Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Quantas quartas feiras de pandemia? Alguém sabe? Então, quase 50… quase 50 Choras iniciando o post assim… Mas vamo que vamo, contagem regressiva pra esse vírus dos inferno ir embora logo.

Chora 01 – Espresso

Meu chora hj é sobre meu relacionamento, mudei de cidade devido uma oportunidade de trabalho e logo que cheguei conheci meu atual namorido.. estamos juntos há 3 anos, e morando juntos há 1 ano.

Ele é maravilhoso pra mim, super companheiro em tudo, ajuda com as atividades de casa (cozinha, lava loucas, me ajuda no dia de faxina), seus amigos viraram meus amigos já que não conhecia muita gente aqui, me valoriza perto das outras pessoas, me apoia com meu trabalho, sexo rola muito bem, fazemos planos futuros, temos os mesmos objetivos.. ou seja, tudo perfeito.. sou muito grata por ter encontrado alguém assim mesmo não sendo mais uma menininha (45 anos).

Mas… (sempre tem um mas.. rs) o que me incomoda muito é que ele nunca postou nenhuma foto minha ou nossa nas redes sociais.. Eu sei que isso pode parecer muito bobo já que somos bem adultos, mas me deixa insegura.. com uma pulga atrás da orelha, sabe? Ele não é muito ativo nas redes, mas sempre posta uma coisa ou outra, como por exemplo: foto no aniversário de algum amigo, ou de alguém da família, paisagem de alguma viagem que fizemos juntos, etc.

Outro ponto é que se busco por seus posts bem antigos (10 anos atrás), vejo vários com sua ex-namorada.. não me incomoda ele não apagar, mas me incomoda ele não ter nada do seu relacionamento atual.

Só para colocar em um contexto, moramos juntos e trabalhamos em home office. Antes da pandemia eu viajava a trabalho (muito raro, mas acontecia), e não trabalhávamos em home office.. ou seja, ele pode ter me traído, mas atualmente nem acredito nisso pq estamos sempre juntos, minha impressão é que ele faz isso para manter seus contatinhos da época que estava solteiro.

Já falei pra ele diversas vezes q não me sinto bem com isso, ele me disse que não gosta de fazer as coisas por pressão, que qdo tiver vontade vai colocar.. mas já são 3 anos e até hj essa vontade não apareceu. Tb me disse que posso postar o que quiser, mas já fiz isso e, como esperado, ele comenta mas não aparece no seu feed.

De novo, pode parecer bobeira (ou algo que me vem de um outro relacionamento que fui traída), mas se me deixa insegura, o que custa ele fazer isso por mim?  

Eu gosto muito dele, mas tb sei que o mundo está cheio de pessoas interessantes.. o que não quero é me arrepender depois por insistir em um relacionamento que já me dava um sinalzinho amarelo..

O que vcs acham? Sigo a vida aproveitando com ele ou pressiono para que algo mude (e se não mudar estar preparada pra sair do relacionamento)?

Obrigada! Bjs

Menina, é bobagem e não é bobagem. Olha só, o Leo até hoje não aceitou o relacionamento “casado” no Facebook hahahaha, eu coloquei, marquei ele e ele não aceitou. Me incomoda? Não. Mas perco a chance de atazanar? Também não hahahahaha. Mas sempre na brincadeira sabe? Tipo “Ô amor, a outra não pode saber que você casou?” hahaha, mas eu sei que meu caso é um pouco diferente, enfim…

Entendo sua pulga atrás da orelha, mas não acho que precise ser uma baita pressão ou motivo pra briga séria. Eu no seu lugar, faria várias fotos com ele e postava em tudo o que é canto e marcava ele em tudo (mas pelo que entendi ele tirou a opção de marcação né?). Além disso, já que ele é ativo nas redes sociais, comente tudo “Te amo meu amor”, “Meu maridinho lindo”, “Que dia terei a honra de uma foto nossa no seu feed?” hahaha, eu sei, é meio infantil mas láaaaa no fundo sabemos que ele pode estar te “escondendo” virtualmente sim. Mas como não temos “corpo” não temos crime, só fique de olho e não deixe isso te afetar além do normal!

Chora 02 – Macchiato

Oi, Cony. Adoro seu blog, sempre acompanhei os choras e hoje estou precisando muito de uma luz. O texto ficou gigante, pode ficar à vontade para cortar.

Namoro há 3 anos e fiquei noiva recentemente. Ele é uma boa pessoa, sempre me tratou com muito carinho e cuidado, se dá super bem com minha família, sempre tivemos um relacionamento tranquilo, com muito companheirismo, mas existem algumas coisas que passaram a me incomodar bastante.

Desde o começo achei ele um pouco acomodado com trabalho, mas já tem um tempo que está mais esforçado, e aos poucos parecia que estava engrenando, passou a morar sozinho e a trabalhar mais, o que me animou, abrimos até uma empresa juntos.

Outro ponto, é a família dele. Não posso dizer que me tratam mal, mas também não me tratam bem, sabe!? Nunca fui acolhida pela família dele e ele nunca fez questão que eu tivesse proximidade, totalmente o contrário da minha família, que o acolheu como filho mesmo, de estar na minha casa como se fosse dele. Por um tempo, isso me deixou muito abalada, tive a sorte de ter uma família que, apesar dos muitos problemas, tem harmonia e muito amor. Sonhava em ter um namorado/marido que eu pudesse também me sentir parte da família, mas superei, pois ele não tem culpa da família que tem (dizia que eram problemáticos) e seria possível viver com independência deles, mantendo apenas uma boa relação, então, ok.

Acontece que, um mês após nosso noivado, a mãe dele faleceu e essas duas coisas pioraram.

Quanto à questão do comodismo, descobri que a mãe dele é quem bancava praticamente tudo, disse que vai ter que voltar a morar com o pai e irmãos, pois era a mãe que custeava o aluguel. Parece que planejava tudo confiado que a mãe o ajudaria. 

E quanto à família dele, devido ao fato, passei a estar mais presente, tentando dar apoio, mas me sinto um peixe fora d’água. A casa é um caos total, com discussões e gritaria o tempo todo, ninguém assume a responsabilidade por nada, nem mesmo suas próprias despesas, os irmãos dele não respeitam o pai e jogam tudo em cima do meu noivo. Pensei que fosse em decorrência do momento que estavam vivendo, mas me disse que sempre foi assim.

Na última vez que fui, o irmão dele fez um comentário que me incomodou bastante, meu noivo pediu para abaixar um pouco o volume da música, pois queríamos ver um filme, no que ele respondeu “tinha esquecido que todo sábado agora é dia da chatice” (no caso, deve ser eu rsrsr, pois tinha passado a ir apenas aos sábados), também vi o pai dele reclamando de ter muita gente na casa, e para piorar, estava ficando lá praticamente o dia inteiro sozinha. Meu noivo fica só resolvendo os problemas deles, fazendo faxina na casa, pois ninguém tira o copo do lugar, até o filho desse irmão (sobrinho) ele é quem está cuidando, pois o pai deixa a criança jogada.

Detalhe, a ex-cunhada praticamente passou a controlar a vida do meu noivo por causa do sobrinho. Diz que só confia nele para cuidar. Ele é quem tem que buscar, que saber do remédio, comprar fraldas, etc. Podemos estar juntos, fazendo qualquer coisa, qualquer hora, que se ela mandar mensagem (geralmente 1 hora de áudios) ou pedir para ele ir buscar o sobrinho, larga tudo e vai, pois ela não gosta de esperar. Se programamos alguma coisa e alguém fala que o sobrinho quer ir em outro lugar, ele esquece tudo e vai atrás dele.

Depois disso tudo, parei de ir, me fazia muito mal, passava o final de semana lá e voltava para casa exausta, sentia que estava sobrando, mais atrapalhando que ajudando. Me coloquei à disposição para o que precisasse, mas avisei que não iria mais a casa dele.

Meu noivo se sente na obrigação de cuidar de todos e acha que conseguirá mudá-los (todos com mais de 30 anos), não está mais trabalhando direito, pois ele tem que fazer a faxina na casa, cuidar do sobrinho aos fins de semana (desde que parei de ir, ele não veio mais – moramos em cidades diferentes), resolvendo as demandas da ex-cunhada, etc.

O que me deixa desesperada e com muita dúvida quanto a esse relacionamento é que não conseguiria viver no ritmo da família dele e parece que ele quer carregar todos nas costas. Em certo ponto isso parece uma virtude, mas não sei até que ponto…

Não sei se consigo me casar dessa forma. Sempre sonhei em casar para construir minha própria família, com independência. Quando falo isso, ele me coloca como egoísta que quer abandonar a família. Não é isso, acho que temos sim que conviver, apoiar e ajudar a família quando necessário, mas de maneira saudável, cada um vivendo sua própria vida. Não tenho disposição para sustentar um casamento sozinha – nem financeiramente, nem emocionalmente, muito menos carregar a família dele junto.

No momento, converso aos poucos sobre essas questões, mas a única coisa que diz é para não desistir de nós, que me ama muito, etc. Não tenho coragem de tomar nenhuma decisão agora ou falar de forma aberta, o amo muito e sei que está sofrendo bastante com a morte recente da mãe. Quero muito me casar com ele, mas não dessa forma…Preciso ouvir a opinião de vocês… Será que estou exagerando e sendo egoísta mesmo? Estou precipitada? O que fariam nessa situação? 

Aff treta demais miga. Primeiro, deixe de ir pra casa dele. Pra que ficar indo e ouvir essas indiretas? Eu já tinha parado com as visitas a tempo. E de cara teria perguntado pro irmão: “Ô fulano, a chatice sou eu????” ah fala sério né? Agora me desculpa, mas seu noivo é um banana. Como assim recebe ordens da cunhada pra cuidar do sobrinho??? PELAMOR! Ser gente boa, ajudar quando necessário, é uma coisa, agora ficar a disposição dos outros o tempo todo não né? Percebe-se que você NÃO é prioridade na vida dele, nem ir te ver ele tem ido mais. Agora me diz, é isso que você merece? A família dele não vai mudar, ele não vai conseguir mudar isso e vai ser esse perrengue pra sempre. Muito fofo ele te pedir pra não desistir, mas e aí? Vai ficar o resto da vida? Tenha uma conversa franca com ele, do jeitinho que você escreveu pra gente, e dê a real, que desse jeito você não quer. Seja firme, se for pra terminar que termine mesmo, mas uma coisa te garanto, se você não tiver essa conversa e continuar barrigando isso, vai perder tempo e ter um casamento problemático. Você decide se vale a pena ou não. Eu, do jeito que vejo de fora e por suas palavras, acho que não vale a pena não. E não podemos esquecer que o mocinho era bancado pela mãe e você só soube quando ela morreu. Eu ficaria com os dois pés atrás.

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