dois quase saíram na porrada.Depois disso, meu irmão foi até a delegacia comigo, mas eu não tive coragem de fazer o BO. 
Ele saiu de casa e ficamos separados por 3 meses. Nesse tempo, ele dizia sofrer muito, sentir muito a nossa falta, dizia que estava muito muito difícil pra ele. Eu o perdoei. Mas meu irmão e minha cunhada não. Minha família se viu dividida. Já se passaram quase dois anos dessa agressão. E nesse tempo eu vivo uma vida de família feliz de fachada. Ele já me agrediu outras vezes com apertões no meu braço, chacoalhadas na minha cabeça…a culpa sempre é minha! Ele chora e diz que eu desperto o pior nele. Que ele não quer ser assim.Eu estou cansada! Pago todas as contas da casa sozinha. Resolvo tudo da nossa filha sozinha. Ele apenas me dá uma quantia por mês. Mas deposita na minha conta e só! Não sabe a data que vence uma conta daqui de casa. Não sabe quanto pago no plano de saúde da nossa filha e sabe por cima quanto custa a escola (ele me dá pouco mais que a mensalidade da escola). 
Eu reclamo pq digo que estou cansada, pq a gente não saio mais pra me divertir, que minha vida se resume a minha filha, ele diz que eu quero vida de novela, que não sabe pq eu fui mãe, já que ainda tenho fogo no rabo, quero beber, dançar, etc…A todo momento ele diz que estou doente, que vivo a vida dos outros (se refere à vida das minhas amigas no instagram) e que não adianta eu me separar, pois ninguém me fará feliz, pois eu só reclamo e é difícil demais conviver comigo.Hoje, pela manhã, fui comentar com ele sobre a empregada de mais de 25 anos da minha tia que morreru e eu fiquei muito triste. Ele me interrompeu na mesa do café da manhã, dizendo que eu já iria estragar o dia dele contando uma tragédia. Eu respondi, dizendo se agora não posso sequer comentar algo que sinto e ele me mandou ficar quieta. Eu continuei falando e ele se levantou gritando, pegou minha mandíbula com muita força. Nossa empregada viu e ficou assustada (ela já chegou a comentar comigo que a nossa casa fica com outro clima quando ele não esta aqui). Nossa filha, que hoje tem 2 anos e meio, estava no quarto e não viu. No entanto, eu sei que ela sente o clima constante de animosidade entre os pais.Fora isso, ele vive criticando minha família, o casamento dos meus pais (que dura mais de 40 anos) e vive dizendo que meu pai é um santo por aguentar minha mãe mandando nele. Diz que eu quero fazer o mesmo, mas que ele não é “bocó” igual meu pai e meu irmão.Critica pq minha família é festeira, muito unida, tem muitos gays (o que inclui minha irmã) e diz que só não sai de casa pq tem medo que nossa filha seja criada nesse “meio” e com 13 anos esteja tatuada, fumando maconha e beijando mulher.Detalhe: ele e todos os amigos fumam maconha!Hoje mesmo eu falei pra ele sair de casa. Ele pediu pra empregada juntar todas as coisas dele. Ela o fez!E eu estou aqui escrevendo mais para desabafar e para dizer que eu sei que vivo uma relação abusiva, que há muitos anos quero sair dela, mas que, além dessas e outras coisas ruins que ele já me fez, existem muitos momentos legais, de carinho, de diversão, dele ser um pai muuuuuito amoroso com nossa filha, que é apaixonada por ele!Já pensei em aguentar mais um pouco por ela, pq a acho muito pequena, fico com pena, fico com receio em ter que ficar longe delas alguns dias, algumas datas, mas, após escrever tudo isso, eu percebo o quanto a carência, a falta de auto-estima pode nos aprisionar a relacionamentos tóxicos que, muitas vezes, podem culminar em filhos.Quem nos vê na rua, nas fotos, diz que somos uma família linda. Tem muitas horas que até eu acredito nisso. Mas me fez bem escrever tudo isso aqui pra eu enxergar a verdade e parar de me enganar.Não quero mais. E, se antes minha preocupação era ter logo um relacionamento para casar e ter filhos, agora já tenho minha filha. Não tenho mais pressa e é por ela que sairei dessa! Porque quero que ela me veja como uma mulher forte. Porque não quero que ela acredite que a forma que o pai dela me trata é de amor. Porque não quero Vê-la futuramente reproduzindo a relação abusiva que conviveu em casa.Depois de 2 anos, amanhã volto pra terapia.Sairei dessa! 

Atualização: acabei de escrever e ele chegou em casa. Se surpreendeu quando viu q a empregada realmente arrumou as coisas dele. Começou a gritar comigo, dizendo q vai e não volta nunca mais.  Pra eu ser feliz com o capeta, arranjar um pai gay pra minha filha (pois homem nenhum me aguenta), pra eu esquecê-lo, que ele nem filha tem mais…Minha pequena está na escola e eu fiquei quietinha. Me tranquei no banheiro e já li e reli o email que te mandei, pra eu ter mais convicção de que essa separação é um livramento na minha vida! 

Olha essas frases do seu texto: no primeiro namoro “Ficamos 3 anos namorando à distância e, quando ele fez 30 anos, quando todos os nossos amigos se casaram, ele me veio com um papo de que precisávamos de um tempo para vivermos outras coisas.“, no segundo namoro “Mas, como ele tinha mudado de cidade e nosso namoro passou a ser a distância, na época, eu exigi dele uma posição. “, no terceiro namoro “Ele relutou, mas assumiu namoro“, no 3 VOCÊ FORÇOU UMA POSIÇÃO DOS CARAS! Você é muito carente moça! O último cara te deu TODOS OS SINAIS QUE NÃO PRESTAVA, e mesmo assim você insistiu em algo que se transformou num relacionamento abusivo . QUE BOM QUE ELE SAIU DE CASA! E tomara mesmo que não volte nunca mais, e te peço, por favor, se fortaleça para não cair novamente em uma armadilha da carência. É ela que tem atrapalhado todos seus relacionamentos! Faz terapia mesmo, e só pare quando conseguir ser feliz SOZINHA!

Chora 02 – Aline

Oi, Cony! Meu chora é sobre amizade. Há um tempo venho refletindo sobre essa questão e hoje, lendo a resposta que você deu pra Cetim, fiquei pensando muito no assunto e resolvi escrever.
Em 2001 conheci uma menina no colégio e ficamos amigas. São 19 anos de amizade. Presenciamos o 1º beijo uma da outra, eu fui na festa de 15 anos dela, nos consolamos nos pés na bunda que levamos, eu fui madrinha do casamento dela, vi as filhas dela nascerem, enfim, são muitas histórias. Hoje temos 33 anos.
Só que nesses anos todos, eu sempre fui o lado mais disponível. A que sempre ligava e procurava. Em alguns momentos ela também me procurava, mas sempre menos do que eu. Como ela sempre namorou (está casada com o 1º namorado, que ela conheceu aos 16 anos) ela nunca foi aquela amiga que me acompanhava na noite. A gente costumava ir ao cinema, sair pra comer, fazíamos academia juntas, uma ia na casa da outra, até porque sempre moramos perto. Eu ia muito na casa dela, na casa da mãe dela (quando ela casou e se mudou), na casa da sogra…enfim. 
Depois de um tempo de casada ela engravidou (teve 2 filhas em menos de 2 anos). E eu sempre presente, ajudei a arrumar o chá de bebê, fui visitá-la na maternidade, continuei indo na casa dela quando as crianças nasceram, brinco com as filhas dela, tudo. E sempre fiz isso com todo amor do mundo! Como eu disse, eu sempre fui bem mais disponível que ela, e depois que ela teve filho, encarei com mais naturalidade ainda isso. A gente tinha vidas muito diferentes (eu trabalhava, ela era casada, não trabalhava, cuidava de 2 crianças) e eu achava natural que eu tivesse mais tempo pra procurar por ela, visitar e tal. Nesse período todo eu sempre brinquei que ela era relapsa, não ligava pra mim e tal, mas eu sempre encarei isso numa boa.
Há uns anos o marido dela saiu de casa e nós voltamos a sair e fazer nossos programas, aproveitando quando as crianças estavam com o pai. Depois eles reataram o casamento o casamento e tudo voltou a ser como antes.
Só que depois de um tempo eu passei a me incomodar com a nossa relação, com o fato de parecer que eu sou mais amiga dela do que ela é minha amiga. Começou a ficar claro pra mim que a relação era desigual, eu sempre disponível, procurando, e ela nem aí. Nem no meu aniversário ela me liga! Há anos ela não me manda uma mensagem ou me liga no meu aniversário. Eu relevava, sabia que ela era assim, mas de uns tempos pra cá isso começou a me incomodar muito. Hoje a gente se encontra, eu continuo indo na casa dela, conversar e brincar com as meninas, mas tenho repensado muito essa relação. Eu gosto muito dela e das meninas, mas comecei a achar que não era recíproco. Não que eu ache que ela não goste de mim. As vezes acho que ela tem as prioridades dela e que talvez manter essa amizade não esteja entre elas. 
E eu fico triste com isso. Eu gosto dela, são muitos anos de amizade, muitos momentos vividos, mas eu tenho repensado essa amizade. Vale a pena manter uma amizade assim? Devo me afastar? Já passou pela minha cabeça me afastar mas eu sempre penso nisso com muito tristeza. Não acho que conversar seja a solução porque ela sempre foi assim e também porque amizade não se cobra. Fui eu que talvez tenha mudado e passei a repensar nossa amizade. Só que eu não sei o que fazer. Quando eu penso em me afastar, além de me sentir triste com isso, eu fico com a sensação de que estou apagando mais da metade da minha vida e todos os momentos legais que passamos juntas. Me ajudem, meninas?

Quando a gente fica mais velha, ficamos mais seletivas, mais práticas e mais diretas. Já não queremos mais mimimi, dar ou pedir satisfação, acho que a gente quer que nossa vida seja mais leve. Eu também sempre fui a amiga que ia atrás, que chamava pra tudo, que montava os esquemas, as saídas mas nunca era o contrário, e isso em várias amizades, só que com o passar do tempo, comecei a tratar as pessoas da mesma maneira que era tratada e o que aconteceu? As “amigas” sumiram. Claro que a gente acha ruim no início, mas eu sinceramente só quero ao meu lado quem se preocupa comigo e não tenho peso nenhum na consciência por ter me afastado de algumas pessoas! Esses dias mesmo, uma amiga de infância, que eu sempre chamei pra sair, pra almoçar, que mora num bairro vizinho ao meu, sumiu. Desapareceu. Mandei umas 3 mensagens no whatsapp e nada de responder. Ok, deixei pra lá. Daí fui ver o que ela andava postando no Instagram e ela tinha parado de me seguir. Mandei mais uma msg pelo insta perguntando se ela estava chateada comigo e tal, e ela aí sim respondeu e disse que me seguia porque seguia a amiga e não o trabalho e que tinha se sentido excluída porque eu não tinha falado pra ela que eu tinha casado. Gente, eu convido ela pra TODAS minhas festas e ela nunca vai, tivesse ido na última saberia que tinha ficado noiva e mesmo não tendo ido, viu nas redes sociais e nem pra mandar um parabéns né? Que que eu fiz, “que pena, tudo bem, se cuida”. E beijo! Quero mimimi não. “Ah mas desse jeito vai ficar sem “amigas”. Gente, neste ponto da vida, precisamos de qualidade na amizade e não quantidade. Se sobrar UMA verdadeira amizade, já é o suficiente. Eu só quero o que é reciproco e no seu caso, eu a trataria da mesma maneira que ela te trata só pra ver esse fenômeno acontecer.

Chora 03 – Karin

Eii Cony,

Escrevo pra você porque primeiro gosto muito do seu posicionamento e das suas dicas, segundo para organizar os meus pensamentos.

Vamos começar a chorar….. Tenho 30 anos, moro aqui na capital mesmo. Sempre morei, minha família toda é daqui. Há uns 2 anos atrás encontrei e fiquei com meu atual namorado. Ele mora bem longe, no MT, e naquela época não deu pra ir pra frente, ele chegou a vir mais uma vez e eu fui uma também, ele não pediu em namoro e eu desanimei e afastei. Namorei outra pessoa e terminei. Acontece que há uns 10 meses nos encontramos novamente e ficamos. Ele me pediu em namoro a outra vez que fui e estamos namorando desde então. Agora o problema, eu que olho as passagens e eu que fiz um cronograma para os encontros, já tivemos brigas sobre isso, ele fala que não consegue ser tão organizado quanto eu e eu respondo que quando é pra algo que você realmente quer a gente da um jeito. O grande problema em relação a isso que tivemos foi quando ele não conseguiu vir para o aniversario da minha mãe, que eu já tinha avisado com uns 4 meses de antecedência. Só para ”justificar”, ele está passando por um momento difícil, esta mudando de emprego e os pais estão separando, não sei se sou muito dura. Bom… pra finalizar não temos absolutamente nenhuma esperança de morar no mesmo lugar. Ele está montando um negócio lá e eu tenho uma empresa aqui. Quando conversamos disso ele fala que não pode falar nada agora pois não quer falar sem ter alguma coisa certa mas que não quer terminar, que ele gosta muito de mim e gostaria de continuar namorando. Bom, tenho 30 anos e não quero ficar nessa ponte aérea muito mais tempo, inclusive já falei isso pra ele. Estou chegando no meu limite, mas como sou conhecida por ter uma cabeça muito dura sei que quando decidir isso vai ser só um tchau e bença por isso queria olhares de fora. Ele é um cara muito bacana, responsável, carinhoso, inteligente. Mas será que vale esse esforço todo ou estou perdendo o meu tempo?

Abraços, alias, acenos pois estamos evitando contato por conta do Corona….kkkk

Ih, fia, vaza logo. Perde tempo não. E olha que sobre o desinteresse dele de comprar passagens e marcas as viagens eu nem julgo pois eu sou assim também, mas só porque MORRO de preguiça de pesquisar viagens, mas o que pesou foi quando você diz que “não temos absolutamente nenhuma esperança de morar no mesmo lugar. Ele está montando um negócio lá e eu tenho uma empresa aqui. ” Se ele não vai se mudar, você não vai se mudar, pra que continuar??? A vida tem que caminhar pra FRENTE, não fica parada, andar pros lados, e pior, andar pra trás. Vocês não estão evoluindo no relacionamento e nenhum vai dar o braço a torcer. Eu terminaria e liberaria o fluxo da vida.

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57 comentários em “Chora Que Eu Te Escuto!”
  1. Lilian22/04/20 • 20h13

    Oi moça do caso 1, olha, passei por algo bem parecido do que estás vivendo, quase a mesma época. Sofri o pão que o diabo amassou e só de ler suas discussões com o pai da tua filha me dá arrepios, parece que estou me vendo. Não é facil viu, mas cria forças pra não se apegar nessas migalhas de momentos bons que ele te oferece. Também achei que deveria esperar mais um tiquinho meu pra meu filho crescer, pior besteira que acreditei. Ainda bem que minha ficha caiu a tempo. Se quiser uma pessoa desconhecida pra conversa e desabafar: @desapeguinhos.ar Fica com Deus! Força!

  2. Caroline®22/04/20 • 20h40

    Moça n° 2: como diria a sábia NaMaria Braga, ao menor sinal de desinteresse, retribua, e suma.

  3. Mari22/04/20 • 21h10

    Amiga do Chora 01, por favor, promete que toda vez que você pensar em voltar com esse homem você irá ler esse e-mail de novo e de novo. Da muita tristeza ver uma mulher (enfim , qualquer pessoa) dando um relato tão triste. Você pode ser muito mais feliz que isso, é sério, não tenha medo! Só busque ajuda, faça terapia, realmente sair de um relacionamento abusivo é difícil, mas o mais difícil que é identificá-lo você já fez. Força, não esmoreça! Essas migalhas de momentos felizes que ele proporciona a sua filha, não são felicidade!

  4. Carol22/04/20 • 21h20

    Chora 1: amiga, vc precisa muito de ajuda psicológica. Muita msm! Não existem momentos bons nesse relacionamento igual vc falou. Ele te agride fisicamente e psicologicamente “mas tem momentos bons”? Quando? Não existe. É tudo mentira. Um pai que não sabe o valor da mensalidade da filha é um bom pai quando? Ele é amoroso? Quando? Quando ele pega ela no colo? Amor não se resume a isso. Amor é um conjunto de coisas! Quanto a todas as coisas absurdas que vc suportou só te digo: Se salve! Procure ajuda psicológica, da família, da justiça pra deixar ele longe. Mas saia disso. Fuja! Vc precisa decidir sair, o resto todo mundo vai te ajudar. Boa sorte!
    Chora 2: amiga, já ouviu falar de responsabilidade afetiva? Então, sua amiga nunca foi tão amiga sua quanto vc foi dela. Essa responsabilidade não é dela. Às vezes nem é por maldade, vcs se conheceram mt nova, e as pessoas mudam. Pra vc não mudou nada, mas pra ela pode ter mudado. Às vezes vc ser livre e independente não faça bem pra ela. Às vezes ela tem os complexos dela. Ou simplesmente ela não quer sua amizade. Vcs tem vidas bem diferentes, às vezes é isso…pode ser tanta coisa. Mas com tudo que vc escreveu eu só penso que vc quer a amiga da época da escola, e ela não. E td bem! A gente muda. Não sofra por isso. Mais vale uma amizade recíproca do que várias por costume. Vida que segue. Vc encontrará amigas de verdade nessa vida.

    • Juju22/04/20 • 22h08

      Amiga do Chora 1,
      Impressionante como temos as respostas dentro de nós. Lendo seu relato, percebo que você SABE seu valor. Percebo também que faz tempo que você SABIA estar em um relacionamento abusivo. Mas ignorou essas duas coisas, primeiro porque queria um relacionamento, porque queria uma família, depois porque queria manter esse relacionamento e essa familia. Imagino que deve ter sido muito difícil tomar essa decisão. Mas agora você e sua filha devem ser sua prioridade – não o ex ou qualquer outro cara. Por ela e por você, não aceite NADA MENOS do que o que você SABE que merece. No mínimo, respeito e uma relação saudável. Foque nos exemplos que você quer deixar para ela e daí vira sua força. E se prepara (com bastante terapia e uma bela rede de apoio), porque ser ex com filha de um cara assim não deve ser muito mais fácil do que morar com ele. Mas você é forte e tudo vai dar certo! VOCÊ JÁ ESTÁ ESCREVENDO SEU FINAL FELIZ.

    • Denise D.23/04/20 • 09h28

      Cony, faz um post para falar de “amigas” que devem ser descartadas. Sabe ? Aquelas que mostram desinteresse, que falam mal pelas costas, aquelas que só sabem criticar, e por aí vai.
      Bjs

      • Jane23/04/20 • 14h53

        Denise, aprendi com a Nathalia Arcuri do canal Me Poupe um exercício ótimo!
        Temos na nossa vida dois tipos de pessoas: as pessoas âncoras e as pessoas foguetes!
        As pessoas âncoras são aquelas que te puxam pra baixo, te criticam só por criticar, não ficam feliz quando você está feliz, estão sempre dando um jeito de te colocar para baixo, te atrapalham mais que ajudam.
        As pessoas foguetes são o oposto. São pessoas que torcem por você, querem seu bem, te estimulam a crescer a se desenvolver como pessoa, te dão apoio, querem te ver bem.
        Ela ensina que devemos fazer uma lista com todas as pessoas que conhecemos. TODAS! e ao lado de cada nome colocar “F! de foguete ou “A” de âncora. As pessoas que você colocou o “F” na frente são as que você deve ter perto de você, são essas que valem a pena manter.
        As pessoas que você colocou “A”, se afaste, bloqueie, apague o número do celular, deixe de seguir nas redes sociais, delete da sua vida.
        As vezes temos pessoas “A” que não conseguimos deletar, porque são familia ou colegas de trabalho. E nesses casos ela sugere que a gente mantenha só o contato necessário e evite falar de nossos planos e sonhos. Pra evitar dar munição para essas pessoas. Eu fiz esse exercicio e foi muito bom. Percebi que já tinha deletado da minha vida pessoas âncoras.
        Espero ter ajudado.
        bjs

    • Thais23/04/20 • 20h32

      Chora 1: que situação! Procure sua rede de apoio em pessoas que te amam de verdade. E dá uma olhada no insta @colheresdeouro. Fez bem em não ir pra frente. Poderia se tornar tarde demais. Força!

  5. Jaqueline Ribeiro22/04/20 • 21h27

    Tô TÃO, mas TÃO irritada com o caso 1 que ainda nem li os outros. AMADAAAA, vc tá com dó da sua filha ficar sem pai?! Pois eu tô achando que logo logo ela vai ficar sem mãe, esse cara VAI te matar de um jeito ou de outro. TOME TODAS AS PROVIDÊNCIAS JUDICIAIS E SOME VOCÊ DA VIDA DESSE EMBUSTE.

  6. Catis22/04/20 • 21h27

    1 Troca a fechadura.
    2. Abandona a amiga.
    3. Termina o namoro

    • Lua22/04/20 • 22h37

      Concordo! Mensagem direta, rápida e objetiva!

  7. Paula22/04/20 • 21h41

    Realmente, se formos analisar, as respostas sempre estão na nossa cara, apenas o lado sentimental nos ilude e nos faz de cegas.
    Seja para identificar que o cara não está a fim de compromisso e que forçar a barra é péssimo negócio, seja perceber que a amiga é egoísta, ou cair na real que a logística tornará a relação inviável.
    Estamos sempre achando que vai ser diferente com a gente… que somos tão especiais que o outro nos dará valor, mudará. Somente as atitudes concretas do outro é mostram se há amor ou bem querer verdadeiros. E não é no futuro. É desde sempre!

  8. Krisley22/04/20 • 22h05

    Amiga do chora 1, pelo amor de Deus, saia dessa relação de uma vez por todas e saia agora! Vc ainda está balançada dizendo que sua filha gosta muito dele mas ela só tem 2 anos, nem sabe direito! Ela crescerá nesse ambiente vendo esse tipo de tratamento do homem com a mulher e possivelmente no futuro tbm poderá ser vítima de relação abusiva. Vc é ótima, saia dessa e seja feliz sozinha

  9. Camila costa22/04/20 • 22h08

    Uma vez li no blog, Cony falando algo sobre sair da zona de conforto, não sei se usou essa palavra, lembro de ter dito de aceitar convites, ir a lugares novos, daí que eu estava num momento de achar legal ficar sem fazer nada em casa(ainda acho e, gosto), mas digo sem divertir com pessoas amigas, daí que veio a calhar o conselho, eis que recebo um convite de passar final de semana em outra cidade, topei na hora, passei 3 dias, sair da minha zona de conforto, enfrentei coisinhas que não gosto e, foi maravilhoso, acho que até já cometei isso lá atrás…com isso quero dizer que até simplesmente ler, faz efeito pra nós e, imagina agora nessa situação delicada que todos nós estamos passando, tem alguém passando por algo angustiante e, ter aqui um espaço pra desabafo é muito confortável…

  10. Amandha22/04/20 • 22h14

    Meu Deus, por favor peça uma atualização mensal da Fantine de que ela NÃO vai mesmo voltar com esse cara.
    A filha dela não vai deixar de ter o pai legal (que ela comentou) só pq os pais estão separados. Mas tbm não vai crescer achando que agressão verbal e física é amor…

  11. Patricia22/04/20 • 22h17

    Chora 1: Sua história me arrepiou e deixou com olhos marejados. Me vi um pouco em você: tenho 33 anos, alguns namoros fracassados, histórico de carência, eu poderia até estar vivenciando sua história caso tivesse engravidado de algum ex, mas continuo solteira e sem filhos. É engraçado que você quem veio aqui pedir conselho e nem sabe que pode estar ajudando uma outra pessoa (eu, no caso).
    Tive alguns namoros, um em especial que durou um ano e eu gostava mais dele do que ele de mim. Depois disso, foram sucessões de namoricos, em que os homens me amavam da noite para o dia, queriam namorar, casar, ter filhos e por algum tempo essas promessas preenchiam um vazio que o ex, que eu realmente gostei, deixou, mas com poucos meses eu via que não tinham nada a ver comigo e terminávamos.
    Hoje namoro um cara super bacana, não me sinto super apaixonada, até estava pensando em terminar, mas fico pensando que com ele eu dificilmente viveria algo que vc relatou! As vezes a gente deixa escapar alguém bacana e acaba morrendo na praia com um monstro igual ao seu ex. Então hoje te agradeço por abrir meus olhos e ver o quão bacana é o cara que está ao meu lado, que merece que eu dê mais valor!
    Eu fico impressionada porque, pela boa escrita, vc parece ser bem instruída e é difícil acreditar que não tenha terminado antes. Leia e releia o email inúmeras vezes, porque você está muito lúcida da sua situação e em cada palavra se vê o absurdo que seria reatar essa relação. Te desejo muita força, veja o quão abençoada vc é, de não depender dele financeiramente nem emocionalmente! Afastar um cara desse da vida da sua filha, é um favor que vc a faz! Que possa criá-la num ambiente de paz e harmonia!

    • Ana Luiza24/04/20 • 09h27

      No seu caso seria (minha opinião) mais vantagem ficar sozinha e aprender a se amar 100%, mesmo que seja pra ficar sozinha, do que estar com alguém que vc não gosta tanto só pq teoricamente ele não vai ser alguém abusivo. Acho que seu problema de carência ainda está bem forte.

  12. Vanessa22/04/20 • 22h24

    Moça n.1 (Fantine): mulher, você é inteligente, bem sucedida e tem uma filha linda! Se ame primeiro, antes de querer o amor de outrem.
    Esse relacionamento é muuuito abusivo, e me vem aquela frase na cabeça, de que aceitamos o amor que acreditamos merecer.
    Pois você merece mais, sua filha merece mais. Eu nunca tive um relacionamento abusivo fisicamente, mas já passei por esse medo de terminar com alguém porque a gente tinha momentos de carinho e amor, porque a química era ótima, fechando os olhos pro fato de ele ser um mulherengo notório. Não foi fácil cortar o vínculo, só posso imaginar o quanto pra você deve ser pior, mas continue firme na decisão.
    Agressões físicas tendem a piorar, vai saber o que ele pode fazer com você e sua filha mais pra frente?!
    Foooora que ninguém sabe o dia de amanhã! Um cara decente e amoroso pode estar por ai, não perca tempo! Mas antes de homem, fique firme na sua terapia, foque no seu fortalecimento e em se curar.

    Aline: é difícil perceber, mas infelizmente amizade às vezes não é recíproca. Eu conversaria com minha amiga e falaria isso tudo pra ela, abre o coração, pelo tempo de amizade, vocês tem abertura pra isso. Se não sentir mudança, e se não estiver te fazendo bem, se afaste. Amizade é apoio mútuo.

    Karin: eu ia falar pra você tentar let it go mais um pouco, tentar ir no embalo e curtir mais um pouco, porque sinceramente, encontrar pessoas legais, com quem você se conecta não acontece com tanta frequência. Mas a Cony disse tudo: nenhum dos dois está aberto pra possibilidade de mudar de cidade, então realmente vocês estão fazendo um jogo travado, talvez se liberar disso seja o melhor a se fazer.

  13. Thalita22/04/20 • 22h36

    Fantini
    Por favor, por você, por sua filha, por sua vida! Deleta esse cada da sua vida! ELE VAI TE MATAR. não espere ser mais uma mulher na estatística de feminicídio! Não acredite que não vai encontrar ninguém. Mas se ame acima de shakier outra pessoa. Acredito que terapia vai te ajudar muito!

  14. Ana22/04/20 • 22h44

    Moça n° 2: Com o tempo vamos ficando mais seletivas. Tive uma amizade que eu sempre sempre sempreee tomava a inciativa e olhe que não sou chiclete, mas qdo sou amiga é pra valer, então cansei de correr atrás e foi a melhor coisa que fiz. Essa história que não tem tempo não existe pq ela acompanhava minhas postagens nas redes e não mandava um oi, nem um sinal de vida após meses? Nam, tô fora. Prefiro gastar minha energia boa com pessoas que realmente me querem na vida delas.

  15. Luisa22/04/20 • 23h07

    Cony, tudo bem? Escreve pra quem perdeu o emprego nessa crise e está passando por momentos mais tensos e lidando com incertezas e ansiedade. Estou assim… Não sei mais o que fazer, dá uma angústia…

    • Anna24/04/20 • 00h32

      Luísa, se vc se interessar por esse assunto, a Thaís Godinho do Vida Organizada está fazendo um curso gratuito nesta semana (até o dia 27/04) sobre organização nessa quarentena, inclusive para pessoas que estão desempregadas.
      Segue o link: https://vidaorganizada.com/semana/

  16. Ana22/04/20 • 23h31

    Amiga do chora 01, pesquise sobre relacionamento com narcisistas! Tem vários vídeos do YouTube sobre o tema que vão te ajudar a entender tudo que aconteceu e superar esse momento difícil (sem recaídas!).

    Não importa o que te digam, nao caia na tentação de acreditar que a culpa não é sua!
    Todo mundo, independente de conhecer sobre o tema, de ser carente ou não, de ser “plena”, está sujeito a entrar em um relacionamento abusivo! Conheço juíza, delegada e até médico que passaram por

  17. Daniela Zapata22/04/20 • 23h51

    Amiga do chora 1: vou pontuar algumas coisas aqui pra você enxergar o tamanho da diferença que existe entre você e esse embuste:
    1) não consigo compreender como algumas pessoas são vitoriosas em aspectos importantes na vida, como você, e acabam se relacionando com pessoas derrotadas. Medo de perder algo que ninguém quer?
    2) vou te contar algo que você ainda não percebeu: sua filha não tem pai. Você não tem um companheiro. Sabe o que isso significa? Que você já está sozinha há muito tempo, e ainda pagando pra outro te fazer mal
    3) você agora tem uma filha. Pense no ambiente familiar péssimo que você está permitindo que este sujeito crie na sua casa.
    4) por que você parece não gostar de você mesma? Todas nós que lemos seu relato já percebemos o quanto você consegue ser forte. Livre-se dessa mania de gostar de sofrer
    5) por fim, lembre-se TODOS OS DIAS, que cada dia com ele é um dia perdido que você e sua filha não foram felizes.
    Procure ajuda, enxergue seu tamanho e força e perceba a quantidade de motivos que você tem pra ser feliz. ❤️

  18. Isabela22/04/20 • 23h56

    Para o caso 3:
    Já passei por isso, sou sócia de uma empresa, amo a minha cidade e tinha um namorado em outra cidade que disse que não sairia de lá por nada. Deixando de lá todo o papo de talvez não fosse amor etc.

    A verdade é que se não tem futuro, pra que ficar junto? Pode parecer frio, mas depois de um tempo a gente vê que é verdade.

    E cada dia a mais que a gente insiste em uma relação que não vai pra frente, é um dia a menos que a gente tem com a pessoa certa.

  19. Sandra23/04/20 • 01h23

    Pra moça do caso 2 – passei por algo parecido com uma amiga. A conheci no trabalho e parecia que éramos almas gêmeas desde o início, mesmos gostos, mesmas piadas, ríamos juntas de bobeira… Enfim, muita afinidade. Eu já estava casada e ela estava noiva, preparando o casamento, período que curtimos muito juntas. Quando ela passou em um concurso na cidade onde ela morava, ela pediu exoneração e foi embora! Muito choro e promessas de que manteriamos o contato, No começo eu ia pra cidade dela e ela vinha pra minha cidade, porém nossa afinidade não resistiu à distância e ao tempo os contatos foram ficando cada vez mais raros, tanto eu como ela conhecemos outras amigas e assim foi. De vez em quando trocávamos algumas palavras, inclusive de carinho e saudades. Aí há uns dois anos atrás ela me convidou pra uma festa de aniversário de casamento dela, fiquei muito feliz com o convite e fomos, mesmo sendo em outra cidade, nem considerei um sacrifício, tava feliz. Lá me arrependi de ter ido…eu não conhecia os outros convidados e eu e meu marido passamos a festa toda sozinhos, ela só nos cumprimentou na chegada, até entendi que como dona da festa tinha que dar atenção aos outros convidados. Finalmente, ano passado a convidei pra minha festa de aniversário de casamento e infelizmente, no dia da festa, ela me mandou uma mensagem de WhatsApp dizendo que não viria. Fiquei muito chateada, mas isso serviu pra eu entender que acabou. Foi muito legal tê-la conhecido, torço muito por ela (ela tá em ascensão no trabalho ) mas não somos mais as mesmas pessoas de 15 anos atrás. Sem mágoa e sem ressentimento.
    Considere-se privilegiada de ter tido uma amiga assim na sua vida, dê espaço a ela, e olhe ao seu redor, há muitas pessoas legais que se vc der oportunidade, pode se tornar uma grande amiga também.

    • Flavia23/04/20 • 14h47

      Eu tive uma amiga que meio que deu uma sumida quando saímos do colegip e fomos para faculdade. A vida passou, ela se separou e me procurou. Parecia a mesma pessoa. Mas não era. Dizia que era borderline. Eu não sabendo o que era isso, nem levei muito a sério, até que ela arrumou uma grande confusão. Eu apresentei um amigo a ela; mas eu meio que era afim dele. Mas eu nunca ficaria com ele. Só sei que eles ficaram, e ela aprontou muito
      Com ele,,, tipo obsessiva. Até então, eu acho que em briga de casal não devemos nos meter. Convidei ela para uma festa e ela foi Apenas para estragar essa festa para mim. Ficou lá falando que o cara ficava falando coisas de mim que eu não teria estrutura para aguentar etc. eu insisti para ela dizer o que era e ela nada. Bom, depois disso eu cortei ela da minha vida. Se ela realmente fosse minha amiga ela não faria isso. Ela não faria esse terrorzinho. Ou ela falaria o que ocorreu eu não faça nada. Fiquei muito triste. Era uma pessoa que eu gostava muito. Mas diante disso; vai que ela inventa coisas ? Cortei total. Ela foi até a casa da minha mãe para saber de mim, mandou e-mail, Whats e eu respondi apenas dizendo: quando der a gente marca sim. E nunca mais falei. E prefiro nem falar.

  20. Jackeline23/04/20 • 02h38

    Caso 1 : Me deu um embrulho no estômago ler esse relato,moça vc é inteligente, com um bom emprego,não depende desse cara PRA NADA, vc diz que ele é bom pai ,mas desde quando vc estava grávida ele cagou pra isso. Ele não é bom pai,não é bom marido, e não há momentos bons nessa relação, ele te agride física e psicologicamente,logo sua filha começa a perceber as coisas,é nesse ambiente que vc quer criar ela ?
    Caso 2 : Olha eu me vi muito nesse relato,sempre fui a amiga 100% disponível pra todo mundo e a maioria das pessoas só se aproximam quando precisam de algo,

    • Jackeline23/04/20 • 02h46

      Continuando sobre o chora 2 : Me afastei de todas as “amizades” que não me acrescentam em nada e foi a melhor coisa que fiz, no começo dói ,vc se sente sozinha ,mas depois é automático, vc deixa na sua vida só quem gosta de vc ,taca o dane se pro resto e fica sem paciência nenhuma com cobranças,dramas etc. Também tem a possibilidade de vocês terem mudado muito ao longo da vida e a vibe não bater mais

  21. Debora23/04/20 • 08h21

    Caso 1: mulher, caia fora desse relacionamento AGORA. Se vc não se ama, pense na sua filha, que é menina e está aprendendo que o amor faz sofrer e vai repetir esse padrão quando for adulta. Quebrar o ciclo de violência é muito difícil, você terá que ser muito forte para não voltar para ele, para não cair nas armadilhas que esse falso amor vai oferecer… Mas siga firme, cuide de você, se fortaleça e vai viver sem esse SER DAS TREVAS que vai te matar literalmente ou subjetivamente e ainda vai destruir a vida da filha também!!! Força, você consegue!!!

  22. Ju23/04/20 • 08h53

    Moça do relato 1, acabei de ler seu comentário e nem fui ver os outros para escrever isso para você!
    Sua historia me lembra muito a da minha mãe, com a exceção de que não era o meu pai que fazia isso com ela, e sim o meu padrasto. Eles ficaram juntos por mais de 15 anos. Por isso quero te dar uma visão de filha, já que você se mostrou tão preocupada com a sua pequena. Apesar de hoje já ter 32 anos, passei grande parte da minha infância, adolescência e início da vida adulta (dos 07 aos 23 anos) convivendo diariamente numa situação parecida com a sua.
    O que eu quero te dizer, do fundo do meu coração, é que sua filha vai te admirar muito quando perceber que você é uma mulher forte, bem resolvida, que assumiu as rédeas da sua vida e decidiu sair de um relacionamento abusivo. É isso que sinto em relação à minha mãe. E não só eu que sinto isso, a minha irmã, filha da minha mãe com meu padrasto, sente o mesmo. Nós, mulheres, temos muito como espelho as atitudes da nossa mãe. Mostre pra sua filha que ela não deve aceitar nada mais que o melhor para ela, nada mais que a felicidade em um relacionamento. Seja um espelho para ela. Faça isso por você e por ela. E lembre-se que nunca é tarde para recomeçar. Hoje vejo a minha mãe, aos 55 anos, casada, em um relacionamento leve, viajando, saindo e se divertindo nunca como antes. Você também terá isso!
    Você aparenta ser uma pessoa maravilhosa, com uma família maravilhosa! Não se prenda ao pai da sua filha. Coisas muito boas irão acontecer com você caso você se permita ser feliz!
    Não se culpe, pois muitas mulheres lindas e inteligentes passam o que você passa, procure terapia, como a cony falou, e se liberte desse inferno que você vive diariamente!
    Muita luz para você!

  23. Thais23/04/20 • 08h58

    Caso 1: Amiga, eu sei o quanto deve estar sendo difícil para você. Olhar para o lado e ver que aquilo que você aspirava na vida (um casamento, uma família) não tá dando certo, não funciona, porque você se deixou levar por um relacionamento que desde sempre te dava dicas que não era certo, não era saudável. Mas quer saber? O mais difícil você já fez! Identificar a situação e escolher sair dela. Você é jovem, estável financeiramente, provavelmente linda, com uma filhinha ainda mais linda que precisa de você. O mundo ta aí: incrível como ele é, pronto pra você! Não deixe esse cara tirar tua vontade de viver, de ser feliz. Pega tua filha no colo e realiza todos os seus sonhos, se aproveita da mulher massa que você é. Desejo de todo o coração que você seja estupidamente feliz. Um beijo!

  24. Lana23/04/20 • 09h39

    Chora 1: amiga, to aqui mentalizando e te enviando toda força e boas energia possíveis pra que vc consiga por um ponto final nessa história de uma vez por todas! Se preserve, preserve sua vida e fique o mais longe possível desse lixo humano. Uma pessoa capaz de fazer o que ele fez com vc, é capaz de fazer muito mais. Foge! A terapia vai te ajudar muito!

    Chora 2: poxa, não lembrar nem do aniversário foi pesado, pelo menos pra mim é uma data importante. No mínimo uma mensagem deveria mandar né? Eu repensaria essa relação, se não te faz bem melhor se afastar.

    Chora 03: eu sei que pra quem tá sentimentalmente envolvido não é tão simples de pensar: ah essa relação não vai dar em nada e simplesmente acabar tudo. Mas o pior é que não vejo outra alternativa. Como a cony disse, tem que andar pra frente. Corre o risco de vc estar só perdendo tempo nesse relacionamento.

  25. Raiza23/04/20 • 10h02

    Poxa, todo mundo falando pra deixar a amiga de lado no caso 2.
    Acho que serei a única a discordar. Eu sou uma amiga tipo essa, infelizmente. Sempre fui meio relapsa, desde a adolescência, esquecia datas importantes, nunca fui muito de ligar ou programar coisas, mas sempre ia quando as amigas chamavam e amava estar com elas. Conforme fui ficando adulta e as responsabilidades vindo, fui ficando pior ainda, pois as tarefas do dia a dia vão me atropelando e quando vejo já se passaram semanas e não respondi aquela mensagem ou retornei uma ligação.
    Talvez minhas amigas se sintam da mesma maneira que a moça do chora e acho que algumas realmente foram desistindo ao longo do tempo, mas dando a versão do outro lado da história, não é fácil pra gente ser assim também, rola muita culpa e cobrança por ser assim e não conseguir ser diferente, sei que deve ser chato pra quem tá do outro lado, mas ela ser assim não significa que ela não te ame ou não valorize a amizade de vocês.
    Eu sei por mim que, muitas vezes, esse jeito me traz muito isolamento, pois as pessoas acabam parando de te procurar.
    Acho que a melhor maneira de saber se ela valoriza ou não a sua amizade é olhar se ela é assim com todo mundo ou só com você. Se for só com você, cai fora. Se for com todos, você tem o direito de cair fora também, mas na minha opinião, por ser parecida com ela, não acho que as pessoas devam ser deixadas de lado por uma característica da personalidade, principalmente se qdo vcs estão juntas se divertem e curtem a cia uma da outra.

  26. Anna23/04/20 • 10h48

    Para o caso 1: querida, procure uma delegacia da mulher para registrar o BO e solicitar as medidas protetivas de urgência e depois o Núcleo especializado de Violência contra a Mulher da Defensoria Pública da sua cidade, para te auxiliar com o divórcio e a guarda da sua filha. Ele não é só para mulheres pobres. A mulher em situação de violência é vulnerável e existe toda uma rede estatal para ampará-la. Vcs sabiam que apenas 1 a cada 10 mulheres vítimas de feminicídio tem medida protetiva?as a imprensa só foca nele. É muito importante buscar ajuda, vc não está sozinha.

    Caso 2: aparentemente não é o seu caso, mas eu costumo parar de procurar a pessoa quando vejo que ela só vem atrás de mim para desabafar, pedir conselho ou me contar só coisas dela, sem nunca perguntar de mim. Isso é muito frustrante! Vc sabe tudo da pessoa, mas ela não faz ideia de quem vc seja, pelo simples fato de que nunca parou para te ouvir realmente. Até já mandei um chora aqui sobre isso e os conselhos me ajudaram muito. Então sim, já tive amizades em que só a amiga me procurava e não me sinto mal por isso. Em algumas eu até tentei explicar a situação antes e não adiantou, em outras só me afastei mesmo, pq já não tínhamos nada em comum. Vc já tentou ter uma conversa super franca com ela? Acho que a partir daí vc pode tomar uma decisão.

    • Izabela23/04/20 • 15h03

      Simmm Por favor Caso 1, além da terapia, registra a violência física que ele fez contra você! Temo pela sua vida! Busque ajuda profissional, de delegados, advogados e do Núcleo!

  27. Fantine23/04/20 • 11h08

    Meninas, sou eu FANTINE, a moça do caso 1. Primeiramente, quero agradecer a todas vcs pelas palavras, pela sororidade. Impressionante como isso nos fortalece! Eu escrevi esse chora achando MESMO que nem seria publicado, mas foi uma forma muito eficaz que encontrei de olhar pra minha história. Há anos acompanho a Cony, sempre amei ler os choras e já me identifiquei em taaaaaantos casos de relacionamentos abusivos, que naquele dia que escrevi parece que, finalmente, resolvi admitir que eu vivia um. O processo não é fácil, não passei a enxergar da noite pro dia, até porque a parte mais difícil desses relacionamentos é que o abusador não é sempre um monstro! Pelo contrário!!! Meu ex era muito articulado, bom de papo, sabia pedir desculpas de um jeito que me convencia que não faria mais isso e até que eu tinha minha parcela de culpa! Além disso, quando estávamos com nossas famílias, entre amigos, ele sempre era muuuito carinhoso, prestativo…De qq forma, a parte boa é que estou mais forte do que nunca! E olha que pouco depois de 1 mês que ele saiu de casa veio essa quarentena. Não tem sido moleza. Confesso que algumas vezes me pego pensando que seria mais fácil se ele estivesse aqui com a gente, mas aí eu lembro de tudo, releio o email que mandei pra Cony e só consigo pedir forças e agradecer a Deus por ele já ter saído de casa. Imagino que do jeito que vínhamos brigando, se estivéssemos juntos nesse isolamento, algo pior poderia ter acontecido! Estou confiante que sairei desse período mais forte e, embora ele viva me ameaçando, dizendo que nossa filha saberá que eu o afastei dela, tenho certeza que ela terá orgulho do que estou fazendo por mim e por ela! Obrigada mais uma vez e continuemos aqui nos ajudando nessa rede maravilhosa!

    • Vic23/04/20 • 13h15

      Fantine, tu é maravilhosa! Segue firme, com certeza está difícil agora, mas tu fez a escolha certa e deve se orgulhar disso!

    • Izabel23/04/20 • 14h14

      Fica firme tá? e receba meu abraço.
      Eu conheço uma mulher lindíssima e muuuito querida que infelizmente por carência caiu em relacionamentos muito ruins, porque sempre desejou ter a família dela por N motivos psicológicos. Enfim, você não é um ET, muuuuuitas pessoas se mantem presas em todo tipo de relacionamento ruim e simplesmente não consegue ver, até porque como você falou a outra pessoa não é um monstro o tempo todo, há um jogo de manipulação e doença envolvidos.
      Faz igual o pessoal do AA um dia de cada vez e cada dia você vai ficar mais forte e feliz.
      Abração em ti.

    • Flavai23/04/20 • 14h28

      Acho que está na hora de vc faZer um
      Boletim de ocorrência ! Que cara nojento. Não adianta ser bonito se é um escroto. Que bom que tem essa quarentena pois ele tbm não pode sair e ir na sua casa. Esse cara deve ter muuuuitas amantes e doenças. Que nojo.

    • Vanessa24/04/20 • 15h41

      Fantine, tenho certeza de que tá difícil, sim. Vejo pela minha irmã com meu sobrinho pequeno em casa na quarentena também. Mas te garanto que seria ainda mais difícil com ele em casa, o stress poderia ter desencadeado mais e mais brigas e vc poderia ter virado mais uma nas estatísticas de feminicídio, de agressão doméstica, etc. O mais difícil vc já passou que foi admitir que estava num relacionamento abusivo e se afastar dele.
      Força pra seguir em frente!!
      Beijo

  28. Nat23/04/20 • 13h22

    Aline (Caso 2): Deixa essa amiga ir. Uma vez eu li que tem algumas pessoas que a gente continua tendo carinho e guardando no coração, mas deixamos de gostar. A gente continua amando a pessoa, mas não gosta mais de estar junto, etc. Nós estamos acostumadas a terminar relacionamento amoroso ruim mas não terminamos amizade que nos deixa insatisfeitas, pq será? Passei por algo bem parecido com você com uma amiga da faculdade: éramos inseparáveis mas ela passou a beber muito quando saíamos, eu não gostava. Aí chegou ao ponto de ela ser grosseira com a minha irmã numa rede social. Acabou aí pra mim. Me afastei e foi a melhor coisa pra mim. Os momentos legais ficam na memória e vida que segue. Amizade não tem que ter essas cobranças e nem somos obrigadas a aturar atitudes desagradáveis em nome da amizade. Poucos e bons sempre.

  29. Izabela23/04/20 • 13h33

    Fantine Espero que a terapia te ajude. e por favor, se nesse meio tempo ele sequer ENCOSTAR em você, registre BO. Peça ajuda para seus irmãos e familiares, eles estão DO SEU LADO! Li uma frase uma vez que lembrei agora: Se você não tem coragem de contar para seus melhores amigos/familiares é porque você já sabe que está errado.
    Força para você querida, e SE PROTEJA desse cara violento!

    Aline, eu não vejo nada d+ em cada um fazer coisas diferentes para manter a amizade, desde que nenhum dos lados se sinta como você está se sentindo.. faz os seguinte, quando você estiver afim, vai lá, ve ela, brinca com as meninas.. mas se não tiver também, nao tem problema. Se ela é assim mesmo, e for sua amiga mesmo, ela vai te entender também, assim como você sempre entendeu ela!

    Karin, realmente, se não tem nenhum plano de ficar junto, porque ficar? sai dessa!

  30. Ana Luiza23/04/20 • 13h38

    Pro chora 3, eu namorei meu noivo a distância por um ano e meio, era sempre eu que via as passagens, tinha um cronograma com quem viajava pra que lugar em cada fds (nos víamos todos os fins de semana, eu no interior de SC e ele em SP). Ele nunca sabia direito quem ia pra onde, mesmo com o cronograma ele nunca olhava muito, eu que mandava msg pra ele quinta à noite dizendo: amanhã vc tem voo na hora tal/amanhã chego aí na hora tal. Eu acabava indo mais pra lá do que ele vindo pra cá pq sou empresária aqui e tinha mais flexibilidade. Por duas vezes ele perdeu o voo pra cá e eu fiquei putaaaaa. Enfim, mas desde o início sempre falei pra ele que não ia viver em relacionamento a distância pra sempre, que precisava ter pelo menos uma perspectiva de quando moraríamos na mesma cidade. Cheguei a procurar emprego lá em SP, mas tenho muito apego à minha empresa (e, graças a Deus, sucesso também), ele tinha um cargo super legal em SP e a área dele “não existe” por aqui. Enfim, chegamos a terminar em maio de 2018, ele ficou suuuuperrrr mal, veio de carro até minha cidade (10+ horas de estrada) e dei um ultimato nele, ou a gente moraria na mesma cidade ou terminaríamos. Enfim, dia 1 de julho de 2018 ele se mudou pra cá, no começo ele veio pra um emprego na área dele mas em uma cidade a 1h daqui, ganhando metade do que ganhava em SP e tendo q se deslocar de carro pra ir e voltar todos os dias. Fomos levando e poucos meses depois ele conseguiu outro cargo muito mais legal, em uma empresa gigante, ganhando mais do que ganhava em SP. Ele se dispôs a sair da zona de conforto dele em prol do nosso relacionamento. Se eu tivesse terminado com ele lá no começo pq ele não se ligava direito nas nossas passagens e tal, não estaríamos vivendo essa relação tão gostosa e que impulsionou ele (e a mim) muito mais pra frente. Talvez seu boy precisa de um ultimato, ou vcs alinharem que até a data x pra estarem perto (mesmo que seja distante, tipo “em março de 2022 vamos morar juntos”) e aí vcs vão trabalhando pra conseguirem concretizar o plano…

  31. Flavia23/04/20 • 14h24

    Chora 3. Ai desculpa, mas te achei chataaa. Mas tbm acho que não tem futuro.
    Chora 1. Que bom que ele vazou né? Agora vc pode ser vc mesma e tentar ser feliz e não ficar fingindo nas redes sociais.
    Chora 2. Só vc é amiga. Trata ela da mesma forma. Tem gente que pensa que só por ter casamento e filhos não precisa de mais nada. Ledo engano.

  32. Ju23/04/20 • 16h54

    Caso 3: não perca mais tempo e saia logo desse relacionamento. Você sabe bem o que quer, ou melhor, o que não quer (viver na ponte aérea) e sabe que vocês não tem nenhuma esperança de morar na mesma cidade. Pra um relacionamento dar certo os objetivos precisam ser comuns e, pelo menos nesse momento, vocês não estão em sintonia. Você quer uma coisa que, no momento, ele não pode (ou não quer) te dar. Pode ser dolorido terminar agora, mas mais pra frente, você vai ver que foi o melhor a se fazer e vai até se arrepender de não ter terminado antes.

    Cony, chora inspirado no Rouge! rs

  33. Juliana23/04/20 • 17h05

    Caso 2 –
    Nossa, me identifiquei demais com vc! Eu passo por isso com uma amiga minha. E sei que o conselho da maioria é no sentido de se afastar, mas dói demais.
    Sinto que não fazemos parte mais uma da vida da outra, por mais que eu procure. Sinto que não tem um grande interesse dela em saber da minha vida e nem de se abrir sobre a vida dela comigo.
    Vejo que ela tem carinho, quando nos encontramos, mas é só. Parece que pra ela passou, sinto nossas conversas muito superficiais.
    No meu caso, são quase 30 anos de amizade e eu queria muito conversar com ela, mas ao mesmo tempo tenho medo de soar como cobrança, afinal não deixa de ser.. principalmente agora que ela está em um momento da vida bem diferente do meu (ela acabou de ser mãe, está amamentando).
    Então acabo sofrendo sozinha, calada.
    Fico dando voltas e voltas na minha cabeça pensando se eu fiz algo que a tenha magoado por algum motivo, que justifique essa unilateralidade na nossa relação.
    Boa sorte, espero que vc seja sábia pra lidar com isso sem sofrer tanto!

  34. Carla23/04/20 • 21h10

    Mais uma vez passada com o chora…
    O primeiro chora me chocou a que ponto chega uma carência..Cony está certa. Terapia ja! E nao caia mais na armadilha desse infeliz.. Melhor sua filha ter um pai ausente do que um pai desse “presente”…como você vai explicar que um homem jamais pode bater numa mulher sendo que ela pode crescer e ver uma cena dele te pegando pela mandibula? Quando voce diz que as vezes ele é legal e amoroso…meu pai tbm, quase nunca era amoroso mas nos agredia fisica e psicologicamente..chegou a amolar uma faca uma vez..(nao gosto nem de pensar nisso).. Lembre se que uma pessoa má nao é 100% má o tempo todo. Nao caia na armadilha quando ele se mostrar legal…nao esqueca que nemhum cacto é tao compacto que nao de lugar a flores, nesse caso…esqueça as flores e lembre se dos espinhos que ele te causou.

  35. Roberta23/04/20 • 22h54

    Vítima do chora 1
    Chamo de vítima, pq tbm fui uma!
    Tirando o filho, parece que vc fala do meu ex!
    Passei por toda a agressão psicológica e física possíveis e depois de quase 2 anos consegui me libertar após levar um murro no rosto.
    Depois de pesquisar e estudar mto, descobri que meu ex era um narcisista, doença pouquíssimo estudada no Brasil.
    Sai dessa enquanto é tempo, enquanto ainda te resta um pingo de sanidade! Seja forte!
    Mulher nenhuma nesse mundo merece sofrer abuso psicológico, quem dirá fisico!

  36. Amiga24/04/20 • 03h39

    Chora 1: eu passei por um relacionamento abusivo: o cara falava muita coisa horrivel sobre mim, sobre minha familia, meus amigos, que eu era velha (na epoca eu tinha 25 anos) e que depois dele ninguem mais iria me querer. Fazia chantagem, eu cheguei a pagar ate o aluguel do dito-cujo. Ele vivia falando que era esforcado, trabalhador (nunca trabalhou enquanto estavamos juntos, o que durou quase um ano). Se eu dizia algo me chamava de louca, me peguou pela mandibula, pelo pescoco e ate me deu um soco que cai no chao, depois chorou, se fez de vitima, ajoelhou e etc e eu ainda voltei por mais um mes (carencia, desespero e sindrome de Stolkhomo). Esse cara me extorquiu psicologicamente, economicamente e fisicamente, eu consegui sair fora, foi facil…? nao, mas a vida depois disso foi maravilhosa. Se eu tivesse como voltar no tempo eu nunca teria dado nenhuma chance p esse cara e esse eh ate hoje o maior erro da minha vida. Pensa em voce, cuida de voce. Ele nao te ama e nao ta nem ai p filha de voces, pq se da fato amasse a filha ia querer saber das contas e cuidados em relacao a ela. Voce cria nuances de coisa boa nele p nao ver o que ele realmente eh: um lixo humano. E voce continuando nisso e agora ainda com uma filha vai ser responsavel pela sua infelicidade e pela dela. Eh melhor crescer com pai ausente do que com agressor dentro dentro de casa.

  37. Darília24/04/20 • 12h05

    Vcs de Bh, da vontade de ficar amiga de vcs!! Tbm sou daqui. Força meninas! Vamos fazer questão de quem gosta da gente!! Pra 1 siga a coach Luane Moraes no insta; ótima; fala a verdade na cara da gente. Vc eh lindaaa, forte, inteligente, concursada, rycaaaa (to brincando ta), nova, tem um mundão ai pra vc e sua filha. Se ameeeee! Vc eh maravilhosa e amada por sua família; não deixe um regular a sua vida e quem vc eh. Ele eh um frustado e se sente melhor pisando em vc ; não permitaaa!!

  38. Leitora do Fufu24/04/20 • 15h47

    Chora 1 – releia seu chora muitas vezes. Tente mudar a visão como se outra pessoa tivesse escrito isso. Não está certo essa relação e não tem necessidade nenhuma de continuar isso. Vc não depende dele pra nada, nem financeiramente. Pra que esse sofrimento todo? E sim, terapia!
    Chora 2 – eu sempre fui de poucas amigas. Tinha uma amiga que eu estudei com ela no colegial e éramos muito próximas mesmo, vivíamos na casa uma da outra, viajávamos e saíamos juntas. Ela é uma pessoa muito legal, mas o que acontece é que a vida e as histórias dela me consomem. Ela é uma pessoa muito bagunçada que faz tudo errado só que ela tem total convicção de que ela é a unica certa. Só sabe reclamar dos caras e olha que ela se enfia com cada embuste que é inacreditável, reclama que não tem dinheiro, que não tem emprego mas não se mexe pra nada além de ser tão relapsa pra trabalhar que eu já tive inúmeras oportunidades de indicá-la para vagas e não o fiz pq conheço o perfil dela (vai se atrasar, vai faltar sem motivo, vai arrumar picuinha com os outros…). Uma vez ela foi mandada embora de um emprego ótimo que ela tinha, ao invés de guardar a rescisão e usar com sabedoria pq afinal ela é mãe solteira, pegou o dinheiro e foi com o filho fazer uma super viagem pros EUA. Voltou de lá não arrumou nenhum emprego, passou um tempo e veio me pedir dinheiro emprestado, como ela fez inúmeras vezes e eu não empresto pq eu sei que ela é relapsa. Ai foi indo que me cansei e fui me afastando aos poucos. Pode parecer bobagem? Até pode, mas me deu um alivio de não conviver mais mesmo que indiretamente no meio dessa bagunça.

  39. Tathiana24/04/20 • 21h04

    Amiga do caso 1: se ele te agride hoje, vai agredir sua filha amanhã, no primeiro descontrole.
    As nossas memórias de infância são criadas a partir do 4 ano de vida. Se você se separar agora ela não vai nem lembrar da convivência com ele quando for mais velha.
    Você sabe que esse tipo de agressão/possessão vai ficando pior com o tempo… é assim que os agressores se comportam, até que num dia De maior descontrole ele te mata.

    Outra coisa, um pai que ama seu filho NUNCA vai renega-lo como ele disse quando viu as malas prontas. Esse cara pode ser legal com a criança mas não ama como um pai de verdade.

  40. Mari24/04/20 • 23h35

    Chora 2: é normal as amizades mudarem ao longo dos anos. Vai ter períodos em que você vai se sentir mais ou menos próxima de certos amigos. Minha dica: dá um tempo, mas nao esperando pra ver se ela vai atrás de você. Dá um tempo pra ver como você se sente. E depois se sentir vontade, volta a encontrar com ela. Lembre que vocês têm vidas diferentes. Por exemplo, talvez vocês se encontrarem uma vez por mês pra tomar um café seja o que ela quer. Talvez não tenha mais espaço pra uma amizade do tipo de se encontrar toda semana na vida dela.

  41. camila pauletto27/04/20 • 15h48

    Chora 2 – Sou Counseler e utilizo da ferramenta dos Temperamentos (vai lá no meu canal) porém vou te falar de uma experiencia pessoal que inclusive me alavancou para minha profissão hoje;
    Vou me colocar no lugar da sua amiga. Eu tinha uma amiga que descrevia nossa amizade justamente como vc descreveu a sua, porém eu não me sentia da mesma forma. O temperamento dela necessitava estar perto o tempo todo e o meu necessita de momentos a sós comigo para recobrar as energias. Ela queria muito estar junto e isso me desgastava. Eu não conseguia dar o que ela queria e me sentia mal, me afastava (é claro que eu não tinha a mínima noção de comportamento humano que hoje é minha especialidade. Ela decidiu se afastar e eu me senti aliviada. Depois de 5 anos a procurei para fecharmos esse ciclo, pedi perdão a ela pois se eu me senti invadida e abusada emocionalmente, a culpa foi minha por ter deixado chegar ao ponto que chegou.
    Acho sim que vc deve “terminar esse relacionamento” pois vc nunca vai sentir reciprocidade nela. Ela é assim.
    Peça perdão por ter criado expectativa nessa amizade e saia disso. Tenha certeza que aprendeu muito.
    Se quiser fuçar no meu canal e falar comigo, fique a vontade, será um prazer. bjs
    https://www.youtube.com/channel/UCboAdQoRZlXggM8MHUkyK8w

  42. Natalia29/04/20 • 16h16

    Olá!
    Bom… sobre o Caso 2.
    Tenho um ponto de vista diferente do da Cony. Claro, concordo que a gente se dá o quanto a gente sente que vale a pena mesmo – e o que recebemos de volta conta. Minha questão é que nem todo mundo consegue devolver com o mesmo tipo de atenção, presença.
    A aminha da Aline namora com o mesmo cara desde os 16 anos, se tornou mãe de família, provavelmente num círculo muito menor de convívio com pessoas diferentes, vivência muito menor de mundo, experiências. E, por personalidade ou de fato ter anulado parte de si para cuidar dessa família que formou, ela não faz o mesmo que a Aline. Cortar essa amizade pode ser cortar um dos únicos vínculos com a pessoa que ela foi e ainda vive nela.
    O que eu diria para Aline seria tentar conversar com essa amiga, falar sério sobre esse sentimento de não saber que o carinho é recíproco e se a amizade é igual dos dois lados, não como brincadeira sobre ser relapsa, mas falando sério mesmo. E aí equilibrar o quanto dá, se a sua disponibilidade e presença são coisas que você sente que precisa ser devolvida de alguma forma além da confiança, do carinho e do tempo de qualidade (se for) que passam juntas.
    Nem todas as pessoas retribuem da mesma forma. Estar presente em festas, ligar, lembrar de datas… isso é sim carinho, mas é uma forma de carinho mais extrovertida e para algumas pessoas é um esforço ou não faz parte de quem são, porém dão o mesmo amor de outras formas.
    Entender isso é importante para não cortar pessoas que podem ser valiosas. Cada amigo que temos preenche um espacinho dentro de nós, e cada um vai dar o que pode dar, resta a nós saber reconhecer o que recebemos.

  43. Bruna30/06/20 • 10h40

    Fantine,
    Sua história me comoveu.
    Três fatos ficaram claros p mim: 1 – vc nunca teve nesse ex um companheiro de verdade, 2 – ele te criticava tanto q alimentava ainda mais sua baixa autoestima (um ciclo vicioso), e 3 – sua filha provavelmente nunca terá um pai que assumirá as responsabilidades.
    Ficar se apegando aos poucos momentos bons é uma fuga mental p não enxergar o óbvio: seu ex é um encosto e é bem provável que ele nunca mude.
    A maneira como ele te diminui e desrespeita sua família me faz pensar que ele é alguém muito frustrado, mimado, narcisista e muito problemático.
    Ele já te magoou e causou tantas feridas até aqui, mas agora cabe somente a vc não deixar que isso aconteça de novo, sair definitivamente dessa dinâmica doentia q pode causar ainda mais estrago.
    O mais difícil já foi feito.
    Nesse momento, Acho que vc tem que se fortalecer bastante na sua rede de apoio e na terapia, aprender a ser feliz SOZINHA e não se sentir na obrigação de arrumar outro namorado. Vejo tb que terá q ter muita paciência e diplomacia p lidar com o ex, com relação a educação da sua filha. Não se engane, não será fácil, mas vc terá que encontrar um caminho que garanta a ela o contato com o pai, e ao mesmo tempo se preservar desse cafajeste, sempre se policiando p não cair novamente na relação doentia em que vc se encontrava.
    Pelo que descreveu, vc é uma mulher bonita, bem sucedida e inteligente. Merece aprender a se amar em primeiro lugar, e depois procurar alguém à altura e não aceirar nada menos do que isso.
    Força! Vc vai sair dessa!