Editorial
03 set 2009, 3 comentários

Chanel Nº5

Hoje teremos a participação super especial da Dâmaris, colecionadora de perfumes e fotógrafa. Deliciem-se com esse texto maravilhoso.

Beijos,

Constanza.

Por Dâmaris OBS

” ‘Onde uma mulher deve usar perfume?‘, perguntou-me uma moça. ‘Onde ela quiser ser beijada‘, eu respondi.” Era o que pensava Gabrielle Coco Chanel, a estilista que marcou não apenas o início do século XX, mas toda uma história. Não será excesso de admiração dizer que, para as mulheres, há um antes e depois da era Chanel. Com aproximadamente 30 anos de idade, Mademoiselle Chanel já fazia sucesso com a sua proposta de estilo envolvendo a mulher numa aura de delicadeza e feminilidade; em 1921 lança-se no mundo da perfumaria com intensidade, pois acredita firmemente na possibilidade de atração que um perfume promove; lança, portanto, aquele que será um perfume eterno: o Chanel nº 5, um floral aldeídico com notas de saída ylang-ylang, neroli, aldeídos e lírio do vale, notas de coração rosa de maio e jasmim, e notas de fundo vetiver, baunilha e sândalo. Ao longo destes mais de 80 anos, este perfume acompanhou celebridades e anônimos. Há quem diga que é o perfume mais vendido no mundo. Agora, há pouco tempo, em fins de 2007, a Maison Chanel lança o Chanel nº 5 Eau Premiere. O conheci através de uma amostra-brinde vinda com a Revista Telva. Foi paixão à primeira vista, ou melhor, à primeira inspirada. Comentei com os meus familiares o quanto aquele perfume havia me impactado e… cerca de alguns meses depois, em retorno a uma viagem ao Egito e a Israel, os meus amados pais o trazem, por encomenda da minha irmã (sabedora que é da minha paixão por fragrâncias), em versão 125 ml.

Mas o que há nele para provocar-me um encantamento tão intenso?

O frasco continua com o design clássico da Maison Chanel, que opta pelos traços retos, detalhes pequenos, mas luxuosos, e precisão na confecção. E a fragrância? Bom, ao inspirarmos o Chanel nº 5 Eau Premiere, lembramos, imediatamente, daquele primeiro, as notas são as mesmas, mas o envolvimento difere um pouco e aí podemos compreender: trata-se de uma homenagem adaptada às tendências contemporâneas. Chanel mantém o seu estilo inconfundível, mas dialoga com os ares atuais. Percebemos as notas florais da saída, mas a baunilha sobressai-se um pouco mais do que no primeiro. O que temos é um perfume envolvente, sem ser invasivo e altamente fixante, sem cansar. Pode acompanhar uma mulher durante o dia, ou à noite, mas somente naquelas circunstâncias onde a elegância impera. Gabrielle Chanel identificou o número 5 como o seu número da sorte, e é novamente com o número 5, numa versão mais luminosa, refrescante e contemporânea, que aplaudimos uma vez mais a Maison Chanel. Estamos diante de mais um perfume clássico e, portanto, eterno.

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3 comentários em “Chanel Nº5”
  1. Elen04/09/09 • 10h16

    Dâ,

    Que post maravilhoso!
    Adorei sermos representados, nós colecionadores, por uma pessoal tão especial e conhecedora de perfumes como vc.
    Parabéns! Sua resenha foi ótima e conseguiu aguçar ainda mais o meu interesse por este perfume.

    Bjos***

  2. Dâmaris04/09/09 • 13h18

    Querida Elen,

    teu comentário é muito gentil e foi recebido com contentamento. A perfumaria é uma arte milenar que agrada ao corpo e à alma, concordas? agradeço a Cony a oportunidade. Obrigada, queridas.
    Um beijo.

  3. bialopes15/12/09 • 16h33

    adorei o texto!! Damaris é uma querida!! mas esse perfume é uóóó! na miha opinião é claro..