Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

E aí meninas? Aproveitaram muito o carnaval? Deixaram os bofes de molho, foram juntos, não foram, bofes novos, antigos que reapareceram? Eu fiquei quietinha no recanto do meu lar, junto ao meu amor. Bem sussa. Bom, hoje temos mais alguns casos de nossa querida coluna do coração, sendo dois choras e um sorria.

Choro 1 – Ana

¨Meu nome é Ana, tenho 24 anos. Há 3 semanas terminei um namoro de 5 anos.
Ele fez faculdade comigo, não éramos amigos desde o começo do curso, mas nos aproximamos com o tempo. Ele sempre fez o tipo fechado, poucos amigos, falava pouco sobre ele mesmo. Ficamos a primeira vez em uma festa, continuamos ficando com frequência. A proximidade fez meu interesse aumentar e fiquei em cima até ele namorar, ele tinha dúvidas no começo. Não era o tipo baladeiro, mas tinha lá seus casinhos. Eu mesma coisa.
Começamos a namorar bem novos, eu com 19 e ele com 22. Mas parecia a coisa certa desde o começo. Vivemos uma “lua de mel” por 3 anos, a gente se entendia, se amava e não se desgrudava um segundo.
No 3o ano de namoro, sem nenhum porquê, ele resolveu que queria um tempo. Eu sofri bastante, não queria de jeito nenhum. Ficamos separados por 1 mês mais ou menos. Nesse tempo ele ficou com uma menina numa festa, amiga de um amigo, mas não me contou (disse que não tinha ficado com ninguém).
Voltamos depois desse mês e lá se foi mais um ano juntos. Um ano bem mais ou menos pra falar a verdade, estávamos passando por uma fase complicada da faculdade, eu tava com a auto-estima lá embaixo, brigávamos por qualquer besteira. A situação era bem insustentável e eu sabia que o fim estava próximo se não sentássemos e tivéssemos uma conversa. Essa conversa acabou nunca acontecendo, porque uma noite passando fotos do computador dele pro meu pendrive eu vi uma conversa dele no facebook com uma menina do nosso ambiente de estágio. Não tinha nenhum indício que eles ficaram na conversa, mas era uma conversa íntima demais pra alguém que eu nem conhecia e nem sabia que ele tinha contato. Ele negou que tinha qualquer coisa com a menina, disse que era uma amiga. Não tirei isso da cabeça. Uma semana depois ele esqueceu o celular na faculdade e me entregaram pra eu devolver pra ele. Não tive dúvidas, revirei o celular (coisa que nunca fiz). Todas as mensagens apagadas, mas tinha uma ligação pra tal menina do facebook um dia que ele tinha saído a noite com os amigos. Fui atrás dele e terminei na hora. Não queria nem ouvir explicações.
Depois de um tempo ele pediu pra conversar e me contou que durante o nosso “tempo” ele tinha ficado com essa menina e que tinha reencontrado ela recentemente e que ela tinha ido atrás dele e começaram a conversar. Disse que realmente houve uma intenção dela de ficar com ele, mas que nunca aconteceu nada enquanto estávamos juntos. Não acreditei a princípio, mas tudo levava a crer que ele estava mesmo falando a verdade. A menina era daquele tipo “destruidora de lares” mesmo, tanto que enquanto ele tentava voltar pra mim, ela já estava atrás de outro cara com namorada.
Enfim, ele pediu uma chance, disse que tinha sido imaturo nessa situação e eu acabei aceitando. Também tive um rolinho com outro cara nesse tempo que estávamos separados, mas nada importante pra mim. Eu estava de mudança marcada para outra cidade, sabia que pelo menos se não desse certo, seria um pouco mais fácil.
Acontece que deu muito certo, desde o começo deu pra perceber o esforço que ele estava fazendo para que o namoro desse certo, vinha me ver todos os finais de semana. Mesmo quando eu tinha que trabalhar de final de semana, ele ficava na minha casa pra gente se ver pelo menos antes de dormir. Começamos a falar de planos pro futuro, de casamento, de morar juntos. Tudo estava perfeito, nunca tinha sido tão feliz. Ele, que sempre tinha sido mais fechado, estava conseguindo falar dos seus sentimentos. Ele também ia se mudar para uma cidade mais longe, mas eu já confiava 100% nele, nada me abalava mais. As desconfianças tinham mesmo ficado no passado.
Até que há 3 semanas recebi uma ligação de uma amiga. Dizendo que no casamento de um amigo em comum (que não pude ir por causa do trabalho), há 2 meses atrás, ele tinha ficado com uma menina e que ela tinha ido embora junto com ele. Meu mundo caiu. Essa amiga disse que não tinha falado antes porque até achava que ele tinha me contado e que eu tinha perdoado. Mas resolveu falar naquele momento.
Conversei com ele, ele não negou. Disse que tinha bebido muito, que não sabia nem como explicar o que aconteceu. Disse que realmente levou a menina embora, mas “só” se beijaram. Disse que não lembrava nem o nome dela. Chorou muito, disse que sabia que eu nunca mais ia confiar nele, que eu era tudo na vida dele, que ele tinha estragado tudo, que nunca ia se perdoar. Falou que pensou em me contar, mas teve medo. Em nenhum momento ele deu qualquer sinal de que algo estava errado antes de eu saber.
Minha vida parou nessa hora aí. Estou parada no tempo.
Não consegui desapegar, hoje é o primeiro dia que não falei com ele desde então. Ele é meu melhor amigo, daqueles de adivinhar pensamento.
Sempre soube que ele é muito fraco para bebida, que realmente perde o senso da realidade, fala muita besteira, se acha “O” cara, mas não achei que isso fosse acontecer. Ainda mais num casamento cheio de conhecidos.
Eu e todos que nos conhecem realmente achamos que ele me ama. Que o sentimento é sincero. Da minha parte, nem preciso dizer.
Mas eu não sei como lidar com essa situação. Por ele sempre ter sido essa pessoa super fechada, tenho dúvidas até da minha sombra agora. Quero acreditar que essa foi a única vez que realmente aconteceu alguma coisa física, mas também sei muito bem o antecedente dele com aquela outra menina lá atrás.
Eu sofro pelas coisas que passamos, pelas que não vamos passar e até por ver ele sofrendo também.
E ele vai embora em 2 semanas, pra essa cidade a 700 km de mim. A chance de a gente não se ver mais é enorme. Tenho certeza que ele é do tipo que some, desaparece.
Não sei o que eu faço.
Eu sei que eventualmente vai passar, vai parar de doer (li todos os seus textos), sei o curso natural das coisas.
Mas eu acho que não quero deixar passar, entendeu?
Será possível viver com esse cara que eu não consigo saber o que pensa? Que mesmo eu sendo a pessoa que conhece melhor ele, ainda tenho dúvidas do que se passa dentro dele?

Sei que ficou super extenso, me desculpa. Acho que foi mais pra mim do que pra você. De qualquer forma, se um dia você ler e tiver disposição pra responder, eu agradeço! Mas entendo se não der também. Obrigada pelo blog! Beijos enormes!!!¨

Ana, se você levantar mais um “tiquinho” essa pedra, tenho certeza de que vai achar mais “amiguinhas” dele por aí. Que santo que ele é né? Uma hora a desculpa é a garota que não sai do pé dele, outra é a bebida e você ali, dando voto de confiança um atrás do outro. Já vi muito homem canalha chorando e ameaçando se matar por “amor”, mas é só tudo entrar nos eixos que aprontam de novo. E pare de dar desculpas para minimizar as safadezas dele e amenizar a situação. Ele te ama? Sim, é bem provável. Mas não te respeita. Pensa bem nesse homem morando longe… Foi capaz de te trair numa festa cheia de conhecidos! E quando dizem que só rolou beijo, pode saber que as chances de ter tido sexo são beeeeem grandes. A gente tem mania de acreditar nas palavras lindas, no amor que dizem sentir, se comove por meia dúzia de lágrimas mas um relacionamento vai MUITO além disso. Atitudes valem muito mais que palavras e ele não foi muito legal com você. Meu conselho? Dê um tempo, mas de VERDADE. Tipo término mesmo, não dê tempo pensando na volta, mas sim em se fortalecer, ver tudo com mais clareza e deixar o sentimento um pouco de lado e analisar tudo friamente. Só você sabe o quanto isso tudo te machucou, o que você tolera e o que não. Deixa ele sentir sua falta , sentir que perdeu, que você não é mais uma menininha que vai acreditar em qualquer história dele. Seja forte, se afaste e coloque todos os prós e contras numa balança. Homem bom ta cheio por aí e acho que você precisa de mais experiências na sua vida para saber o que realmente te faz feliz. Beijos!

Choro 2 – Fabiola

¨Em 2011 me separei e iniciei um relacionamento que dura até hoje. Tivemos um filho, que hoje está com 2 anos.

Ele é alcoólatra desde os 13 anos, quando perdeu o pai, saiu de casa, teve vários relacionamentos, teve um filho, com 17 anos. Um dos namoros durou mais: 4 anos. Ele tinha 32, ela tinha 17, mas acabou, segundo ele, depois que descobriu que ela havia abortado. Seus sonhos eram: morar na praia, ter uma filha e ser empresário. Suas mágoas são: não ter contato com o filho e não ter tido uma filha.

De minha parte, posso dizer que me apaixonei por ele. Porém, desde que nos conhecemos, não passo 15 dias sem uma notícia desagradável: alcoolismo somado à falta de trabalho ou mensagens e ligações de ex-namoradas, Skype. Apoiei ele no tratamento do alcoolismo, na falta de dinheiro, por não encontrar trabalho, perdoei traições virtuais e o ajudei quando trouxe um irmão para morar aqui.

Em 5 de dezembro aconteceu algo muito ruim: ele havia bebido e queria sair de carro. Eu (idiota) guardei a chave do carro e não dei a ele. Então, ele começou a destruir o quarto. Eu estava dando banho no bebê e ele foi agressivo comigo, gritando, atirando as coisas e móveis, o reboco de uma parede foi parcialmente destruído. Meu bebê chorava e ele dizia: “a culpa é toda sua, você não sabe nem proteger o seu filho”. Gritei por socorro e ninguém apareceu. Peguei meu filho e corri, entrei em um ônibus, 40 minutos depois cheguei a um supermercado e lá ficamos.

Umas 22h regressamos.  O silêncio imperava, subi as escadas e lá estava ele, deitado na cama, conversando. Assustou-se com a minha presença e perguntei com quem falava. Ele perguntou várias vezes porque levei o filho dele, e disse que falava com sua irmã. Depois corrigiu e disse que era com a mãe do filho dele. No dia seguinte descobri que ele falava com outra pessoa e que havia 98 ligações trocadas entre eles.

Perguntei claramente: quem é ela? O que está acontecendo? Ele me disse que era uma conhecida, que ligou uma vez porque não sabia o que fazer, que só queria conversar.

Em 24 de dezembro outro incidente. Estávamos organizando uma janta de natal e ele saiu para beber. Quando voltou perguntou se eu não iria passar o natal com meus pais e eu disse que gostaria de ficar em casa. Após um tempo, comecei a chorar, lembrando dos últimos acontecimentos e ele achou que eu chorava porque queria ir na casa de meus pais. Iniciou uma enxurrada de xingamentos e terminou me dizendo que eu era uma patricinha do caralho, que tudo o que acontecia comigo meus pais me respaldavam, enfim.

Desde então minha autoestima está abalada, não tenho apetite, meu cabelo está caindo, sinto-me humilhada, desrespeitada, infeliz. Meu bebê o rejeita, não quer colo dele, chora. Pedi a separação, mas ele não aceita. Diz que isso vai passar e que nunca me traiu e que sem mim não sabe o que fazer, que me ama, que sou a mãe do filho dele, que quer só cuidar da família dele, quer minha ajuda para parar de beber.¨

Gente, pára o mundo que eu quero descer. AGORA. Tenho medo de soltar os cachorros nele e alguém vir falar ¨ah, mas ele é alcoólatra, precisa de ajuda¨. Ok, precisa, isso não nego, mas você Fabiola, não precisa de JEITO NENHUM se submeter as agressões psicológicas e físicas (por que ele vai acabar te batendo, só acho) dessa pessoa que está destruindo a vida dele e a sua! E até seu filho, sendo bebê, o rejeita! Quer mais sinais do que isso para você tomar atitude e dar rumo na sua vida? É isso o que você sonhou para você? É esse o casamento que você quer? É esse carinho de homem que você precisa? Um cara que te trata mal na noite de natal e fica de telefonema com outra? Isso não é amor, mas sim falta de amor, amor próprio! Não fique esperando ele aceitar a separação, ele não vai fazer isso nunca. E me conta, jura que você acredita que ele nunca te traiu? Trocando 98 telefonemas com outra mulher?? Meu conselho: separe, vá morar em outro canto, longe dele, pela sua sanidade mental e segurança física, porém ajude-o a superar o vício. Você não precisa estar na mesma casa que ele para ajudar. Pense no seu filho, em você. Assim tudo ficará mais claro e fácil de ser resolvido. E não caia em chantagens emocionais de uma pessoa totalmente desequilibrada pela bebida.

Sorria!!! Vamos sorrir com a Amanda!

¨Oi, Cony, tudo bem? Então, menina. Ensaiei bastante pra mandar esse email pra você! Quero muito que minha história possa ser publicada, para inspirar algumas garotas a não desistirem dos seus objetivos e também para que possam perceber que depois de uma tempestade, sempre aparece um arco íris de babar! Parece brega, mas é a mais pura realidade, rs. Na verdade tudo é um misto de chora com sorria que te escuto.
Tudo começa há quase dois anos, em janeiro de 2013 (ui, como o tempo passa rápido!)
Eu fiz odontologia e trabalhava em Betim, estava no começo de um namoro que eu julgava super legal, morava com duas amigas e colegas de profissão e pensava que era feliz.
A odontologia nunca satisfez minhas expectativas como profissão. Escolhi o curso no susto porque, quando tentei o vestibular na PUC, lá ainda não tinha medicina. Meu sonho sempre foi ser médica, eu sempre soube que tinha nascido para aquilo, mas depois de três anos de cursinho estava cansada de tudo. A minha vontade sempre esteve lá, guardadinha, sempre me lembrando que eu precisava ser médica, rs.
Daí que no começo de 2013 eu resolvi diminuir minha carga de trabalho e começar a estudar para tentar um novo vestibular, estava super animada. Para completar minha certeza de estar fazendo a coisa certa conheci um cara legal, bem sucedido e inteligente, e ele ainda queria ser meu namorado! Tudo estava indo muito bem, até que um dia, 28 de maio, ele resolveu, depois de uma discussão idiota, terminar nosso namoro pelo chat do facebook, eu no meu horário de almoço e ele num congresso láááá na Bélgica.
Fiquei devastada, sofri, chorei, tomei um porre, beijei um monte de caras nada a ver, mas não desisti do meu objetivo principal, daquela que seria minha “namorada” para o resto da vida: a medicina.
Eis que no meio do ano passei no vestibular, e como se não bastasse, passei em três ótimas escolas de medicina, podia até escolher onde estudar. Foi então que, sofrendo, fui morar em outra cidade, porque era a mais conceituada das três faculdades.
No início não foi fácil conhecer gente nova, sofrer de saudades dos amigos e da família e, muito menos, parar de lembrar, de cinco em cinco minutos, do ex.
Eis que passou um semestre, vieram as férias de final de ano, me diverti horrores e voltei para a faculdade revigorada, mas ainda lembrando do ex de vez em quando.
E eis que no começo de fevereiro conheci uma pessoa super legal, que achava o máximo eu ter a coragem de começar tudo de novo (o ex não era muito a favor de eu largar tudo e começar outra faculdade), que me achava e ainda acha linda do jeito que eu sou, que adora dormir até tarde no domingo, compartilhar as minhas leituras e entender minhas crises. Então, no dia 28 de fevereiro, demos nosso primeiro beijo e não nos desgrudamos mais. Brinco que, neste dia, nove meses depois do término com o ex, eu pari meu sofrimento, que durou exatamente o tempo de uma gestação.
Consideramos que nosso namoro começou nesse dia 28, já vamos fazer um ano de namoro e nunca brigamos (parece até mentira, porque eu não sou fácil de aguentar!). Claro que discutimos às vezes, mas mais por motivos bobos como escolher o sabor da pizza ou o fato de ele demorar demais no banho.
Só sei que estou feliz demais! E que, tanto ele como eu, estamos contando os dias para chegar minha formatura e podermos realizar o maior sonho que temos juntos: nos casar e ter filhos!
Pra mim, minha história, que até parece ser boba, é bem inspiradora, pois aprendi que são nos momentos difíceis, quando precisamos tomar as decisões mais sérias, coisas ruins até podem acontecer, mas vem sucedidas de coisas maiores, que estão guardadinhas para você só esperando para te fazer feliz!
Cony, espero mesmo que vc goste da história, eu precisava compartilhar isso, pois adoro a coluna te escuto no seu blog! Acho que não vejo mais nenhum outro blog discutir coisas assim, tão reais, ficam sempre naquela: viagens, roupas, maquiagem. Você arrasou! Beijos, Amanda
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