Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Ontem fiquei o dia todo em SP e não consegui postar, mas hoje temos Chora!

Chora 01 – Itaim

Oi Cony! Como quase todas que te escrevem, sou só fãzoca de carteirinha, leio há anos e não largo por nada o Fufu.

Meu chora não é nada extremamente dramático, mas queria uma opiniões, pois possuo zero experiência nesse quesito. Tenho 22 anos,  sou advogada recém-formada, me mudei pra capital do meu estado pra trabalhar num escritório em uma área que gosto muito, tudo certinho. Faz umas semanas conheci um moço muito querido, tem seus 26 anos, profissão, trabalha e tem suas coisas. A questão é: ele demorou uns dias pra me contar, mas tem um filho de 2 anos! Segundo ele, foi caso de uma noite só, e ficou sabendo um ano atrás que o filho era dele, disse que mantém boa relação com a mãe da criança, etc. O menino é uma graça e ele é muito apegado, pega toda a semana, cuida e tudo mais. 

Pois bem, eu gosto dele, mesmo, nos damos super bem, só que tenho medo de não segurar essa barra de ser “madrasta” tão jovem. Sofri na pele o que uma madrasta enciumada é capaz, e jurei pra mim mesma não repetir essa história. Só que eu tô sozinha aqui na cidade, quero estar sempre com ele, mas ele é pai, né. É muita responsa, tem mais alguém pra pensar nessa história. Tenho receio de não ter jogo de cintura pra lidar com a situação. Vale a pena investir num relacionamento com alguém que tem filho pequeno na minha idade? Pode dar certo? Devo tentar me aproximar da criança? Ou devo cortar o mal pela raiz e me envolver em alguém livre, leve e solto? 

Beijos, obrigada pela oportunidade. 

 

Menina que que tem a ver o cara ter um filho??? Me assustaria se tivesse um filho e fosse negligente, não cuidasse do menino, não comparecesse… Mas justamente o fato dele ser paizão e tão novo, acho que só conta ponto a favor. Deixa de neura, seja madura. Um cara livre, leve e solto não é sinônimo de cara bacana ou que será melhor do que um que tem filho. ÓBVIO que você deve tentar se aproximar da criança, não crie barreiras. Seja legal com eles.

 

 

Chora 02 – Jardins

Oi Cony, tudo bom? Antes de mais nada, saiba que te acompanho há décadas e adoro tudo. Então…

Escrevo aqui pois acredito fortemente nessa rede de apoio que o seu blog proporciona entre as leitoras. E eu preciso de uma luz de vocês, que são super sinceras.
Estou em um relacionamento há muitos anos e já passamos por várias fases, namoramos 5 anos, eu terminei e depois de alguns meses reatamos, e desde então já se passaram mais 8 anos. O ponto dessa relação que sempre lutei contra foi em relação ao baixo astral e certa tristeza que ele sempre carregou e eu como ‘copo meio cheio’ sempre tentava e reclamava disso com ele. Passa 70% do tempo de mau humor, sempre falta alguma coisa, sempre tem uma sombra obscura pairando sobre a cabeça dele (não é depressão). Nisso o tempo foi passando e fomos vivendo, mas no fundo eu sempre senti que ele tinha algum problema em relação a mim, no começo do namoro se alguém dissesse que ele tinha sorte de ter conhecido uma pessoa como eu, ao invés de ficar feliz ele ficava chateado afinal ninguém havia falado que eu é quem tinha sorte em tê-lo (ele mesmo me dizia isso) e por ai vai. Ele nunca realmente vibrou com as minhas conquistas da forma que eu esperava, em certas situações as minhas amigas pareciam ficar mais felizes por mim do que ele, tudo isso de forma sutil aqui e ali no passar dos anos. Recentemente encontrei um curso de pós que realmente fiquei super animada em fazer, ele precisou viajar para resolver algumas coisas e quando voltou eu fui contar toda animada, ele ficou com cara emburrada, disse que estava passando por um momento difícil e por isso teve aquela reação (ele foi desligado da empresa em que trabalha, mas ainda assim não acho que seja motivo para não ficar feliz por mim, afinal desde que aconteceu isso eu super coloco ele pra cima, de que é um bom profissional e logo vai aparecer algo, para fazer alguns cursos enquanto isso, fazer coisas que antes não podia…). Depois disso, eu não sei explicar, mas parece que acendeu, ou melhor, apagou uma luz em mim, parei para pensar em todas as situações parecidas que aconteceram, desabafei com ele disse que não sabia se queria mais a gente, essas coisas. Ele mudou, está todo gentil comigo. E eu estou numa confusão interna que nunca passei, eu já conversei com amigas e nem com elas eu consigo chegar em um veredito, às vezes penso que não quero assumir que acabou, que não gosto mais, em outros momentos penso que isso é apenas uma fase, sei lá, exotérica que estou passando… Não sei o que fazer, na verdade estou toda confusa em relação aos meus sentimentos. Faço planos futuros na minha cabeça sozinha, seguindo minha vida, me imaginando em outros relacionamentos (ninguém específico). Pareço louca, eu sei, mas como eu sei se gosto ainda dele ou não?

 

Caramba, parece eu escrevendo alguns (vários) anos atrás. Sei EXATAMENTE o que você está passando. Eu sempre fui copo meio cheio (engraçado aparecer isso aqui no Chora agora, porque é uma coisa que tenho falando muito ultimamente), sempre fui meio Poliana (quem é mais velha sabe o que estou falando rs), e tento ver o lado bom das coisas. Também sempre fui de ficar feliz por coisas pequenas, de aproveitar, de curtir e tive um relacionamento que meu ex era a pessoa mais emburrada e triste do mundo. Tudo tava ruim, tudo faltava algo, e isso me deixava muito triste. As vezes eu tinha que segurar minha felicidade porque sabia que ele não iria “acompanhar” minha vibe e sei o quanto isso é ruim e angustiante. Lembro da primeira vez que fui pra NY que era meu sonho (fui sozinha) e quando voltei toda animada e cheia de fotos, ele nem quis ver, nem deu bola e isso me doeu até o dia que terminamos. Ainda mais eu sendo canceriana, guardo cada pequena mágoa e no final vira um magoãozão. Olha só, eu vendo de fora e sendo uma pessoa que já passou por isso, não vejo muito futuro. Ok que no meu caso teve agravantes (traição) mas sendo bem sincera, essa parte do baixo astral, da cara fechada, me incomodava todo santo dia. Esse tipo de pessoa acaba com nossa energia, a gente fica triste também, se poda e perde o brilho. Pensa com carinho em você, no que te faz feliz mas já te adianto: se você já faz planos para você sozinha, se se imagina em outros relacionamentos, miga, seu namoro já era. Vai pra vida LOGO e não perca mais tempo. Conselho de quem já passou por isso.

 

 

Chora 03 – Moema

Ei Cony, sempre leio os choras e todas as outras postagens no blog, nunca tive muito problema para me relacionar, mas em 2014 engravidei e casei com meu namorado de 3 anos, não deu certo e não quero entrar nesse assunto porque não sinto nada por ele.
Hoje tenho 25 anos, em 2015 eu tive minha filha, fui para o meu apartamento quando ela fez 3 meses (antes estava na casa da minha mãe) e toquei a vida, estava na faculdade de Direito, me formei esse ano, hoje trabalho e faço pós graduação, mas o que me incomoda é que nesses 3 anos e meio nunca consegui refazer minha vida amorosa, eu saio de vez em quando sozinha, saio toda semana com amigos ou com a família e minha filha junto, conheço pessoas novas, mas parece que sempre que começo a falar da minha filha ou explico que eu estou todos os dias com ela e não vou largar nas costas dos outros para ficar em rock os homens correm, não sei se é coisa da minha cabeça, mas são 3 anos e meio sozinha! Eu sinto falta de ter uma companhia, de namorar, além disso todos os meus amigos e primos namoram ou são casado, então sempre saio com vários casais e eu e minha filha, queria uma dica sua e também das mamães solteiras que te seguem.

 

PRA QUÊ dar a real e falar pros boys que não vai largar a filha com os outros ou fica falando dela??? PRA QUE??? Isso que você tá fazendo é sim algo que assusta os homens! Não estou falando que você não deva dar atenção a sua filha, mas certas coisas a gente não precisa dizer e escancarar de cara, deixa acontecer, deixa as pessoas te conhecerem primeiro, deixa ELAS sacarem que você é assim. Tem coisas que não precisam ser ditas e isso vale pra MUITA coisa. Exemplo, eu sou chata (extremamente sistemática e tenho meus momentos mimizentos) e viajo muito… coisas que não precisam ser ditas nos primeiro encontros. Às vezes minhas “vantagens” são maiores e a pessoa vai ficar pelas qualidade mas se eu falar dos meus “defeitos” antes, nem darei a chance de alguém se aproximar mais. Novamente, não tô falando que sua filha é defeito, pelamor, nem se compara com algo menor, tô falando que tem coisas que não precisam ser ditas num primeiro momento. Deixa acontecer, deixa rolar, deixa que te conheçam ANTES. Imagina o contrario: pensa você conhecendo um cara que logo no início te diz “tenho um filho estou todos os dias com ele e não vou largar ele com outras pessoas pra sair”, o que isso quer dizer? O que você entenderia? “Ele não terá tempo para mim e nem atenção ou prioridade em alguns momentos”. Óbvio, até eu sairia fora.

 

 

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