Chora Que Eu Te Escuto

Acho que nunca comentei por aqui, mas lendo o chora da Nice achei que poderia ajudar. Tenho 44 anos, casada e já tive muitos trabalhos e profissões. Me formei em direito, advoguei um tempo, prestei concurso (que não passei e desisti), já tive loja, já trabalhei em escola de educação infantil, já fui corretora de imóveis, já trabalhei com cliente oculto, já fui “corporate wife” (que só toma conta das coisas do marido que é executivo), já fiz de um tudo. Nunca estive realizada. Até que meu hobby se tornou profissão. Amo viajar e hoje tenho uma agencia de viagens. Foi “sem querer” que descobri que era isso que eu queria para a vida…já tinha mais de 40 anos. Ou seja, nunca é tarde! A ideia de um Coach de Vida é uma boa, mas olhe para dentro de você e pense no que gostaria de fazer. Não importa se vc vai morar em cidade grande ou pequena. Importa em você ser feliz. Uma hora você vai achar! Confie!

Cannes, voce pediu sugestão de livros para te ajudar a ponderar a decisão. Aí vai: “O Amor Que Dá Vida”, de Kimberly Hahn.

Lyon,
Apesar de vcs combinarem muito aconteceu um atrito num ponto específico.
Veja, dentro dos valores dele, a palavra dele basta (e eu concordo).
E dentro dos seus valores, a contracepção deve ser responsabilidade dos dois (mas isso não eh uma verdade universal, eh apenas um ponto de vista SEU).
Provavelmente ele te bloqueou porque durante a troca de mensagens depois da briga vc foi MUITO inflexível com essa coisa do casal cuidar da contracepção.
Agora pensa com a cabeça dele… Se ele já tem vasectomia, pq precisa se preocupar em comprar seu AC? Não faz sentido…
Homem eh prático então ele pensou… “Bom, se ela não quer acreditar em mim e tem medo de engravidar, então ela que tome os cuidados pra ficar segura” .
Não acho que ele esteja errado não. Acho uma pena vc ter afastado alguém legal da sua vida por ser cabeça dura em um assunto específico.

Lyon, eu entendo seu posicionamento sobre concepção e eu concordo que a responsabilidade é dos dois sim. Não sei se eu faria desse jeito de o cara comprar meus AC’s e afins, mas concordo que a responsabilidafe não deve recair apenas na mulher, já que nós somos ferteis alguns dias por mês e o cara é todo dia kkk mas nem sempre as pessoas pensam dessa forma.
Dito isso, se ele sabia que isso é algo muito importante pra vc, talvez poderia sei lá, dar uma alternativa ao exame (usar preservativo sempre até ser mais seguro sair pra fazer exame, por ex). Eu não vejo problema em pedir exame. Alguns casais que conheço fizeram teste de DST antes de começarem a sair kkkkk
Só que eu também não sei exatamente como foi a comunicação de vcs, mas algo que tenho estudado e tentado incorporar pra minha vida é a comunicação não violenta. Ajuda muito.
Enfim.
Resumindo: se isso é algo muito importante para você, e ele já reagiu dessa forma, talvez ele não seja a pessoa certa pra se relacionar com vc.
Ou então ambos poderiam melhorar no quesito CNV e o desenrolar dessa situação poderia ter sido outro…

Mesmo conselho pras 3: TERAPIA. Com psicólogo, tá? Coach não.

Pela primeira vez vou discordar da Cony kkkkk
Lyon, olha eu sinceramente não vi nada de errado em você pedir o exame. Filho é uma responsabilidade muito grande, e como vc já deve ter vivenciado, a carga maior fica pra mãe, não tem jeito. Eu não sei o pessoal, mas quando estou num relacionamento que tá ficando sério, que quero cortar a camisinha eu peço a meu namorado que ele faça os exames de IST. Não só peço, como faço tb e levo tudo pra minha gineco olhar. Acho isso super normal, saudável, reforça a confiança. Me pondo no lugar dele, não teria problema nenhum em acrescentar mais esse exame pra comprovar a vasectomia, vê se tá tudo certo com o procedimento até pq existe falha técnica, raro, mas existe. Ele pode dizer que fez, mas ninguém tem escrito na testa dizendo se é verdade ou mentira. Achei a atitude dele até meio desproporcional.
Acho que a questão aqui é como vc o abordou. Será que vc não foi incisiva demais? Tudo nessa vida é o jeito que a gente fala as coisas.

Ps: só um adendo ao chora 01, achei bem interessante essa questão de trazer pro relacionamento a responsabilidade da concepção /contracepção. Achei bem educador em direitos pra minar essa ideia patriarcal da sociedade que a responsabilidade de gravidez é da mulher que abriu as pernas. Por mais que AC seja até então algo exclusivo feminino, ninguém faz filho sozinho né. Entendo Tbm que se da pra depender só da gente evitar filho, melhor não contar com o homem, MAS isso acaba ratificando pensamentos machistas, o Brasil tem mais de 5,5 milhões de crianças sem registro do pai, isto é, só com nome da mãe na certidão de nascimento. Então, a questão trazida não é tão simplória como comentada até então, rende bastante debate….

Lyon …. que situação !! Olha , eu vou te falar serio , se eu fosse ele eu também ia te bloquear, Sabe por que ? Porque confiança esta acima de qualquer coisa numa relacionamento, Se não tem ,,,, corre !! Ele deve ter pensado : ela vai querer provas de tudo que eu fizer ??? Minha palavra não basta ???? Poxa …. se ele não quebrou sua confiança , não vejo motivo pra vc pedir provas .

Off Topic

Primeiro: amei o kkkkrying. Me deu o gatilho pra escrever este comentário.

Segundo: Eu queria estar igual a você Constanza, em casa, mas infelizmente meu trabalho não permite. Só saio pra trabalhar mesmo, de carro, tomando todos os cuidados, e nem meu namorado eu vejo, porque ele é uma criatura que não respeita quarentena. Muitas brigas envolvidas, enfim. O bastardo ainda teve COVID e foi assintomático, sofreu nada, NADA! Não nos contaminamos mutuamente, uma vez que já não nos vemos há um bom tempo.

Terceiro: Tive o COVID, diagnosticado, fiquei mal horrores, emagreci 3kg deitada recebendo comida pela janela. Não tive as complicações respiratórias mas todas as outras. E o pior: não desenvolvi anticorpos contra o vírus. Meu médico me explicou em pormenores que provavelmente meu corpo respondeu através de células T (muito estudadas agora), e isso explicaria meu sistema linfático ter ficado literalmente louco. Meu pescoço nem se mexia direito de tantos nódulos. Não era a “garganta inflamada”, eram os linfonodos todos entumescidos. Eu sentia eles sob a pele (aflição define). Axilas, virilhas, tudo. Não sei se estou imunizada, ao menos por 2 meses. É difícil. Não dá pra brincar. Não é uma gripezinha. E olha que no meu caso foi considerado “leve” a “moderado”. O que me ajudou a passar por isso foi a azitromicina, que não tem eficácia contra o vírus, mas foi boa nos sintomas. A médica que me passou me explicou direitinho.

Enfim, como o kkkkrying me deu este gatilho, resolvi escrever este comentário para alertar as pessoas e para te parabenizar pela força de respeitar a quarentena. Se não quiser publicar não precisa.

P.S.: se você visse as minhas fotos dos sintomas dermatológicos ia surtar. Eu fiquei um monstrinho. E minha pele é excelente. Já tenho quase 33 anos e só um bb cream resolve tudo, de verdade.

Beijocas.

Cannes, tudo que você descreveu era exatamente oq eu pensava. Tenho 35 anos, 13 anos e relacionamento, sendo 7 de casada. E eu nunca tive planos de ser mãe. Sempre me cobravam, inclusive meu marido. Mas, quanto mais cobravam pior era e eu sempre dizia quando eu tiver vontade vai acontecer. Resultado, mês que vem meu bb vai fazer 1 ano. Como tudo na vida tem seus amores e suas dores, a maternidade também. Mas é lindo ver uma criança crescer e se desenvolver. Não fique martelando. Se puder congele os óvulos e deixa as coisas acontecerem naturalmente. Uma hora a decisão final vai chegar.

Chora 2: Moça, eu te entendo perfeitamente e caso a vasectomia tivesse sido feita antes do sujeito me conhecer, eu também pediria alguma comprovação antes de pensar em abandonar meus métodos.
Tenho verdadeiro PAVOR de engravidar/ter filho e não correria esse risco por homem nenhum.

Chora 1 – as vezes também tenho a mesma sensação que você, apesar de eu trabalhar na área, as vezes penso que poderia estar melhor. Depois eu penso: o que é estar melhor? As vezes nada é o que parece ser. Só quem está dentro é que sabe, e cada caso é um caso. Se eu fosse você eu ficaria no seu emprego e fora do horário de trabalho poderia focar em outras coisas que quer. Ainda mais que vc vai casar e mudar de cidade. Cidade pequena pode parecer que vc vai retroagir na carreira, mas acho que a qualidade de vida dá um salto gigantesco. E será que precisamos ser melhor em tudo? Será que vc não se cobra muito? É normal pessoas mais novas estarem bem. Mas será que estão mesmo? Comparação é o pior inimigo. A pessoa é o que é + as próprias circunstâncias. Não sabemos o que o outro vive. Uma época eu trabalhei em um local que eu ganhava cerca de 50% a menos do que uma certa pessoa. Mas, eu percebi que apesar dela ganhar mais do que eu, ela nunca viajava, nunca tinha dinheiro sobrando, se vestia mal, não saia. Pensei: acho que estou melhor. E o que acontece para essa pessoa ganhar tanto e nunca ter nada? Depois eu descobri a “rachadinha”. Não podemos comparar.

Chora 3 – tenho 44 anos. Nunca quis; meu marido menos ainda. Eu só casei, porque ele disse e eu percebi que ele não queria. Um casal nos chamou para ser padrinhos da filha deles: ai que eu tive certeza mesmo que jamais iria querer. Isso já faz 12 anos.
Tenho pena das pessoas que não têm tempo para nada, pois tem que cuidar dos filhos. E as que se anulam por isso? Não podem combinar nada, pois os filhos tem mil atividades, não podem viajar pois não tem grana, não conseguem assistir um filme, vivem cansadas.
Sem contar todo o problema que um ser humano pode gerar no mundo; nesse mundo…rs.
Depois o filho é adolescente e elas não sabem mais oque fazer, pois não ficam mais 24 h grudados.
Não se sinta pressionada pela sociedade.
Já me falaram: nosso, como vc é egoísta. Quem falou? A mulher que não tem tempo para nada e vive descabelada correndo atras de criança. kkkk
Ainda, se quiser depois pode adotar.

Cannes, sempre pensei como vc, mas acho q nosso reloginho biológico grita, e qdo cheguei perto dos 35 eu comecei a questionar esse desejo. Pra mim, o q mais pesou foi pensar q a vida tava muito boa e tranquila, mas será q viver assim até o fim da vida teria sentido? Qdo eu pensava laaaaaa na frente, parece q ficava faltando alguma coisa sabe? Decidi engravidar, e qdo vi q a idade foi uma dificuldade REAL para engravidar, meu mundo caiu e todas as prioridades mudaram. Hoje com 38 sou mãe graças a Deus, e te falo q foi a melhor coisa do mundo, pq aquelas conversas clichês sobre maternidade são muito reais, e a vida muda drasticamente mas pra muito melhor! Nunca sonhei em ser mae, mas hoje já acho q minhas prioridades, meus valores e o sentido de felicidade mudou pra um lugar mais maduro e bem mais simples. Acho q a decisão nao é sobre o hoje, mas pra vida toda, como quer envelhecer, com quem quer estar e fazendo o que.

Oi Nice, você conhece o Ícaro de Carvalho? Dá uma olhadinha na página dele, pode ser que te ajude. Estou fazendo o curso dele chamado O Novo Mercado e adorando!

Vou dar pitaco no caso 2, acho bacana querer dividir a responsabilidade e também não ia confiar muito na vasectomia, ainda mais se ele não tiver filhos (não foi falado se ele já é pai) pq é caso raro né? Mas achei seu e-mail super prático e direto e se a conversa foi igual o emaio foi 100% sem tato né?
Se você queria ter certeza com exame tinha que pedir com jeitinho para o outro não parecer mentiroso, um “Amor, vamos fazer um checkup geral e aproveita ver como está a cirurgia para gente ficar tranquilo e não ter uma surpresa?” O outro lado ia entender e você ia parecer uma pessoa compreensiva também. E pelo seu e-mail ta muito ou faz o que eu quero ou caí fora, acho que a maioria vai prefirir cair fora, cuidado para não perder alguém bacana por ter sido intrasigente.

Caso 2 – super mega concordo. Deixar as coisas claras é fundamental. Te livrou.

Caso 03 – tenho 3 filhos, sou advogada há 10 anos em direito de família e se você tem dúvidas não tenha filhos!!! Mesmo tendo plena certeza exige várias abnegacoes. Filho exige tempo dedicação responsabilidade, e se não estiver disposta a essa doação o filho se torna um fardo na vida do casal.

Para a Lyon: bem que vc fez, está certíssima. Não acho contracepção e responsabilidade do homem nisso um assunto delicado, como a Cony falou. É sim um assunto importante e que é pertinente para ambos, não só para você. Além disso, mesmo que ele tenha feito vasectomia é bom fazer espermograma, pois conheço muitos casos, inclusive do meu cunhado, que fez vasectomia e quase 2 anos depois engravidou minha irmã. Fez bem de se livrar desse cara, se ele chegou a te BLOQUEAR e ficar ofendido por causa de uma preocupação normal dessas ele é um “piá”, como falamos aqui no Paraná e não um homem. Também não tem essa de ser direta de mais, pelo amor, ele é um homem crescido e adulto, não uma criança que vc deve cuidar como fala para não traumatizar o alecrim dourado. A lição que acredito que vc deve tirar disso é: fuja de homens machistas que não aguentam uma mulher bem resolvida e decidida. Também não se entupa de hormônios e lasque com a sua saúde porque um bonito fica ofendidinho se vc falar de contracepção com ele. Se nem na contracepção vc pode contar com ele, imagine com um filho, corra!

Cannes, eu não queria ter filhos, mudei de ideia com 37 anos, depois de muito tentar e passar por vários médicos, com 39 descobri que tinha baixa reserva ovariana (sendo que as mulheres da minha família tem um histórico de extrema fertilidade, o médico disse que a gente costuma “seguir” as mulheres da família nesse aspecto). Pensei em fazer FIV, mas não deu certo logo no início. Fiz controle de ovulação, até tinha ciclo, mas era anovulatório. Foi bem desgastante. Então, te aconselho a congelar óvulos. Não ter e não querer ter, é uma coisa, querer e não poder, é frustante demais.
Há a possibilidade de adoção, mas é demorado, mesmo criança maiores. No meu estado, está em torno de 5, 7 anos de espera (trabalho no Judiciário, então conheço essa realidade de perto).

Caso 2: não acho que você fez errado. Afinal de contas, como você mesma disse, você já tem um filho e não quer outro agora. Você conheceu o cara recentemente e não custava ele mostrar os exames para você. Como alertaram aí, acho bem estranho ele já ter feito vasectomia sem ter filho nem nada. Eu não confiaria e penso que você, por já ter um filho, muito menos. A questão do diu eu acho um pouco estranho pedir para o cara dividir com você o valor, sabe? Eu não dividiria pq DIU é algo que fica bastante tempo no seu corpo e você não sabe se o namoro vai durar esse tempo todo. Eu colocaria por minha conta e risco, mais para minha segurança e não abriria mão de camisinha… Mas isso são as minhas convicções.

Oie gente, é a moça do Chora 2, a Lyon. Primeiro vou responder a Cony: Na minha percepção foi só isso mesmo, estava tudo azul da cor do mar até então.

Agora vou fazer umas pontuações com base nos comentários:
– Eu não acho que perdi ninguém, tive alguém por três meses e fui bem feliz, então apesar de ter ficado um pouco triste com o fim, sou grata ao universo por essa experiência e pela oportunidade de talvez aprender algo.
– Gente, não teve briga sabe. Eu também sou muito civilizada. A gente teve essa conversa, terminamos o filme que estávamos assistindo, ele foi embora, mandou a msg e me bloqueou, nem se eu quisesse brigar ou dialogar teria como.
– Posso ter sido muito direta? Posso sim, mas eu sou uma pessoa pragmática (leão com ascendente em caprica), talvez ele já estivesse saturado dessa minha característica e esse foi o limite de tolerância dele, acho que nunca saberei. Eu fui muito namoradeira, mas meus relacionamentos eram curtos (coisa de 1 – 2 anos), exceto o meu casamento que entre namoro de adolescência e morar junto durou 8 anos, e a minha postura sempre foi essa desde o começo da minha atividade sexual, já encontrei resistência sim, mas o máximo que rolava era o parceiro querer que eu trocasse o AC por um mais barato, e nunca nenhum deles me largou pq me mantive firme nas minhas convicções sabe. Não achei mesmo que teria que começar a ter dedos depois de tanto tempo, principalmente com alguém com quem já tinha conversado sobre não querer ter filhos, que sabia dos meus traumas em relação a minha primeira gravidez onde o bebê e eu quase morremos, fiquei 10 dias na UTI e ele 15, que sabia das minhas mágoas em relação ao pai do meu filho, pois foi um bebe planejado, amado e desejado, além de ser o sonho dele ser pai, mas após a nossa separação ele saiu de um belíssimo pai pra um belíssimo pai ausente, e gritou comigo que o sonho era dele sim, mas que ele não me obrigou, logo se eu engravidei foi pq quis e eu que me virasse, então do meu prisma existiu uma pré-contextualização que embasava essa conversa. Posso estar equivocada sobre isso? Posso sim, mas preciso refletir bastante antes de rever a forma que lido com ESTE PONTO que pra MIM é inflexível.
– Eu não falei em momento nenhum que abandonaria o preservativo, mas camisinha estoura e como foi repetido várias vezes nos comentários nenhum método é 100% eficaz, e vamos ser honestas, eventualmente é uma coisa que pode acontecer.
– Não quero criticar ninguém, mas não é meio incoerente da parte de alguns comentários querer que eu confiasse na palavra de alguém pra preservar o relacionamento mas ainda exigir a camisinha pq a gente não deve confiar em ninguém?
– Talvez o problema foi pedir ele pra pagar o DIU que é um dispositivo de longo prazo sem saber quanto tempo ia durar o relacionamento? A gente já tava discutindo como levantar o dinheiro pra dar entrada em um apê, qual seria a diferença já que nas duas situações não era um desembolso imediato e a gente planejava uma relação de longo prazo?
– Não tenho nenhum problema em ter que provar algo que disse, especialmente se conheço a pessoa a pouco tempo. Inclusive se um dia eu conseguir fazer a laqueadura, provavelmente vou emoldurar os documentos e deixar na minha sala, talvez até plote meu futuro carro com imagens das minhas trompas ligadas.
– Eu não abandonei o AC do nada, já vinha sofrendo com os efeitos colaterais por uns dois anos, até que comecei a menstruar de 10 em 10 dias sendo o meu ciclo de 7 dias, não ficava nem uma semana no mês sem sangrar, além de enxaquecas constantes, irritação, inchaço e falta de libido.
– Já fiz uma verdadeira via crucis tentando a laqueadura. Em um ano fui em oito ginecologistas diferentes, até que o último deles me afirmou que nenhum médico, da rede pública ou privada, faria a cirurgia em mim com apenas um filho, independente da idade, pq em algum momento eu poderia mudar de ideia e processar o médico, ou achar alguém especial, ou que a laqueadura me faria abandonar o preservativo e uma série de ous e porquês que se traduzem em: Não, eu não vou conseguir fazer laqueadura. Mas juro pra vocês que não desisti.
– Estou sem plano, sem emprego formal e sem renda estável, então não tenho condições financeiras no momento de implantar o DIU por conta própria e se for pra fazer isso em um relacionamento, vocês já sabem que eu prezo pela divisão da responsabilidade.
– N ano passado em uma consulta pra fazer o preventivo no postinho, me encaminharam pra secretária de saúde pra implantar o DIU, depois de uma longa fila de espera e realizar todos os protocolos necessários, já no ambulatório, o médico se recusou a implantar o DIU em mim pois sou solteira, o que aumenta o risco de infecção (???), como não achei essa humilhação suficiente voltei em outro dia afirmando estar em uma união estável, mas ele disse que eu estava mentindo e só implantaria quando eu chegasse com uma certidão de casamento. Moro em uma cidade pequena, ele é o único médico que faz planejamento familiar e segundo a secretária de saúde, tem respaldo do Conselho médico pra indicar ou não o implante. No momento, na cidade em que moro, a única forma de conseguir o DIU pela rede pública é se eu processar a prefeitura. Até comecei com uma ação, mas além de ser lento, chegou a Covid pra atrasar os trabalhos de todo mundo.

Bom, é isso gente, vou continuar de olho nos comentários pra ver se extraio algum aprendizado, obrigada a quem deu a sua opinião.

Lyon, achei sua postura super impositiva e machista. Sim , machista! Acho absurdo em pleno 2020 , o homem ter que pagar ou dividir o método anticoncepcional ou motel , o corpo e meu , então EU cuido dele , sem terceirizar responsabilidade.