Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Vamos de Chora?

Chora 01 – Marta

“Oi Cony! Acompanho seu trabalho a uns 3 anos já, gosto bastante.

Meu chora é algo mais incomum, é sobre saúde… Já li algo parecido em seu blog, mas nada igual a minha situação.

Tenho 34 anos e perdi minha virgindade numa idade que é considerada tarde… aos 24. Sempre fui gordinha, e nunca chamei atenção da maioria dos caras. Sabe aquela história de esperar o cara ideal? Então, ele nunca apareceu, então resolvi transar com um amigo colorido.

O problema é que todas as vezes que tentamos (mais duas depois da primeira vez), nunca chegamos aos finalmente, porque foi uma tortura pra mim.

Achei que era um problema mental, que não estava relaxada o suficiente, essas coisas. O problema é que essa tortura persiste nas coisas mais simples até hoje. Sabe exame preventivo e ultra transvaginal? Sim, eu sei que é desconfortável pra muitas mulhere, mas no meu caso é o mesmo que estar sendo torturada… é uma mistura de ardor com dor horríveis, e é sempre humilhante pra mim, porque as ginecologistas (já fui a algumas diferentes) e as pessoas que fazem os exames sempre acham que é porque eu não relaxo. O que é frustrante, porque mesmo as médicas acham que é só um problema psicologico… mas sei o que sinto, e não é.

Em um dos ultrasons que fiz, descobri que tenho útero retrovertido, que poderia ser isso… mas não pode ser só isso, porque outras colegas que tem esse problema não sofrem tanto quanto eu.

Por esse motivo, acabei isolando minha vida amorosa… fico só nos beijos mesmo… imagina ficar com o cara e dizer a ele que ele não pode me penetrar porque não aguento a dor? não tem como né?

Gostaria de saber se alguma de suas leitoras sabem sobre o assunto/ja passaram por isso. Se existe algum profissional especialista nisso, porque as que procurei, como já disse, sempre falam: é psicológico.

Beijo pra todas.”

 

Vou deixar para as meninas que passam por alguma situação parecida ou que conhecem alguém que passe para te responder. Lembro de um Chora que publiquei há um tempo que era de uma moça que sentia MUITA dor na penetração e nem conseguia concluir a relação, e ela tinha vaginismo. Não sei te dar maiores explicações sobre isso, por isso deixo para que nos comentários possam te ajudar! Boa sorte.

 

 

Não sei se é seu caso, mas achei as queixas parecidas…

 

Chora 02 – Formiga

 

“Cony, preciso muito que alguém seja sincera comigo… estou junto com meu namorido, agora “marido” desde 2005… no começo, tudo era muito bom, depois, pirei com muitos ciúmes… comecei a fazer psicanálise e consegui ficar bem… pelo menos por um tempo… aconteceu que o namorido resolveu dar um tempo do trabalho estudando, para algo melhor… saiu do emprego fixo que tinha, com meu apoio, pois ele disse que conseguia manter nossas contas e nosso plano de saúde com a bolsa dos estudos… porém, as contas estavam feitas erradas e a verdade é que estou sustentando a casa desde então… no começo não me incomodou, mas qdo tive que deixar de fazer minhas coisas, isso começou a me irritar… o pior é que me endividei com essa situação, pois sou funcionária pública e não tive reajuste nem décimo terceiro, e não suporto deixar de comprar… estou cada vez mais cheia de coisas p pagar e não recebo quase nada dele, pq ele ajuda sempre com o mesmo valor, mas gasta muito mais… alem disso, estamos sem plano de saude e me sinto negligenciada neste aspecto pq sempre fui cuidadosa… não sei mais o que fazer… já tentei conversar, mas às vezes, ele age como adolescente, me tratando mal ou como idiota, igual faz com a mãe dele… me dê uma dica, Cony… amo ele e achei que essa seria uma etapa de vida a ser vivida e vencida juntos, como um comum acordo, mas agora, não paro de pensar que estou sustentando um homem que quer viver como adolescente e não tem nem vai ter responsabilidade com dinheiro nunca… essa parte do dinheiro me incomoda pq detesto gastar com o que não é meu, sempre fui controlada e pude me dar ao luxo das minhas compras pessoais… e agora, me sinto mal vestida e fazendo restrições que não gostaria… isso pesa, pq qq briguinha me faz pensar em como seria se eu estivesse com outra pessoa independente ou com a qual eu não precisasse sustentar… espero que tenha deixado claro, eu aceitei um período de restrição com os estudos dele… mas não esperava o endividamento dele que acarretaria no meu… o que devo fazer? O que vc faria no meu lugar? As vezes fico pensando se fui uma boba, se estou sendo usada e enganada… tenho mais de 30 anos e não quero viver como adolescente de novo… tenho medo de estar perdendo oportunidades… esse medo vem  na minha cabeça qdo penso na situação toda, de que posso estar fazendo papel de trouxa … por favor, me ajude!”

 

Me conta duas coisas antes… Antes dele largar o trabalho dele, como era? Ele bancava a parte dele, era presente “financeiramente” nas contas da casa? E outra coisa, ele realmente largou o trabalho para estudar? Ele estuda? Ou era uma desculpa para ficar em casa sem fazer nada? Situação complicada, EU no seu lugar, teria deixado bem claro que isso teria um prazo, tipo 1 ou 2 anos mantendo a casa mas depois não mais. O lance de não pagar nem plano de saúde é tenso! Isso é prioridade! Já falou pra ele que você esta deixando de fazer suas coisas e que isso tá te chateando muito? Não dá para dar muito pitaco porque não sei se o cara tá realmente se esforçando e estudando pra valer ou se vagabundou na vida, você também não contou a quanto tempo ele tá parado. Se vagabundou, fia, pula fora. Agora, se ele ta focado nos estudos, conversa com ele e põe prazo, ou entrem num acordo de cada um dar X por mês para as contas da casa, e nada além disso. Se você colocar, sei lá, tô chutando, R$ 2000 e ele R$ 2000, vão ter que se virar com isso. Pelo menos você não vai achar que tá pagando muito mais e abrindo mão de suas coisas. Eu super entendo e não julgo sua vontade de ter seu dinheiro para pagar suas coisas, seus caprichos, suas vontades. A gente trabalha pra isso também! 

 

 

Chora 03 – Cristiane

 

“Olá Constanza, primeiramente gostaria de te parabenizar pelo blog, sempre leio, mas nunca escrevi, mas espero obter uma resposta!
Bom, tenho 27 anos, sou divorciada. Isso ainda é um peso pra mim, estou exercitando para falar isso com mais naturalidade. Me separei há 2 anos e meio, tive um relacionamento que seguiu todo o “padrão”, namoro, noivado, casamento. Inclusive perdi a virgindade com o ex. Algo que tinha ou ainda tem muito valor pra mim.
Quando nos separamos eu estudava para concursos, era totalmente dependente do meu ex, financeira e emocionalmente. Já perdi o meu pai quando tinha 15 anos, mas a separação foi como se fosse a pior dor da minha vida.
Acontece que além do sofrimento pela separação, eu estava desempregada, sou advogada, mas não tinha experiência, porque assim que peguei minha OAB em 2015, fui estudar para concursos e no final de 2016 nos separamos, então fui a luta atrás de um emprego e trabalhei como auxiliar jurídico em uma empresa ganhando R$1.000,00 e fazendo um bico ou outro, fiquei 1 ano e meio lá, detestava o trabalho, mas queria uma renda e um trabalho, não conseguia mais ficar por conta de estudar, moro atualmente com minhas tias (são um casal).
Neste ano finalmente consegui um trabalho em um escritório, estou advogando, ganho um pouco mais do que ganhava nesta empresa, estou concluindo uma pós graduação e tentando voltar a estudar para os concursos. Ainda me sinto insatisfeita com a minha remuneração.
Aí, fiquei solteira durante esse período, mas nunca conheci alguém que houvesse reciprocidade. Me apaixonei por um cara, mas ele não queria nada sério e acabamos rompendo o lance “casual”. Nesse tempo de solteira, isso aconteceu umas 3x.
Hoje meu ex já possui uma família, a mulher inclusive está grávida. Soube notícias através de uma sem noção que veio querer saber como estava a minha vida e acabou me contando sobre a dele.
Talvez as coisas que eu tenha dito acima não tenham muita concordância, mas o que eu quero dizer é que ainda me sinto frustrada. Tenho receio de não conseguir encontrar alguém bacana.
Vejo sempre as pessoas dizendo que devemos nos amar pra ter alguém, amar nossa própria companhia. Mas eu queria saber, como faz isso? Eu sei que me amo e me respeito, afinal eu não aceito muita coisa, não que eu saia por aí exigindo demais, mas é que quando gosto, não consigo ter um relacionamento casual, quando vejo que a pessoa não sente o mesmo e também não consigo ter que ficar me esforçando pra gostar de alguém, mas quando gosto de maneira natural, a pessoa não gosta de volta, e aí, cá estou. =/
Acho que é isso.”

 

Não preocupa em encontrar alguém não! É a verdade mais verdadeira que existe! Quanto mais você procura, mais encrenca acha. Aprenda a curtir sua companhia, ir ao cinema sozinha, viajar sozinha (é a melhor coisa do mundo), se gostar, se cuidar, viver para você! Se olhe no espelho com carinho, repare bem em você, no que você mais gosta em você, se trate com amor, se namore! Eu fiz um post que chama Conversinha Sobre o Fim onde falo muito sobre isso. O segredo da felicidade não esta no outro, tá na gente. E a gente só vai ser feliz com alguém quando souber ser feliz sozinha. É um aprendizado, às vezes longo, às vezes doído, mas é tão bom… tente, certeza que você vera a diferença dos relacionamentos antigos com os novos.

 

 

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