Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Caramba, mas toda semana tem quarta feira é? hahahaha, Só vejo que o tempo tá até passando rápido quando posto o Chora e parece que postei o último no dia anterior rsrsrs.

Vamos lá… semana passada a gente ficou chocada com o caso da cunhada né? Enfim, vejamos o que temos pra hoje:

Chora 01 – Bichinha

Olá Cony, tudo bem? Sou leitora há anos e admiro muito você e sua forma de lidar com as coisas. Meu chora tem a ver com a perda de uma melhor amiga, uma companheira de todas as horas… Minha cachorrinha. Há 7 anos atrás eu estava saindo da academia e ouvi choro de filhotes, olhei para o outro lado da rua e vi um petshop com vários filhotinhos para adoção. Resolvi atravessar a rua e olhei para aquela filhotinha e disse: Vou Levar!!!
Passaram todos esses anos e posso garantir, nunca tive uma melhor amiga como ela foi pra mim. Foram muitos momentos de alegria, ela era muito feliz, me transmitia toda essa felicidade. Aprendia tudo, parecia gente! Nunca precisei brigar, era um amor. Esteve comigo quando eu terminei primeiro namoro, quando me formei na faculdade, em todos os momentos bons e ruins. Enfim sabe aqueles filmes bem clichê em que o mocinho tem seu cachorro como melhor amigo? Ela era assim pra mim. Descobri um amor que jamais senti, amo demais os animais depois da minha doce Mel..Este ano, do dia pra noite ela nos deixou. Ficou um buraco no meu coração e da minha família. Estamos lutando pra viver bem e mostrar a Deus toda a gratidão que temos por ter ganhado este anjinho de presente. Mas ainda assim Cony, me sinto triste. Fazem dois meses que luto todos os dias com as lembranças que sinto para recordar dela com a alegria que ela merece. No momento decidimos não adotar outro cãozinho para respeitar esse luto e também porque ainda moro com meus pais e senti o quanto isso doeu neles, fiquei até com medo do meu pai entrar em depressão… Enfim, é simplesmente isso. Uma dor que estou lutando todos os dias e ainda não aprendi a lidar. Só queria ler relatos de quem já passou por isso e saber que no fim o que importa é o amor, e é disso que quero lembrar da minha pequeninha ♥️

Ah minha querida, chorei junto lendo seu relato. Eu sei bem como é isso, como é triste e doloroso a partida de um animalzinho de estimação… eu nem chamo de animal, é um ser da família, amor igual ou até maior. Eles são a alegria da casa, a energia boa, é felicidade, amor incondicional. Te entendo muito! Vou te contar meu caso…

Minha mãe vendeu um sofá de casa por R$ 100 e me deu o dinheiro pra comprar um cachorro. Isso tem muitos anos… Lembro que olhei no jornal Balcão e achei uma moça que estava vendendo poodles. Minha família tem história com essa raça, sempre teve poodle na família e todos se chamava Pucky. Quando era femêa, era Pucka hahaha. Quando nasci, era o Pucky 1, da minha avó, e ele ficava do lado do berço me cuidando e quando eu chorava ele corria avisar minha mãe ou avó. Enfim, fui na moça e comprei o nosso Pucky, branquinho, lindo, que era pra ser mini mas ficou enorme com 6 meses hahaha. Era o amor da família, companheiro de todas as horas. Daí minha família mudou pro Chile e claro, levaram ele. Lembro que meu pai estava super nervoso, porque como ia “despachar” o Pucky no bagageiro de um avião? Ele era muito grande pra levar ele na cabine… Ele reservou espaço pra um poodle de 25kg hahahahahaha mas ele pesava uns 10 no máximo rs. Enfim, o Pucky foi morar no Chile com meus pais e irmãos. Era MUITO inteligente, só faltava falar. Só que foi ficando velhinho, velhinho, e a raça poodle envelhece muito mal, eles ficam muito doentinhos. Com 16 anos, ele estava definhando… tinha que se alimentar e beber água por seringa, não conseguia andar, tinha que usar fralda, mas foi super cuidado até o dia que ele se foi. Lembro que eu estava aqui no Brasil com meu pai, quando minha mãe ligou aos prantos contando que ele tinha morrido. Eu, que nunca tinha visto meu pai chorar, vi ele chorar de soluçar. Meu irmão do meio estava inconsolável, foi uma tristeza sem fim! Ele teve enterro, tudo… E minha família sofreu tanto que disse que não queria cachorro nunca mais… Enfim, Pucky morreu no final de 2011 e no início de 2012 eu ganhei o Nero de um ex namorado. Quando contei pros meus pais (eles estavam no Chile e eu no Brasil), eles quiseram me matar! Que não era pra eu aceitar, que tinha que devolver, que quem ia cuidar dele (eu viajava muito na época), que o bichinho ia sofrer, enfim. Não queriam de jeito nenhum. Passaram-se umas semanas e meu pai veio ao Brasil e eu morrendo de medo porque eu não tinha devolvido o Nero. Quando ele (meu pai chegou) ele olhou pro Nero (que parecia um morcego, é um yorkshire e estava bebezinho) e disse que era um cachorro feio, que parecia morcego e nem quis chegar perto dele! E o Nero todo feliz fazendo festa, mordendo o pé do meu pai e eu falei: Pai, pega ele! Tadinho, ele tá te recebendo com alegria!!! Menina, meu pai pegou o Nero no colo, olhou pra ele, abraçou apertado e disse: VOU LEVAR ELE COMIGO PRO CHILE! hahahahaha Bom, resumindo a história: Nero ficou comigo por alguns anos mas realmente eu viajava muito e ele ficava muito sozinho e em hotelzinho. Daí quando fui pro Japao visitar meu irmão, e eu iria ficar quase 2 meses entre Chile e Japão, levei ele pra casa dos meus pais pra cuidarem dele pra mim E NUNCA MAIS ME DEVOLVERAM! O Nero é a alegria deles, o melhor amigo do meu pai, super companheiro da minha mãe e preenche a casa agora que os filhos todos foram embora. Então, no final disso tudo eu te digo… A gente sofre muito sim quando um bichinho morre, mas pense em ter outro daqui a algum tempo. Não é substituição, porque não tem como substituir, mas é uma alegria que muda o ambiente e a vibe da casa. Pense nos seus pais, irá fazer bem pra eles, tem tantos bichinhos precisando de uma casinha, de um lar, de amor e consequentemente, será muito bom pra você também 🙂

Pucky e Nero!

Chora 02 – Procrastinadora

Oie, Cony! Vou começar como a maioria, sou leitora dino tbm, da época de onça rica, bota da cuca (kkkkk).. Te acompanho desde 2010, quando eu tinha 15 anos, você fez parte da minha adolescência e graças a isso acho que fui menos brega.. hahaha 
Já ensaiei varios choras em diversas situações da minha vida, mas era sempre um pouco mais do mesmo então me contentava com as dicas dos choras postados.. acontece que agora estou com uma dificuldade IMENSA e gostaria de saber se mais alguém já passou por isso e pode me dar um help.
Vamos lá.. atualmente tenho 25 anos, sou formada, trabalho em uma excelente empresa de auditoria/consultoria há 5 anos, onde cresci muito, me desenvolvi, fiz várias amizades e ganho o suficiente pra manter o padrão de vida que gostaria de ter nesse momento, não posso reclamar. Eu diria que 5 anos atrás se eu pudesse escolher onde estar hoje, seria onde estou. Porém, uma característica que sempre tive, e agora tomou proporções gigantes a ponto de me atrapalhar MUITO, é a procrastinação.. Desde sempre eu fui aquela pessoa que deixava tudo pra última hora, desde escola, faculdade, sempre ficava o dia inteiro enrolando e ia estudar de madrugada. Só que agora no trabalho (e principalmente nesta época de quarentena que estou há quase um mês de home office) isso está me consumindo. Só consigo ser produtiva quando é extremamente sob pressão, quando o prazo está encerrando, quando algum superior meu está me cobrando muito. E mesmo assim é uma dificuldade muito grande. Tem dias que eu tenho uma lista de coisas pra fazer e simplesmente não consigo, falta foco, falta organização, tenho mil aplicativos de “To do”, planilhas de organização, e nada funciona. Tudo que vou fazer demoro anos pra conseguir iniciar e, mais ainda, concluir. Nessa época de home office, meu horário é das 9h as 18h, tem dia que fico essas 9h em frente o computador fazendo tudo que vocês possam imaginar, organizando e-mail, começo um monte de coisa e paro, e depois, quando dá 21h, eu vejo que não tenho mais saída e começo a correr atrás do tempo que perdi, vou até 3, 4, 5h da manhã.. sendo que geralmente é porque precisei de 8h pra fazer algo que levaria 3h se eu conseguisse focar. Eu odeio ver o quanto de tempo eu perco com isso, nunca estou ‘livre’ das minhas atividades, sempre está faltando fazer algo. Quando consigo concluir um trabalho, não tenho aquela sensação de dever cumprido porque estou sempre atrasada. Eu tenho ansiedade então tem dias que fico até com falta de ar, gerada por essa falta de foco e por ver que não estou produzindo o quanto deveria. Tenho a sensação de estar estagnada. Já fiz muitos anos de terapia e aprendi as coisas que poderiam me ajudar (lista de tarefas, determinar um tempo pra cada atividade, etc) mas por algum motivo nada funciona por muito tempo. Acho que parte disso é uma insegurança que tenho, penso que não vou saber fazer, ou que não vai ficar bom, e isso acaba atrapalhando ainda mais. Alguém mais já passou por isso e poderia me dar uma luz?

Quando você falou em “procrastinação” já pensei cá com meus botões: “ela tem ansiedade” o que foi confirmado no final do seu relato. Fia, pode ter um TDAH aí também (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade). Você precisa de REMEDINHO! Tem gente que é contra, mas pra casos extremos, eu super acho que tem que medicar sim! Vai num psiquiatra, exponha seu caso e certeza que ele vai te dar algo que vai melhorar e MUITO sua concentração e foco. Eu já passei por isso, já tomei remedinho, virei uma máquina (resolvia minha semana em um dia) mas parei com os remédios porque estavam atrapalhando meu sono e não quis tentar outros (nesses casos o ideal é ir testando até achar a melhor medicação pra você). Meditar também dizem que é bom (eu não consigo, sou muito ansiosa e fico louca pra acabar logo), se exercitar e o que você falou… lista de tarefas e se propor a seguir a lista! Coloca horários, de tal hora a tal hora vai fazer tal coisa, depois outra coisa e se esforça. Eu sei o quanto é difícil, eu ja cheguei a virar a madrugada sentada no sofá sem conseguir levantar pra fazer NADA, só pensando pensando pensando. Isso quando era solteira, mas daí casei e acabei entrando na rotina do Leo que me ajudou MUITO a me organizar.

Chora 03 – Carente

Oi, Coni! Eu adoro seu blog e leio há uns 3 anos e meio, desde a minha separação, quando uma amiga me indicou. Pois bem, sou divorciada desde esse período e estou solteira. Tenho uma facilidade imensa pra conhecer pessoas, me relacionar. É sempre muito difícil estar literalmente sozinha. Contudo, me sinto só! Como disse, to sempre me relacionando com alguém e agora estou saindo com um cara há 2 meses e estou MUITO envolvida, ele é incrível, gentil, atencioso, beijo bom, sexo bom. Mas eu vivo achando que ele vai sumir a qualquer momento, que vai simplesmente me ignorar. Até o presente momento nada disso aconteceu, mas eu vivo com a mesma sensação todos os dias. Eu acho que me sinto assim porque já aconteceu isso comigo as vezes, de surgirem caras super intensos e depois sumirem ou começarem a ir se distanciando com o tempo. Mas com ele, apesar de um dia ou outro sentir um distanciamento, as coisas tem se mantido normais. Eu quero muito um relacionamento sério com ele, mas não estou conseguindo administrar a minha ansiedade, os meus pensamentos. Preciso de ajuda! Ele não sabe nada do quanto eu sofro, do quanto meus pensamentos me atormentam. O que eu posso fazer? Obrigada!

Miga, CRIE UM UNICÓRNIO MAS NÃO CRIE EXPECTATIVAS. A tal da expectativa derruba a gente! Traz sofrimento, ansiedade, agitação, preocupação. É difícil mas tente não viver esperando algo dele, faça outras coisas, saia pra outros cantos, com outras pessoas, faça dele apenas uma parte da sua vida e vá levando. Se for pra vingar, vai vingar, mas não fique nessa tensão de esperar ele aparecer, de ver o que vai acontecer no dia seguinte, no final de semana. Acho que você deveria aprender a curtir mais a sua propria cia, gostar de estar com você, deixar um final de semana só pra você, ver um filme, fazer SPA em casa, tomar um vinho sozinha, fazer um jantar só pra você… sabe? Porque isso te prepara e te fortalece caso o carinha suma de repente, você não vai dar tanta importância porque se garante sozinha. E outra coisa, não se desespere para arrumar relacionamento, geralmente os namoros que surgem por carência não dão certo. Então se ele sumir, que suma, arruma outro mas ainda acho interessante você passar um tempo sozinha MESMO. Mantenha sempre seus contatinhos ativos (sim gente, é necessário), seja esperta, você tem controle da SUA vida e não da dele então controle apenas o que você consegue. Se firmar o namoro, beleza, mas tomara que só firme quando você saiba aproveitar mais a sua própria cia.

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