Futilish

Chooooooora Que Eu Te Escuto

E aí genteeee! Como fomos de Carnaval? O meu foi a 3.400 metros de altitude, fui pra Machu Picchu! Quem me acompanha no Snapchat deve ter visto o tanto que lá é maravilhoso… No Instagram também postei um monte de foto linda! Nos dois estou como futilish ok? Obviamente teremos post, PROMETO! E em breve, aliás, já escrevi a maior parte, só falta organizar! Ah, e espero que tenham notado que não abandonei o blog durante o carnaval 🙂 Postei bonitinho todos os dias, só falhei um, mas é que não consegui subir o post mesmo. Até o Rafa me falou pra não me preocupar tanto, que no Carnaval ninguém lê blogs, e eu falei: O meu lêem sim. hahahaha, se tiver uma única alma viva que acesse o Fufu durante o feriado, já vale a pena ter um post novinho no ar né?

Vamos de Chora? Não vou deixar acumular muito pois sei que esse tipo de desabafo aguarda uma resposta ansiosamente…

01 – Violeta

Oi Cony, nem preciso falar que adoro seu blog, em quesito moda, acho que é o que mais tem a ver comigo e o mais clean também. Mas o assunto de hoje não é moda e nem precisa publicar se não quiser, na verdade queria apenas uma opinião sincera que não consigo nas pessoas ao meu redor, lendo o relato você irá entender o porque.

Tenho 22 anos e namoro a 6 anos e sempre tudo foi “perfeito”, começamos a namorar no colegial e ate hoje não nos separamos. Sempre nos damos muito bem com os amigos de ambas as partes e as famílias também, o sexo pra mim sempre foi “bom”, nunca tive o que reclamar dele, na verdade nos dois primeiros anos de namoro, ele nunca ligou muito pra mim e sempre me deixava sozinha pra sair com o pai pra beber. Nunca liguei, porque era a namorada que entedia tudo e estava apaixonada. Quando fizemos 3 anos de namoro isso mudou, ele começou a se importar mais e a ser mais carinhoso.

Porém, eu mudei. Eu me acho jovem e bem resolvida para a minha idade, estou no último ano da faculdade e coordeno uma empresa da família. Ele em comparação está estudando para concurso, o que eu acho super legal, mas não vejo um retorno rápido e com isso me prendo e não faço algumas coisas que tenho vontade por causa da situação financeira dele.

Já não tenho mais vontade de fazer sexo com ele, é sempre a mesma coisa sabe, sinto que falta aquele tesão, aquela vontade de estar junto. Eu prefiro ler ao estar com ele, e acho que isso não esta certo.

Minha família e amigos adoram ele e veem nosso relacionamento como perfeito. Por isso a opinião deles nem sempre é a mais sincera.

Eu gosto muito dele, mas não sei se como amante ou como amigo e se em 6 anos de namoro já estamos assim, imagino como será quando casar. Tenho medo de terminar o namoro e depois me arrepender porque ele poderia ser meu futuro esposo.

Eis uma coisa que não penso mais “Casar”, é ate assustador pra mim que sempre sonhei com uma família. Agora sonho em desbravar o mundo e conhecer gente nova. Mas me prendo a ele e não sei mesmo o que fazer.

 

Querida Violeta… Moça cheia de dúvidas e vontades super normais para quem tem 22 anos e certa independência financeira. Entendo sua vontade de desbravar o mundo, entendo sua necessidade imediata de querer aproveitar um monte de coisas que seu namorado, por motivos super compreensíveis, não consegue acompanhar. Se as pessoas veem vocês dois como um casal perfeito, pode ter certeza que elas não estão erradas. Não vejo grandes problemas no seu namoro, apenas você que está em outro momento, outra vibe. E são essas vontades SUAS que te fazem querer ver defeito nas coisas e gerar certa insatisfação. Se você está errada? Tá não, tudo está muito claro. Não acredito que terminar seja uma boa saída, ou pelo menos uma saída inteligente no momento. Seu namorado pode passar num concurso fodástico e ser um super marido em todos os sentidos já pensou? Conversa com ele, olhe pra ele com carinho, com respeito, com admiração. Fale das suas vontades, dos seus desejos e outra, você pode tomar a iniciativa para apimentar a relação. Como falei, não vejo motivos para terminar a relação, vejo motivos para conversar e deixar os sentimentos bem claro para o outro.

 

02 – Rosa

Olá, resolvi compartilhar minha história, para ver se tenho alguns conselhos que ajudem a melhorar essa parte de meu casamento. 

Sou do Recife e estamos juntos ha 9 anos, casados há 4 e sem filhos.  Ele é de família muito rica. Nos damos muito bem e ha muita coisa boa em meu casamento, temos uma ótima relação. Se eu ajustar essa parte $$$, ficará ainda melhor. Obs: somos casados com separação total de bens.

Mas acontece que me entristece um pouco ele ser tão pão duro. Sou independente e pago todas minhas contas e ainda ajudo nas contas da casa. Acharia isso normal, se ele ganhasse o mesmo tanto que eu ganho e se não fosse rico. O que não é o caso.

A impressão que dá, é que ele pensa que por eu ser independente, não preciso de ajuda dele. Mas vocês concordam que se alguém precisa se preocupar com o futuro e guardar dinheiro, sou eu e não ele que tem patrimônio e está tranquilo? Acreditem, ele é muito preocupado em guardar dinheiro.

Ele nunca se oferece para pagar algo para mim. Em 9 anos, as vezes vamos ao shopping, digo que gosto de algo da vitrine, ele nunca falou: entra, compra, dou para você. Quando viajamos – eu pago minha passagem, e ainda divido hotel. A única coisa que ele paga, tanto na vida diária, como nas viagens, é restaurantes. Uma vez, estava meio apertada – ele só disse: complicado! Pedi um valor emprestado para não mexer nas minhas economias. Ele me cobrou 2 meses depois…

Sei que pode parecer futilidade – mas queria agrados. Quem vê de fora, acha que vivo as custas dele – quando na verdade não é nada disso. E tenho certeza, que se fosse outra, estaria com a conta recheada e vivendo as custas dele. Não acham?

Acreditam que até em ocasiões especiais, as vezes ele nem me dá presente? Num natal, trocamos uns moveis da casa, ele falou que o presente tinha sido aquilo, pode????

Então, queria a opinião de vcs, sobre como lidar com isso. E vejam bem, se ganhássemos o mesmo, sem duvida eu diria: temos que dividir tudo! Mas não é o caso.

Já conversei com ele abertamente sobre isso, alguma coisa muda, mas logo já volta ao normal. E também tenho receio de como falar, para não dar impressão de eu ser interesseira – o que de fato não sou. Todo esse tempo, vivi com o dinheiro, fruto de meu trabalho.

Menina, isso é casamento ou sociedade? E mesmo se for sociedade, que sociedade é essa que as despesas são iguais sendo que uma parte tem muito mais poder? Olha, eu sou meio machista pra essas coisas e achei o comportamento dele abusivo sim. Mulher tem que ser cuidada, tem que receber gentilezas SIM, tem que ter surpresas. Não falo de receber uma mesada gorda todos os meses, mas sim dele, já que é rico, cuidar de você e ser provedor. Como você disse, se fossem situações financeiras iguais, poderia até ser mais compreensível, mas ainda assim uma gentileza de vez em quando não faz mal a ninguém. Não falo que homem tem que pagar tudo, pode dividir sim, inclusive até a mulher pode pagar mais se o cara estiver em desvantagem, mas quando as coisas são iguais ou ele tem mais dinheiro, cadê mimos???? Que mulher não gosta de ser presenteada, lembrada, que seja com uma flor no final do dia???? Ó, não gostei da atitude do seu marido e ODEIO te falar isso, pois sei que darei mais força ainda para sua insatisfação, mas é o que acho… Super concordo com você quando diz que queria agrados. A gente já espera isso dos namorados normais e dos pobrinhos, imagina de um marido rico? E outra, o agrado não precisa ser milionário. Como falei, uma flor no final do dia, um chocolate no travesseiro, um ingresso pro cinema, aquele sapato que você namora há tempos… já faz MUITA diferença. Ele está sendo egocêntrico, mesquinho e insensível. Você é a MULHER dele caraleo (desculpa), não é amigo, colega ou qualquer outra coisa. É a esposa! Ele tem que te tratar como rainha! E se tivesse filhos? Já pensou como seria a divisão das despesas??? Tô com você mas não sei o que poderia te aconselhar a fazer, já que você já conversou com ele abertamente e nada mudou mas tenho certeza que por interesseira você não passa. Isso ele já sabe. Peço ajuda das leitoras!

03 – Iasmin

Lembro nitidamente da primeira vez que soube que iria cursar a Faculdade de Direito numa Universidade Federal – minha melhor amiga (até hoje) me deu a notícia. Eu fiquei feliz, claro, passei de primeira, mas não tinha ninguém com quem comemorar porque todos os meus demais amigos (inclusive essa melhor amiga) não passaram no vestibular. Achei que seria insensibilidade minha com eles, enfim…

O primeiro dia de aula foi um dos piores dias da minha vida. Eu não conhecia ninguém e nunca soube o quão tímida eu realmente era até chegar na Faculdade, simplesmente não conseguia me comunicar com ninguém, não conseguia fazer amizades e por conta disso passei quase o primeiro mês de aula sem ir. Foi difícil…mas isso passou, fiz três grandes amigas lá e se tornou mais fácil…

Passei o curso inteiro meio sem saber o que faria depois da Faculdade, a única certeza é que faria o Exame da OAB, porque isso é meio que obrigatório, ainda que você não vá advogar…Estudei o suficiente para ir bem nas provas e nunca cheguei perto de reprovar. Não pensava a longo prazo e hoje me torturo muito por isso. Enfim, me formei. Prestei o Exame da OAB e passei tranquilamente, mas esse processo (entre a inscrição e a entrega da carteira) durou quase um ano. Ou seja, um ano desempregada… Depois que recebi a carteira, o que fazer? Tinha certeza que não queria advogar, na época (2009) um advogado iniciante ganhava em torno de R$ 1500,00 e ralava o dia inteiro, além das audiências, você tem que se virar para dar conta das peças judiciais. Então não queria entrar nesse ritmo porque sabia que nunca ia conseguir crescer.

Pouco tempo depois (6 meses), consegui ser selecionada para um cargo comissionado de Assessoria Jurídica. Pra quem não sabe, ocupar cargo comissionado significa ocupar um cargo público sem concurso, no qual você pode ser mandada embora a qualquer momento e sem direito a nada! Enfim, passei mais de 5 anos nesse cargo, aprendi de tal forma aquele trabalho que todos usavam os meus Pareceres, todos queriam saber a minha opinião e tinha uma ótima relação com a minha chefe, tanto que ela sempre pedia a minha indicação para nomear outras pessoas.

Na primeira indicação, indiquei uma grande amiga da época da Faculdade…minha nossa, esse foi um dos meus maiores erros da minha vida. A convivência me fez ver o quanto ela era uma cobra, a princípio não comigo, mas sempre ficava fofocando sobre os outros, chegava atrasada e tinha inúmeras desculpas para não entregar o trabalho pontualmente. Eu morria de vergonha, pois eu a indiquei, e mais: a energia dela era tão negativa que eu estava ficando irritada todos os dias quando lembrava que ia encontra-la. Cheguei a conversar com ela várias vezes, mas chegou a tal ponto a insatisfação que eu rompi com ela. Parei de falar mesmo. Como ela era mãe, e eu queria ser uma pessoa espiritualizada, pensei: “Vou ficar na minha. Não vou falar mal dela pra ninguém. O tempo vai cuidar de tudo. Vou ser madura”. O que você acha que aconteceu? Ela fez o maior papel de vítima da história do mundo e eu como queria ser “do bem”, fiquei como a bandida para as nossas amigas mais próximas. Ela chegou a me ameaçar dizendo que ia me tirar do meu emprego (eu que a indiquei!!!!!) e passou a fofocar de mim a torto e a direito. Não me incomodava, ficava triste, claro, mas achava que se eu continuasse sendo uma boa profissional, a verdade viria a tona, mas descobri que por mais que você seja respeitada no seu trabalho, a inveja realmente existe e eu ainda não aprendi a lidar com ela.

A segunda pessoa que indiquei foi também colega (mais distante) da Faculdade. Boa pessoa, um pouco individualista, mas nada preocupante até então. A mãe dela chegou a falecer enquanto trabalhávamos juntas e eu organizei arrecadações de $$$ (tudo que conseguíamos arrecadar, eu dobrava com o meu salário e repassava pra ela). Afinal, tinha pena dela, perder a mãe tão nova…acabamos nos aproximando muito!

A terceira pessoa que indiquei era amiga de uma amiga. Quando a conheci, adorei ela e tudo fluiu muito naturalmente. Viramos grandes amigas instantaneamente. Claro, idiota, emprestei dinheiro várias vezes (sou de Câncer, otária por natureza), mas ela me pagou tudo direitinho.

Com quase 5 anos e meio trabalhando lá, do nada fomos mandados embora, no meio do expediente, sem justificativas e sem direito nenhum, foi humilhante. Fiquei a ver navios e totalmente perdida. Estava sempre concentrada em trabalhar, estudar…não tinha um network a quem recorrer e me ferrei bonito. Resultado: a 1ª “amiga” que indiquei era casada com um grande amigo do novo Chefe e conseguiu se manter no emprego. A 3ª “amiga” que indiquei conseguiu outro emprego e tinha mais uma vaga, você acha que ela me indicou? Na-na-ni-na-não. Ela indicou a 2ª amiga que indiquei porque estava “preocupada” com ela. Isso enquanto me devia dinheiro!

Pra coroar tudo, eu fudida e mal paga, me chegam as duas últimas amigas todas serelepes marcando de almoçar logo depois de terem conseguido um emprego. Eu indiquei todo mundo e ninguém me indicou quando eu precisei. Cadê a sensibilidade, sabe? Ainda falaram que viriam almoçar na minha casa e que era pra eu pedir do meu pai pra cozinhar pra elas…OI????? Fiquei tão puta e disse que não ia dar. Era só o que faltava…Enfim, o que eu jurava que era amizade, não era. Elas nunca mais falaram comigo e eu também não as procurei mais.

Estou estudando para alguns concursos, mas tá muito difícil. Tenho dias de profunda depressão. Pra “facilitar”, meu apartamento está saindo agora. Eu e meu noivo esperamos tanto isso, sabe? E agora tudo isso acontecendo e eu estou desempregada. Que ânimo pra mobiliar o apê? Guardei uma boa grana nesses 5 anos, mas mesmo assim…parece que vou ficar desempregada pra sempre e que todo mundo me passou a perna. Cheguei a ir para outras entrevistas de emprego, mas nada vingou…fiquei com raiva de Deus, mas estou melhor, acho que um grande golpe como esse só pode ter um significado muito grande. Acredito que Deus está me preparando para uma grande vitória. Mas oscilo: tenho um dia bom, dois ruins…e por aí vai! Deixo aqui meu pedido sincero que as meninas nunca deixem de estudar e que nunca se acomodem em emprego nenhum, por mais que você seja respeitada, estejam sempre um passo a frente na vida!

Estava me identificando muito até ler a seguinte frase: sou de Câncer, otária por natureza. Toca aqui, tamo junto. Iasmin, eu também me ferrei muito com amizades ultimamente, acho que tem muito a ver com a gente que é de Cancer e quer cuidar de todo mundo o tempo todo e na hora que a gente precisa, cadê? Eu achava que tinha um grupo de amigas bem legal, mas comecei a olhar de ¨fora¨ e vi que sempre era eu que cedia em tudo, sempre eu que tinha que juntar a turma, considerar os ¨pode¨ e ¨não pode¨ delas e EU que tinha que me ajustar. Nunca ninguém vinha a mim, na minha casa, na minha cidade. Resolvi fazer um teste e me distanciar para ver até onde ia a amizade. Adivinha? Nunca mais ninguém me procurou. Agora eu pergunto: eram amigas???? Não. O mesmo aconteceu com você. A gente se doa tanto que acaba acostumando os outros e eles ficam acomodados. Temos que ser mais egoístas, pensar na gente antes. Queremos o bem de todo mundo, queremos ver todo mundo feliz e satisfeito, mas uma hora, além disso cansar, a gente quer um retorno. Não adianta. Mas fica tranquila, Deus não fecha uma porta sem abrir uma porteira. Você sabe o quanto é competente e dedicada. Seu momento vai chegar, tenha certeza disso! E enquanto isso, se afaste de gente que só quer sugar sua boa vontade e energia. A gente se preocupa pelos outros, quer sempre estar bem com eles e quer que eles estejam bem também, mas quando perceber o abuso (seja ciúmes, inveja, amizades vampiras) o melhor que temos a fazer é nos afastar mesmo. Silenciosamente.

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