Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

Eita, já é quarta de novo!

Chora 01 – Debora

“Oi Cony! Primeiramente, super parabéns! Você é uma das poucas blogueiras que continua postando conteúdo bacana, e sem perder a essencia.

Bom em resumo, eu sempre fui uma criança doente: hospitais no mínimo 2x ao mês, internamentos, remedios, remedios e mais remedios, diagnosticos não conclusivos, dores que não iam embora. E assim foi dos 3 aos 17 anos.

Hoje, com 27, consigo administrar melhor as dores e também medicamentos quando e se preciso muito. Mas acontece que há 1 ano e meio atras fui diagnosticada com doença celíaca, aquela belezura em que você não pode ingerir NADA de gluten.

Recém casada, tinha acabado de mudar de estado, então meu emocional estava uma bagunça e só piorou. O médico chegou a falar que as unicas comidas que eu iria poder consumir seriam carne, arroz, feijao, saladas e frutas. SURTEI! Eu sou aquele tipo de pessoa que faz lista dos restaurantes que quer conhecer, sai pra comer fora ao menos 2x no mes, aaaaaaaaaaaaamo massas. Consegui seguir a dieta por 2 meses, mas aí voltei a comer tudo em dobro, e desesperadamente.. fora que a tristeza se instalou em mim.

Acompanho perfis de influencers que são celíacos, que mostram alternativas de produtos e etc., mas o que mais me incomoda é: como a gente faz para ter vida social? Não vou poder mais sair com meu marido num restaurante legal? Porque é unanimidade entre os celíacos: a marmita deve andar com você, como um braço – isso devido a tal da contaminação cruzada. Como não surtar? E ainda mais isso, como eu convivo com uma pessoa em casa que nao é celíaca, sem precisar obrigá-lo a seguir a dieta comigo? Acho injusto.

 

Hoje sigo comendo alimentos com gluten, ciente de que futuramente isso pode me trazer consequencias bem ruins. Mas toda vez que tento arrumar a alimentação, entro em panico, sabendo que será para a vida toda  :(“

 

Menina nem sei como te ajudar, só ser solidária a você! Imagino mesmo que deve ser muito ruim toda essa restrição! Tenho certeza que muita gente irá te aconselhar aqui nos comentários, espero que fique bem e encontre uma maneira bacana de lidar com isso 🙂

 

 

Chora 02 – Giovana

 

“Oi Cony, acompanho seu blog e seu insta há um tempo e sempre acompanho os choras porque o relato das outras pessoas  acaba me ajudando  também.
Acabei de fazer 30 anos, trabalho cm o que gosto, ainda quero crescer muito, conhecer muitos lugares, mas sempre quis ter minha casa, casar, ter filhos…aquela coisa bem clássica mesmo. Já tiver outros relacionamentos, mas hoje namoro há 3 anos com um homem (33 anos) muito bom e que amo de verdade. Já brigamos muito no início do nosso namoro, tivemos alguns problemas por mentirinhas por parte dele, mas já conversamos muito e temos nos entendido cada dia melhor. O meu problema com isso é que eu já estou numa fase que quero meu canto (ainda moro com meus pais, nunca morei sozinha porque ainda não tenho condições financeiras), quero casar e ter filhos, mas nós nunca falamos em planos, em futuro e não sei o que ele quer para a vida dele, ele costuma ser bem fechado Já tentei falar sobre futuro brincando e nunca dá em nada; já tentei abordar ele de algumas maneiras para entender o que ele quer e sempre dá em briga. Quero evoluir e queria que fosse com ele, mas nunca sei se posso incluí-lo nos meus planos; essa coisa de eu querer dar um passo a mais (casar, ter nossa família) e ele nunca falar nada sobre o assunto tem me deixado insatisfeita e desanimada. Queria falar sobre isso com ele, mas não sei a melhor maneira de abordar, eu costumo ser um pouco nervosa, mas queria muito ter uma conversa sincera e tranquila com ele sobre isso. O que você acha? Acha que estou me precipitando e que deveria deixar as coisas acontecerem naturalmente? Ou que deveria ter uma conversa sobre o que espero?”

 

Olha, se fosse um namoro de meses, eu iria te falar para esperar, deixar fluir, mas já são 3 anos e acho que pelo menos um “direcionamento” já deveria existir sim. Não falo de marcar a data do casamento ou irem morar juntos, mas saber se ele tem os mesmos objetivos que você. Pode ser que ele não queira casar, pode ser que ele não queria ter filhos e acho justo você saber quais são as intenções dele sim! Tente nova conversa, uma conversa séria, em bom tom, fale com ele que precisa conversar algo muito importante para você e que pode ser decisivo para o futuro de ambos. Jogue aberto, sem brigar, sem pressionar, apenas pergunte pra ele como ele vê o futuro de vocês dois. Aí você poderá ou esperar mais e continuar com ele ou então sair desse relacionamento e procurar outra pessoa com os mesmos objetivos que você. E não deixe passar muito tempo para ter essa conversa, você pode estar perdendo tempo.

 

 

Chora 03 – Marina

 

“Oi, Cony! Primeiro, gostaria de parabenizá-la pelo trabalho maravilhoso que você faz. Eu me vi seguindo seu blog e amadurecendo junto, acredito que comecei a te acompanhar em 2009/2010 e hoje, com 28 anos, decidi participar também.
Meu chora é uma grande dúvida. Desde que me entendo por gente, sempre quis morar fora, sair da minha cidade de origem e “me perder para me encontrar” – frase romantizada que carrego comigo. Aos 23, fiz um intercâmbio para o Canadá. Foi maravilhoso, fiquei apaixonada, e apesar de viver apenas com bolsa de estudo, tive uma vidinha bem confortável durante um ano e pouco. Quando voltei para o Brasil, esperei meu namorado brasileiro, que também estava no Canadá, voltar. Assim que estávamos juntos novamente fomos atras do processo de imigração. Estávamos dispostos a imigrar a todo custo – de maneira legal, sempre. Contudo, apesar das tentativas e esforços, não conseguimos – até nos casamos para podermos fazer o processo em conjunto hehe.
Enfim, depois de um tempo fomos morar juntos, corremos atras da vida aqui no Brasil, eu trabalhei e banquei a casa enquanto ele estudava pra concurso. Ele passou num concurso e eu, agora, deixei o meu emprego para me dedicar para concurso também. E nos focamos em estudar muito para passar nos melhores concursos disponíveis a fim de ganharmos mais – somos bastantes esforçados e bons de prova, eu sei que conseguiríamos passar nos concursos que queríamos.
Enfim, só de bobeira fomos ver como seria nosso processo de imigração hoje em dia, e descobrimos que teríamos pontuação de sobra para sermos chamados e recebermos a residência permanente. Meu marido ficou extremamente empolgado e disposto a largar tudo para irmos com nossa poupança e etc. Ele até me incentivou a largar minha profissão atual, que não gosto, para correr atras de trabalhar como fotógrafa e ter minha empresa por lá – minha segunda graduação e pós-graduação são em fotografia, nunca trabalhei com imagens profissionalmente pois nunca tive tempo, estava sempre trabalhando muito no meu emprego que bancava nossa vida.
Parece um sonho né?
Mas, eu não estou feliz como eu deveria. Eu sei que sempre quis isso, sempre foi meu sonho. Mas, eu já havia feito planos para a vida como concursada, já queria a tranquilidade e segurança que vinham junto – e o dinheiro a mais para ajudar minha família, viajar e ter mais conforto. Imaginar perder tudo isso no Canadá, começar do zero novamente, ficar longe dos meus pais, sobrinhos e irmãos, viver um perrengue por uns anos, está me apavorando.
As vezes acho que é só medo, Cold feet – pois vivo morrendo de saudades de viver por lá. Mas, depois fico a me questionar se eu não amadureci e mudei, e este sonho não faz parte mais de mim… O fato é, eu não sei o que é. Mas estou com o coração extremamente apertado e encurralado. Eu preciso muito escutar outras pessoas, experiências de vida, similares ou não, para me dar uma luz neste meu caminho.
Enfim, perdão pelo email gigantesco e mega obrigada pelo espaço que você disponibiliza para as leitoras!!!”

 

Quando a gente é mais nova, a gente sonha. Quando a gente amadurece, temos objetivos. Sonhar é bom, é gostoso, mas eu trabalho com metas kkk Sonhos muitas vezes estão muito longe de serem realizados, estão fora de mão ou não condizem com nossa realidade (falei sobre isso NESTE post), mas objetivos a gente vai atrás e conclui. Quando conclui, passa para o seguinte. Obviamente você amadureceu e começou a trabalhar com objetivos: primeiro ter um emprego pra sustentar a casa, depois estudar pra concurso, depois passar no concurso e ter uma vida tranquila e tudo está indo pelo caminho que você decidiu com maturidade. EU, euzinha, pensaria MUITO antes de largar tudo, pois se as coisas estão se encaminhando, esperaria concluir o que está em aberto para depois avaliar. Uma coisa é morar fora quando se tem 20 anos e vive de bolsa, outra completamente diferente é ir mais madura e encarar a vida real. Se a vida aqui está boa, encaminhada e dentro dos planos, o que te faria mudar pra lá? Apenas pra matar a vontade da menina de 10 anos atras? Pense nisso. Morar fora é bom quando a gente tá lascada aqui, mas se tá tudo certo, é melhor pensar direito.

 

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