Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
14 ago 2019, 56 comentários

Chora Que Eu Te Escuto

É quarta feiraaaa, dia de choradeiraaaa!

Chora 01 – Borboleta

“Olá Cony, meu nome é Borboleta, tenho 33 anos, sou realizada profissionalmente mas, como sempre tem o mas.. não consigo me realizar sentimentalmente.
Tive dois namoros e em ambos fui trocada por outra pessoa.
Tento me relacionar c outros homens, mas nenhum deles se interessam de verdade por mim e acabamos não passando do primeiro encontro.
Meus amigos ja levantaram varias teorias, a mais forte e que os homens se assustam com mulheres bem sucedidas e que ganham mais que eles.
Tenho muito amigos o que me faz acreditar que sou uma pessoa legal.
Mas de verdade Cony, não sei o que fazer. Preciso dos seus conselhos e das leitoras.”

Quem tem medo de mulher bem sucedida e independente nem homem é, é moleque. E você não quer um moleque né? E enquanto focar nisso, nada vai acontecer e se acontecer será treta na certa. Deixa o mundo fluir, o universo trabalhar, cuide da sua energia, preocupe-se em vibrar bem para atrair pessoas na mesma vibração que você. Desespero, busca incansável e insistente, vai te fazer se apegar no primeiro que aparecer e tenha certeza, se relacionar por carência é a maior burrada que uma mulher pode fazer. Não faça nada, não procure, não insista. Deixe acontecer.

Chora 02 – Joaninha

“Boa tarde! Bom, adoro o seu blog e sigo há anos. Antes mesma da famosa bota da Cuca e a explosão do Comprei no Ebay…

Então, minha situação é a seguinte, tenho 39 anos, sem filhos,  solteira, vida financeira estabilizada e sem relacionamento sério no momento. Há alguns meses venho pensando em congelar óvulos pra ganhar mais tempo pra pensar no assunto. Sempre fui super saudável, meu histórico familiar é bom (minhas avós tiveram filhos bem depois dos 40, minha mãe teve 5 gestações, a última com 41 anos, minhas 3 irmãs mais velhas engravidaram super fácil). Aí, fui fazer os exames e o antimulleriano, que avalia a reserva ovariana, deu super baixo (0,07, o ideal seria mais que 1,00). O médico, que até então estava bem confiante, foi bem evasivo, só me disse que a reserva é “muito baixa” e mesmo fazendo FIV a resposta seria “menos favorável”. Fui procurar a respeito na internet, e os relatos de mulheres em situação parecida com a minha, é de que ou não conseguiram engravidar (mesmo com FIV) ou só conseguiram com óvulos doados. Fiquei tão tão frustada com isso… E é tão ruim, porque não quero ficar conversando com as pessoas (mesmo as mais próximas) a respeito, porque o “olhar de pena” me mata. Não sei se desisto da ideia, se arrisco a fazer o procedimento de captação de óvulos mesmo sabendo que as chances são muito muito pequenas.. Porque é um procedimento complexo, mexe com os hormônios, há toda uma expectativa envolvida…”

 

Se é seu sonho ser mãe, não desista! Vá congelar óvulos JÁ! Quanto mais velha mais difícil. E não existe chance pequena. Existe chance. Se for 1%, ainda existe. Então não se apegue a isso e faça sua parte enquanto puder. Boa sorte!

 

 

Chora 03 – Vagalume

“Oi Cony, sou leitora dinossaura e teu blog já me ajudou em tannnnntas coisas que nem sei dizer!

Tenho 29 anos, recém (coisa de um mês) terminei um namoro de 3 anos. Foi meu primeiro namoro, terminei pq o amor acabou, acho que ele parou de me amar e eu fui percebendo e perdendo o encanto também… Tava tudo bem, triste pq acabou aquele relacionamento legal mas vida que segue né. Até que ele apareceu todo feliz namorando nas redes sociais. Não acompanho ele, mas as notícias chegam né… Aí meu mundo caiu. Eu desejo tudo de bom pra ele, mas fiquei arrasada de estar na bad e ele felizão, até me questionei se meu amor realmente acabou ou se tô sofrendo por ter sido “trocada”, se de repente ele não tava me traindo, pra já estar firme e forte com tão pouco tempo. Como faz? É normal, vai passar? Eu nunca tive um término, não tenho padrão pra saber o que vem agora…”

 

Ego ferido gata, apenas isso. Você não o ama, mas só tá ferida porque a vida dele seguiu e a sua TAMBÉM, mas de maneiras diferentes. Vai passar e não procure saber o que ele está fazendo.

 

 

Chora 04 – Abelha

 

“Meu marido confessou que me traiu e a mulher esta grávida. Não temos certeza se é dele, mas trabalhando com a hipótese de que é dele eu me separei e vim pra casa dos meus pais, estou sofrendo como jamais imaginei que poderia, não como a dois dias, não desce nem água.

Estou no chão, morta, dilacerada, por que alem da dor da traição, da humilhação eu gosto dele.
O pior de tudo e que estavamos planejando ter o nosso bebê, eu estou me preparando desde o início do ano, emagrecendo e acompanhando.
Já aconcelhei tantas amigas mas agora que eu estou sentindo nada carne estou vendo como e difícil, como dói, sinto falta dele, sinto falta até das coisas que eu não gosto início. Temos 13 anos de relacionamento e entre namoro, noivado e casamento. Me ajuda pelo amor de Deus! Estou surtada, não sei o que fazer, até em me matar eu já pensei. Pensei em perdoar, porem eu sei que não vou aguentar conviver com um filho fora do casamento. Estou desesperada!”

Gata, o problema é o filho ou a traição??? Eu acho que é a traição hein! Independente de ter acontecido a gravidez, isso é consequência do ato falho dele! E que se matar o que!! Sua vida vale isso? Tanta coisa maravilhosa que pode e vai acontecer na sua vida, tanta gente que te ama, que se preocupa por você e você vai querer dar esse desgosto pros seus pais e amigos??? Você vai sofrer, vai chorar MUITO, vai se desesperar mas deixa eu te contar uma coisa boa, VAI PASSAR! Acredite!! E olha só, perdoar traição é super complicado, porque ou você perdoa pra valer ou sua vida vai virar um inferno. E mais, ele te deixou no chão, morta, dilacerada, HUMILHADA como você mesmo diz e ressalta que gosta dele? E de você, você não gosta não??? Aí fica dificil né, se você não se valorizar, quem é que vai??? Pense em você com carinho e vê se ele te merece depois disso tudo, principalmente de ter atropelado um sonho seu. 

  • Hoje tivemos 4 Choras porque eram mais curtinhos! Os Choras estão abertos, pode enviar seu problema, sua angústia, seu desabafo para constanza@futilish.com e no assunto coloque CHORA QUE EU TE ESCUTO! Mas ó, manda logo, semana que vem vou encerrar o recebimento de Choras de novo e por tempo indeterminado ok?
Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
08 ago 2019, 98 comentários

Chora Que Eu Te Escuto

Vamos ao Chora??

Chora 01 – Elis

Oi, Cony! Gosto muito do seu blog, é um dos poucos que acompanho há anos. 

Aí vai meu chora, espero que seja publicado. 

Namoro há quase três anos um cara mais velho que eu. Conheci no trabalho. Ele tem dois filhos e é super família, faz tudo por eles. Até aí tudo bem. Para mim e no trabalho, ele diz ser separado há anos, mas vasculhando as redes sociais da ex-mulher, fico em dúvidas se eles realmente estão separados. Por ex., vi que ela foi a uma viagem com ele e os filhos, viagem essa que ele não me disse que ela tinha ido. Ele passa quase todos os fins de semana com os filhos, temos que nos encontrar durante a semana. 

No começo já terminamos por conta disso. Ele jura que é honesto e sincero, me apresenta para os amigos, mas não para a família. Ele tem um apartamento em uma cidade, que é onde ele diz que mora, os filhos e a ex estão em outra cidade, e eu, em uma terceira. 

Se fosse em outra situação, ou com outra pessoa, eu terminaria ou aconselharia a pessoa a terminar. Sou uma mulher independente, sempre fui forte. O problema é que realmente não consigo. Eu gosto muito dele, como nunca gostei de ninguém. Soma-se a isso o fato de que nesse meio tempo tive câncer. Um câncer muito agressivo. Estou em tratamento, mas uma doença dessas faz sua perspectiva mudar. Fico pensando se não devo ignorar minha cabeça e ir pelo meu coração. Não sei se ainda terei muito tempo de vida. Ele é a pessoa que mais me ajuda a lidar com a doença, sem ele seria muito difícil. Gostaria de passar meus últimos dias com ele. 

Queria sua ajuda e das leitoras para saber se, diante de meu quadro, devo seguir meu coração e ficar com ele ou minha cabeça e terminar. 

Amiga, você já está passando por muito na sua vida. Se esse homem está te fazendo bem, se está te aliviando neste momento, não se preocupe com outras coisas. Pode ser realmente que ele esteja separado (não vejo mal de viajar com a ex e os filhos, pense nas crianças, que querem ver o pai e a mãe juntos. Isso não significa que eles estejam ainda casados). Eu sempre falo para as mulheres pensarem primeiro nelas e no seu caso meu conselho não é diferente. Pense em você, se ele é a pessoa que mais te ajuda com a doença como você diz, aproveite isso. Ele já demonstra que se preocupa e te cuida e no momento o que você precisa é disso: carinho e cuidado.

Chora 02 – Gal

Oi, Cony! Antes de contar o meu chora, gostaria de dizer que amo muito seu blog e depois da Era do YouTube é o único que eu continuo lendo! Amooo!
Vamos lá…
O sexo com meu atual namorado é bem sem graça… ele não faz questão de fazer oral em mim, às vezes a gente tá se beijando e tal e ele já pede pra pegar a camisinha… não tem aquela pegação, não cria aquele clima, aquele tesao sabe? E tá bem chato ficar tentando mudar. O pior é que no início não era assim!! Ele realmente tentava (e conseguia!!) me agradar!
Sem aguentar, acabei conversando com ele sobre isso e percebi que ele ficou bravo e começou a querer discutir sobre assuntos passados. Deixei pra lá e desconversei. Mas achei que ele fosse mudar e bem… NADA!
Acontece que não aguento maissss!! Sexo é pra ser divertido para ambos! E eu sei que pra ele é bom! Até pq, eu acabo fazendo tudo que ele gosta pra ver se ele entende o recado, sabe? Pra mim é bem frustrante pq sou uma pessoa muito sexual, digamos assim… gosto de sexo, gosto que satisfazer a pessoa que tá comigo, faço os desejos, os gostos… mas a recíproca não tá sendo correspondida.
Fora isso, ele é um cara maravilhosooo, não tenho o que reclamar! Mas isso tá tão chato que perdi a vontade de ter relação com ele. Perdi mesmo. E quando a gente tem, eu acabo sempre indo no banheiro chorar depois de tão frustrada que eu me sinto!!
A gente tem tantos planos pro futuro… mas fico pensando como vou ter um futuro com uma pessoa que não me faz chegar lá? Como falei, já tentei conversar com ele e não tive sucesso, pelo contrário! Ahhh, acabei esquecendo!! Eu acabei comprando um vibrador e as vezes uso durante a relação. Ele não se incomoda, pelo contrário, mas fico sem jeito de usar todas as vezes.  A ralação em si não é ruim, mas tá faltando ELE me satisfazer, entende? Quando eu peço pra ele fazer um oral em mim, ele para quando quer e pronto, acabou. E também ficar pedindo, toda vez, algo que teoricamente é óbvio, cansa e sinceramente, é até vergonhoso…
Enfim, não sei mais o que fazer, me ajudem, por favor!!!!!

Fia, tem 3 coisas que sustentam um relacionamento: companheirismo, segurança e sexo. Sem um desses 3, o relacionamento cai. Sexo é muito importante SIM! E jamais você deve aceitar um sexo meia boca e se contentar com isso. Eu tô com você: como pensar em futuro se tem esse problema tão grave e que aparentemente sem solução? Amiga, ir pro banheiro chorar depois de transar com o homem que você está fazendo planos futuros é altamente preocupante! Você já falou com ele, já deu todas as dicas que não tá bom pra você e ele não mudou nada. Sinceramente, eu pediria um tempo, sairia da relação para pensar com calma e conhecer outros homens. Se isso é importante para você, não se acomode. Vá atrás do que te satisfaz mesmo. Imagina passar a vida inteira indo chorar depois do sexo??? Não, não aceite isso.

Chora 03 – Rita

Oi, Constanza! Tudo bem com você? Estou ensaiando meu Chora há uns bons meses e dessa vez resolvi escrever. Bem… Nunca vi uma história parecida com a minha por aqui. Mas espero que de alguma forma você e suas leitoras possam me ajudar.

Não é uma história feliz. Pelo contrário: me dói muito colocar tudo isso em palavras. Parece até coisa de novela, mas meu pai é quase milionário. Ele tem muitos imóveis, carro, dinheiro aplicado. Mas ao contrário dos pais que tentam melhorar de vida para ajudar a família e os filhos, o meu fez justamente o contrário… Acumulou tudo e escondeu tudo de nós sempre. Todos os imóveis, por exemplo, são no nome da minha vó, para que ele esteja precavido no caso de uma separação.

Passamos a vida morando (eu, ele, minha mãe e meu irmão) em um barracão de dois cômodos e só Deus sabe o que passamos. Minha mãe sempre foi dona de casa, pois ele não permitia que ela trabalhasse, e ao mesmo tempo ele próprio nunca nos sustentou mesmo tendo essas condições que citei acima. Vivíamos de doações, tanto de alimentos como de roupas e móveis. Já ficamos dois dias comendo puramente bolachas de água e sal, pois era o que tinha na nossa despensa.

Essas doações que recebíamos eram vez ou outra e só de parentes próximos, pois ninguém na cidade acreditava que vivíamos assim… Afinal, como explicar alguém que faz tantos negócios (compra carros, empresas, casas) e deixa os próprios filhos passando por privação?

Lembro do meu irmão pequenininho com vergonha de sair pois estava com as calças curtas para a idade e os tênis furados. Lembro de termos ficado mais de um ano tomando banho de balde, pois o chuveiro havia queimado e meu pai se recusava a gastar mandando arrumar. Lembro que menstruei aos 11 anos e só podia usar um absorvente por dia mesmo sangrando muito, pois um pacote era a “cota” do mês para mim e minha mãe. Também que nunca cortávamos o cabelo, porque ele nunca nos dava dinheiro. 

Lembro também com dor que muitos parentes falavam mal de nós quando íamos a um aniversário pois não éramos as crianças que brincavam… Éramos as crianças que comiam. E comíamos muito, porque não era normal termos comida em casa. Quanto mais bolo, salgadinhos, refrigerantes. Não sabíamos qual seria uma nova oportunidade para comer essas coisas deliciosas então comíamos com certo desespero.

Não estou falando isso para que tenham pena de mim. Eu não entendia todas as privações nessa época, achava que éramos pobres e que um dia as coisas mudariam. Comecei a entender depois que meu pai sentia certo prazer em nos fazer passar por essas dificuldades. Repetidas vezes ele falava que teríamos o que ele quisesse dar e que isso dependeria do bom humor dele. Que devíamos agradecer pelo que ele nos dava porque não merecíamos nem isso.

A dor das privações nem se comparam a dor das agressões físicas e dos xingamentos. Já com quatro anos ganhei meus apelidos carinhosos: “vaca” e “biscate”. Nunca me chamou pelo nome. Ele me chamou assim a vida inteira e eu creio que muito da minha insegurança vem devido a isso. Lembro de uma vez escrevi uma cartinha pro Papai Noel e coloquei que meu sonho era que meu pai me chamasse de “princesa”. Não podíamos espirrar em casa, porque ele tem agonia e nem conversar. Ficávamos sussurrando.

Ele também dava tapas no rosto do meu irmão desde que ele tinha 8 anos. Com 17 anos ele socou a minha cabeça mais de 30 vezes contra a parede  e minha mãe ficou em desespero pedindo pra ele parar.

Esses são fatos que marcaram, mas a violência e o medo eram parte da rotina na nossa casa. Eu me via cada vez mais sem alternativa e esperança pra viver. Sempre fui muito comunicativa e de muitos amigos, mas quando chegava em casa eu me sentia em cárcere. Sentia que não tinha alma dentro de mim, que não havia alegria nenhuma. Acredito muito em Deus e não tinha coragem de me matar, então orei dos 13 aos 17 anos, todos os dias, para que Ele me fizesse morrer. 

Com 17 para 18 anos, renasci: comecei a minha faculdade e era a melhor da turma. Logo consegui um emprego em uma das melhores Agências de Publicidade do estado (sou publicitária) e mudei de cidade, mesmo com muito medo de deixar minha mãe (ele bate muito mais nela quando estão sozinhos).

Encarei essa como a oportunidade da minha vida. E na primeira noite no meu novo quarto (eu dividia apartamento), chorei ao ver as paredes pintadas. Era meu sonho ter uma casa que não fosse de tijolos. Abri a geladeira e tinham frutas que a minha colega de apartamento havia comprado. Laranjas, uvas e banana. Comi também melão, que eu nunca tinha comido, e amei. Percebi que coisas que eram corriqueiras para as outras pessoas, eram preciosidades pra mim. Parecia que eu não era desse mundo e que agora tudo era novo e mais emocionante.

Hoje, passados 6 anos, sou outra pessoa. Muito mais feliz e realizada. Já sou casada e meu esposo é ótimo. Sabe de todo o meu passado e me incentiva a também cuidar da minha mãe. Ela continua casada e tem medo de se separar, mas eu tento dentro do possível melhorar a qualidade de vida dela enquanto ela não toma essa decisão.

Eu nunca mais vi ou falei com meu pai. Sempre vou ver minha mãe em horários em que ele não está. Mas aí entra o problema: ele sofreu um AVC e agora todos os parentes dele (os que falavam mal de nós nas festas), estão cobrando que eu vá ver ele e que eu dê uma mesada mensalmente para ajudá-lo a comprar remédios. 

Eu do fundo do meu coração, não sei o que sinto por ele. Já passou muito tempo e hoje tenho uma vida diferente. Só que não consigo sentir amor. Não sinto que ele é meu pai.

Pelo contrário: sempre que penso em me reaproximar já bate um certo desespero porque ele é sempre cheio de problemas. Grita e agride verbalmente por qualquer coisa e tenho medo de isso me afetar, medo de dar passos pra trás e ficar desestabilizada novamente.

Faço terapia e a profissional que me acompanha diz que é mais que legítimo que eu queira essa distância e que o ideal é eu não me envolver, mas eu fico pensando que talvez eu esteja sendo mesquinha/ruim como ele. E se tem uma coisa que eu não quero é ser como ele. Fico nessa mistura de sentimentos: se me aproximo ou não. Se vale a pena ou não.

Outro ponto é essa ajuda financeira. Meu esposo está desempregado e eu já contribuo enviando mensalmente um pouco de dinheiro para minha mãe. Então nesse momento não consigo ajudar mais. Pensei em falar com meu pai e os parentes dele para vendermos um dos carros dele (ele não pode mais dirigir) e abrir uma conta na qual minha mãe tenha acesso… Assim ela vai cuidando dele, comprando remédios que forem necessários, e teríamos uma reserva caso ele precise de uma cirurgia. Pois da última vez minha mãe pegou um empréstimo para socorrer ele (sem me falar), sendo que ele tem condições financeiras de ir ao melhor hospital do mundo, mas não abre mão do dinheiro dele nem pela própria saúde.

O que vocês acham que devo fazer? Estou perdida e gostaria muito de outros pontos de vista. Inclusive saber se eu estou sendo errada/falha em algo! 

Ele é um maldito!!! UM LIXO DE SER HUMANO. Desculpa, mas é isso! Eu acho que você não deve se reaproximar não, isso vai te abalar COM CERTEZA! Ele vai falar algo que vai te desestabilizar sim e hoje você está tão bem que super entendo esse seu medo de “andar para trás”. E ajudar financeiramente?? Cadê as riquezas dele? Cade a mãe dele que tem todos os bens no nome dela, porque ela não ajuda e tem que ser você? Vende esse carro dele sim, não tem que perguntar nada pra ninguém não, se está ao alcance de sua mãe, que ela faça isso sim. Mas gente, que homem mesquinho até com ele mesmo!!! Peguei ódio! Enfim, cuide da sua mãe, essa bichinha já passou por muita coisa ruim e agora deve estar passando mais ainda cuidado de um homem que a agrediu tanto. Cuide da SUA MÃE e de VOCÊ. Fisicamente e mentalmente. Ajude de longe, mas mantenha sua paz. Fiquei preocupada mesmo é com sua mãe.  E lembre-se sempre de uma coisa, você não é ele, você não está sendo como ele, você é uma pessoa que sofreu muito e que esta se dando a chance finalmente de ser feliz e ter uma vida decente, como sempre mereceu e ele te privou disso. Você não está errada EM HIPOTESE NENHUMA! Força, muita força pra salvar sua mãe e se manter firme e sã para lidar com isso.

 

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