Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
21 nov 2018, 37 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!!!

Quarta chuvosa aqui em BH, vamos aconselhar as migues?

Chora 01 – Chuva

“Oi Cony e meninas! Namoro há 4 anos, tem alguns meses meu namorado comprou um apartamento e decidimos morar juntos quando o ape ficar pronto (próximo ao meio do ano que vem) e estava muito segura da minha decisão. Mas no último mês comecei a me encher de dúvidas… é um amigo falando que nunca me imaginou com uma pessoa como ele e ai eu começo a pensar no quanto somos diferentes pra várias coisas, é um casamento incrível da sua amiga que faz você pensar nas coisas que queria que seu namorado fosse diferente, e ai vem o grande problema do nosso relacionamento: liberdade. Tenho muitas amigas em outras cidades porque já me mudei bastante e hoje não tenho a liberdade pra ir ver elas como gostaria, ou acabamos discutindo porque bato o pé e vou sozinha ou ele acaba indo junto e não consigo aproveitar com minhas amigas como gostaria. Pra ele não é “certo” um pro lado e outro pro outro, ele é super tranquilo com saídas desde que eu não saia da cidade. Mas pra mim o errado na história é ele e não é algo que acho que consigo abrir mão pra sempre. To errada em ser assim? A verdade é que não tenho sido mais a mesma pessoa com ele, essas dúvidas todas de se essa é a pessoa pra mim mesmo tem prejudicado muito nossa relação. Eu amo ele, sei que seria feliz, mas será que seria 100% feliz? Ou será que existe por ai aquela pessoa que não me deixará ter dúvida? Relacionamento perfeito pra mim sempre foi coisa de conto de fada, mas será que isso tá me fazendo sossegar com algo bom e perdendo algo incrível?”

Gata, não existe 100% feliz, 100% perfeito… Você não é perfeita. Sempre vai ter algo no outro que nos incomoda, o que temos que saber é ate ONDE isso nos incomoda e o quanto dá para aceitar isso ou não. Conselho 1: não escute seu amigo que diz que não te imagina com uma pessoa como seu namorado. Ninguém tem que imaginar nada, você que vive a história e é você que tem que saber se combina ou não. Tem muitos casais que aos nossos olhos são completamente diferentes e se dão super bem. Conselho 2: se relacionar é abrir mão de algumas coisas. Novamente eu te falo, o quão importante são essas suas saídas para outra cidade? Pelo que entendi você vai mesmo ele achando ruim ou então ele te acompanha, ou seja, você não deixa de fazer o que quer. E meio que concordo com ele… acho esquisito isso de cada um pra um lado, mas aí é coisa minha. Eu gosto de viajar junto, sair junto, mas quando tem que dar um respiro, tudo bem… agora viajar pra diversão eu sempre prefiro junto. AGORA, a parte mais “séria” do seu relato é quando você diz que não é mais a mesma pessoa com ele. Isso sim é preocupante. Se uma pessoa MUDA seu jeito de ser, tá errado. Mas mudou porque ELE quis, ou porque VOCÊ quis? Isso tudo que você tem que analisar, porque o bom pode ser o incrível que você procura e só vai se dar conta quando perder. Sinceramente, eu não vi nenhum motivo para sair desse relacionamento.

Chora 02 – Rain

“Oi Cony! Tudo bem? Posso fazer um desabafo por aqui? Não é sobre relacionamento amoroso, e sim de amizade. Tenho me sentido muito incomodada com uma questão. Eis a história: Tenho uma amiga que conheci nos tempos da faculdade. Depois, com o tempo, a gente se aproximou mais. Fomos dividir um lugar juntas em outra cidade, passamos a conviver juntas, nos damos muito bem. Dificilmente rolava alguma discussão. A gente saia juntas e se divertia nos fds. E também contávamos para uma a outra sobre as nossas vidas. Contávamos histórias e rolava uns desabafos em tempos difíceis. Eu sentia que ela era amiga com quem eu podia contar, de verdade. Não me sentia sozinha. Então, terminei a faculdade e ela largou no meio caminho e foi para o exterior trabalhar como modelo. Beleza, a amizade continuava do mesmo jeito que sempre foi. Só que conversávamos pelo whats e nas redes sociais já que tava longe. Ela decidiu que queria voltar pra cá e fazer uma faculdade e dessa vez ir até o fim e pegar diploma. Foi na mesma época que eu decidi fazer uma segunda faculdade, de um curso que eu mais me identifico. E fomos juntas nas batalhas. No ano seguinte, ela passou no vestibular e eu não. Beleza, feliz por ela ter conseguido e entrou na faculdade (esse ano ela se forma, e eu no cursinho ainda). Estava tudo bem entre a gente. Mas ai algo mudou. Ela passou a ficar mais ausente, mais fria e mais distante. Não consegui entender o porque. Já tinha comentado sobre isso e dizia que tava com saudade dos papos nossos e tudo mais e eu perguntava o que tinha acontecido. Ela foi indiferente e disse ‘sei lá’. Isso me incomodou muito mas relevei. Deixei isso pra lá. E foi ficando cada mais ausente e mais distante. Só aparecia para me chamar para sair e desabafar algo que estava incomodado ela e da maioria das vezes é sobre o namorado ou um relacionamento amoroso por aí. E as nossas conversas no whats foi de longos papos para mensagens que era respondida a cada 12 a 24h no dia. Nossa amizade ficou reduzida a isso. E isso me incomoda muito, porque eu sinto muita falta da parceira, da altas conversas e diversão. E ainda tento entender o porque dessa toda mudança. Já falei tudo isso pra ela, ela diz que anda muito ocupada e tem que ter prioridades da vida e não pode ficar no celular muito tempo e diz que ama e me quer bem e bla bla bla…sinceramente, não acredito muito nisso. Acho que ela está dando desculpas para não falar outras coisas. Não entendo muito. Não me prolongo nisso porque não me parece certo isso de ficar cobrando ela. Eu vejo nas redes sociais que ela tem amizades com outras pessoas e tem muito mais contatos, compartilha as saídas, declarações de amor pelos amigos e tudo mais. E quando a gente se combina a encontrar, ela fica o tempo todo no celular, preocupada com os contatinhos dela, nem liga pela minha companhia.  A última vez que combinamos de se encontrar, fomos ao barzinho e a intenção era ficar de boa com uma cervejinha e papo agradável, mas ela começou a desabafar um caso dela e depois ficou no celular e ai me disse que combinou com uma amiga de ir a uma festa. Em menos de duas horas no barzinho. Ah, me convidou para ir junto mas eu não quis. Não parece que se importou com a minha companhia. Foi embora e fiquei sozinha no bar.

Já tem algum tempo que ando questionando essa tal amizade. Já contei com outras pessoas e dizem que eu to me importando demais com tudo isso e não devia ligar pra isso. Eu sinto que eu não devia mesmo. Nem perder tempo com tudo isso. Mas me dói muito ver uma amizade tão bonita e virar algo assim tão indiferente. Não consigo largar a mão assim… O que acha de tudo isso? To sendo boba ou que? Vê algo que eu não vejo?

Ah, eu diria que sou uma pessoa amigável e agradável. Mas não costumo ter muitos amigos, nem tenho essa facilidade de conhecer pessoas por aí. Sou mais introvertida, tenho um perfil de low profile. E tenho uma deficiência auditiva. Converso com algumas pessoas, puxo papos e tudo bem. Mas é só isso. Não evolui, sabe? Vejo gente se apegando em amizades e levando pra vida e eu daquele jeito. Fico triste e sinto falta de amizades pra vida.”

Amizade não se cobra, não se pede, não se implora. As pessoas mudam. Sua amiga mudou, os interesses mudaram, normal! Isso acontece todo dia o tempo todo. Deixa ela seguir a vida dela, para de ir atrás, de mandar mensagem, de se importar com isso. É triste o enfraquecimento de uma amizade? É sim, mas fazer o quê? Você não pode obrigar ela a continuar na mesma vibe de quando vocês faziam faculdade… essa menina foi morar fora, teve outras experiências, e te digo uma coisa, morar fora é uma das coisas mais transformadoras do mundo. E não duvide quando ela diz que te ama, que te quer bem, acredite e… deixe ir! Não mendigue amizade, as vezes você pode até estar sendo chata, sendo pegajosa e não percebe. Deixa as coisas fluírem, muda sua energia para outra coisa, outras pessoas. As vezes tem um monte de gente querendo ser sua amiga e você nem percebe.

Chora 03 – Lluvia

“Olá, Constanza. Ando com conflitos internos sem tamanho e gostaria de algumas opiniões.
Namoro com um rapaz há cerca de 9 meses. Ele havia saído de um noivado há quase 8 meses e eu estava separada há quase 1 ano após quase 7 anos de casamento. Aconteceu de uma simples troca de mensagens virar algo maior.
Antes dele eu sofri uma grande decepção, tentei conquistar um cara que traiu a namorada comigo, depois se deu conta que ainda a queria, e me deixou para trás. Foi quando meu atual namorado apareceu e as coisas começaram a acontecer, e quando percebi que já estava envolvida tentei ainda me afastar mas depois decidi dar essa chance.
Começamos a namorar e todos os nossos amigos ficaram radiantes. Minha família o adora e torce muito por nós. Eu morava sozinha e aos poucos ele foi ficando em casa, até que um dia me questionou se não poderiámos morar juntos em outro apê mais em conta, que ele queria ajudar com os gastos. Eu topei, mesmo com medo, lembro bem das várias vezes que tentei voltar atrás.
Até que cerca de um mês depois recebi prints de uma conversa com uma garota com quem ele ficou no passado. Nas mensagens ele queria marcar um encontro, pedia sexo, insistia para ir atrás dela. Em dado momento ela disse para ele procurar a namorada e ele ainda fez pouco caso, questionando se ela daria uma chance se ele fosse solteiro.
Ela então o bloqueou e me mandou as mensagens. E eu simplesmente desabei, não queria acreditar. Ele sempre foi um bom namorado, dedicado, romântico, sempre fez surpresas e gostava de falar de um futuro a dois comigo. Quando o confrontei ele não negou e se desesperou, pediu perdão, mas eu o expulsei de casa. Ficamos entre indas e vindas até que o aceitei de novo.
Não nego que ele mudou, tem sido cada vez mais dedicado, sempre me informa onde e com quem está, e nas minhas crises de insegurança ele conversa horas comigo, parece determinado a corrigir o erro e a me fazer feliz. Meu sentimento abalou depois disso mas ainda estou muito envolvida, vivo dividida entre perdoar e deixar isso para trás ou seguir sozinha e quem sabe um dia encontrar alguém que honre o compromisso.
É realmente possível perdoar uma traição? Ou uma vez que acontece, sempre pode ocorrer de novo? Ou o cara pode mudar de verdade? Será que estou sendo tola perdoando ou exigente demais por não perdoar? Pode existir amor com vontade de trair? Gostaria de ouvir os relatos e quem sabe assim tomar a melhor decisão para mim. Obrigada e parabéns por esse espaço.”

Uia, vamos lá. Eu não perdoaria uma traição. Já tentei perdoar e foi a PIOR COISA QUE FIZ NA VIDA. Fiquei remoendo isso por anos, até que terminei de vez. Mas tem gente que perdoa, segue a vida e tudo bem. Te falo por mim, eu não perdoo, acredito que quem faz uma vez vai fazer sempre, e ficar insegura é a PIOR coisa da vida. Vaso uma vez quebrado, mesmo colado, continua quebrado e tem rachadura. Nunca volta a ser como era antes. Se for pra trair, que faça bem feito e NUNCA deixe saber, caso contrário. já era. Sinceramente, eu não acredito que ele vá mudar pra sempre, mesmo porque o tipo de traição dele foi na cafajestice mesmo. Cabe a você saber se vai suportar viver com isso ou não. Como te disse, tem gente que segue adiante… mas tem gente que não consegue e o relacionamento vira um inferno até acabar de vez. Não tenho como te falar para terminar ou não, esse perdão está em você. Se você pensa nessa traição todo santo dia, melhor terminar. Se você ama ele MUITO, mas muito mesmo e acha que é um cara que vale a pena por outros motivos, tente mais um pouco, mas lembre-se que traição, uma vez perdoada, deve ser eliminada da sua cabeça. Não pode ficar voltando no assunto e trazendo isso a tona em cada briga ou discussão. É passar a borracha MESMO. Eu não consigo, você, não sei.

  • Choras FECHADOS! Não me mandem mais tá? Tenho um bocado pra responder ainda, quando estiverem acabando eu aviso vocês!
Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
14 nov 2018, 46 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Choooooooooora coleguinha!!!

Chora 01 – Margarida

Cony, acho q nunca vi um chora como meu, não é boy, é carreira! Rs Esse chora n tem homem na jogada, mas um mulherão da porra (sim, eu sou!), que está a deriva na profissão e precisa de conselhos!

Sou formada em comunicação e sempre trabalhei na área, tenho 10 anos de experiência (somando estágio) mas sempre ganhando pouco pq o mercado é assim e ponto! Rs Sou ótima profissional modéstia à parte, uma pessoa mt dedicada e perfeccionista, e a empresa confia em mim, me paga cursos, dá bons feedbacks, etc…

Só que estou desiludida da profissão e  pensado cd vez mais em seguir um caminho diferente, e deixar o destino agir e me direcionar a outras coisas, porque sinto q to perdendo vida no q to fazendo hj. Ao mesmo tempo não deixo de fazer um bom trabalho porque sou responsável!

Se pudesse escolher, hj seria professora; amo lecionar, compartilhar, ensinar e aprender! Também gostaria de uma rotina menos estressante pq penso em construir minha família e ter mais disponibilidade e não trabalhar, 10, 11h, 12h por dia, sabe?

Porém, qd eu estava amadurecendo a ideia de procurar um novo caminho, recebi uma proposta de promoção, de liderança e de aumento de salário.  E agora? Como n aceitar uma proposta dessa? Com salário dobrado, com uma responsabilidade nova mas q não faz meu coração feliz!? Ou aceito a proposta que qualquer um gostaria de receber?! Sei que não é o que eu quero pra vida toda, mas é algo que resolveria minha vida ($), e que me afastaria pelo menos por um tempo dos outros sonhos (o mestrado, a construção de uma família, etc). To perdidinha! Help me!

Complicado né? Parecem testes da vida… quando a gente tá prestes a fazer uma grande mudança, sempre aparece algo para nos deixar em dúvida. Me conta, o que te desiludiu da profissão? Porque se for falta de reconhecimento, isso você já ganhou. Se for pouco salário, o seu pode dobrar… O que te faz pensar que esta perdendo tempo na vida com a profissão que tem hoje? Acho que você já se respondeu no seu próprio relato, quando fala que pode aceitar a proposta e adiar um poucos seus outros sonhos. Eu acho que você deveria aceitar sim e se preparar financeiramente para tomar um outro rumo profissional. É o destino agindo, deixa ele agir mais pouco…

Chora 02 – Violeta

Oi Cony, vou tentar ser breve, tenho 27 anos, sou fisioterapeuta e preciso de ajuda, não tenho amigas em que falo de problemas reais, então nunca me abro com ninguém. Sempre tive uma relação muito abusiva com meus pais, principalmente minha mãe, ela faz chantagens emocionais que sempre me levam a fazer tudo que ela quer, sempre que coloco minha opinião sobre determinado assunto diferente do dela, ela chora, diz que eu não apoio ela, me humilha sobre minha aparência, tipo falando ah mas eu sou sua mãe falo isso para o seu bem, debocha de certas coisas que eu falo, mas é minha mãe e vou amá-la e fazer tudo por ela. Resumo breve, agora preciso me abrir, sou casada há 8 anos, com meu primeiro e único namorado, comecei a namorar bem cedo, sempre fui muito apaixonada por ele, só que com o passar dos anos fui descobrindo que não combinávamos em nada, mas ao tentar terminar com ele fui pressionada por ambas as partes por ele que dizia que morreria sem mim e por minha mãe que dizia que jamais arrumaria alguém como ele, e eu sei que não iria arrumar mesmo, ele é trabalhador, muito educado, nunca me tratou mal, e minha aparência não é muito convidativa, tive sorte dele gostar de mim, só que não o amo. Me casei por pressão pois somos de igreja evangélica e muito tempo de namoro é mal visto, achei que aprenderia amar ele e que me livraria da minha mãe, não foi assim. Nesses 8 anos não tem um dia que eu não ensaie uma separação e ela continua dando pitaco na minha vida e mandando em mim, mas não tenho coragem, ele diz que me ama e me parte o coração e outra coisa não quero ter filhos, nunca quis e sendo de uma família conservadora jamais abri isso para alguém, só que as cobranças começaram até por parte dele e eu não sei o que fazer. Ah mais você nunca descobrirá o verdadeiro amor, mas quem cuidará de você na velhice, são coisas que sempre escuto e aí desisto de falar. Estou desempregada há mais de um ano, não consigo nada estável na minha área, consegui emprego em diversas áreas, mas lá vem minha família de novo dizer que não aceitam que eu trabalhe com algo que não esteja relacionado a fisioterapia, minha cidade é pequena, interior e aqui é difícil, só que eles não entendem e não é vergonha eu trabalhar em outra coisa até que aparece algo legal. Só que eu como sempre para evitar discussões e como tento o peso de serem meus pais que pagaram a faculdade, eu obedeço. E eu não quero sair de um relacionamento e ir para outro só preciso ficar sozinha, sem cobranças de ninguém vivendo minha vida. E eu nunca pensei em outro relacionamento, nunca foi minha opção, e fora que jamais teria coragem de ficar com outra pessoa, porque sou muito insegura com meu corpo, tenho muitas estrias e tenho melasma, morro de vergonha de minhas imperfeições e só eu sei como foi difícil me acostumar com meu marido, só de imaginar mostrar isso para um estranho me apavora. Pode ser bobeira, mas não sei o que fazer, a cada vez que precisamos fazer sexo o que graças a Deus é bem pouco sempre choro depois, porque eu não queria, mas precisava cumprir meu papel de esposa. E eu não estou fazendo ele feliz, não é justo, ele é bonito, novo, cheio de vida e eu o prendo nesse relacionamento, não quero magoá-lo, mas queria ficar sozinha, penso em todas as possibilidades possíveis e todas só me levam a morte, sim estou fazendo drama, mas sem dinheiro me separando precisaria voltar para casa dos meus pais, com minha mãe me controlando ainda mais do que faz hoje. Nada tem sentido, eu acordo todos os dias, torcendo para o dia acabar rapidinho e chegar mais perto de tudo isso acabar. Eu já coloquei um cinto no box do banheiro para tirar minha vida, fiquei chorando e pensando que eu não queria morrer, não era justo, e sendo religiosa eu creio que meu sofrimento não irá acabar com o suicidio,mas que aquilo tudo doía tanto que só queria que acabasse. Eu só precisava colocar para fora e escrever sobre isso me fez melhor um pouco, isso é o resumo, e contar tudo que acontece tornaria o chora maior, mas isso da para você entender.

Amiga, PARE DE FAZER O QUE OS OUTROS QUEREM QUE VOCE FAÇA! VOCE NUNCA SERA NINGUÉM ENQUANTO NAO TIVER VONTADE E ATITUDES PROPRIAS! Outra coisa, e vai em caixa alta de novo, JAMAIS DIGA QUE VOCÊ É FEIA, QUE VOCE TEVE SORTE DE ALGUEM GOSTAR DE VOCE, ISSO É MENTIRA! Foi coisa que sua mae colocou na sua cabeça e você acreditou. Eu vi sua foto no mail, não tem NADA NADA de feia, muito pelo contrário. Eu tenho melasma no rosto todo, tenho celulite pra caramba, sou toda flácida, tenho barriga e me acho LINDA e GOSTOSA e ai de quem questionar isso. Você é o que você acredita, os outros compram a sua postura, acreditam no que você transmite!  Você está simplesmente SUFOCADA pela sua família! Imagino o nó, o OVO, que você deve ter na garganta, de tanta vontade, de tanta fala reprimida! E mais, FAZER SEXO COM O MARIDO NAO É CUMPRIR O PAPEL DE ESPOSA, a gente transa quando quer porque gosta, porque ama, porque tá com tesão! Gata, você não quer morrer, você quer VIVER! Entende isso??? Agora vem cá, vamos pensar… antes de mais nada, pare AGORA de se preocupar com o que os outros esperam de você, com a opinião deles. Pense em você, e FODA-SE se alguém achar problema nisso. Respira, tenha calma, e tenha a certeza de que você merece o melhor sim e não é porque seus pais pagaram sua faculdade que você deve a vida a eles. Não é porque você se casou com um cara bacana que você tem que amar ele de qualquer jeito e manter um relacionamento que não te agrada. Você esta se agredindo, está refém de um moooooooooonte de suposições/medos/neuras que estão na sua cabeça. Tô nervosa… queria falar com você pessoalmente mas continuemos. Sua vida, suas regras. Ponto 1. Segundo, ache uma amiga, conte para alguém de BOM SENSO, fora da sua família (pai, mãe, irmãos) toda essa sua angústia, procure primeiro asilo emocional. Junte forças, arrume um emprego qualquer se não conseguir um na sua área, um desses que você falou que apareceu e que você toparia, e vai trabalhar SIM, não precisa da aprovação de ninguém. Se conseguir uma amiga para te ajudar, para você sair de casa e ir morar com alguém durante um tempo, ir para uma república, sei lá, tente. Também não acho que seria legal voltar para a casa dos seus pais, sua mãe é tóxica. Comece a resolver todas suas angústias uma a uma: primeiro tome conta das suas decisões e ponto final. Segundo arrume um emprego qualquer. Terceiro abra o jogo com o seu marido, dê a real, fale que não o ama e que não está feliz. Vá construindo uma base emocional, um porto seguro em VOCÊ mesma, e muito importante, não se ache pouco, não se ache menos, não se justifique para você mesma. Se dê a chance de uma feliz e plena, só te peço para ter MUITO CUIDADO com algumas pessoas que podem aparecer no teu caminho e ver sua fraqueza, sua ingenuidade e tentar se aproveitar disso. Vá aos poucos, vá eliminando item por item e SEMPRE, mas SEMPRE, pense em você primeiro, com carinho, com amor, com vontade de ir atrás da felicidade que VOCÊ MERECE E VAI TER. Dê uma chance para a vida acontecer, livre de terceiros. Vai ser difícil, vai ser complicado, mas se blinde e vá em frente. Não desista. Combinadas? Qualquer coisa grita de novo. Estamos aqui pra te ver vencer, te ver feliz e te ajudar.

Chora 03 – Rosa

Oi Cony, parabéns pelo lindo trabalho com o Blog! Outros a gente segue por um tempo… mas acaba deixando pelo caminho, justamente por não nos identificarmos com a linha Vida Real que segue seu Blog! Parabéns!!!

Então vamos ao meu chora:

Sou casada há 12 anos e a primeira crise no casamento aconteceu após 2 anos, quando engravidei da nossa primeira filha – gravidez esta planejada pelo casal. O dia em que soube da gravidez eu queria sair, visitar a família, comemorar, ganhar flores, enfim… extravasar a alegria e felicidade que não mais cabiam em mim. Ele me deu parabéns e passou infinitas 6 horas ininterruptas jogando vídeo game on-line com um amigo.

Durante a gravidez toda mulher fica sensível e espera mais carinho, atenção e companhia, mas ele se afastou e acabei curtindo quase tudo sozinha: consultas, exames, enxoval… até meus desejos de grávida eu fui obrigada a auto-realizar. Depois que a minha filha nasceu, absolutamente tudo que diz respeito a ela foi por minha conta.

A desculpa dele era que não levava jeito para cuidar… e que eu deveria pedir pra ele fazer as coisas. Eu nem me importava muito com os afazeres mais sujos, kkk, mas eu queria uma  companhia para comer meu prato frio depois que todos já tinham feito a refeição, um copo de água enquanto amamentava, presença em algumas consultas ou nas vezes em que ela chorava desesperadamente e eu sem saber o que fazer…

Enfim, passei anos chateada, esperando atenção, mas fui seguindo a vida, cuidando minha filha e nunca pensei em me separar, porque achava que tudo isso um dia iria passar e que vida de casada não era fácil (afinal ouvi isso a vida inteira da minha mãe).

Acabamos engravidando da segunda filha – também planejado. Aí veio a segunda e mais séria crise. Assumir duas filhas foi pesado: uma bebê, com necessidades essenciais e muito dependente de mim e a mais velha com 3 anos que também demandava muita atenção. Nem preciso relatar o drama de tentar conseguir cumprir as tarefas diárias, pois quem é mãe sabe! A semana eu nem via passar e quando chegava o final de semana eu esperava ter atenção, carinho e um pouco de ajuda com as atividades relacionadas as crianças, mas ele dormia até tarde, saia para pedalar com os amigos ou então ficava o tempo todo no computador e a desculpa era que ele estava estressado por causa do trabalho. Já uma mãe que não tem mais vida própria e com dois filhos, não precisa desestressar… rs

Não reclamo do trabalho duro que é ser mãe, faço tudo: cuido de toda a rotina delas, faço a comidinha, levo e busco na escola, acompanho tarefas e estudo, incentivo para que façam atividade física, estudem musica, brinquem, tenham amigos…  Me preocupo muito com a educação e futuro delas e tento passar valores para que se tornem pessoas com princípios éticos, coisa que o mundo de hoje está tão carente…imagina num futuro próximo então!!!  Sei que falho muito, mas tento ser uma ótima mãe.

Esperava que meu marido também tivesse a mesma preocupação que a minha, principalmente com relação a formação do caráter delas, mas a única preocupação real dele está no trabalho e nas coisas de interesse estritamente pessoal. Dias atrás levei minha filha mais velha pra aula de musica e ele ficou com a mais nova em casa e pedi para fazer a tarefa da escola com ela, no outro dia, na hora de sair para a escola, vi que a tarefa estava sem fazer, cobrei dele e ele disse que ele já se sacrifica muito pela família no trabalho. Eu penso que o papel de pai e mãe, independe de trabalho, carreira, estudos e tudo o mais que precisamos encarar na vida adulta. Difícil ele conseguir olhar o outro e isso me incomoda muito…  Esperava que ele conseguisse se colocar no meu lugar, tivesse interesse pela minha vida, por meus sonhos e planos futuros, mas não vejo isso nele e já perdi a esperança. Até fomos pra terapia e nas consultas ele dizia… difícil, mas vou tentar… mas realmente acho que nunca tentou, saia da consulta e esquecia de praticar.

Ele é uma pessoa boa, correta, integra, super calma, na maioria das vezes sou eu quem briga com ele. Se dedica a empresa que tem com os irmãos, aliás os carrega  nas costas. Fora os passeios de bike que agora eu controlo, ele não sai sem a família. (controlo, pois se tenho atividades com as crianças ele tem que ir junto e participar).

Vivemos na mesma casa, cada um com seus afazeres: eu com as crianças e faço uns bicos enquanto elas estão na escola e ele com o trabalho na empresa – o que sustenta a casa. Temos uma vida tranquila, mas vivemos distantes, sem amor, carinho, sexo e parece que nosso único objetivo está ligado a manutenção da família… Enfim, a vida passando, as crianças crescendo e a cada dia sinto mais vontade de deixar tudo pra traz e começar uma nova vida. Ha 3 meses pedi a separação, mas ele disse que me ama e não quer me perder. Nas primeiras semanas melhorou, me deu mais atenção, mas em pouco tempo volta tudo ao que era antes.

Acho que até já teria tomado uma decisão se eu tivesse estabilidade financeira e conseguisse me manter sozinha. Nunca consegui me recolocar no mercado, pois meus horários como mãe não me permitem. Já pedi a ajuda dele, mas ele disse que não pode assumir compromisso com as crianças, pois o trabalho dele exige muito e além de tudo é o que sustenta a casa… Sempre fui batalhadora, comecei a trabalhar com 13 anos, fiz faculdade, pós graduação, MBA, tudo pago com meu trabalho, mas estou ha 08 anos fora do mercado de trabalho e morro de medo de não conseguir me recolocar e deixar as meninas passarem dificuldades…sempre tive uma vida dura e não queria que elas passassem por isso. Sei o que quero, mas não tenho coragem… por onde começo? Ou será que baixo a bola, tenho menos expectativas e mantenho o casamento Perdidaaa!!! Beijos e obrigada pela ajuda!

 

Miga, você não tem um marido, tem um amigo, na verdade nem amigo é, porque se fosse, te ajudaria mais. Você é mãe solteira, e o pai das suas filhas é um ogro. O que mais me chocou foi quando você contou a ele que estava grávida e ele te deu os parabéns e foi jogar videogame. Eu separava na hora. Babaca nível HARD! E pra ele tudo tem uma desculpa, tudo é o trabalho, o stress e tal. Não tem essa não, nada exime ele de ser PAI e participar da criação e do cuidado das meninas e ALÉM DE TUDO, de te cuidar e te dar carinho e amor. Tá tudo errado. Você tá sozinha nessa e já que tá assim mesmo, separa de vez. Óbvio que você vai ser capaz de arrumar emprego e fazer alguma coisa. Você começou a trabalhar com TREZE anos, estudou pra caramba, o que te faz duvidar da sua capacidade? E outra, ele tem que pagar a pensão das meninas e ainda bancar um lugar para vocês morarem. Acha um advogado bom logo e sai dessa.

 

  • Choras fechados. Temos muitos casos para resolver ainda…