Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!!!

Quarta chuvosa aqui em BH, vamos aconselhar as migues?

Chora 01 – Chuva

“Oi Cony e meninas! Namoro há 4 anos, tem alguns meses meu namorado comprou um apartamento e decidimos morar juntos quando o ape ficar pronto (próximo ao meio do ano que vem) e estava muito segura da minha decisão. Mas no último mês comecei a me encher de dúvidas… é um amigo falando que nunca me imaginou com uma pessoa como ele e ai eu começo a pensar no quanto somos diferentes pra várias coisas, é um casamento incrível da sua amiga que faz você pensar nas coisas que queria que seu namorado fosse diferente, e ai vem o grande problema do nosso relacionamento: liberdade. Tenho muitas amigas em outras cidades porque já me mudei bastante e hoje não tenho a liberdade pra ir ver elas como gostaria, ou acabamos discutindo porque bato o pé e vou sozinha ou ele acaba indo junto e não consigo aproveitar com minhas amigas como gostaria. Pra ele não é “certo” um pro lado e outro pro outro, ele é super tranquilo com saídas desde que eu não saia da cidade. Mas pra mim o errado na história é ele e não é algo que acho que consigo abrir mão pra sempre. To errada em ser assim? A verdade é que não tenho sido mais a mesma pessoa com ele, essas dúvidas todas de se essa é a pessoa pra mim mesmo tem prejudicado muito nossa relação. Eu amo ele, sei que seria feliz, mas será que seria 100% feliz? Ou será que existe por ai aquela pessoa que não me deixará ter dúvida? Relacionamento perfeito pra mim sempre foi coisa de conto de fada, mas será que isso tá me fazendo sossegar com algo bom e perdendo algo incrível?”

Gata, não existe 100% feliz, 100% perfeito… Você não é perfeita. Sempre vai ter algo no outro que nos incomoda, o que temos que saber é ate ONDE isso nos incomoda e o quanto dá para aceitar isso ou não. Conselho 1: não escute seu amigo que diz que não te imagina com uma pessoa como seu namorado. Ninguém tem que imaginar nada, você que vive a história e é você que tem que saber se combina ou não. Tem muitos casais que aos nossos olhos são completamente diferentes e se dão super bem. Conselho 2: se relacionar é abrir mão de algumas coisas. Novamente eu te falo, o quão importante são essas suas saídas para outra cidade? Pelo que entendi você vai mesmo ele achando ruim ou então ele te acompanha, ou seja, você não deixa de fazer o que quer. E meio que concordo com ele… acho esquisito isso de cada um pra um lado, mas aí é coisa minha. Eu gosto de viajar junto, sair junto, mas quando tem que dar um respiro, tudo bem… agora viajar pra diversão eu sempre prefiro junto. AGORA, a parte mais “séria” do seu relato é quando você diz que não é mais a mesma pessoa com ele. Isso sim é preocupante. Se uma pessoa MUDA seu jeito de ser, tá errado. Mas mudou porque ELE quis, ou porque VOCÊ quis? Isso tudo que você tem que analisar, porque o bom pode ser o incrível que você procura e só vai se dar conta quando perder. Sinceramente, eu não vi nenhum motivo para sair desse relacionamento.

Chora 02 – Rain

“Oi Cony! Tudo bem? Posso fazer um desabafo por aqui? Não é sobre relacionamento amoroso, e sim de amizade. Tenho me sentido muito incomodada com uma questão. Eis a história: Tenho uma amiga que conheci nos tempos da faculdade. Depois, com o tempo, a gente se aproximou mais. Fomos dividir um lugar juntas em outra cidade, passamos a conviver juntas, nos damos muito bem. Dificilmente rolava alguma discussão. A gente saia juntas e se divertia nos fds. E também contávamos para uma a outra sobre as nossas vidas. Contávamos histórias e rolava uns desabafos em tempos difíceis. Eu sentia que ela era amiga com quem eu podia contar, de verdade. Não me sentia sozinha. Então, terminei a faculdade e ela largou no meio caminho e foi para o exterior trabalhar como modelo. Beleza, a amizade continuava do mesmo jeito que sempre foi. Só que conversávamos pelo whats e nas redes sociais já que tava longe. Ela decidiu que queria voltar pra cá e fazer uma faculdade e dessa vez ir até o fim e pegar diploma. Foi na mesma época que eu decidi fazer uma segunda faculdade, de um curso que eu mais me identifico. E fomos juntas nas batalhas. No ano seguinte, ela passou no vestibular e eu não. Beleza, feliz por ela ter conseguido e entrou na faculdade (esse ano ela se forma, e eu no cursinho ainda). Estava tudo bem entre a gente. Mas ai algo mudou. Ela passou a ficar mais ausente, mais fria e mais distante. Não consegui entender o porque. Já tinha comentado sobre isso e dizia que tava com saudade dos papos nossos e tudo mais e eu perguntava o que tinha acontecido. Ela foi indiferente e disse ‘sei lá’. Isso me incomodou muito mas relevei. Deixei isso pra lá. E foi ficando cada mais ausente e mais distante. Só aparecia para me chamar para sair e desabafar algo que estava incomodado ela e da maioria das vezes é sobre o namorado ou um relacionamento amoroso por aí. E as nossas conversas no whats foi de longos papos para mensagens que era respondida a cada 12 a 24h no dia. Nossa amizade ficou reduzida a isso. E isso me incomoda muito, porque eu sinto muita falta da parceira, da altas conversas e diversão. E ainda tento entender o porque dessa toda mudança. Já falei tudo isso pra ela, ela diz que anda muito ocupada e tem que ter prioridades da vida e não pode ficar no celular muito tempo e diz que ama e me quer bem e bla bla bla…sinceramente, não acredito muito nisso. Acho que ela está dando desculpas para não falar outras coisas. Não entendo muito. Não me prolongo nisso porque não me parece certo isso de ficar cobrando ela. Eu vejo nas redes sociais que ela tem amizades com outras pessoas e tem muito mais contatos, compartilha as saídas, declarações de amor pelos amigos e tudo mais. E quando a gente se combina a encontrar, ela fica o tempo todo no celular, preocupada com os contatinhos dela, nem liga pela minha companhia.  A última vez que combinamos de se encontrar, fomos ao barzinho e a intenção era ficar de boa com uma cervejinha e papo agradável, mas ela começou a desabafar um caso dela e depois ficou no celular e ai me disse que combinou com uma amiga de ir a uma festa. Em menos de duas horas no barzinho. Ah, me convidou para ir junto mas eu não quis. Não parece que se importou com a minha companhia. Foi embora e fiquei sozinha no bar.

Já tem algum tempo que ando questionando essa tal amizade. Já contei com outras pessoas e dizem que eu to me importando demais com tudo isso e não devia ligar pra isso. Eu sinto que eu não devia mesmo. Nem perder tempo com tudo isso. Mas me dói muito ver uma amizade tão bonita e virar algo assim tão indiferente. Não consigo largar a mão assim… O que acha de tudo isso? To sendo boba ou que? Vê algo que eu não vejo?

Ah, eu diria que sou uma pessoa amigável e agradável. Mas não costumo ter muitos amigos, nem tenho essa facilidade de conhecer pessoas por aí. Sou mais introvertida, tenho um perfil de low profile. E tenho uma deficiência auditiva. Converso com algumas pessoas, puxo papos e tudo bem. Mas é só isso. Não evolui, sabe? Vejo gente se apegando em amizades e levando pra vida e eu daquele jeito. Fico triste e sinto falta de amizades pra vida.”

Amizade não se cobra, não se pede, não se implora. As pessoas mudam. Sua amiga mudou, os interesses mudaram, normal! Isso acontece todo dia o tempo todo. Deixa ela seguir a vida dela, para de ir atrás, de mandar mensagem, de se importar com isso. É triste o enfraquecimento de uma amizade? É sim, mas fazer o quê? Você não pode obrigar ela a continuar na mesma vibe de quando vocês faziam faculdade… essa menina foi morar fora, teve outras experiências, e te digo uma coisa, morar fora é uma das coisas mais transformadoras do mundo. E não duvide quando ela diz que te ama, que te quer bem, acredite e… deixe ir! Não mendigue amizade, as vezes você pode até estar sendo chata, sendo pegajosa e não percebe. Deixa as coisas fluírem, muda sua energia para outra coisa, outras pessoas. As vezes tem um monte de gente querendo ser sua amiga e você nem percebe.

Chora 03 – Lluvia

“Olá, Constanza. Ando com conflitos internos sem tamanho e gostaria de algumas opiniões.
Namoro com um rapaz há cerca de 9 meses. Ele havia saído de um noivado há quase 8 meses e eu estava separada há quase 1 ano após quase 7 anos de casamento. Aconteceu de uma simples troca de mensagens virar algo maior.
Antes dele eu sofri uma grande decepção, tentei conquistar um cara que traiu a namorada comigo, depois se deu conta que ainda a queria, e me deixou para trás. Foi quando meu atual namorado apareceu e as coisas começaram a acontecer, e quando percebi que já estava envolvida tentei ainda me afastar mas depois decidi dar essa chance.
Começamos a namorar e todos os nossos amigos ficaram radiantes. Minha família o adora e torce muito por nós. Eu morava sozinha e aos poucos ele foi ficando em casa, até que um dia me questionou se não poderiámos morar juntos em outro apê mais em conta, que ele queria ajudar com os gastos. Eu topei, mesmo com medo, lembro bem das várias vezes que tentei voltar atrás.
Até que cerca de um mês depois recebi prints de uma conversa com uma garota com quem ele ficou no passado. Nas mensagens ele queria marcar um encontro, pedia sexo, insistia para ir atrás dela. Em dado momento ela disse para ele procurar a namorada e ele ainda fez pouco caso, questionando se ela daria uma chance se ele fosse solteiro.
Ela então o bloqueou e me mandou as mensagens. E eu simplesmente desabei, não queria acreditar. Ele sempre foi um bom namorado, dedicado, romântico, sempre fez surpresas e gostava de falar de um futuro a dois comigo. Quando o confrontei ele não negou e se desesperou, pediu perdão, mas eu o expulsei de casa. Ficamos entre indas e vindas até que o aceitei de novo.
Não nego que ele mudou, tem sido cada vez mais dedicado, sempre me informa onde e com quem está, e nas minhas crises de insegurança ele conversa horas comigo, parece determinado a corrigir o erro e a me fazer feliz. Meu sentimento abalou depois disso mas ainda estou muito envolvida, vivo dividida entre perdoar e deixar isso para trás ou seguir sozinha e quem sabe um dia encontrar alguém que honre o compromisso.
É realmente possível perdoar uma traição? Ou uma vez que acontece, sempre pode ocorrer de novo? Ou o cara pode mudar de verdade? Será que estou sendo tola perdoando ou exigente demais por não perdoar? Pode existir amor com vontade de trair? Gostaria de ouvir os relatos e quem sabe assim tomar a melhor decisão para mim. Obrigada e parabéns por esse espaço.”

Uia, vamos lá. Eu não perdoaria uma traição. Já tentei perdoar e foi a PIOR COISA QUE FIZ NA VIDA. Fiquei remoendo isso por anos, até que terminei de vez. Mas tem gente que perdoa, segue a vida e tudo bem. Te falo por mim, eu não perdoo, acredito que quem faz uma vez vai fazer sempre, e ficar insegura é a PIOR coisa da vida. Vaso uma vez quebrado, mesmo colado, continua quebrado e tem rachadura. Nunca volta a ser como era antes. Se for pra trair, que faça bem feito e NUNCA deixe saber, caso contrário. já era. Sinceramente, eu não acredito que ele vá mudar pra sempre, mesmo porque o tipo de traição dele foi na cafajestice mesmo. Cabe a você saber se vai suportar viver com isso ou não. Como te disse, tem gente que segue adiante… mas tem gente que não consegue e o relacionamento vira um inferno até acabar de vez. Não tenho como te falar para terminar ou não, esse perdão está em você. Se você pensa nessa traição todo santo dia, melhor terminar. Se você ama ele MUITO, mas muito mesmo e acha que é um cara que vale a pena por outros motivos, tente mais um pouco, mas lembre-se que traição, uma vez perdoada, deve ser eliminada da sua cabeça. Não pode ficar voltando no assunto e trazendo isso a tona em cada briga ou discussão. É passar a borracha MESMO. Eu não consigo, você, não sei.

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