Futilish

Chooooooora Que Eu Te Escuto!

Gente, para compensar a semana passada que foi só SPFW, tô pensando em fazer uma ¨Semana da Leitora¨, só com posts respondendo dúvidas de vocês! O que acham?

Caso 01 – Cora

¨Connie, namoro há quase 8 anos, comecei a namorar aos 24 anos, mesmo nova já tinha aproveitado muito a vida, saía muito, tive alguns namorados antes dele. Começamos a namorar e tive a sensação que o tempo passou muito rápido, ao mesmo tempo que me sentia madura para algumas coisas, não me sentia madura para casar. Fui deixando a vida me levar, tivemos momentos muitos felizes, outros nem tantos, muitas alegrias, conquistas mas também muitas brigas a ponto de ficarmos semanas separados. E nesse tempo separado não via minha vida sem ele, me sinto segura, feliz, ele é muito carinhoso, atencioso, preocupado comigo, acima de tudo somos muito amigos. Percebi que a atração física, aquele “tesão” do início, aquela paixão foi se tornando calmaria, foi se tornando amor. Em vários momentos me questionei se era isso que queria pra minha vida, se ele era o cara pra casar…. No final do ano passado estava tudo caminhando bem, parecia que tínhamos começado uma nova fase, animados,  só que eis que surge o meu ex… Namorava com ele antes de conhecer meu atual namorado, eu era doente, louca, apaixonada por ele. Ele sempre se achou superior a mim e a todos. Se achava O profissional bem sucedido, o cara. E eu sempre me senti menosprezada ao lado dele. Eu sabia na época que ele saia com outras meninas, não me levava tão a sério, mas não me importava, eu era cega por ele. Mas com o tempo sentia que aquele relacionamento me fazia mal, me entristecia, eu me sentia sozinha, um vazio por dentro. Daí conheci meu atual, um cara sempre presente, carinhoso e comecei a namorar com ele. Enfim, meu ex apareceu e mexeu comigo, bagunçou tudo aqui dentro, não sei mais de nada, só penso nele o tempo todo. Ele jura que mudou, que amadureceu, que o tempo passou, ele casou e separou, muita coisa aconteceu. Ele diz que agora não tem mais tempo a perder, quer construir uma vida comigo. Ele diz que era imaturo, moleque, tinha medo de ter um relacionamento sério pois quase todos da família eram separados e ele nunca acreditava em amor para sempre. O que me deixa em dúvida é que ele continua saindo muito, vai pra balada, viaja muito, tem muitos amigos e eu sou mais caseira, mais na minha, acho que nisso somos muito diferentes e não sei se ele ia querer abrir mão de tudo isso por mim. Nos falamos todo santo dia desde então, mas ainda não tive coragem de encontrá-lo mas já comecei a tomar coragem para terminar com o meu atual e arriscar tudo com o ex e começar uma vida nova mas tenho medo de trocar o certo pelo duvidoso. Mas só de ouvir a voz dele, de receber suas mensagens meu coração dispara, me tornei muito mais alegre só de conversar com ele, meus dias ficaram mais leves. Mas ando muito angustiada com essa situação, não consigo mais dormir direito, passo o dia todo imaginando eu e o ex juntos, vivenciando várias situações, até em casamento que era algo que eu tinha deixado de lado eu penso. Connie, me ajuda, o que faço? tô com o coração apertado!! Me ajuda!!¨

Convenhamos… você nunca esqueceu esse cara. E outra coisa, duvido, aqui no fundo do meu coraçãozinho, que ele mudou. Eu, vendo de fora e tentando entender e me familiarizar um pouco com o seu caso, só acho que você está se deixando envolver novamente pelo galã bonzão em tudo e que resolveu ressurgir das cinzas. Na boa? Fique o com o seu noivo (ou namorado, não entendi bem essa parte) e valorize quem te valoriza. Quem anda pra trás é caranguejo. A vida é pra frente mulher! Não dou 3 meses para ele aprontar com você… sei lá… feeling…

 

Caso 02 – Cecília

¨Olá Cony!! Adoro seu blog, você, seus conselhos de moda, vida e relacionamentos, você é top, é o blog que mais acompanho de todos os que eu conheço!!

Bom, vou fazer um breve resuminho da vida pra poder falar sobre meu problema.

Me formei, fiz especialização e fui morar numa cidade pequena do interior, lá cresci muito profissionalmente, apesar da concorrência, sempre tive bons clientes e apesar de não ter uma renda fixa (profissional liberal), era uma boa renda. Pra complementar e ter um fixo, ainda dava aula numa faculdade duas a três vezes por semana, então me sustentava sozinha, comprei carro zero e vivia razoavelmente bem. Desde a faculdade namorava quem seria meu marido hoje, passamos por muitos perrengues, dignos de vários episódios do Chora, mas conseguimos ficar juntos. Quando eu já estava a 5 anos trabalhando, ele passou num concurso e posteriormente surgiu uma excelente promoção na capital de outro estado. Era irrecusável e até ele aceitar a vaga, conversamos muito e decidimos que eu iria pra lá também. Depois de 7 meses que ele estava lá, fechei meu escritório e fui embora morar com ele, mesmo sem emprego nenhum em vista, mas não dava mais pra ficarmos longe, pois já havíamos passado muito tempo namorando à distância  (causa de muitas brigas, inclusive). Casamos e até agora, já se passaram 2 anos, não arrumei nada de trabalho, somente agora, umas aulinhas, duas vezes por semana, num curso profissionalizante (sem carteira assinada e que paga bem pouquinho), paralelo a isso, estudo pra concurso, faço inglês e uma disciplina de pós-graduação com a intenção de ingressar num mestrado (que está bem difícil de entrar, a propósito). Além disso, ainda cuido da casa, faço comida, lavo e passo. Coisa que eu até fazia antes, durante a faculdade e quando ainda estava começando na carreira, mas depois tinha uma renda legal, não tinha tempo livre e morava no interior, daí era mais fácil pagar uma pessoa pra fazer isso por mim. Sou (ou era) inteligente, passei em universidade pública, num vestibular bem concorrido, tenho um bom currículo, mas não sei se por falta de indicação ou falta de vaga mesmo, não encontro nada na minha área. E pra ajudar, não sei o que acontece que não rendo nada nos estudos pra concurso, estou super desmotivada. Meu marido me incentiva, paga tudo pra mim, sem cobrar nada e por isso me sinto na obrigação de pelo menos fazer os serviços domésticos, pois o que ganho só paga coisinhas minhas, roupas, sapatos, besteirinhas a também morar na cidade grande é bem mais caro e o que ele ganha não sobra pra muita coisa… Só que já estou de saco cheio dessa vida de dona de casa, de não ter o meu dinheiro, estou de saco cheio de estudar e não conseguir nem me classificar em concurso nenhum, as aulas que dou não me satisfazem (nem profissionalmente, tampouco financeiramente), sinto falta da minha vida de antes, das minhas amigas (não fiz nenhuma amizade que não seja superficial), dos meus pais que moravam perto. Estou tão frustrada que não tenho ânimo pra mais nada, não tenho vontade de praticar um esporte, ir na academia, nem sair, nem conversar, nem transar também. Acho que a gota d’água foi hoje: meu marido, pra me incentivar, quis fazer um concurso, ele é muito inteligente e sem estudar nada, foi quase melhor que eu na prova, que fiquei até o último minuto resolvendo questões e que estudo há mais de um ano. Quando vi o resultado, percebi que tudo o que eu estudei não valeu pra nada. Me sinto tão burra, tão incompetente. Já tenho 32 anos, queria me programar pra ter um filho, mas me vejo tão infeliz, que tenho medo de não me sentir feliz sendo mãe, de ser mais uma coisa pra eu ficar de saco cheio. Não imaginava chegar nessa etapa da vida sem ter um rumo na minha profissão, e não pensava também que não ser realizada profissionalmente interferiria tanto na minha vida, mas me sinto um “nada”, as vezes penso que posso estar com depressão, sei lá… Cony, não sei no que vocês poderiam me ajudar, parece que tudo o que poderia fazer, já tentei. Mas imagino que por vocês estarem de fora, possam ter uma visão melhor e quem sabe, possam dar alguma luz pra mim. De qualquer forma, valeu pelo desabafo. Beijos.¨

Ai menina, que complicado isso. Não dá para achar culpados, e imagino o quanto você deve estar triste com o rumo que sua vida tomou. Mas ó, jamais se ache burra ou se menospreze. Não é a toa que você tinha uma boa carreira, se destacava, ganhava bem. Tenha calma, paciência, serenidade, que tudo VAI dar certo. Seja mais otimista, e AGRADEÇA que você tem um marido que te apoia e protege!!! Sei que as coisas não estão boas hoje, mas amanhã tudo pode mudar. Não se isole do mundo, é numa dessas esquinas que a gente conhece pessoas e oportunidades aparecem. Fique tranquila, faça o seu melhor sempre que você colherá os frutos sim!

Caso 03 – Clarice

¨Heeeey cony, primeiramente quero dizer que eu amo seu blog, e de uns anos pra cá, vem sendo um dos meus refúgio, amo, amo, amo sz.

Então, minha história e o seguinte, eu tenho 21 anos de idade, na minha infância/adolescência toda, eu sempre fui muito confiante de mim, me achava liinda (mesmo não sendo rs), comecei a trabalhar cedo (aos 14 já tinha minha carteira assinada) e talvez por isso, era tão independente. Era muito intensa, fazia amizades rapidamente, fazia qualquer coisa, na frente de qualquer um, e não me importava, quando colocava uma coisa na cabeça, ninguém tirava, por exemplo, na minha infância, eu gostava muito de fotografias, venho de família pobre, pais separados, minha mãe não tinha condições de me compra uma máquina, ou então me pagar um  curso na área, mais eu sozinha corri atrás disso, com meus 12 anos de idade trabalhava para um Studio de fotografias, cobria eventos, casamentos, e era renumerada por isso. Mais essa minha personalidade, faziam que muitas pessoas me odiassem, falavam muito mal de mim, inclusive minha família, eu morava em uma cidade pequena do interior, então imaginem. Eu era a ovelha negra da família, não participava de festa de natal, ano novo, niver de ninguém, mais como eu disse no início, eu era muito confiante, e isso não me incomodava, preferia a companhia de amigos, que a de família. Tinha um PÉSSIMO relacionamento com minha mãe, não tínhamos intimidade, não pesem q isso era coisa de adolescente rebelde, talvez tenha sido um pouco, me orgulho muito dela, acho ela uma guerreira, não a odeio, mais ela não sabia lidar com filhos. Sempre quis dar orgulho a ela, eu era uma criança doce e carinhosa (hoje sou alguém que não se sente bem em abraça um próximo), eu cresci com muita magoa dela, e sempre dizia a ela, que quando eu completasse 18 anos de idade, ia embora.

Foi dito e feito, eu completei 18 anos na sexta, no sábado, eu fui embora, fui embora para capital, uns 400km da onde eu morava, fui sem conhecer ninguém, no escuro, há um tempo planejava isso, e consegui juntar uma grana.

Sim, eu era muito corajosa. Com três meses morando nessa cidade, conheci um homem, no início não me atraia, ficamos próximos, viramos amigos, com o tempo, acho q por conta da carência, me apeguei a ele, e um mês depois, estávamos morando juntos, ele me ajudou muito, uma tia dele me arrumou um trabalho, com ele me sentia em casa, meu porto seguro. Não demorou muito, pra esses sentimentos acabarem, talvez pelo obvio, não temos nada em comum, gostamos de coisas diferentes, eu queria sair, viajar, conhecer pessoas, e ele, super caseiro, não sair, não gosta de mudanças, enfim, algo totalmente diferente de mim, mais àquela altura eu não queria magoa-lo, apesar de sermos diferentes, eu o admiro, e tenho muito carinho por ele, por tudo que fez por mim.

Fui me adaptando a forma dele viver. Daquela pessoa determinada, que não se importava com a opinião alheia, cheia de amigos/ companheiros, a uma pessoa que não tem sequer uma amiga, sozinha, solitária, que não sair aos fins de semana, que não consegue tomar decisões sozinha, até minhas redes sociais eu desativei.

Não me sinto feliz na minha vida atual, meu relacionamento com meu noivo não e dos melhores, não brigamos, mais eu não o amo, gosto dele como amigo, não sinto desejo por ele, nosso relacionamento e frio, as vezes penso, será q ele não percebe ?

De tudo o que mais me intriga e me deixa triste, e de como eu mudei tanto. Hoje, eu simplesmente não consigo sair dessa situação.

Tenho vontade de me separa, mais fico em um beco sem saída, afinal, não tenho família aqui, não tenho amigos, e não tenho condições de alugar um AP pra mim, e também não dá pra volta pra minha cidade natal, faço faculdade aqui, e ainda não tenho um bom relacionamento com minha mãe.

E essa minha história cony, desculpa ser tão grande, beijos, e obrigada por existir, você e uma grande amiga minha. Beijos e fica com Deus.¨

Ou 8 ou 80 hein Clarice? E cá entre nós… algo me diz que você deu muuuuuuuuito trabalho para sua mãe. Bom, maturidade é uma coisa que a gente só adquire com o tempo mesmo e mesmo você tendo sido bem precoce, acredito que deu a largada louca na vida e saiu derrubando tudo o que aparecia na frente até conseguir seus objetivos. Agora me diz uma coisa, se com 18 anos voce conseguiu se virar sozinha na capital, porque agora não conseguiria? Que tal morar em uma república? Trabalhar para pagar os gastos? Serão tempos difíceis? Sim, serão, mas são justamente esses momentos que fazem a gente crescer e criar um rumo certo na vida. Não vá com tanta sede ao pote, não tente ser a melhor de todas, a mais top, a mais resolvida, a mais independente. Vá com calma e humildade, se respeite acima de tudo, procure sua felicidade, e busque-a pouco a pouco. Se você teve iniciativa uma vez, pode ter certeza que consegue de novo.

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