Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
13 maio 2020, 54 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Caramba, mas toda semana tem quarta feira é? hahahaha, Só vejo que o tempo tá até passando rápido quando posto o Chora e parece que postei o último no dia anterior rsrsrs.

Vamos lá… semana passada a gente ficou chocada com o caso da cunhada né? Enfim, vejamos o que temos pra hoje:

Chora 01 – Bichinha

Olá Cony, tudo bem? Sou leitora há anos e admiro muito você e sua forma de lidar com as coisas. Meu chora tem a ver com a perda de uma melhor amiga, uma companheira de todas as horas… Minha cachorrinha. Há 7 anos atrás eu estava saindo da academia e ouvi choro de filhotes, olhei para o outro lado da rua e vi um petshop com vários filhotinhos para adoção. Resolvi atravessar a rua e olhei para aquela filhotinha e disse: Vou Levar!!!
Passaram todos esses anos e posso garantir, nunca tive uma melhor amiga como ela foi pra mim. Foram muitos momentos de alegria, ela era muito feliz, me transmitia toda essa felicidade. Aprendia tudo, parecia gente! Nunca precisei brigar, era um amor. Esteve comigo quando eu terminei primeiro namoro, quando me formei na faculdade, em todos os momentos bons e ruins. Enfim sabe aqueles filmes bem clichê em que o mocinho tem seu cachorro como melhor amigo? Ela era assim pra mim. Descobri um amor que jamais senti, amo demais os animais depois da minha doce Mel..Este ano, do dia pra noite ela nos deixou. Ficou um buraco no meu coração e da minha família. Estamos lutando pra viver bem e mostrar a Deus toda a gratidão que temos por ter ganhado este anjinho de presente. Mas ainda assim Cony, me sinto triste. Fazem dois meses que luto todos os dias com as lembranças que sinto para recordar dela com a alegria que ela merece. No momento decidimos não adotar outro cãozinho para respeitar esse luto e também porque ainda moro com meus pais e senti o quanto isso doeu neles, fiquei até com medo do meu pai entrar em depressão… Enfim, é simplesmente isso. Uma dor que estou lutando todos os dias e ainda não aprendi a lidar. Só queria ler relatos de quem já passou por isso e saber que no fim o que importa é o amor, e é disso que quero lembrar da minha pequeninha ♥️

Ah minha querida, chorei junto lendo seu relato. Eu sei bem como é isso, como é triste e doloroso a partida de um animalzinho de estimação… eu nem chamo de animal, é um ser da família, amor igual ou até maior. Eles são a alegria da casa, a energia boa, é felicidade, amor incondicional. Te entendo muito! Vou te contar meu caso…

Minha mãe vendeu um sofá de casa por R$ 100 e me deu o dinheiro pra comprar um cachorro. Isso tem muitos anos… Lembro que olhei no jornal Balcão e achei uma moça que estava vendendo poodles. Minha família tem história com essa raça, sempre teve poodle na família e todos se chamava Pucky. Quando era femêa, era Pucka hahaha. Quando nasci, era o Pucky 1, da minha avó, e ele ficava do lado do berço me cuidando e quando eu chorava ele corria avisar minha mãe ou avó. Enfim, fui na moça e comprei o nosso Pucky, branquinho, lindo, que era pra ser mini mas ficou enorme com 6 meses hahaha. Era o amor da família, companheiro de todas as horas. Daí minha família mudou pro Chile e claro, levaram ele. Lembro que meu pai estava super nervoso, porque como ia “despachar” o Pucky no bagageiro de um avião? Ele era muito grande pra levar ele na cabine… Ele reservou espaço pra um poodle de 25kg hahahahahaha mas ele pesava uns 10 no máximo rs. Enfim, o Pucky foi morar no Chile com meus pais e irmãos. Era MUITO inteligente, só faltava falar. Só que foi ficando velhinho, velhinho, e a raça poodle envelhece muito mal, eles ficam muito doentinhos. Com 16 anos, ele estava definhando… tinha que se alimentar e beber água por seringa, não conseguia andar, tinha que usar fralda, mas foi super cuidado até o dia que ele se foi. Lembro que eu estava aqui no Brasil com meu pai, quando minha mãe ligou aos prantos contando que ele tinha morrido. Eu, que nunca tinha visto meu pai chorar, vi ele chorar de soluçar. Meu irmão do meio estava inconsolável, foi uma tristeza sem fim! Ele teve enterro, tudo… E minha família sofreu tanto que disse que não queria cachorro nunca mais… Enfim, Pucky morreu no final de 2011 e no início de 2012 eu ganhei o Nero de um ex namorado. Quando contei pros meus pais (eles estavam no Chile e eu no Brasil), eles quiseram me matar! Que não era pra eu aceitar, que tinha que devolver, que quem ia cuidar dele (eu viajava muito na época), que o bichinho ia sofrer, enfim. Não queriam de jeito nenhum. Passaram-se umas semanas e meu pai veio ao Brasil e eu morrendo de medo porque eu não tinha devolvido o Nero. Quando ele (meu pai chegou) ele olhou pro Nero (que parecia um morcego, é um yorkshire e estava bebezinho) e disse que era um cachorro feio, que parecia morcego e nem quis chegar perto dele! E o Nero todo feliz fazendo festa, mordendo o pé do meu pai e eu falei: Pai, pega ele! Tadinho, ele tá te recebendo com alegria!!! Menina, meu pai pegou o Nero no colo, olhou pra ele, abraçou apertado e disse: VOU LEVAR ELE COMIGO PRO CHILE! hahahahaha Bom, resumindo a história: Nero ficou comigo por alguns anos mas realmente eu viajava muito e ele ficava muito sozinho e em hotelzinho. Daí quando fui pro Japao visitar meu irmão, e eu iria ficar quase 2 meses entre Chile e Japão, levei ele pra casa dos meus pais pra cuidarem dele pra mim E NUNCA MAIS ME DEVOLVERAM! O Nero é a alegria deles, o melhor amigo do meu pai, super companheiro da minha mãe e preenche a casa agora que os filhos todos foram embora. Então, no final disso tudo eu te digo… A gente sofre muito sim quando um bichinho morre, mas pense em ter outro daqui a algum tempo. Não é substituição, porque não tem como substituir, mas é uma alegria que muda o ambiente e a vibe da casa. Pense nos seus pais, irá fazer bem pra eles, tem tantos bichinhos precisando de uma casinha, de um lar, de amor e consequentemente, será muito bom pra você também 🙂

Pucky e Nero!

Chora 02 – Procrastinadora

Oie, Cony! Vou começar como a maioria, sou leitora dino tbm, da época de onça rica, bota da cuca (kkkkk).. Te acompanho desde 2010, quando eu tinha 15 anos, você fez parte da minha adolescência e graças a isso acho que fui menos brega.. hahaha 
Já ensaiei varios choras em diversas situações da minha vida, mas era sempre um pouco mais do mesmo então me contentava com as dicas dos choras postados.. acontece que agora estou com uma dificuldade IMENSA e gostaria de saber se mais alguém já passou por isso e pode me dar um help.
Vamos lá.. atualmente tenho 25 anos, sou formada, trabalho em uma excelente empresa de auditoria/consultoria há 5 anos, onde cresci muito, me desenvolvi, fiz várias amizades e ganho o suficiente pra manter o padrão de vida que gostaria de ter nesse momento, não posso reclamar. Eu diria que 5 anos atrás se eu pudesse escolher onde estar hoje, seria onde estou. Porém, uma característica que sempre tive, e agora tomou proporções gigantes a ponto de me atrapalhar MUITO, é a procrastinação.. Desde sempre eu fui aquela pessoa que deixava tudo pra última hora, desde escola, faculdade, sempre ficava o dia inteiro enrolando e ia estudar de madrugada. Só que agora no trabalho (e principalmente nesta época de quarentena que estou há quase um mês de home office) isso está me consumindo. Só consigo ser produtiva quando é extremamente sob pressão, quando o prazo está encerrando, quando algum superior meu está me cobrando muito. E mesmo assim é uma dificuldade muito grande. Tem dias que eu tenho uma lista de coisas pra fazer e simplesmente não consigo, falta foco, falta organização, tenho mil aplicativos de “To do”, planilhas de organização, e nada funciona. Tudo que vou fazer demoro anos pra conseguir iniciar e, mais ainda, concluir. Nessa época de home office, meu horário é das 9h as 18h, tem dia que fico essas 9h em frente o computador fazendo tudo que vocês possam imaginar, organizando e-mail, começo um monte de coisa e paro, e depois, quando dá 21h, eu vejo que não tenho mais saída e começo a correr atrás do tempo que perdi, vou até 3, 4, 5h da manhã.. sendo que geralmente é porque precisei de 8h pra fazer algo que levaria 3h se eu conseguisse focar. Eu odeio ver o quanto de tempo eu perco com isso, nunca estou ‘livre’ das minhas atividades, sempre está faltando fazer algo. Quando consigo concluir um trabalho, não tenho aquela sensação de dever cumprido porque estou sempre atrasada. Eu tenho ansiedade então tem dias que fico até com falta de ar, gerada por essa falta de foco e por ver que não estou produzindo o quanto deveria. Tenho a sensação de estar estagnada. Já fiz muitos anos de terapia e aprendi as coisas que poderiam me ajudar (lista de tarefas, determinar um tempo pra cada atividade, etc) mas por algum motivo nada funciona por muito tempo. Acho que parte disso é uma insegurança que tenho, penso que não vou saber fazer, ou que não vai ficar bom, e isso acaba atrapalhando ainda mais. Alguém mais já passou por isso e poderia me dar uma luz?

Quando você falou em “procrastinação” já pensei cá com meus botões: “ela tem ansiedade” o que foi confirmado no final do seu relato. Fia, pode ter um TDAH aí também (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade). Você precisa de REMEDINHO! Tem gente que é contra, mas pra casos extremos, eu super acho que tem que medicar sim! Vai num psiquiatra, exponha seu caso e certeza que ele vai te dar algo que vai melhorar e MUITO sua concentração e foco. Eu já passei por isso, já tomei remedinho, virei uma máquina (resolvia minha semana em um dia) mas parei com os remédios porque estavam atrapalhando meu sono e não quis tentar outros (nesses casos o ideal é ir testando até achar a melhor medicação pra você). Meditar também dizem que é bom (eu não consigo, sou muito ansiosa e fico louca pra acabar logo), se exercitar e o que você falou… lista de tarefas e se propor a seguir a lista! Coloca horários, de tal hora a tal hora vai fazer tal coisa, depois outra coisa e se esforça. Eu sei o quanto é difícil, eu ja cheguei a virar a madrugada sentada no sofá sem conseguir levantar pra fazer NADA, só pensando pensando pensando. Isso quando era solteira, mas daí casei e acabei entrando na rotina do Leo que me ajudou MUITO a me organizar.

Chora 03 – Carente

Oi, Coni! Eu adoro seu blog e leio há uns 3 anos e meio, desde a minha separação, quando uma amiga me indicou. Pois bem, sou divorciada desde esse período e estou solteira. Tenho uma facilidade imensa pra conhecer pessoas, me relacionar. É sempre muito difícil estar literalmente sozinha. Contudo, me sinto só! Como disse, to sempre me relacionando com alguém e agora estou saindo com um cara há 2 meses e estou MUITO envolvida, ele é incrível, gentil, atencioso, beijo bom, sexo bom. Mas eu vivo achando que ele vai sumir a qualquer momento, que vai simplesmente me ignorar. Até o presente momento nada disso aconteceu, mas eu vivo com a mesma sensação todos os dias. Eu acho que me sinto assim porque já aconteceu isso comigo as vezes, de surgirem caras super intensos e depois sumirem ou começarem a ir se distanciando com o tempo. Mas com ele, apesar de um dia ou outro sentir um distanciamento, as coisas tem se mantido normais. Eu quero muito um relacionamento sério com ele, mas não estou conseguindo administrar a minha ansiedade, os meus pensamentos. Preciso de ajuda! Ele não sabe nada do quanto eu sofro, do quanto meus pensamentos me atormentam. O que eu posso fazer? Obrigada!

Miga, CRIE UM UNICÓRNIO MAS NÃO CRIE EXPECTATIVAS. A tal da expectativa derruba a gente! Traz sofrimento, ansiedade, agitação, preocupação. É difícil mas tente não viver esperando algo dele, faça outras coisas, saia pra outros cantos, com outras pessoas, faça dele apenas uma parte da sua vida e vá levando. Se for pra vingar, vai vingar, mas não fique nessa tensão de esperar ele aparecer, de ver o que vai acontecer no dia seguinte, no final de semana. Acho que você deveria aprender a curtir mais a sua propria cia, gostar de estar com você, deixar um final de semana só pra você, ver um filme, fazer SPA em casa, tomar um vinho sozinha, fazer um jantar só pra você… sabe? Porque isso te prepara e te fortalece caso o carinha suma de repente, você não vai dar tanta importância porque se garante sozinha. E outra coisa, não se desespere para arrumar relacionamento, geralmente os namoros que surgem por carência não dão certo. Então se ele sumir, que suma, arruma outro mas ainda acho interessante você passar um tempo sozinha MESMO. Mantenha sempre seus contatinhos ativos (sim gente, é necessário), seja esperta, você tem controle da SUA vida e não da dele então controle apenas o que você consegue. Se firmar o namoro, beleza, mas tomara que só firme quando você saiba aproveitar mais a sua própria cia.

  • Choras abertos! Mandem seus relatos, seus casos, suas preocupações, suas angústias para constanza@futilish.com e no assunto coloque CHORA QUE EU TE ESCUTO. Seu anonimato está garantido!
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54 comentários em “Chora Que Eu Te Escuto!”
  1. Alice13/05/20 • 20h12

    Nem terminei de ler os choras e já corri para os comentários. Bichinha do caso 1, vou te contar minha história também! 🙂
    Nós tínhamos uma gata e eu morria de amores por ela. Ela ficou muito doente e fizemos tudo o que era possível, levamos em diferentes veterinários, testamos todos os tipos de tratamento possível, mas em fevereiro de 2018 ela nos deixou, tinha 14 anos.
    Eu chorei meses por ela. Um dia vi um gato parecido com ela na rua e eu sentei no chão e comecei a chorar. Às vezes chegava em casa e chorava por saber que ela não estaria mais lá. Quando li seu relato, meus olhos se encheram de lágrimas.
    Todos diziam para adotar outro gato, mas eu não me sentia preparada. Até que em dezembro do ano passado, eu estava voltando para casa do trabalho e passei em frente à petshop do bairro. Vi que haviam gatos para adoção e não pensei duas vezes e levei um para casa. E aqui está ele, me acompanhando e dando alegria nesta quarentena.
    Há tantos bichos esperando uma pessoa boa, que ama animais, como você. Dê tempo ao seu luto e quando se sentir preparada, adote novamente. Permita-se amar e ser amada novamente por um bichinho.

    • izabel Soraia14/05/20 • 11h38

      Quando conheci meu esposo ele já tinha uma gata que ele adotou, a bichinha era super novinha em situação precária quando ele adotou, e hoje é a coisa mais linda, e ele é muito ligado nela, pois quando ele teve depressão ela SIMPLESMENTE não saia de perto dele, se ele ficasse deitado o dia todo sem comer ela também não comia, não bebia agua, nossa ela é minha fofinha kkk, me dá até nó na garganta pensar no dia que ela vai partir.
      Colocamos ela numa dieta kkk pois ela estava muuuuito grande e lemos que isso poderia encurtar a vidinha dela.

  2. Simone13/05/20 • 20h16

    Eu ainda nem li os outros dois e já preciso falar com a Bichinha do Chora 1. Aqui em casa tb temos cachorro e foi inevitável o pensamento, qdo perdemos a nossa primeira, de q não queríamos mais… O sofrimento é inexplicável pra quem não entende o amor q criamos pelos bichinhos e o tanto q a nossa vida muda depois deles.

    Tínhamos mais duas cachorrinhas então conseguimos segurar. Qdo a segunda foi pro céu, a mais nova ficou sozinha. Foi uma experiência horrível ver o luto dela e o tanto q se sentiu perdida. Foi o q nos apressou a pegarmos outra pra fazer companhia, em menos de dois meses. A felicidade da casa inteira renasceu, mais forte… Hj a q tinha ficado sozinha já tem 11 anos e ainda brinca todos os dias com a amiga q chegou depois… O conselho q tenho pra te dar é q não se apegue a esse mecanismo do nosso cérebro q nos faz sentir o sofrimento mais forte q o prazer. A felicidade q esses bichinhos nos dão é imensamente maior do q a tristeza q fica qdo eles vão embora… Tão puros q são, logo a saudade vira boas lembranças e a gratidão pela existência deles toma conta. Dê a chance a si mesma e a outro bichinho de viver esse amor!

    • andressa13/05/20 • 21h37

      Moça, eu não sei se chorei mais com o relato da Bichinha ou com o que vc escreveu. Que coisa linda!

  3. Roberta13/05/20 • 20h18

    Chora 2: eu sou igualzinha você, sofro tanto com isso, estou sempre atrasada, trabalho por produção e deveria entregar todo trabalho na sexta, mas as vezes chego a ficar uma semana atrasada, como a Cony disse, também acho que é porque sou mega ansiosa! Agora estou de licença maternidade, pretendo ser diferente quando voltar, pois essa sensação é péssima pra minha vida! Bjos e boa sorte pra nós

    Chora 3: concordo com a Cony, gostar da própria Cia e não esperar nada é a melhor forma de dar certo!

    • Cayssa13/05/20 • 22h30

      Procrastinadora, me identifiquei muito com você. Também sofro desse mal.
      Como nada nessa vida acontece por acaso e a sincronicidade do universo é incrível, chegou até mim essa live da @renata.peluso no Instagram sobre procrastinação. Falou mto comigo e me deu um ânimo para tentar vencer isso. Tente assistir, acho que vai sair do ar em breve.
      Boa sorte pra gente!

  4. Flávia13/05/20 • 20h58

    Para chora 1- sei como eh difícil mas não prive vc e um outro bichinho de sentir esse amor. Não pense nisso como uma substituição mas como uma homenagem ao amigo q ela foi . A alegria de te-lós por perto eh muito maior q a dor de quando eles partem ! Com o tempo vc vai perceber isso e seu amor por outro cão será uma celebração a vida do que se foi!

  5. Luciana Campos13/05/20 • 21h19

    Preciso comentar o chora 1. Nem cheguei a ler os outros dois, mas a vontade de levar um pouco de luz para a moça que está sofrendo fez eu parar tudo. Perdi dois filhos, sim, pra mim são filhos. Perdi a primeira quando ela tinha 9 anos nos meus braços. Ela era poodle e realmente eles não envelhecem, eles desmancham. Levei ela em outro estado para fazer uma cirurgia com o melhor médico especialista em câncer, mas não teve jeito. Uma semana depois disso, ao ver ela sofrer, olhei nos seus olhinhos e disse “pode descansar, meu amor, a mamãe deixa vc ir”. Foi como se ela estivesse esperando por isso. Olhou pra mim, suspirou e foi. No momento estava literalmente internada com ela no hospital, me deixaram ficar com ela, pois não largaria ela jamais. Gritei com ela já morta em meus braços. Desmaiei, passei mal e toda minha família foi me encontrar no hospital veterinário, como fazem quando um ente morre. Eu realmente estava pronta para morrer tamanha minha tristeza. Nesse momento em que te escrevo eu choro muito de saudade e isso aconteceu há quase 10 anos. O outro que tive também morreu em meus braços, pois tive que fazer eutanásia, já que ele estava “afogando” com muito líquido nos pulmões e convulsionando. Não deixei ele é fiquei com ele no meu colo durante sua passagem. O que quero dizer é que dói muito, muito mesmo. Mas com o passar do tempo a dor vai dando lugar numa imensa saudade. Aprendi muito com a vida e a morte deles e jamais irei esquecê-los. Eles estão comigo! Sei que parece que não vai passar essa dor. Mas posso te garantir com absoluta certeza que vai passar. Eles são seres de luz e sei que os humanos por melhor que sejam não merece o amor incondicional deles, pois para eles nós somos tudo. O que posso te dizer é que a dor diminui e só o tempo poderá te ajudar. Meu pai, com a partida do último bebê, teve um AVC tamanha dor. Até hoje eles não querem outro, mas eu casei e hoje tenho outra luz na minha vida, a Meg, um anjo que me ajudou. São amores diferentes e nenhum filho substitui outro, mas ela me fez enxergar que outros anjinhos também precisam de amor e cuidado. Quem sabe um dia vc possa adotar um até para homenagear seu bebê que partiu, como forma de retribuir o amor dele dando a chance para outro em ser feliz? Dê tempo ao tempo! Vai passar! Fique bem!

    • Bichinha 114/05/20 • 09h19

      Luciana, sou a moça que escreveu o chora. Obrigada pelo seu relato. Me identifiquei muito. Minha cachorrinha ficou muito mal e sofrendo internada, eu pedia pra ela ligar e ela olhava no fundo dos meus olhos, como se me dissesse que não conseguia. Eu finalmente consegui falar pra ela “meu amor, se tiver muito difícil a mamãe vai entender” e naquela tarde ela partiu. Parece que ela esperava até eu conseguir aceitar para poder ir em paz. É uma luta diária, uma saudade sem fim. Obrigada a todas pelos relatos, me ajudaram muito e sei que o que fica realmente é o amor. Essa dor vai passar

      • Bichinha 114/05/20 • 09h20

        *lutar

        • ana14/05/20 • 20h12

          Só consigo chorar… 🙁

  6. Priscila13/05/20 • 21h23

    O primeiro chora me fez lembrar do cachorro que tinhamos e que faleceu sete meses depois da morte do meu pai. Meu pai tinha um caminhão e quando meu pai faleceu, meus irmãos sempre iam até a casa do meu pai pra ligar o caminhão e o Magoo (esse era o nome dele) corria até a rua pra ver se era meu pai, e quando via que não era, voltava pra dentro de casa… Isso tem 13 anos e eu choro ao me lembrar…
    Bem… Prevejo um chora que literalmente vai fazer todo mundo chorar (aliás eu estou aqui chorando ao digitar essa resposta, começou a chover lá fora, acho que São Pedro tbm ta chorando… Enfim… Só lágrimas)

  7. Natália13/05/20 • 21h39

    Achei lindo o amor dos pais pelos cachorros!
    Comigo aqui foi bem difícil, meu marido não quis aceitar o cachorro de jeito nenhum e foi uma luta! Hoje são melhores amigos. Mas para não fugir do tema, eu tive dois gatos, o Pingo e o Chuvisco. O Chuvisco morreu no ano passado, adoeceu de repente e morreu nos meus braços. Tentei de tudo e nada resolvia, gastei horrores com veterinário e ele se foi mesmo assim. Ele agonizou muito no meu colo, eu corri para o veterinário e quando cheguei lá ele morreu. Foi horrível.
    E eu estava passando um momento tão difícil na minha vida, ele era meu companheiro. O gato que ficou é do meu marido (gatos escolhem os donos), ele ficou triste, miava chorando procurando o Chuvisco.
    Até hoje fico triste quando penso nele. Tenho o cachorro, que amo, mas o Chuvisco nunca vai sair do meu coração.
    Eu fiquei muito mal, não deixei de fazer minhas obrigações, mas sofri muito. Muitos amigos contra isso, porque dizem que é um bicho e não podemos chorar por bichos. Que pessoas devem sofrer por pessoas. Eu tenho filha, marido, amigos, sofro por eles também quando acontece alguma coisa. E não é nenhuma loucura amar um bicho. Mas só quem tem sabe.
    Eu sei que o meu cachorro um dia vai morrer, mas não é por isso que vou deixar de amá-lo.
    E não me arrependo nem um pouco ter amado o Chuvisco. Eu entendo perfeitamente sua dor, só de escrever aqui estou chorando.
    Mas o que me consola é que eu fiz tudo que podia para ajudá-lo e o amei ele até o fim.
    Pense nisso. Tenho certeza que a sua Mel foi muito amada. E era isso que ela queria, então morreu depois de uma vida cheia de amor, como todos animais precisam. Então sua Mel é privilegiada por ter tido vc como dona.
    A saudade com o tempo para de doer. Se quiser arrumar outro cachorro, não está substituindo a Mel, e sim arrumando outro amigo.
    Tenha paciência, a dor passa aos poucos, não se pressione, quando vc entender que é preciso viver seu luto sem se cobrar, ele terá fim. Caso contrário vc nunca vai deixar essa dor sair. Chore tudo que tiver que chorar, até entender que era a hora dela. Ela não iria gostar de te ver assim.
    O Chuvisco ficava desesperado quando eu chorava. Ele se foi tão cedo. Mas foi muito amado! Assim como a sua Mel.

    • Bichinha 114/05/20 • 09h25

      Oi Natália. Obrigada pelo teu relato, que história linda. Eu também sofri com pessoas que achavam que eu não deveria estar chorando pela Mel, era só um cachorro. Diziam que estava errado amar um bichinho como gente. Enfim, só quem tem sabe desse amor. Eu estou a cada dia lutando para deixar essa dor de lado. Segui a vida como você disse, sem deixar minhas obrigações… Mas parece que ficou um buraco tão grande e vazio, que nada preenche. A gente fez um enterro pra Mel, colocamos ela no nosso quintal e as vezes eu olho pra ali e fico morrendo de saudades. Eu sei que logo essa dor ameniza e o que importa é que tenho certeza que ela recebeu e ainda recebe todo meu amor. Eu amei demais aquela bichinha, vocês não fazem ideia. Era um docinho. ♥️ Obrigada pela sua mensagem

      • Natália Pessoa14/05/20 • 13h44

        Toda essa dor vai virar saudade, aí vc vai lembrar sem chorar!

  8. Lua13/05/20 • 21h54

    Chora 1, vim pra reforçar oq a Cony ja disse. De tempo ao seu luto e qdo se sentir leve novamente vc vai querer ter outro bichinho.
    Tive um Poodle dos 10 aos 23 anos, mais tempo de vida com ele do q sem ele e qdo ele morreu o sofrimento de todos em casa foi imenso, o vazio q ficou, chorei por vários meses qdo lembrava dele e minha mãe jurou que nunca mais ia criar bicho por causa do sofrimento que a gente sente qdo eles partem. Uns 3 anos depois comecei a falar que queria outro cachorro e minha mãe insistindo que não queria, no meu aniversário meu irmão trouxe um cachorro pra mim e até o astral da casa mudou, melhor coisa! Qdo eu noivei minha mãe (aquela q não queria mais cachorro) decidiu pegar outro bichinho pq ja não sabe mais viver sem qdo eu me mudar e levar o meu comigo. Ou seja, a gente sofre muito qdo eles partem mas os momentos bons e alegrias ficam pra sempre, o sofrimento da lugar a saudade de verdade, não é clichê.

  9. Marina13/05/20 • 22h17

    Chora 2.
    Quando estou adiando uma atividade, puxo várias outras para fazer, como você. Aí no dia seguinte, lá está ela esperando.

    O que tem me ajudado é reconhecer o que estou procrastinando… começo o dia seguinte por essa atividade e, mesmo se surgir alguma outra coisa, ela será a primeira a ser concluída. É como se fosse um acordo comigo mesma, para ter paz durante o dia… espero te ajude!!

    • Priscila15/05/20 • 12h43

      Marina essa dica é mara mesmo… eu tenho tentando fazer isso, e tem dias que dá certo e outros que não. Quando consigo é uma sensação muito grande de alívio… sigo na luta

  10. Cristina13/05/20 • 22h17

    Constanza,

    Por que não faz o post do seu casamento nessa quarentena… e da sua lua de mel também. Se demorar mais, capaz de nem lembrar dos detalhes! Bjos

    • Constanza14/05/20 • 08h28

      Oie! Vou fazer não! Tá tudo nos destaques do meu insta

  11. Anna13/05/20 • 22h27

    Ai meu Deus, chorei horrores com o chora 1 e com os comentários! Realmente só quem ama bichos entende esse amor puro e incondicional que sentimos. A minha gata fez 9 anos em março e já começou a ter alguns problemas de saúde. Fico tão aflita quando ela está mal que falo que não quero mais ter bicho, pq é horrível vê-la sofrer! Mas eu sei que não consigo mais viver sem ter esse amor… Divido a minha vida em antes e depois dos meus gatos, tamanho o bem que me fizeram! Entendo totalmente seu luto e da sua família, mas também acho que hora ou outra aparecerá espontaneamente um novo anjinho para vcs, não para preencher o lugar da Mel, mas sim para compartilhar todo o amor que vcs deram pra ela! Não se culpe por estar sofrendo, é um amor muito grande e a ferida demora mesmo a fechar.

    Chora 2 – também acho que vc poderia procurar ajuda profissional para esse problema

    • Anna13/05/20 • 22h27

      Ai meu Deus, chorei horrores com o chora 1 e com os comentários! Realmente só quem ama bichos entende esse amor puro e incondicional que sentimos. A minha gata fez 9 anos em março e já começou a ter alguns problemas de saúde. Fico tão aflita quando ela está mal que falo que não quero mais ter bicho, pq é horrível vê-la sofrer! Mas eu sei que não consigo mais viver sem ter esse amor… Divido a minha vida em antes e depois dos meus gatos, tamanho o bem que me fizeram! Entendo totalmente seu luto e da sua família, mas também acho que hora ou outra aparecerá espontaneamente um novo anjinho para vcs, não para preencher o lugar da Mel, mas sim para compartilhar todo o amor que vcs deram pra ela! Não se culpe por estar sofrendo, é um amor muito grande e a ferida demora mesmo a fechar.

      Chora 2 – também acho que vc poderia procurar ajuda profissional para esse problema

  12. Rejane13/05/20 • 22h54

    Boa noite!
    O meu comentário é com relação ao primeiro chora que escuto.
    Hoje está fazendo 4 meses que o meu Dino (Yorkshire) faleceu de câncer. Realmente a dor é muito grande. Tenho mais 5 dogs pequenos, eles tb sentiram a morte do Dino. O que eu posso dizer a leitora, tenha fé e com o tempo adote outro cachorrinho. Não irá substituir o que faleceu, pq ele é único, mas trará um pouco mais de alegria para casa e para seus pais. Falar da morte do Dino, ainda mexe muito comigo e me emociona muito, ele era o meu companheiro e tb foi adotado.
    Cony! O Nero é idêntico ao meu Dino.

  13. Marcia Aguiar13/05/20 • 23h47

    Bichinha do Caso 1, em 2004 adotei dois cães na SUIPA (maior abrigo do Rio de Janeiro, que tem em torno de 4 mil animais). Rafael, adotei em março, e Alice, que adotei em agosto para fazer companhia ao Rafael. Eles foram os melhores amigos durante 13 anos, até quando um tumor no cérebro levou meu Rafael. Ele teve vários problemas até finalmente o tumor aparecer. Em julho de 2015, teve a primeira convulsão de muitas, e em março de 2017 tive que tomar a terrível decisão pela eutanásia, pois não havia mais nada que pudéssemos fazer. Acho que gastei uns 30 mil reais em dois anos de tratamentos, internações e cirurgias. Faria tudo novamente. Penso nele TODOS os dias desde 17/março/17, dia em que tive que deixá-lo partir. Espalhei suas cinzas em seu parque preferido e sei que ele estará sempre comigo.
    Alice, que sempre foi uma cachorra super independente, fêmea alfa, super territorialista, com a idade virou uma cachorra ansiosa, até um pouco medrosa (ela odiava gatos e passou a ter medo deles), e virou minha sombra, grudada em mim (antes Rafael era meu cachorro velcro). Continua aqui, com 18 anos e meio, firme e forte, apesar de um pouco senil. Toma 7 remédios pra controlar as doenças da velhice, enxerga muito mal, ouve pouco, mas continua andando e comendo e tem a vida tranquila de uma velhinha de 99 anos. Sei que vou sofrer muito novamente quando ela se for, mas isso faz parte da vida. Temos uma longa história juntos, Rafael, Alice e eu, para eu lembrar pra sempre.
    Permita-se viver seu luto. É muito importante. Você nunca vai se esquecer da sua cachorrinha, mas a dor vai diminuir. Não sei se você fala inglês, mas gosto muito deste artigo sobre a importância de viver o luto de quando perdemos um animal de estimação. https://www.scientificamerican.com/article/why-we-need-to-take-pet-loss-seriously/

    • Bichinha 114/05/20 • 09h38

      Oi Márcia, que amor ler sua história com seus dogs. Muito obrigada por compartilhar. É bem isso mesmo, a gente faria tudo de novo. A Mel estava super bem de saúde e do dia pra noite começou a vomitar e precisaram fazer uma cirurgia exploratória pois não identificavam nada nos exames. Quando abriram, ela estava totalmente infeccionada por dentro, como se fosse um câncer que da noite pro dia tomou conta. Ela sofreu por uns 4 dias sabe e eu estava viajando.. ela esperou eu chegar, e quando fui visitar ela eu achava que iria chegar lá e ela já teria partido.. mas não! Estava viva, muito mal, mas viva. E você acredita que ela abanou o rabinho quando me viu? Jesus isso me faz derramar rios de lágrimas. Foi a coisa mais linda da vida. Eu beijei beijei, abracei. Falei mil coisas. Pedi pra lutar… E ela deitou a cabecinha na minha mão e ficava me olhando no fundo dos olhos… Foi então que eu consegui dizer algo que nunca pensei que diria: se tiver muito difícil, pode ir… E ela se foi… É uma dor tão grande, um amor tão grande.. tudo se mistura e posso dizer que é a prova que Deus existe sim. Me permitir viver isso, sentir tudo isso, toda essa alegria em 7 aninhos de vida. Foi minha primeira filha. Tudo que vivi com ela tenho certeza que era amor verdadeiro e que jamais será apagado. Obrigada pelo seu carinho comigo. ♥️ Força pra todas nós, mães desses serzinhos de luz

  14. Elis14/05/20 • 08h23

    Sobre a moça do Chora 01, nem tenho o que falar a não ser um sincero “Sinto Muito”. Bichinhos são seres de luz e de amor incondicional! Já perdi dois e hoje tenho duas monstrinhas idosinhas que são meus amores! Sofro de pensar que em breve elas também partirão mas meu coração se alegra pelo tempo que passaram comigo. Em breve você e sua família terão espaço pra esse amor de novo!
    Sobre o Chora 02, queria acrescentar ao comentário da Cony e sugerir homeopatia. Eu sempre fui MUITO ansiosa, apesar de zero procrastinadora. Muito pelo contrário! Mas minha ansiedade me fazia sofrer demais … insônia crônica, dores no corpo e cabeça, metabolismo alterado. A homeopatia tem me ajudado demais e sem os efeitos ruins de halopatia. Acho que vale a tentativa! Fique bem!

  15. Ana Paula14/05/20 • 08h37

    Bichinha do chora 1, eu entendo toda a tua tristeza…. Nós ano passado perdemos um de nossos “filhos”, sim pois são todos como filhos para nós… Era um Lhasa, tinha 11 anos, e foi diagnosticado com um carcinoma. Foram 3 meses e 24 dias entre o diagnóstico e a partida dele. Desde o início sabíamos que era uma guerra perdida pois é um tipo de câncer que não tem cura. Nesse período ele passou por 3 cirurgias, pois o tumor era no céu da boca, crescia muito rápido, e tinha que ser retirado para que ele pudesse se alimentar, nunca se queixou… Era o cachorrinho mais doce e amável do mundo… Todos aqui em casa sofreram demais, eu, meu esposo, minha filha de três anos, nosso outro cachorro e até minhas duas gatas. Ainda hoje, 9 meses, não passa um dia sem que lembremos dele… As lágrimas são constantes ainda. Nossa, que difícil esse primeiro dia das mães sem ele.
    Sobre adotar um outro, passados 3 meses da partida dele, pegamos um novo filhote. Foi ótimo para todos nós. Mudou a energia da casa!!
    Contei isso para que vc veja que um nunca vai substituir o outro… Sempre amaremos o nosso “bebê” que se foi e, mas já amamos o nosso novo “bebê”!!!!

  16. Iza14/05/20 • 09h54

    Bichinha, sinto mto pela sua perda doi mesmo! Mas ó, se permita sentir a tristeza, se permita chorar e chorar e chorar até as lagrimas secarem, e depois passa, eu prometo que passa! Não precisa entrar nessa noias de que não pode ficar triste que tem que lembrar com carinho, pode chorar e ter carinho sim tá? o que nao pode é reprimir o sentimento! Então, se permita! E como a Cony disse, quando estive pronta, pega outro bichinho sim! Que vai ser uma alegria e tudo de bom!

  17. Andréia14/05/20 • 09h59

    Caso 2: Você já tentou aromaterapia?
    Existem essências ótimas que podem te ajudar a dar um up!
    Procure uma aromaterapeuta e se informe, também não acho que compensa algo por conta.. mas talvez essa sabedoria (que é ciência, não é nada exotérico ok) você consiga melhorar 🙂

    • Chorona15/05/20 • 01h02

      Oi Bichinha. Chorei mto com o seu relato e com o das outras leitoras.
      Perdi minha poodle de 14 anos. Sofri mto.
      Ela esperou eu voltar de viagem para morrer no mesmo dia a noite nos meus braços. Parece que só estava esperando eu chegar pra gente se despedir sabe?
      Fiquei de luto, demorou pra passar. Durante uns 3 anos sempre que pensava nela eu chorava.
      Por escolha minha e da vida (mudança de cidade e de emprego) demorou uns 10 anos para eu querer ter outro bichinho. Foi no meu ritmo, fui amadurecendo a idéia e tive a intuição do momento ideal.
      Adorei um gatinho numa fase que estava deprimida. Todos comentaram o tanto que ele me fez bem. Eu amo muito ele, assim como amava muito tb minha poodle.
      Não eh substituição, eh igual coração de mãe, sempre cabe amor por mais um filho.
      Todos diziam que eu deveria adotar outro gato, mas só depois de dois anos (quando eu achei que devia) adotei uma irmãzinha para ele. Nós somos uma família mto feliz.
      Por favor, não ligue para o que os outros falam. As pessoas falam demais, falam do que não sabem, são insensíveis.
      Reze sempre pela sua cachorrinha, tenho certeza que ela te escuta.
      Eu sinto que ainda vou me reencontrar com a minha poodle quando eu morrer pois a nossa ligação era muito forte. A saudade não passa, mas vira uma lembrança amorosa. Ainda tenho o brinquedo preferido dela comigo. Mas ela era tão perfeita que sei que está feliz de me ver bem e com os gatinhos em casa.
      Que Deus conforte seu coração. Você ainda terá outros bichinhos e ainda viverá todo esse amor de novo.

  18. Iza14/05/20 • 10h03

    Chora 2, moça procure ajuda profissional, como a Cony disse, mas ó, só um médico pode falar quando devemos ou não tomar remédio ok? Outra coisa que me ocorreu, será que você gosta do seu trabalho mesmo? Eu já procrastinei MUITO na vida, mas agora, mais madura, eu consigo perceber que eu so procrastinava o que não gostava de fazer, quando eu realmente gosto faço pá-pum! Pense nisso também, e abra o jogo com sua terapeuta!

    Chora 3, moça vc ta sofrente por antecipação, o cara ta ai, ta com vc, nao fez nada, e vc ta sofrendo pq VAI QUE ele some.. sabe qual a consequência disso? ele vai perceber que vc ta insegura e aumentar ainda mais a chances de sumir! Curta o agora, pense no agora, e se rolar rolou minha filha! Bem mesmo o que a Cony falou!

  19. Georgia14/05/20 • 10h36

    Ô gente, tô dando conta desse monte de relato dos pets não
    Vou resumir a minha só na história recente. Ano passado faleceu a minha coelhinha e na época a gente estava com uma catiora tinha 1 ano e ajudou demais ter ela em casa. No momento de luto a gente não quer saber de mais nenhum outro mesmo, falei que não queria mais nenhum coelhinho, doeei as coisas dela no outro dia pq sofria demais ver ali. Hoje já me vejo admirando outros bichinhos por aí…

    • Bichinha14/05/20 • 13h47

      Oii Georgia, eu guardei todas as coisinhas da Mel. Tenho certeza que um dia vou ter outro cachorrinho e vai poder brincar com os brinquedinhos dela e aproveitar suas roupinhas e caminha. Realmente, já me sinto assim como você disse, admirando outros bichinhos. Sei que quando amenizar essa dor e puder ter outro, com certeza será minha primeira opção.

  20. Larissa14/05/20 • 12h14

    Carente, me identifiquei muito com o seu relato.
    Também sou divorciada e após o divórcio, dificilmente ficava de fato sozinha. Sempre estava ficando ou paquerando alguém. Também sempre acontecia isso dos caras serem super intensos e envolventes no início, mas depois sumiam ou se distanciavam, na maior parte das vezes, após eu começar a demonstrar alguma reciprocidade. E quando isso acontecia, eu ficava pra morrer, sofria horrores. Sendo que, na maior parte dos casos, os caras nem eram lá tão maravilhosos ou eu nem estava tão envolvida assim. Era só carência mesmo, dificuldade em saber ficar sozinha.
    Até que comecei a apreciar mais a minha própria companhia, como a Cony disse. Faço jantares especiais só pra mim, bebo sozinha, viajo sozinha, cuido de mim, sempre faço programas com meus amigos, me dedico ao meu trabalho, sigo a minha vida normalmente, sem ficar esperando nada de ninguém.
    Ainda existem carinhas que somem da noite pro dia ou que se distanciam, mas isso não me abala tanto mais. Ás vezes eu ainda fico chateada, mas não é nada que acabe com o meu dia mais, pois eu vejo que estou bem assim, que não faz diferença na minha vida.
    Lógico que falar é mais fácil do que fazer, haha. Mas vai começando aos poucos, o importante é começar por algum lugar. Tire um dia ou um momento do fds pra fazer algo sozinha, algo que te dê prazer, que você goste de fazer!

  21. Marcella14/05/20 • 16h12

    Não tenho maturidade gente….. comecei a chorar no Chora 1 e parei de ler…..cachorro é a melhor coisa que Deus inventou…Sou mãe de 2 Yorkies.

  22. Mariana14/05/20 • 17h06

    Chora 1 – Bichinha, entendo muuuito bem a sua dor!! Ganhei a minha Gaby quando eu tinha 10 anos, fiquei maluca! Depois de 1 ano literalmente chorando para os meus pais, consegui meu sonho! Todos eram e ainda são completamente apaixonados por ela, mas dia 15/07/2015, faltando 2 meses para ela completar 18 anos, ela se foi. Vai fazer 5 anos e ainda choro lembrando dela, não tem jeito. É uma mistura de alegria e tristeza, daquelas que você ri e chora ao mesmo tempo. Um amor absurdo, mas que dói por não ter mais ela aqui. O que me ajudou muito foi ser extremamente grata por tudo que vivi com ela. A partida dói, mas prefiro ter essa dor do que não ter todas as memórias e sentimentos que tenho por ela. Casei, saí da casa dos meus pais e em setembro passado minha mãe pegou uma outra da mesma raça e cor que ela, a Samantha. No começo foi complicado para mim, inevitável não comparar, até que percebi que a Gaby para mim era a perfeição e é impossível e injusto comparar algo com a perfeição, as duas têm seus defeitos e qualidades. A Samantha faz 9 meses hoje (a bicha ainda nasceu no mesmo dia do aniversário do meu pai) e cada vez mais meu amor por ela vai aumentando. É mais complicado porque não moro com ela, não a vejo todos os dias (agora então, pior ainda), mas é um novo amor que nasceu, é a alegria da casa dos meus pais, principalmente nestes tempos com todos dentro de casa. Mas o conselho que sempre dou para quem perde um amor assim é sempre ser muito grato pelo tempo que vocês tiveram. Essa dor só existe porque vocês viveram algo maravilhoso e do fim não tem como fugir, então chora tudo o que tem que chorar que aos poucos a dor vai diminuindo. E na hora certa vai aparecer outro animalzinho que vai receber e retribuir todo esse amor novamente.

  23. Nicole14/05/20 • 20h15

    Tenho 25 anos e desde pequena sou apaixonada por animais, principalmente cachorros… sempre tento ajudar os cães de rua, tenho 4 em casa, não vivo sem! Entendo tanto sua dor ao perder sua amiga… já perdi três ao longo da minha vida, e foi uma das piores dores do mundo. Minha mãe até desenvolveu depressão por conta disso.. realmente, não é uma coisa fácil de se lidar.
    O que posso te assegurar é que o tempo transformará essa sua dor numa saudade gostosa… viva seu luto, relembre dela, chore quando quiser, fale dela… mas busque sempre ser feliz. Ela ficará marcada até o fim da sua vida em você, pode ter certeza, e quando estiver preparada, adote outro animal. Sou filha única e moro com meus pais, na época falamos que não queríamos ter outro animal, ou que se tivéssemos demoraria anos, mas isso é uma inverdade! Concordo super com a Cony quando se sentir mais leve e conformada, pense sim em adotar outro animalzinho. Vai ver como não irá substituir sua amiga, mas será outra amiga insubstituível na sua vida!
    Vai melhorar essa dor, fique bem!

  24. Nicole14/05/20 • 20h28

    Me emocionei tanto com a Bichinha que enviei o comentário antes de falar sobre o Chora 2!
    Quero dizer que também sou igual você, procrastino super, desde a escola, faculdade, estágio… é difícil e é um sentimento horrível, ter que fazer tudo sob pressão. O mesmo sentimento que você tem de achar que não vai dar conta, que não sabe e etc. acontece comigo.. nunca fui num psicólogo ou afins… atualmente não estou trabalhando, quero me dedicar aos estudos na minha área mas, principalmente agora na quarentena tudo ficou mais difícil.
    Só quero dizer que você não está sozinha, e que com dedicação, sei que vamos conseguir melhorar… vai dar tudo certo

  25. Priscila15/05/20 • 12h40

    O caso 02 – Procrastinadora sou eu todinha, parece até que fui eu que escrevi, por muitas vezes já pensei se eu tenho TDAH mas não sei se isso pode ser diagnosticado na fase adulta, tenho impressão que só se fala disso em crianças. Já pensei muito em procurar ajuda profissional, remédios… mas não sei por onde começar, quando falo disso com as pessoas todos riem, acham que é brincadeira, bobagem, que é preguiça. É muito difícil mesmo. Alguma leitora sabe me confirmar se quem faz esses diagnóstico é o psiquiatra? ou outro profissional seria mais indicado?

  26. Paula15/05/20 • 12h51

    Esses depoimentos sobre o Chora 1, só me fazem pensar o quanto não somos preparados para a perda de entes queridos (pets inclusive)… sobre a finitude da vida. Não sabemos lidar, o sofrimento é terrível. Ainda mais para nós com cultura latina. Engraçado que a morte é pouco discutida ou ensinada sem ser por vias religiosas, acho que seria menos traumático se fôssemos preparados desde a infância como sendo algo natural e que enfrentaremos ao longo da vida. Tenho pais idosos e só de pensar já sofro por antecipação…

    • Constanza15/05/20 • 15h59

      Concordo…

  27. Malu15/05/20 • 13h39

    Sobre o casão 2 , meu marido tem tdah diagnósticado desde a adolescência e desde então toma remédio não vive sem . Talvez seja o seu caso procure ajuda médica! Boa sorte!

  28. Erika ferreira de Almeida15/05/20 • 19h16

    Moça do Chora 2: você já pensou sua procrastinação pelo olhar do perfeccionismo? Sou perfeccionista ao extremo, tenho um nível de auto cobrança altíssimo e aprendi, na terapia, que a procrastinação pode se dar por conta disso. Como é muito difícil atingir esse nível, muitas vezes eu procrastino.. pq se eu não faço, não tenho chance de errar. Enfim, só mais uma forma de manifestação da procrastinação para te fazer pensar! 🙂

    • Iza15/05/20 • 23h58

      Faz todo sentido agora! Acho q por isso nunca dou conta de nada. Quase sempre desisto antes com medo de dar errado.

  29. Thaís15/05/20 • 19h32

    Moça do chora 1: Em agosto do ano passado, meu gato (Peter) que tinha 2 anos, começou a ficar doentinho no sábado de manhã e no domingo a noite ele morreu na recepção do veterinário, não conseguimos nem passar em consulta. Conversando com algumas pessoas imagino que ele teve uma infecção urinária, e eu como marinheira de primeira viagem, apesar de amá-lo muito e cuidar bastante dele, não consegui ver os sinais e como foi tudo muito rápido não deu tempo de salvá-lo. Fiquei muito mal, porque me sentia muito culpada por não ter percebido antes e quem sabe ele ainda estivesse aqui… mas a verdade é que fiz o melhor possível e infelizmente não foi o suficiente. Sofri tanto com a morte dele, passei uma semana indo trabalhar com a cara inchada e se alguém comentasse sobre ele eu me debulhava em lágrimas, fiquei semanas revirando as últimas semanas com ele, tentando entender se poderia ter feito alguma coisa, se a culpa era minha, fiquei meses sem poder olhar uma foto dele e não apertar o meu coração de tristeza e saudade. Enfim, não foi fácil, mas eu tinha um outro gato, o Parker, e pensa num bichinho que ficou tristinho, apático, ele que não parava quieto só ficava dormindo e engordando porque não era mais ativo, e comecei a ficar com medo de também perde-lo, porque ele estava se sentindo solitário. Então quase dois meses depois resolvemos adotar um novo gatinho para fazer companhia para ele, mas confesso que também me doía pensar em adotar outro e ser uma substituição, porque não era! Nenhum bichinho poderia substituir o meu bebê 🙁 Enfim, acabei indo numa casa de ração adotar um macho e chegando lá só tinha fêmea, a bichinha não parava quieta querendo chamar atenção e acabei adotando ela porque não sabia outro lugar que estava doando e não queria esperar mais agora que tinha resolvido adotar. Bem, o nome dela é Luna, mais espevitada do que qualquer gato que conheço, manhosa que só ela, pede colo e agora mesmo que estou escrevendo isso chorando ela esticou a pata e tocou no meu braço e me olhou como se estivesse me consolando. O meu outro gato super aceitou ela e os dois não param quietos e só trazem amor para essa casa. Contei essa história gigante e detalhada porque te entendo, entendo a dor, o sentimento de vazio, e uma hora a dar diminui, mas fica mais fácil passar por essa fase com um bichinho para dar e receber carinho e amor. Espero que você fique bem! <3

  30. Paula15/05/20 • 19h52

    Bichinha, suas palavras me emocionaram e as da Cony também!
    Vou te contar a minha história, quem sabe te encoraja a abrir sua casa e seu coração pra um novo pet!
    Meus pais adotaram o Joe, um vira-latinha resgatado, em 1995; eu tinha 4 anos, meu irmão tinha 3 e o Joe já tinha 2. Ele viveu 19 anos, 17 com a gente, e ele foi muito feliz e saudável por muito tempo, até que, no finalzinho da vida, ele adoeceu.
    Fizemos de tudo pra que ele tivesse uma passagem tranquila e isso requereu alguns meses de cuidados muito especiais, mas foi muito desgastante pra todos nós ver o sofrimento e a fragilidade do nosso amigo. Minha mãe chorava sempre e dizia sempre que nunca mais queria ter cachorro pq não aguentaria outro sofrimento daqueles. Veio o inevitável e, numa tarde gelada de sexta-feira, o Joe foi ser estrela céu dos bichinhos.
    Ainda que a gente já esperasse e soubesse que ele não tinha muito mais tempo, a morte dele foi MUITO difícil e dolorida pra todos, especialmente pra minha mãe.
    Enterramos o Joe na sexta, no sábado a minha mãe passou mal e teve febre o dia todo e, no domingo foi internada, sendo que todos os exames foram normais e nenhum médico descobria o que ela tinha. Aí veio o estalo! Meu pai ligou pra uma amiga dele, protetora de animais, pedindo um cachorro pra AGORA! Ela indicou onde tinha uma cadelinha de perninha quebrada, que tinha acabado de ser resgatada e estava precisando de um lar. Meu pai não teve dúvidas: tirou minha mãe do hospital, colocou ela no carro e foi buscar nossa Billie Holiday!
    Na hora em que eles chegaram na casa da protetora, a Billie, mesmo machucada, fez a maior festa pra eles e já veio com os dois pra casa no fim daquele domingo. Veio, também, com surpresinha! Na consulta com o veterinário na segunda-feira, descobrimos que adotamos um cachorro e ganhamos seis: Billie estava prenha!
    Cuidar de uma cadelinha recém-adotada, prenha e machucada deu o maior trabalhão, mas valeu muito a pena porque devolveu a saúde da minha mãe, a alegria da casa e ainda nos trouxe muita fofura com 5 filhotes lindinhos! Quatro foram dados pra adoção responsável (ainda acompanhamos todos) e uma ficou aqui, nossa Bacon, que é o ser mais doce do mundo e nos entende só de olhar.
    Depois de tudo, entendemos que o Joe foi nosso anjinho e trouxe muitas lembranças e bons momentos pra gente. A falta que ele faz permanece, pq ele também era insubstituível – assim como a Billie e a Bacon serão algum dia… Também entendemos que o amor não se transfere. Ele se cria, se renova, aumenta e, no fim, sempre cabe mais um!

  31. RENATA15/05/20 • 21h01

    Bichinha, me identifiquei muito com teu chora e gostaria de compartilhar minha história contigo (também parece coisa de filme). Quando eu era criança queria muito ter uma poodle e minha mãe disse que me daria a cachorrinha no meu aniversário de 10 anos. Eu já tinha vários planos e até nome: Fifi. Um dia, em março, eu cheguei da casa do meu pai e minha mãe falou: “Renata, a Fifi já nasceu!”. Foi a melhor surpresa da minha vida! Meu aniversário era só em novembro… Foi a primeira vez que chorei de felicidade! Minha mãe contou que passou na frente de uma casa que estava vendendo os cachorrinhos e comprou por R$ 100,00 (como a Cony, kkkkk). Como a Fifi ainda não tinha desmamado, eu ia visitar ela às vezes, até conseguir levar ela pra casa. Eu cuidava dela com a ajuda da minha mãe e da minha avó, que ela simplesmente amava, e ela passou comigo parte da minha infância, adolescência e início da minha vida adulta. Foi uma grande companheira… esteve ao nosso lado em momentos bons e ruins. Também era muito esperta e inteligente. Quando estava velhinha, até diabética como eu ela ficou, fazia injeção de insulina e tudo. Enfim… no último ano de vida dela, ficou bem debilitada e quando estava com 15 anos, em 2017, se despediu de nós. Não foi fácil, a casa ficou vazia e minha mãe disse que não queria mais cachorros… Alguns meses depois, adotamos a Bibi e depois a Panqueca, que hoje enchem a nossa casa de amor. Sempre me emociono quando lembro da Fifi, mas penso nela com gratidão e carinho. Também penso que fizemos tudo que estava ao nosso alcance, que cuidamos bem dela e que ela foi uma cachorrinha muito planejada, amada e feliz. Cada bichinho é único e insubstituível e talvez daqui a algum tempo vc e seus pais se sintam preparados para receber outro cachorrinho em casa. A recompensa, com certeza, será muito amor, lealdade e alegria.

  32. Iza15/05/20 • 23h55

    Nossa, me identifiquei com o chora 2 e 3. Imagino a agonia dessas meninas viu?

  33. Carol16/05/20 • 21h01

    Meninas, sou a do chora 2 e li todas as dicas, muito obrigada! Vou atrás de cada sugestão que vocês me deram, e obrigada Cony pelo espaço.

  34. Natália17/05/20 • 17h04

    Chora 2: Apanhei muito quando comecei a estudar pra concurso. Sentava na frente do computador e, de repente, tinham se passado várias horas e eu não tinha estudado nada. Entendi que o estudo era uma coisa pouco atrativa pra mim, qlq coisa servia pra me distrair. Então, eu fazia um ritual antes de sentar: ia ao banheiro, pegava água e um café e colocava um alarme no celular (tipo dali 30 min) e me forçava a não olhar zap, não abrir outras telas, até o celular apitar. Coloquei uma folha do meu lado e toda vez que vinha um pensamento do tipo “eita, esqueci de tal coisa”, eu anotava nessa folha e prometia a mim mesma só mexer com aquela pendência depois de terminada a hora de estudo. Aos poucos, você vai criando “resistência” e “aguentando” manter a atenção. Isso demorou um tempo, mas pra mim funcionou bem. É um treino como qualquer outro, precisa de constância e paciência da sua parte. Tive de me manter firme! Tirei as notificações do zap e botei no meu status “Ocupada. Se for urgente, me ligue.” Crie as suas rotinas para se ligar e desligar do trabalho.

    Chora 3: Quando gostamos de alguém é difícil mesmo segurar a ansiedade. Porém, pense que você já foi casada e sabe bem que em 2 meses a gente não sabe NADA sobre o outro! Com certeza, você está transparecendo essa pressa, esse medo dele sumir, essa carência emocional de se sentir sozinha. Coloque sua cabeça no lugar pra saber que essa paixão não está deixando você curtir as coisas e verdadeiramente enxergar as qualidades e defeitos desse cara. Investigue o pq dessa sua carência e dê lugar para sua família, amigos preencherem lugar na sua vida e não só esse rapaz que você mal conhece!

  35. Lorena Suhett19/05/20 • 11h55

    CHORA 02
    Eu tb tenho um certo problema com isto. E só consegui lidar melhor com este problema, quando, num curso sobre personalidade, entendi como eu funciono. Eu enxergo possibilidades em tudo, e com isto tendo a começar muitas coisas e não terminar. Me distraio muito tb. Concordo com uma leitora aqui, que tb disse que a gente posterga o que não gosta tanto de fazer,
    Rotinas muito rígidas não dão certo pra mim, mas descobri que preciso de um mínimo de organização, com certa flexibilidade. O que mais funciona pra mim pe criar listas de atividades de curto prazo. Destrinchar uma atividade maior em várias menores e priorizá-las. O fato de concluir dá a sensação de que as coisas estão andando. 😉

  36. Carol F.19/05/20 • 18h49

    Bichinha… dói, dói muito. Mas um dia vc consegue viver com a lembrança. Eu já perdi tantos amores que nao tenho mais a conta. Cresci cercada de cachorros e faço o mesmo pelos meus filhos. Há cinco anos perdi um companheirinho. ELe se foi quando meu primeiro filho nasceu. Escrevi num blog que tinha (tem muito tempo que nao atualizo). Fica o link pois nao consigo contar essa historia de novo. Forca…
    http://nomundodecarol.blogspot.com/2015/05/a-historia-de-opa.html

  37. Xica20/05/20 • 22h38

    Ai Bichinho, tive que responder com tempo esse teu caso pq sei bem o que vc está passando… tb sou dessas que tem o animalzinho como parte da família, hj em dia tenho 1 cachorra e 2 gatas. Uma das gatas está com 16 anos mas é uma coroa enxutassa ehehe
    Em 2012 perdi 3 amiguinhos em poucos meses. Um doguinho que tb tinha 16 anos, era um amor, estava comigo desde minha adolescência e foi mto sofrido, no final dávamos quirera batida no liquidificador com ração e molhinho de carne, dávamos na seringa pq ele não mastigava mais, foi mto sofrido. Passamos tanta coisa juntos e no final teu rezava pra ele descansar pq estava sofrendo mto. Poucos meses depois perdi meu outro dog que tinha 8 anos, foi de repente e não deu nem tempo de tratar, e logo após minha gata que tinha 10 anos e depois de um looongo tratamento morreu no meu colo no carro indo para o vet pra tirar os pontos de uma cirurgia. Na recuperação dela eu dormia no chão ao lado dela pra cuidar se ela ia se mexer mto, era como uma filha pra mim, e foram uns 4 meses de MTO sofrimento qdo ela se foi, eu chegava em casa e ela não estava lá, ia dormir e ela não estava comigo, tudo eu lembrava dela e me fazia uma falta horrivel. Naquele ano a única que sobreviveu foi a gata que hj tem 16 anos. ADotei mais uma cachorra e ganhei uma gatinha de uma tia. Não foi uma forma de substituição, mas trouxeram uma alegria enorme, era um alívio chegar em casa e ter um motivo para sorrir de novo depois de tantas perdas. É normal vc sentir o luto, eles são parte importante da nossa vida, são companheirinhos, tem um amor enorme que mtas pessoas não tem. Qdo vc se sentir preparada, vai aparecer um serzinho lindo e cheio de amor pra alegrar sua vida e te trazer mtos momentos bons, e vc sempre vai ter a recordação da cachorrinha tão amada <3 Sinta-se abraçada!