Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!!!

Hoje o Chora tá um pouco diferente…

Caso 01 – Branca de Neve

Tenho 22 anos, mas meu problema começou há uns 10 anos, quando eu estava estudando na quinta série. Eu sofria bullying na escola, não gosto muito dessa palavra, acho ela forte, e me custou aceitar que foi isso que realmente aconteceu comigo naquela época. Foram anos horríveis de zuação, as aulas pareciam intermináveis, não tinha vontade de estudar, não tinha vontade de ir para a escola, chegava em casa todos os dias depois da aula e me trancava no meu quarto chorar sozinha. Minha mãe sempre foi uma ótima mãe, mas nunca foi minha amiga, tentava contar para ela e não conseguia, se falava que queria mudar de escola ela sempre chorava e dizia que estava tirando dinheiro de onde não tinha para pagar a escola e eu tinha obrigação de gostar dela. Nessa época cheguei a pensar que não valia a pena mais viver. O tempo passou, no colegial consegui mudar de escola, hoje sou Universitária, namoro, mas as marcas ainda continuam em mim. Sou muito insegura, fora a minha zero auto estima e a minha super ansiedade. Fiz um tempo de terapia, me fez muito bem, mas tive que parar pois era muito caro, e eu não consigo confiar em outra psicóloga. Meu namorado é um fofo, é aquele sonho de toda mulher, mas eu como sou insegura por conta de tudo o que passei, e também mega carente, as vezes sinto que ele não me da muita atenção e as vezes tenho crises de ciúmes (mas acredite, ele da atenção, o problema é minha insegurança e toda a carga pesada que carreguei durante esse tempo) mas é dificil eu acreditar nisso quando estou mal. Toda vez que preciso apresentar trabalhos na faculdade eu choro, sofro muito e me sinto um lixo depois, tenho muita dificuldade de falar em publico, principalmente pelo medo de ser julgada depois. Gosto de me arrumar, mas as vezes não sinto a minima vontade, muitas vezes não consigo me achar bonita ao me olhar no espelho e fico me perguntando o que meu namorado viu em mim. A maior parte da minha vida sofri calada, sozinha e tinha que fingir estar bem na frente dos outros. Hoje isso continua assim, só demostro emoções na frente do meu namorado, de resto não consigo demonstrar, continuo sempre fingindo estar bem e escondendo todos esses sentimentos que me remoem dentro de mim, tenho medo de isso estar me causando depressão. As vezes do nada sinto muita vontade de chorar e não quero sair de casa nem ver ninguém, quero ficar no meu quarto trancada no escuro. Não tenho condições a voltar a fazer terapia com a psicologa que confio e minha mãe não faz ideia de que passei por tudo isso, ja tentei contar, mas ela não aceita.
Desculpa se ficou grande, mas juro que tentei resumir.

Ô minha amiga, nem sei o que te falar. É muito fácil para quem tá de fora te aconselhar, falar para você ser forte e superar isso, mas sei que dentro de você isso não é nada fácil. Tente conversar com a psicologa que você gosta, marque uma consulta, conte para ela que você não consegue se abrir com mais ninguém, quem sabe ela pode te ajudar sem cobrar durante um tempo? Ou então seu namorado não pode te ajudar? O melhor para você é terapia mesmo… seja um pouco forte para pelo menos conseguir se abrir com outra. Veja bem, você mesma disse que tem fez bem… Cuidado com seu namorado, cuide-o, trate-o bem, não desabe tudo nele, um dia ele pode se cansar. Você tem um vida boa, merece ser feliz! Tá estudando, tem um homem que te ama, é vaidosa… Sério, procure sua terapeuta, tente voltar… pagar aos pouquinho, mas você precisa muito dela!

Caso 02 – Cinderela

Oi, Cony! Minha história é meio esquisita e nem sei bem como vocês poderiam me ajudar. No fundo, só de poder desabafar acho que já vale. Bom, tenho 29 anos e sempre fui muito solitária. Na adolescência tinha muitos colegas, mas nenhuma amizade de verdade. Na faculdade, a mesma coisa. Saí da faculdade e as coisas pioraram. Tenho aquela sensação de nunca ser lembrada por ninguém. Algumas vezes me esforcei, me fiz presente, mas sabe quando a amizade nunca deixa de ser superficial? Pois é, esse é o meu caso. 

Se nunca levei jeito com amizade, imagine com namoro. Nunca namorei, nem nunca tive muitos paqueras. Tenho um rosto ok, mas meu corpo não é nada legal. As pessoas geralmente me acham esquisita e me olham torto, nunca me senti desejada. Quer dizer, só uma vez, num “relacionamento” que durou algumas semanas e foi o mais perto que cheguei de um namoro.
 
Recentemente conheci um rapaz online e estamos interessados um no outro. Ele é bonito, inteligente, super agradável, me trata bem demais, não tenho do que reclamar. Moramos distantes, mas ele vem me conhecer em breve. Mas a grande questão é: eu sou virgem. Ele sabe disso, ficou bastante surpreso, mas me falou que não vê problema nenhum. A verdade é que eu morro de medo da primeira vez. Já tentei antes (com o cara que comentei no início), mas foi horrível, me senti mega desconfortável, doeu bastante e tivemos que parar. Agora encontrei alguém especial, quero muito que esse relacionamento dê certo, e não posso deixar que esse medo bobo me atrapalhe. Sei que o conselho mais óbvio seria “deixa rolar”, mas na minha primeira tentativa eu fiquei tão nervosa que travei totalmente, e por mais que eu me sentisse atraída por ele, na hora não consegui sentir nada, excitação zero.
 
Enfim, é normal essa minha neura ou tô surtando à toa? Me sinto envergonhada por ser tão inexperiente nessa idade.

 

Cinderela, antes de mais nada, se rolar de transar com esse rapaz, por favor não pense que o namoro engatou ou que tem que dar certo ok? Não romantize a situação, pois o fato de você ser virgem é um atrativo para ele… Homens tem umas podridões assim, ele pode ser um cara super bacana, mas vamos sempre estar preparadas para o pior. Agora, vocês marcaram apenas de se conhecer né? Então segure a piriquita mais um pouco. Conheça ele bem, sinta segurança e quando achar que está pronta, aí sim vá para os finalmentes. Não faça NADA que você não queira, não ceda a pressões. Tudo tem que ser natural e gostoso. Se achar que ele vale a pena, não está sendo pressionada e realmente quiser transar com ele, tome até um drinkezinho para ficar mais soltinha. E relaaaaaaaxe! Cada pessoa tem um tempo diferente, não se cobre nem se pressione!

 

Caso 03- Ariel

Vi que o “CHORA” está com as vagas abertas rs e resolvi falar de um assunto que até hoje não vi ninguém abordar.
Não estou falando de problemas do coração, ou problemas de família, estou passando por um processo meio “diferente” e senti vontade de te contar para quem sabe ajudar pessoas com o mesmo problema.
Desde a minha adolescência tive alguns problemas em aceitar a minha imagem e por ter a família (por parte de pai) obesa eu sempre tive muito medo de ser mais uma. Em consequência desse medo eu desenvolvi bulimia (isso a mais de 10 anos atrás). Nunca vi a Bulimia como um problema, na minha cabeça ela sempre foi a solução.
Esse ano eu tenho feito muitas coisas diferentes, cheguei aos 32 anos e resolvi cuidar mais de mim. Fiz minha primeira viagem “solo” e ameiiiiii d+, fiz Botox, preenchimento, comecei a fazer psicóloga (depois da bad trip rs) e decidi deixar a bulimia para trás.
Talvez a minha história não seja tão longa, talvez não seja uma das mais interessantes para você expor no seu Blog, mas eu decidi contar a minha história, pois é muito difícil para a pessoa que tem bulimia assumir para ela que tem um problema, que o problema é sério e pode acarretar em sérios problemas de saúde no futuro. Estou correndo atrás do prejuízo, contei a minha história apenas para 3 pessoas (a psicóloga, uma grande amiga e você rs), pois sei que não serei julgada e quem sabe no futuro eu não possa ajudar pessoas que passam pelo mesmo problema que eu né?

 

PARABÉNS ARIELZINHA! Coisa már linda do universo! Fico feliz que você mesma tenha percebido que tinha um problema SIM e teve forças para se livrar dele! Que sirva de exemplo para muitas mulheres que passam por isso!

 

 

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