Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Parecem que só existem quartas-feiras na minha vida hahahaha. Vamos de Chora!

Chora 01 – Vivalto

Oi Cony! Td bem com vc? Tb sou leitora Dino do seu blog e adoro! Espero que publique meu chora e me ajude… Eu tenho 40 anos, sou casada há 9, temos um filho de 3 e acontece que nesse tempo eu mudei muito. Amadureci, estudei, cresci profissionalmente, li muito sobre criação de filho, etc. e meu marido, que tem 46 anos, continua na mesma. Eu já vislumbrava esse problema há um tempo e, há 5 anos acabei me interessando por um colega de trabalho (ele tem 49 anos). Ele sempre me tratou muito bem, é inteligente, gentil, educado e parecia ter interesse real na minha vida e em mim. Ele sempre me auxiliou muito profissionalmente. Nunca aconteceu nada, mas eu sempre tive uma paixonite platônica. E antes disso tudo, eu corria dele, porque sempre senti algo a mais. Ele não é galinha e é bem sério… Ele é casado tambem, o que inviabiliza qualquer coisa. Há quatro anos, numa conversa informal, descobri que ele não podia ter mais filhos e aí, resolvi colocar os pés no chão e viver minha vida. Engravidei do meu filho, que é o amor da minha vida, e fui cuidar do meu casamento. Ocorre que o marido, que quis ter filhos a vida toda, não é muito presente nas nossas vidas. Muitos finais de semana ele bebe, dorme e me deixa cuidando da cria sozinha. Por razões profissionais, não trabalhamos mais juntos, mas acabei tendo contato novamente com o crush e, desde setembro do ano passado, nos encontramos mais ou menos a cada duas semanas pra tomar um café e conversar. Agora, na quarentena, bem de vez em quando, trocamos mensagens. A conversa é ótima, falamos sobre qualquer assunto… já me aconselhou a não separar… e tudo na amizade mesmo. Ocorre que eu não superei a paixonite platônica até hoje e não sei o que fazer! Isso me tira o sono há anos… Claro que é fácil falar que, se apaixonou por outro, não gosta do marido.. mas eu gosto dele, mas acho que não dá mais.  Mas, ao mesmo tempo, tenho medo de me separar e ele pegar meu filho e não cuidar direito quando estiver bebado. E encarar ficar sozinha com criança pequena não é fácil.. Devo me separar? E como superar essa paixonite que já dura cinco anos? Será que é recíproco? Devo me declarar? Jogar indireta? Ou devo simplesmente tentar superar, mesmo que isso não aconteça nos próximos 5 anos… Importante: marido me trata com grosserias. Não é agressivo, mas acho que amadureci e vi que mereço muito mais. O crush já elogiou minha beleza, inteligência, etc. e me trata diferente do que trata as outras mulheres do trabalho, mas nunca deu nenhuma indireta. Minhas amigas nao sabem se ele é afim ou não. Mas, ao mesmo tempo, acham muito estranha essa amizade. Gostaria de saber o que você acha e, principalmente, como eu supero o crush? Como deixar de amar alguém que tem todas qualidades do mundo e me trata super bem? Pra mim é muito sofrido viver nessa friendzone… Antes que que me julguem por gostar de alguém casado, só queria lembrar que tem coisa que a gente não escolhe e que eu nunca fiz nada de errado, até hoje… e lá se vão 5 anos. Bjs e parabéns pelo seu trabalho! Sou fã!!

Antes de mais nada, para viver essa paixonite, teria que separar do marido. Esse é ponto. Se você não quer separar, seja lá pelo motivo que for, esquece o crush. Primeiro resolva sua vida com seu marido, com sua família e só depois vá flertar com outro homem. E eu ARREPIO toda vez que uma mulher falar que “ah ele me elogia, me diz que sou inteligente, me trata diferente das outras”, miga, PELAMORDEDEUS, abstrai isso tudo, pode ser tuuuuuudo fantasia da sua cabeça e como sempre digo: falar, até papagaio fala. Eu não acreditaria em nada, ou pelo menos, não daria tanta importância aos galanteios de um homem que TAMBÉM É CASADO. Pensa bem, o cara é casado e é cheio de gracinha com você… você iria gostar que seu marido fosse dessa forma com as colegas de trabalho dele? Não né? Então vamos ter um pouco de empatia, respeito pelos outros e com você mesma. Primeiro se resolva no casamento e só depois pense em em flertar por aí.

Chora 02 – Volutto

Oi Cony, tudo bem? Sou sua leitora há muuuitos e muitos anos, adoro seu bom senso, tanto para assuntos de moda como para as questões tão especiais que as amigas trazem aqui no Chora. Foi por isso que me senti segura pra trazer um assunto que é bem vulnerável. Meu trabalho é uma parte extremamente importante na minha vida. Sou líder de equipe no mercado de arquitetura, super workaholic. Estava há 6 anos na mesma empresa e mudei de emprego em janeiro desse ano. Queria expor o motivo dessa mudança e pedir a sua opinião e a das leitoras, pois ando bem insegura. Na minha empresa anterior, já andava meio desmotivada por não ver oportunidade de crescimento. No começo do ano passado a  liderança de lá mudou e chegou um novo gerente que inicialmente confiou muito no meu trabalho e me deu muitas oportunidades de liderar projetos novos. Me senti inicialmente motivada com a oportunidade, dei o sangue e virei muitas noites em busca da oportunidade de promoção que eu buscava há anos. Até que de repente, os assuntos mudaram completamente. Ao invés de me perguntar sobre os projetos, ele passou a falar comigo só pra elogiar aspectos físicos, o quanto eu estava bonita com aquela roupa, etc. No começo achei ok pois qualquer amigo pode fazer um elogio e voltar ao trabalho depois, mas o assunto passou a ser exclusivamente esse. Ficava uma situação muito esquisita, porque o tom era estranho, mas era algo tão sutil, que ficava muito difícil confrontar e falar do meu incômodo. Eu me sentia exposta porque isso começou a acontecer de forma muito recorrente, e várias vezes na frente de outras pessoas. Eu me senti acuada, confusa, pensando se tudo não seria coisa da minha cabeça, tentando deixar de lado e ignorar aquilo. Até que um dia, mais uma vez a situação se repetiu e ele fechou a conversa falando pra eu procurá-lo depois pelo whatsapp, pois pra mim ele estava disponível sempre…Me senti péssima, pois além de sentir uma possível confirmação do meu medo, ele é um cara casado. Na mesma época a nova oportunidade profissional chegou e saí da empresa. Mas acontece que fiz essa mudança em janeiro, e agora com a situação do Covid19 tenho tido crises de ansiedade por medo de ter feito uma troca que vai me por em risco financeiro. O lugar para onde fui é menor, embora eu ganhe mais e tenha mais chances de encarreiramento. As pessoas também são muito mais respeitosas, mas os riscos de perda de emprego são maiores nesse momento. Me pego me questionando e me culpando, pensando se eu fui irresponsável em apostar em algo novo ao invés de me manter firme no mesmo lugar que já estava há 6 anos, apesar da falta de noção alheia. Queria saber de você e das leitoras também… já passaram por situações assim, onde tinham um desconforto, algo até meio abusivo, e vocês não sabiam se estavam vendo a situação real mesmo? Acha que fui inconsequente? As vezes, eu sinto que tenho dificuldade em assumir pra mim mesma o que realmente aconteceu. Enfim, só queria poder desabafar numa rede de apoio como a que existe no Futilish, pois nem pras minhas amigas tive coragem de contar tudo o que aconteceu. 

Gente, tem que cortar esses macho escroto no início! Te chamou pra conversar no whatsapp? Eu já falaria: “não, prefiro um jantar. Chama sua esposa também!! Tô louca pra conhece-la e saber se você é sempre tão gentil assim com as mulheres que te cercam. Ela deve ser muito grata e feliz de ser casada com você né? Assim que eu a conhecer você será nosso assunto principal!” E sobre a troca de emprego, miga, estamos TODOS lascados por causa desse vírus FDP, não tem muito o que pensar ou fazer, não está sob nosso controle. Não se culpe por ter mudado de emprego… já aconteceu e agora o que passou não existe mais. O SE não existe, a única coisa que existe é o hoje e apenas isso. Nem o amanhã temos o luxo de planejar, então, foco no trabalho atual, faça seu serviço bem feito e oremos pra que tudo passe o antes possível.

Chora 03 – Cozi

Olá, Cony. Sou leitora dino e já escrevi esse email mais de 10 vezes, mas sempre apago e não envio. Tenho 29 anos e nunca dei um beijo na boca e obviamente nunca fiz sexo. Isso está acabando comigo, me sinto frustrada por não conseguir ficar com ninguém.Já achei que eu era muito feia  e ninguém me queria, então comecei a observar que tinha uns caras que  chegavam em mim, mas eu não dava abertura. A verdade é que eu nem sei dar essa abertura, eu corto a pessoa e depois me arrependo.Eu não consigo contar isso para ninguém, sempre minto e invento várias histórias e experiências, mas chegou em um ponto que começo achar que vou morrer assim, e eu não quero isso.Eu precisei de muita coragem para escrever e enviar esse email, inclusive estou chorando ao escreve-lo. Obrigada, Beijos 

MIGAAAA FICA ASSIM NÃAAAAAO! Já fez terapia? Se não fez, deveria viu? Tem que acabar com esse bloqueio seu… Eu daria uma dica nada “politicamente correta” mas… lá vai. Quando tudo voltar ao normal, vá numa festa, dessas festas que LOTAM e que o povo fica bêbado. Tipo um carnaval, uma micareta, um halloween, coisas nesse tipo. Vai BEM gata, com uma amiga e pede pra ela ficar sóbria e cuidando de você. Toma uns drinks, arruma coragem e o primeiro que chegar você taca logo um beijo na boca. SÓ ISSO, só pra vencer o medo e conseguir tirar esse “NUNCA” da sua vida. Relaxa, as coisas vão fluir, mas você tem que tratar isso na terapia e dar o primeiro passo e enfrentar seu medo, seja como for.

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