Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
24 ago 2016, 33 comentários

Chora Que Eu Te Escutooo!

É quarta feira, tô no paraíso (oi Alagoas!) mas tem Chora no ar!

Caso 01 – Chiquinha

Olá Cony, o meu chora é super profissional que só depende de mim. Vou tentar ser breve, mas o problema vem de anos. Inicia-se a há 8 anos, quando, sem estrutura mental alguma resolvi escolher uma profissão para meu futuro de sucesso. Não tinha uma ideia certa do que queria, o que creio ser super normal aos 17 anos de idade. Meus pais possuem uma empresa de moda, onde cresci entre panos, fios, maquinários, sempre fiz todas roupas das minhas bonecas e era uma apaixonada por aquela empresa. Até chegar aos meus 15 anos em diante e me revoltar com a mesma. Foi então chegar aos 17 anos, estava completamente confusa na escolha da minha profissão e por pressão minha e de meus pais não queria trabalhar na empresa. Fiz testes vocacionais e todos diziam “ área da saúde”,  foquei nisso e fiz vestibular para odontologia, nem comecei a fazer já desisti, não queria. Foi então que fiz vestibular para Farmácia, passei e resolvi cursar, gostei, achava “legal”, era difícil, pensei em mil vezes desistir por ser puxado demais pois sabia que a remuneração não era tão boa, mas me mantive forte, fiz muitos estágios durante a faculdade, em várias áreas, e gostava.  Ano passado me formei, foi bem emocionante, meus pais super orgulhosos e eu também, afinal cheguei no final do curso que não tinha certeza, mas estava realizada. Mal sabia eu o que viria pela frente, realizada é a última palavra que me define. Assim que me formei tive uma proposta de emprego bom, com o tal piso salarial, “ok” pra quem nunca ganhou nada ou era estagiária ganhando vale alimentação eu estava rica! Seguindo neste emprego tive a proposta de crescer e ser sócia, mas uma sócia simbólica, meu salário cresceu, ganho acima do piso, muito mais que colegas estariam ganhando com minha pouca experiência profissional, mas com isso veio mais trabalho, mais horas indisponíveis para qualquer coisa, exceto para o trabalho. Mudei de cidade, estou morando com meu namorado, tudo isso pra facilitar meu trabalho. Em casa está ótimo, fora que ele me critica em alguns pontos,como por exemplo: acha que não devo trabalhar tanto para algo que definitivamente não é meu, sou sócia sim, mas como disse simbólica. Ele está certo, mas o que mais me incomoda é a desmotivação que estou tendo, não tenho vontade de acordar e ir trabalhar, não tenho ânimo para conversar com os clientes, vou a congressos, tento buscar motivações e nada!! E o pior, minha cabeça sempre está longe, sabe onde? Na empresa dos meus pais, penso diariamente porque não segui meu coração? Eu sei, sou nova, não é tarde para seguir, fazer uma faculdade de moda, mudar completamente minha vida, mas falta coragem pra machucar as pessoas, essa pessoa que me deu a sociedade simbólica, gosto muito dela sei que vou machucar, meus pais também por não seguir minha faculdade (meu irmão não seguiu, isso foi um desgosto para minha mãe), eu estou sendo muito covarde, sei que tem gente com problemas muito maiores e graves que o meu, mas isso me consome, tira minha energia. Converso com meu namorado, meus pais e eles dizem que devo tentar mais um tempo na minha profissão, que não devo simplesmente desistir, então resolvi fazer uma pós graduação, e estou gostando, realmente gosto desta profissão, mas não consigo encarar a rotina dela, me cansa, me desmotiva, acho chato, burocrático demais pra pouco retorno! Estou em uma crise existencial, vontade de jogar tudo fora e sair correndo mundo a fora. Enfim, penso em fazer uma faculdade de moda, e investir na empresa da família. Não sei até que ponto estou certa em fazer isso.

Calma, respira. Acho que uma coisa não anula a outra. Você não precisa desistir de sua carreira e se jogar 100% em outra carreira. Se é realmente a moda que faz seus olhos brilharem, se você realmente pensa em um dia comandar a empresa dos seus pais, não desista disso. Por enquanto você pode continuar com sua profissão e amadurecer um pouco essa ideia, talvez combinar com seus pais de trabalhar lá alguns dias da semana, se não der, tentar um envolvimento maior com a empresa, seja participando dos projetos, saber o que está acontecendo por lá e se integrar mais a uma coisa que pode ser seu futuro. Eu penso que se é uma empresa que está consolidada, que seus pais cuidam com carinho, eles ficariam orgulhosos de você dar continuidade a isso. Vale conversar com eles, falar dessa vontade e tentar conciliar as duas coisas até você realmente chegar no ponto de decisão. Ah, e o que vale é a SUA vontade, o SEU desejo, não viva infeliz para não magoar os outros, mesmo que estes sejam pessoas que você ama e outra coisa, essa mágoa não é por falta de caráter ou coisa assim e sim pela sua felicidade. Quem gosta de você e quer te ver bem, vai entender isso.

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Caso 02 – Leila

Tenho 25 anos, sou designer gráfico e estudo design bacharelado. E meu chora é o seguinte:

Me relacionei com uma pessoa durante nove anos. Namorei dos 13 aos 20, com vinte casei, por que as pessoas me pressionavam por causa do tempo que estávamos namorando e com 22 divorciei. Descobri que o sujeito era gay e ainda por cima eu estava em um relacionamento abusivo emocional e moral. Ele sempre dizia que eu nunca chegaria a lugar algum e nem era ninguém sem ele, tinha vergonha de mim e me envergonhava na frente dos amigos dele. Entrei em depressão profunda e vivia dopada de ansiolíticos e antidepressivos. Com o apoio dos meus pais e do melhor psiquiatra que já existiu consegui sair do relacionamento nocivo, fiquei um bom tempo mal e depois graças ao tinder conheci meu namorado atual. Nós estamos juntos a 2 anos e meio e tem sido maravilhoso. Ele é muito carinhoso, dedicado e se esforça horrores pra cuidar de mim e não me deixar passar por mais nada semelhante, já que adquiri um ciume e uma insegurança absurdos. Ele me apoiou e ajudou a voltar a estudar, mudei de emprego, experimentei muitas coisas que não tinha feito antes. Quero me casar com ele e tenho certeza de que ele foi feito pra mim. Mas tenho medo! Vivo fazendo planos, tenho até a paleta de cores do casório, tudo organizado em pastinhas e pronto pra ser posto em execução, mas tenho medo. De acabar descobrindo coisas ruins e mais uma vez fracassar. De passar por uma situação tão ruim que dessa vez eu não consiga sair do buraco. Não sei mesmo o que fazer. Caso e pago pra ver, ou continuo namorando indefinidamente até o medo passar?

Eu acho que antes de casar tem que se sentir mais segura, mesmo que isso seja por um motivo só seu e que precise de tempo. Seu medo é compreensível mas não serão as atitudes do seu namorado que vão te fazer mais segura, já que isso é algo que VOCÊ carrega. Faça mais terapia, e só dê um passo maior quando tiver certa disso. Não adianta forçar… tem traumas que precisam de mais tempo para serem superados! Só deixe claro para o seu namorado que a insegurança e o medo são 100% seus e que ele está fazendo tudo certo, ok?

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Caso 03 – Carmen

Há um ano tive um pequeno relacionamento com um rapaz, vamos dizer que fiquei com ele apenas algumas vezes, hoje não mais. Através desse rapaz conheci a prima dele e nos tornamos muito amigas, sabe aquelas amizades de confidências, mesmo morando em cidades diferentes sempre dávamos um jeito de nos comunicar, ou por whatsapp, ou por ligações mesmo. Enfim, o rapaz se foi e a amizade prevalecia firme e forte! Éramos como irmãs. Um dia ela me contou um acontecimento e agi normalmente, mas no dia seguinte ela me mandou uma mensagem dizendo que estava muito chateada comigo, pois sentiu que eu fiquei com ciumes, que fiz pouco caso, por ela ter saído com outras pessoas, enfim… mas não foi nada disse, agi normalmente e até fiquei feliz que ela saiu para se distrair, pois ela não é de sair…  Como sempre mesmo sem ser culpada, pedi desculpas, talvez não fui tão amável quanto ela esperava.  A partir dai senti que nossa amizade começou a estremecer e ela não foi mais a mesma. Começou a me ignorar. Sábado uma outra amiga dela pediu para me seguir no instagram e aceitei, até chamei a menina através do direct e falei: “VC é a amiga da Li né? É que vc me add…” numa boa, para que fiz isso Cony? Minha amiga, se é que posso ainda chama-lá de amiga, se revoltou. Ela falou muitas ofensas para mim, me chamou de falsa, não quis atender minha ligação, falou que eu a trai, estraguei nossa amizade e que não tinha nada que aceitar essa amiga dela (que acho que foi invertar outra coisa), disse que só me aproximei dela por interesse no primo dela, aquele que fiquei, e isso não é verdade, pois nem contato mais com ele tenho e gosto de outro. Cony, ela me deixou extremamente chateada, pois embora tenha minha consciência limpa e em paz que não fiz nada, eu fiquei triste pelo teor das palavras. Mais uma vez me redimi, pedi desculpas por algo que não fiz, disse que gosto muito dela (e gosto mesmo) e que não tenho magoas, mas ela não me respondeu, não quis  saber se a menina que me add no instagram, a palavra que deixou foi “pouco importa”.
Estou muito triste, mas não mandei mais mensagens… Não sou aquilo que ela disse, tenho principios e valores… Chorei muito, pois não queria que nossa amizade terminasse… Pode me dar um conselho?

Quantos anos vocês tem??? Se for acima de 12 anos, aconselho um amadurecimento imediato! Além do mais, sinto que a história está mal contada, tudo sempre tem dois lados, às vezes, dois lados E a verdade, mas independente disso, é muito mimimi para uma amizade não é?? Desculpa falar assim, mas tá parecendo briguinha de escola e convenhamos… perda de tempo. 

 

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  •  Choras ainda fechados. Calma que já vai!