Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Ainda na quarentena… mas vamo que vamo, quem puder, fica em casa e aproveita e lê o blog todo!

Chora 01 – Inca

Sou leitora DINO sim e com certeza!!! Sou mais velha que vc inclusive (então poe DINO aí).Obrigada por ser tão amiga da gente viu… 
Na verdade não é um chora triste, é um chora feliz, pode ser?
Acompanhei seus términos, suas solteirices.. e como toda mortal, passei por isso.Estava ha 6 anos separada de uma relacionamento de 9 anos (sem filhos), relacionamento abusivo em todos os sentidos, saí ferida, sem nada, gorda,mau amada… aproveitei a solteirice inicial e engordei mais 30 kg. Fiz tratamento pra emagrecer…
Me relacionei com MUITAS pessoas, baixei todos os aplicativos, conheci pessoas pelo insta, face, na night… mas ng me fazia sentir a tal das borboletas no estomago.
Ja estava tranquila que seria de fato a encalhada da minha geração (na minha familia TODA geração tem uma encalhada). Eis que ELE apareceu. Malha na mesma academia que eu, trabalha perto da minha casa e mora em um outro bairro. Conversei com uma professora da academia que me disse o nome dele e fui atras dele nas redes sociais (ele não usava aliança e no cadastro da academia estava solteiro). Perguntei se podia add e ele… 24hs depois respondeu… uma sexta feira, 20/12/19… passamos o DIA INTEIRO CONVERSANDO. Na academia a noite convidei ele para ir a um show do Jorge Aragão que eu estava com 2 ingressos…Não nos desgrudamos mais. Todos os dias. Ele ja falou para morarmos juntos… Eu tenho 40 anos e ele vai fazer 42. Ele diz que não temos mais tempo, que sabemos o que queremos…Ele é PERFEITO. Gostamos das mesmas coisas, ele é carinhoso, atencioso, amoroso, familia, cheiroso, arrumadinho, amamos praia, viajar (estamos indo amanha pra serra), gostamos de tomar nossa cervejinha, frequentar igreja, gostamos das mesmas musicas, comida, o sexo é perfeito… (Tudo o que eu pedi a Deus esses 6 anos)Mas como tudo na vida… sempre tem um MAS… o sonho da vida dele é ter filhos. Ele foi casado, esta divorciado ha 1 ano e não teve filhos, e eu, nunca tive o sonho de ser mãe. As vezes ate acho que por não ter encontrado o homem ideal…O que fazer? Não tive coragem de dizer isso pra ele…
E hj, relendo seu blog…
“Não sei nem explicar a paz que é nosso relacionamento. É uma coisa que eu nunca tive antes e eu nem sabia que existia. Não tem altos e baixos, não tem brigas, é tudo tão tranquilo, tão harmonioso, tão leve… E acho que pela primeira vez na vida saquei que o amor de verdade não faz sofrer, não faz chorar, não faz ter raiva, não faz pisar em ovos, não deixa dúvidas. Posso ser quem sou e sem medo algum. O amor é natural, é gostoso, é querer estar juntos, é apoiar o outro, ser companheiro, desejar sempre o bem da outra pessoa, vibrar juntos a cada vitória, segurar a onda nos dias ruins e o mais importante, tudo, TUDO é recíproco. É dos dois lados. Isso é um relacionamento feliz e saudável! Eu sinto que ele tá comigo pro que der e vier entende? E homem que é homem, que tá disposto a se relacionar, que tem certeza dos seus sentimentos, assume a mulher sem enrolação alguma.”

Obrigada Cony!!!
Mais do que compartilhar “futilidades”, compartilhamos historias de vida.
Seja muito feliz!!!!

Ah gatona, é isso aí! Na hora que a gente sossega e para de procurar, é que as coisas acontecem! Aproveite bem esse momento, mas sempre com os DOIS pés no chão tá? E quanto a sua vontade de não ter filhos, seja franca com ele, conte o quanto ANTES caso essa for mesmo sua vontade!

Chora 02 – Maia

Olá Coni,
Primeiro gostaria de te parabenizar pelo seu trabalho e dizer que amo ler os comentários dos choras. O meu chora é um pouco diferente, mas acredito que possa ser recorrente entre nós leitoras. Trabalho num ambiente predominantemente masculino e gostaria de saber como é a experiência de vocês. 
Um pouquinho da minha história… Sempre fui muito confiante com relação ao meu conhecimento, estudei em ótimas universidades, trabalhei em vários países e tenho uma experiência bem legal na minha área, além de um reconhecimento razoável na indústria. No geral, meu relacionamento com ex-chefes e colegas era bom, ainda que tenha trabalhado com pessoas de diversos países, backgrounds e religiões (algumas delas que acreditam na mulher um ser inferior). Às vezes não era fácil, mas conseguíamos manter um ambiente profissional normal. Até retornar ao Brasil e começar o meu doutorado 2 anos atrás. A minha confiança ficou um pouco abalada. Não sei bem se foi por retornar ao meio acadêmico (algumas pessoas comentavam que eu havia dado “um passo pra trás” por ter voltado ao Brasil e a estudar, ganhar muito menos, mas pra mim era algo que eu tinha vontade e até então eu considerava um “passo para o lado” apenas). Meus colegas atuais nunca me pedem ajuda, e quando pedem, é para perguntar coisas como onde fica a sala tal, quando é a data do relatório tal, nada muito técnico, diferente das discussões entre alunos homens. Às vezes sinto que convencer meu orientador sobre alguma ideia nova é mais difícil do que para os outros alunos. É machismo? Estou apenas menos assertiva do que antes? Estou vendo problemas que não existem? Apenas não me destaquei o suficiente?

Machismo purinho. Tem achismo aí não, onde existe esse ambiente “masculino” existe machismo. Sei bem como é, trabalhei 10 anos em fábrica de autopeças, quase tudo homem, ia até fazer entrega na caminhonete eu fazia e parecia que ninguém dava bola pro que eu falava. É triste, mas é assim mesmo… saiba que não é com você nem com sua competência, é cultural.

Chora 03 – Azteca

Ei Cony, bom dia! Te agradeço imensamente por esse espaço, por poder desabafar e ouvir os seus conselhos e os das leitoras/leitores.Bem, meu chora é o seguinte: tenho uma irmã (mais velha do que eu 5 anos) que faz tratamento para depressão e insônia. Ela mora com minha mãe e eu sou casada e tenho um filho (moro em outra casa)
Atualmente está desempregada, mas já esteve afastada do trabalho durante muito tempo, pela própria doença. 
A questão é que nada do que eu proponho ou do que os outros propõe para a minha irmã, como medida de tratamento, ela aceita ou toma iniciativa para fazer (no momento ela se trata somente com psiquiatra, mesmo assim temos dúvidas se ela toma a medicação de forma correta, pois acredito que tem tomado pra mais). 
Ela era muito vaidosa, mas agora não se cuida, não vai aos médicos, dentistas, passa dias e noites com a mesma roupa, toma banho e lava os cabelos sempre correndo, inclusive chegando a ficar com um cheiro ruim (nossa, como é difícil escrever isso, me corta o coração).
E isso me angustia muito, pois vejo que ela não melhora (na verdade eu acredito que ela tem piorado) e eu sinto, não sei se estou sendo egoísta, de que “vai acabar sobrando pra mim” em termos de cuidados com ela, questões financeiras e etc.O que eu queria ouvir, até mesmo de quem já teve ou tem depressão, é o que se pode fazer por uma pessoa assim? E por mim, o que eu faço? Como faço pra sentir menos angústia e impotência?Atualmente não faço terapia pois meu horário de trabalho mudou, mas está na minha lista de prioridades, pois pra mim faz muito bem e sei que é muito importante.
Muito obrigada e muita luz pra você e pra quem te “segue”.

Nossa, nem imagino que barra deve estar passando! Eu não me sinto confortável em te aconselhar pois nunca passei por nada nem parecido a isso. Mas minhas leitoras sabem de tudo, com certeza alguém vai te dar uma luz por aqui. No mais, só posso te desejar serenidade e muita paciência com sua família. Ah, e nunca se sinta mal por fazer o que é melhor pra você, não se culpe por algo que de fato você não tenha culpa!

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