Futilish

Chora Que Eu Te Escuto

Alguém já contou quando Choras postei durante a quarentena? Tá pra Chorar MESMO kkkkkkkrying

Vamos lá!

Chora 01 – Nice

Oi Cony, sua linda! Preciso dizer que sou sua leitora há anos e aqui no Chora consegui sair de um relacionamento abusivo e também aprendi muito sobre moda, enfim… só tenho coisas boas pra falar de você e já indiquei para várias amigas te seguir. Bom, bora lá…sempre fui esforçada na escola e me destacava muito, daquele tipo que os professores elogiavam na frente da sala (mas morria de vergonha). Tenho 34 anos e me formei há 8 anos na faculdade, mas nunca trabalhei na área. Em parte porque nunca consegui entrar e parte porque não foquei, pois trabalhava em outra área melhor remunerada e acabei ficando acomodada lá. Logo que terminei a faculdade entrei em uma multinacional e fiquei por quase 5 anos. Era uma ótima oportunidade, fiz de tudo para me destacar e investir em mim: fiz inglês, pós graduação e outros cursos. Tive promoções laterais, mas nunca algo significativo. Fui mandada embora há 3 anos porque não tinha afinidade nenhuma na área que estava por último e estava muito infeliz. De lá pra cá, trabalhei em pequenas e médias empresas, também em áreas parecidas, mas melhores no quesito trabalho e piores no quesito remuneração/oportunidades. O ponto é: estou sentindo que o tempo está passando e não dei certo na carreira. Sei que tem pessoas piores que eu nessa idade, mas tem muuuuitas em condições melhores e acabo me comparando. Não tenho pretensão de trabalhar na área que me formei porque a essa altura e sem experiência é bem difícil. Cony, me sinto um fracasso onde estou porque não consigo me destacar e tem pessoas mais novas mandando muito melhor que eu. Penso todo dia em sair de lá, fazer algo diferente, mas pra falar a verdade não sei como fazer transição de carreira e nem o que fazer da vida. Nesse momento, não consigo pensar em nada e tenho receio de sair do meu trabalho no meio da crise. Imagino que o mercado de trabalho pode mudar muuito depois da pandemia e que podem surgir novas profissões, mas não sei o que fazer para começar a me descobrir. Para completar, pretendo me casar nos próximos anos e temos planos de morar em uma cidade pequena e afastada da capital, temo piorar a minha questão profissional. Penso em focar em trabalhos home office, estou totalmente aberta para novas profissões e em como desenvolver novos talentos, só que está difícil achar esse novos talentos. Rs. Gostaria de uma opinião e experiências das leitoras que passaram por isso.Obrigada pelo espaço.

Primeiramente, PARE DE SE COMPARAR! Esse é o maior erro que você pode cometer consigo mesma. O tempo não é igual pra todo mundo e quanto mais você focar energia no que o outro está fazendo, com menos energia pra se descobrir você ficará. Já pensou em fazer um Coach de Vida? Buscar ajuda profissional que faça aqueles testes de personalidade com você, que te ajude a entender melhor o seu momento, o que você quer e pra onde quer ir? Faça! Existem vários profissionais que podem te aconselhar e abrir sua cabeça pro novo. Mas desde já, pare de olhar o que a pessoa do lado está fazendo, e olhe pra você, se observe, veja o que gosta, o que não gosta, mas faça isso sem “ruído” alheio.

Chora 02 – Lyon

Hey Cony! Adoro seu blog faz tempo e acho seu trabalho ótimo. Acompanho tem bem uns dez anos! Obrigada por permanecer autêntica no meio de tanto Ctrl+C, Ctrl+V. Bom vamos ao meu Chora!Tenho 31 anos e não tenho muita coisa resolvida na vida hahahaha, mas na área afetiva eu sou bastante sabe. Tenho minha própria ideia de relacionamento, pra mim só serve se for pra melhorar e ou ampliar a zona de conforto dos envolvidos, então sou aquele tipo de pessoa que quando tá em um se dedica bastante pra funcionar, mas fico bastante bem sozinha e até prefiro ser solteira. No entanto uns meses atrás conheci um rapaz que me balançou muito, tudo combinava, tudo fluía, a gente sacou que um se encaixava demais nos parâmetros e desejos um do outro e tudo caminhava pra gente ter um belo compromisso. Então qual o problema?Já tenho um filho, não quero outro. E em todos relacionamentos que tive, sempre fui muito rígida quanto a divisão da responsabilidade da contracepção. Meus namorados sempre compravam o AC, a camisinha, ou o que quer que decidíssemos juntos usar como método, além de ter a obrigação de acompanhar meu ciclo e período fértil, pra me ajudar a não me deixar levar pelos hormônios e fazer bobagens hahahahaha. Eu acredito fortemente que isso é obrigação do casal e não só da mulher. No entanto, desde o fim do meu último relacionamento firme, há cerca de três anos, eu decidi não usar mais nenhum método hormonal, como estava solteira, sem planos de ter algo mais sério com ninguém enquanto batalhava por uns projetos, assumi a responsabilidade da contracepção, tendo sempre o preservativo aliado à tabelinha. Pois bem, perto dos três meses desse ensaio de namoro, pondo o pé no freio pra não ir no cartório casar com comunhão universal de bens, achei que era a hora de discutirmos um plano de contracepção. Falei com ele que o método hormonal não era minha primeira opção, mas que estava disposta a usar durante um curto período, pra gente se organizar financeiramente e eu poder implantar o DIU. Ele me respondeu dizendo que eu não precisava me preocupar em engravidar dele porque fez vasectomia. Eu respondi que ótimo, fico mais tranquila, mas preciso de uma comprovação. Ele disse que não tinha mais nenhum registro. Eu disse que ele poderia fazer um exame. Aí ele me responde que se tivesse que ir no médico porquê eu tinha problemas em confiar nele, preferia não ver mais. Respondi que tava tudo bem a gente não se ver então, e foi bem aí o sonho que eu tava vivendo terminou hahahahah. Não se preocupem, só dói quando eu lembro. Em minha defesa: Esse é um dos poucos pontos que lido de forma  inflexível num relacionamento, porque se por acaso ele me traísse, mentisse em relação a outros assuntos ou a gente tivesse problemas normais de casal, o máximo que aconteceria seria eu ficar triste um tempo, agora uma gravidez é coisa que impactaria a minha toda a minha vida e a vida do filho que eu já tenho. Um filho não some. Além de tudo, filhos tem o direito de serem desejados e pra mim, um outro não seria. Outra coisa que me chateou na história, é que ele é um cara letrado e articulado, não deveria agir estupidamente igual criança birrenta, acho que dialogo resolveria, também acho que confiança não é objeto de barganha e nem material de chantagem. Por mensagem depois ele disse que se uma gravidez fosse minha preocupação que eu deveria tomar os cuidados. Mas assim, não quero me envolver em algo onde eu tenha que cuidar sozinha do meu bem-estar em assuntos que se referem aos dois. Enfim, não posso obrigar ninguém a ser feliz. Como não acho que nós dois possamos resolver a situação, visto que ele me bloqueou e foi pra Nárnia, o meu Chora é mais pra ouvir opiniões e pontos de vista de fora da situação, saber se alguém já passou por algo parecido e como lidou e ou como vocês lidariam. Sei lá. Acho que quero saber qual aprendizado posso tirar dessa história.Muito obrigada pelo espaço e continue sendo essa luz de farol Cony. Muito sucesso pra você e também pra quem te acompanha!

Olha, sinceramente, achei um pouco confusa a sua dúvida. Ao mesmo tempo, pelo tom do seu mail, imagino que na conversa com ele talvez você possa ter soado um pouco dura e inflexível DEMAIS, coisa que o chateou. E sabe que até entendo o posicionamento dele? Isso claro, considerando que a conversa foi prática demais para um assunto meio delicado. Ok você querer dividir a responsabilidade da contracepção (não que eu concorde com isso, eu prefiro tomar conta 100% do assunto pra ficar tranquila) mas isso é de cada um, se você prefere assim, ok… E sei lá, será que foi só isso que afastou o cara? Se ele é um pessoa “letrada e articulada” não acredito que apenas pedir o exame comprovatório da vasectomia o tenha chateado tanto a ponto de terminar o namoro e te bloquear. Foi só por isso MESMO?

Chora 03 – Cannes

Oi, Cony. Acompanho o blog desde o “Comprey no Ebay” e amo seu conteúdo.
Bem, meu chora é sobre a dúvida em ter ou não filhos.
Tenho 35 anos, sou casada há 3 e estou terminando minha segunda faculdade. Ter filhos antes nunca me passou pela cabeça. Estava mais preocupada em ralar, ganhar meu dinheiro, viajar, ir pra festas. Quando era mais nova, nunca sonhei com festa de casamento nem ficava imaginando minha casa ideal ou escolhendo nome de filho. Nunca engravidei, sempre me protegi (e exigi isso tbm dos namorados) e nunca levei “susto”.Agora, casada, concursada e me formando, abri espaço para pensar nisso, mas não consigo decidir!
Ter filhos era uma coisa tão distante pra mim que acho que simplesmente me fechei pra isso e agora não tenho a menor ideia se é algo que eu quero ou não… Meu marido diz que, se eu quiser, ele fará de tudo pra ser um bom pai, mas, se a decisão fosse apenas dele, seríamos só nós dois mesmo. Nos amamos e nos damos super bem! Ele gosta da nossa vida pacata, somos muito grudados e muito caseiros. Ele tem receio de perder essa paz e devo dizer que eu também.Vejo a alegria dos meus amigos, acho as crianças um encanto, mas também vejo o cansaço, a falta de tempo, de grana. 
Acho super bonito uma mulher grávida e tenho certa curiosidade de saber como é gerar um ser. No entanto, a figura de mãe, aquela amamentando, com filho no colo, me é distante – não me conecto muito com essa imagem. Tenho várias amigas grávidas e com filhos e sinto zero inveja. Apenas fico feliz de ver elas felizes. Não me sinto infeliz ou incompleta ou com algum incômodo ou qualquer sentimento negativo. Quando pego minha sobrinha no colo ou brinco com filhos de amigos, eu me divirto, acho eles umas graças, tiro foto.. eu me acho bem carinhosa e atenciosa. Mas nunca penso “ah, meu filho vai fazer isso também.”, “ah, que fofo, queria um filho assim”, “ah, eu quero viver isso”. Minhas amigas brincam que vão me contratar de barriga de aluguel. hahahaEnfim, eu gostaria de poder decidir, sim ou não. Acho que me dei a oportunidade de decidir e gostaria de saber claramente porque sim ou porque não, mas a cada hora parece que a balança pende mais pra um lado. Gostaria de saber de vc, das leitoras, e também de qualquer livro, perfil, live, qualquer dica que possa me dar uma luz. Obrigada.

Se tem tanta dúvida e se eu marido não te exige filhos, desencana. Vai vivendo até o dia que a vontade bater DE VERDADE. Por via das dúvidas, congela óvulos e deixa eles lá quietinhos esperando, ou não, sua vontade de ser mãe aparecer. Somos livres para escolher ter filhos ou não, não se sinta culpada por não ter essa vontade e nem deixe isso atrapalhar sua vida. Congele e pronto… a medicina hoje em dia está muito evoluída e se bater a vontade daqui 5 anos, 10 anos, tá tudo certo. E se não bater, tá ok também 🙂

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