Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!!

É quarta (ainda) e tem choradeira no ar!

01 – Odete

Olá Cony, como todas suas leitoras amo o fufu e é incrível o quanto você cativa as pessoas, acredito ser sua linguagem, que nos deixa muito próximas, tipo amigas mesmo, é raro ver um blog assim, cheio de comentários e interações!

Vamos ao relato!

Tenho 26 anos, sou formada em engenharia, mas sempre soube que iria trabalhar com meus pais, pois eles tem uma empresa de médio porte, e enfim, aos 16 anos já tive que começar a trabalhar ou teria que me virar fora de casa (meu pai é uma pessoa difícil). Assim como eu todos meus irmãos (são três: 25 anos,  31 anos e 35  anos) e minha mãe trabalham na mesma empresa – ou seja – brigas e discussões constantes.

A questão é,  meu pai é alcoolatra não assumido e tem muitos problemas emocionais, e crescemos nesse meio, de brigas, estresse, bebidas.. enfim!

Todos os meus irmãos, e eu inclusive, crescemos com limitações, não fazíamos nada de “errado”, para não provocar mais brigas em casa, só que isso, no meu ver, nos limitou a ter uma vida diferente, do que talvez teríamos, cada passo era medido, e isso nos causa frustrações.. Mesmo todos, TODOS, graduados, com suas casas próprias, dando o sangue pela empresa, nosso pai ainda nos destrata, diz que somos uns nadas, que não sabemos o que é trabalhar de verdade, pois só trabalhamos para ele…  Nunca tivemos reconhecimento profissional, sendo que alavancamos a empresa, e hoje ela segue muito bem somente com nosso trabalho.. Me lembro de ele me chamar de vagabunda, pelo fato de querer passar um fim de semana em uma pousada com a família do meu namorado.. ?????? minha vontade na época era fazer jus as palavras dele, para ele ter a noção do que seria, mas não valia a pena. Já fui ofendida na frente de funcionários…. uma longa lista de descontroles….. (Talvez se perguntem porque eu ainda trabalho aqui, eu creio que dei meu sangue e isso também é meu, e não quero largar, a maioria do tempo é bom, porém existem esses surtos do meu pai que desmorona tudo.)

Até a minha escolha, de namorar ser uma menina mais certinha… enfim, claro que amo hoje meu marido, mas tinha um inconsciente de “vc tem que casar logo, sair daqui, ser feliz” e assim foi, casei a um ano, estou muito feliz, realizada, amor meu maridón, estou muito leve, fora da casa de meus pais…. hoje meu pai me trata bem, como se fosse uma visita, ganho até beijos e abraços, que eram raros…

A questão é que minha mãe sofre sozinha, com todas as loucuras dele, ela não quer se separar, e entendo que ela tem essa escolha, mas mãe é mãe , e eu sofro junto… e pior, ele esquece de tudo no dia seguinte, e acha que está tudo bem.

Como meus irmãos também já saíram da casa dos nossos pais, cada um vai se livrando mais da “responsabilidade”, quando nosso pai pira, se afastam e ponto. Porém não consigo deixar minha mãe “sozinha nessa”….

Gostaria de opiniões, alguém ja passou por isso? 

 

Odete, sei bem o que você está contando, em suas devidas proporções. Também trabalhei 10 anos em empresa de família (do meu pai mesmo) e ele sempre foi muito duro e sistemático. Vivíamos brigando e tudo melhorou quando saí da empresa e comecei a trabalhar por ¨conta¨.  Acontece que nossos pais se esforçaram MUITO para conseguir o que conseguiram, e ver os filhos ter tudo de mão beijada é quase uma afronta para eles. Eu entendo sabia? Claro que não apoio ele te desqualificar na frente dos outros, isso realmente é cruel mas se formos pensar pelo lado dele, imagina tudo o que ele passou para conseguir montar uma empresa e te dar uma vida boa? Eles se tornam exigentes, acho que no subconsciente o que eles querem é que o filhos sintam um pouco do quão difícil foi sustentar uma família, cheia de filhos e montar uma empresa de sucesso. No seu caso tem o agravante da bebida e dos problemas emocionais, o que realmente precisa de uma atenção extra. Não sei se conversar vai resolvee e acho que ele não irá topar terapia… Meu conselho? Releve. Seu pai te ama e não faz por mal. Sobre o sofrimento da sua mãe, converse com ela e veja qual a real, como ela se sente frente a isso. Tem ¨veio¨ carrancudo que muitas mães toleram… a gente, por ser de outra geração, acha absurdo mas pra eles nem é. Converse com ela… veja se ela realmente está nesse sofrimento que você imagina. Às vezes ela já sabe como lidar com isso… Cuide do seu papi, com carinho. Às vezes ele tá pedindo ajuda da forma errada…

 

 

02 – Flora

Oi Cony!! Adoro o blog, parabéns pelo sucesso! Quero mandar o meu chora… Escolhe um nome bem legal pra mim! kkk. Decidi escrever esse chora após uma situação que vivi com meu marido esses dias: mais uma relação sexual bem frustrada… Não tô chorando ainda, mas é uma situação que, presumo, vai se transformar numa choradeira logo logo. Estou com 30 anos e estou com meu marido há quase seis anos, dois de casada. Amo amo amo meu bofe de paixão, ele é perfeito. Ocorre que o desejo sexual tem simplesmente desaparecido. Não é que nos tornamos só amigos, nem estamos distantes, nada disso. Tem carinho, tem cumplicidade, abraço, desejo de ficar junto, planos… mas simplesmente eu não tenho estado com interesse sexual nenhum e isso já faz um tempo. O problema não é com ele, porque não sinto tesão sozinha, nem pensando em outros homens, quase nunca gente… desespero… No começo ele fazia mais questão, mas com o tempo foi ficando meio desinteressado também. Um dia temos muito trabalho, no outro ficamos vendo filme, no outro saímos com amigos, curso, academia, cansaço e a coisa vai passando. Nossa frequência tem sido quase que uma vez por mês! O problema maior é que não é só quantidade, é qualidade também… quando a coisa rola, não é tão gostosa… Eu não sinto desejo, meu corpo não responde, não lubrifica… e as consultas ginecológicas todas em dia, nenhum problema físico. Juro que não sou o tipo puritana, nem aquela que não se conhece, que tem vergonha do corpo, não tive nenhum trauma, nada disso, mas… uso o famigerado anticoncepcional faz mais de 10 anos. Tenho uma suspeita muito forte que essa seja a causa. Parei de tomar por um tempo, mas o maridon não adaptou com a camisinha, não consegue… digamos… manter a bandeira hasteada ou não consegue concluir a partida! Nesse período era ele que se desinteressava e ficava elas por elas. Já cogitei todos os métodos… sem a pílula fico menstruada muuuuuuito tempo e com o DIU de cobre imagino que seria pior. Já vi que no exterior vendem esses aparelhinhos que, pela temperatura, preveem a ovulação, mas tenho medo porque não quero engravidar, enfim… Meu desejo é saber de vocês como vocês têm lidado com essa coisa da contracepção, só eu me sinto assim (diferentona)? Será que é por causa do anticoncepcional? Alguém usa esse método da temperatura? O DIU aumenta muito o fluxo? Existe remédio eficiente pra diminuir? Vale a pena insistir com a camisinha (eu também não gosto, pra ser honesta)? Tenho medo de perder meu marido e também não quero uma vida sem sexo, mas, nesse momento, me sinto totalmente apática!! HELP!

 

Más OBVIOOOOO QUE É O ANTICONCEPCIONAL! Menina, os hormônios da pílula acabam com toda e qualquer libido! Eu estou usando DIU de cobre e já falei aqui no blog sobre minha experiência (dá um search) e te garanto: dá até para subir pelas paredes kkkk Pensa com carinho nisso… O sexo é muito importante numa relação sim.

 

 

03 – Carminha

Olá Cony, tudo bem? Primeiro, quero te dizer que adoro seu blog e acompanho diariamente, sou uma grande fã sua! Mas vim aqui, na verdade, pra pedir um conselho. Estou passando por uma situação complicada e já não sei mais o que fazer.

Tenho 25 anos, e em 2011 comecei o meu primeiro namoro. Foi algo que nunca tinha vivenciado. No momento em que conheci ele já senti que nós tínhamos um futuro pela frente. Acontece que desde que começamos a namorar ele terminou comigo pelo menos uma vez por ano. A maioria das vezes por briguinhas bobas, infantilidades nossa, mas que acabam desgastando o relacionamento. O término durava poucas semanas e logo ele me procurava para reatar, e eu concordava. Assim como nos outros anos, em julho do ano passado foi a mesma coisa. De uma hora para a outra ele começou a ficar estranho e um certo dia decidiu que queria terminar comigo. Não me explicou os motivos direito, mas dois dias depois descobri que ele tinha ficado com uma colega de aula. No início fiquei com raiva, chorei, mas acabei me dando por conta que a nossa relação já não estava legal há tempos. Então decidi tocar minha vida, acabei saindo com um outro menino, e nesse mesmo dia meu ex reapareceu, arrependido, querendo voltar. Isso mexeu muito comigo, confesso que não sabia mais o que fazer, e não levava muita fé mais no nosso relacionamento. A gente se viu, saiu, conversou, ele disse que não tinha mais nada com a guria, implorou para voltar. Eu resolvi dar mais uma chance e recomeçamos. Depois de um tempo voltamos a nos estranhar, e no meio de tanta coisa, me senti obrigada a falar pra ele que um ano atrás, numa festa da faculdade, eu tinha ficado com um menino. Deixei claro que foi a maior burrada que eu fiz na vida, que foi uma mescla de inocência com bebedeira, que não tinha havido sentimento nenhum, e que me arrependia muito. De inicio ele ficou chateado, brabo, mas parecia ter relevado depois de alguns dias, afinal ele já tinha feito o mesmo também. E o pior começa aqui… Quando achei que as coisas tinham sido resolvidas entre nós, descubro que ele continuava falando com aquela menina com quem tinha ficado em julho, que andava saindo escondido com ela alguns finais de semana (uma vez enquanto eu estava num chá de panela de uma amiga e na outra em uma aula da pós-graduação) e ai eu surtei! Terminei tudo com ele no inicio de dezembro, e disse pra ele me esquecer de vez. Não sei tudo o que viveram nesse meio tempo, só sei que passaram natal e ano novo um na casa do outro, fizeram programas nas férias. Algumas vezes, não aguentando ver fotos deles no snapchat e facebook, fui falar com ele e ele dizia simplesmente que eram só ficantes e que não tinham nada sério… Mas enfim, final de dezembro resolvi seguir minha vida, definitivamente. Voltei a sair, conhecer pessoas novas.. Mas e ai, o que me aparece metade de janeiro? Siiim, ele novamente! Querendo conversar comigo. Mesmo com duvidas se era certo, eu aceitei. Então nos vimos, ele me disse que o que ele fez com a guria foi pra se “vingar” de mim por eu ter ficado com aquele menino naquela festa, que ela tinha sido infantil, que eles tinham terminado e estava aliviado com isso. E então me propôs tentar recomeçar a nossa vida a dois (ele disse que não ia pedir pra voltar, pq sabia que não tínhamos clima, mas queria recomeçar, como se a gente tivesse acabado de se conhecer). E cá estou eu. Sem saber o que fazer. Sei que não devo fazer isso, que tenho que me valorizar, que quem vê de fora deve achar que eu sou burra ou sei lá! Eu realmente gosto dele, acho que podemos construir um futuro lindo juntos, mas esse não é o momento certo. Ele é mais novo que eu (tem 23 anos), está bastante preocupado com o futuro profissional, assim como eu. E eu acho que é tudo muito recente, temos muito ainda pra digerir depois de tanta coisa vivida, e que se tentarmos algo agora, não vai ser bom. O problema é que ele não entende isso. E eu ainda fico me perguntando se um relacionamento que já terminou umas 6 vezes em 5 anos pode dar certo algum dia. O que você acha Cony? Será que um dia isso pode realmente dar certo? Sei que agora não é o momento, já expliquei isso para ele, mas ele não admite. Só acha que eu quero curti a vida, fazer festa, conhecer com outros caras, pra depois voltar pra ele.

Ele, um moleque. Você, bobinha que aceita tudo. Desculpa falar assim, mas é o que percebo. Imaturidade dos dois lados e você zero amor próprio. Até quando vai ficar perdendo tempo com um cara que te tem a hora que ELE quer?? Tá disponível assim? E esse círculo vicioso nunca terá fim, pois ele sabe que pode aprontar o que for, que você vai continuar dando asa pra ele. Deixa ele pensar o que quiser, se joga na vida, ache alguém que te valorize e manda um fueda se bem gigante pra ele. Se ame, se respeite para que os outros também te respeitem.

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