Futilish

Choooora Que Eu Te Escuto

Infelizmente aconteceu algo que eu não queria que acontecesse: vou ter que selecionar os casos. Minha intenção era postar todos, considerando que se trata de um assunto quase que de resposta imediata afinal a pessoa fica esperando os conselhos ansiosamente, mas tenho recebido alguns desabafos muito parecidos e acho que vale a leitura dos comentários dos posts anteriores. Darei prioridade aos mais sérios e diferentes do que já passou por aqui tá?

 

Vamos com a Patrícia

 
“Olá Futilish, minha história começa quando eu era adolescente e fiz high school fora do Brasil. Nessa época peguei gosto por viagens e sempre quis morar fora. Depois da faculdade acabei morando em um outro país e já viajei muito pelo mundo. Tem aproximadamente um ano que estou tentando imigrar para o Canadá, estou apenas aguardando os papéis finalizados porém entrei num dilema familiar, minha mãe!
Deixa eu explicar,  desde a morte do meu pai (vai fazer 2 anos que meu pai faleceu prematuramente e de forma inesperada e desde então minha mãe ficou sozinha), eu me tornei a maior companheira da minha mãe! Tenho apenas uma irmã mais velha que também mora fora do Brasil e que já é casada com filhos. Eu moro próxima da minha mãe e a gente acaba viajando juntas, fazendo muitas coisas juntas! Eu amo muito ela, mas meu plano de ir embora do Brasil já vinha desde a época de high school, mas por diversas razões nunca deu certo.
O problema todo é que minha mãe não apóia! Ela vive me oferecendo ajuda financeira ou qualquer outro tipo de ajuda! (estou quase na casa dos 30 e ela acha que eu tenho que comprar uma casa, um carro novo…). Ela é o amor da minha vida! Me dou muito bem com ela, mas quero realizar meus sonhos e ela simplesmente não aceita. Já chegou a pedir que eu desistisse de ir para o Canadá para ficar perto dela e eu fico me sentindo a pior filha do mundo! Já falei que ela poderia ficar os 6 meses permitidos pelo visto de turista e quem sabe algum dia ela possa vir morar comigo, mas é claro que ela jamais aceitaria…
Não sei como lidar com a situação e gostaria de ouvir a sua opinião, uma vez que você também enfrenta a distância da sua mãe e a opinião das leitoras é claro!!! Um forte abraço e continue sendo essa pessoa simples e agradável!!!”

 

Ei Patrícia, imagino a confusão e os sentimentos encontrados que você lida. Eu tive a sorte de sempre ter sido incentivada pelos meus pais a sair pelo mundo. Tem um ditado que ouço desde criança: Ninguém é Rei na sua própria terra. Acho que por isso me dei bem aqui no Brasil rs. Tenho um irmão morando no Japão, eu já morei fora, minha família morava aqui e me largou (rsrs), meu outro irmão já morou nos USA e é doido pra voltar enfim, cada um num canto, mas sempre com o apoio dos pais. Minha mãe sofre mas ela quer os filhos realizados e muito se orgulha que cada um tenha conseguido traçar seu caminho num país distante. Porém, minha mãe tem a cia do meu pai, e na ausência dele (ele vem muito pro Brasil) ela tem as irmãs. Não sei como é o caso na sua família, se você tem tios e tias perto de vocês e se tiver seria bom pedir ajuda deles. Se não tiver, muita conversa com sua mãe. Pior que entendo o lado dela, está sozinha e você é o que ela tem de família porém você não pode sacrificar seus sonhos, que te acompanham a tanto tempo, para ser a cia da sua mãe. Friamente falando, eu te diria para ir atrás do que você quer mas sempre dando muita atenção para sua mãe. Acredito que depois da sua partida, talvez ela se anime a ir te visitar! Vai doer o coração e o sentimento de culpa é bem capaz de te acompanhar um tempo, mas é sua vida, você está nova e é algo que sempre almejou. Vá em frente.

 

Chora Joana!

 
“Tenho uma amiga desde o ensino médio, nós duas nos encontramos e a amizade foi fluindo de forma inacreditável, vivíamos tudo juntas, se uma estava sofrendo por amor a outra também estava, se começava um namoro a outra também estava e assim nossa vida ia uma acompanhando a outra em tudo. O maior problema que nós tínhamos era a instabilidade emocional dela, ao mesmo tempo que estava tudo bem ela mudava, sumia e isso me irritava.
O tempo passou, saímos da escola e a amizade permaneceu mesmo com a distância e os problemas. Eu era apaixonada por uma pessoa desde que eu me lembro de conhecer esse sentimento e nesta fase da minha vida nos acertamos, eu e ele, e estava namorando. Ele era extremamente ciumento e acabou que fui perdendo todo o encantamento por ele e desistindo de nós. Ele e esta minha amiga estudavam juntos na mesma faculdade e as vezes comentavam que tinham encontrado lá. Um belo dia na tentativa de reconciliar, retomar a relação eu e ele saímos juntos e este ex namorado pediu que me afastasse dela porque não gostava dela e achava “safada” demais, eu rapidamente entendi que algo teria acontecido e perguntei se ele e ela tiveram algo e ele ficou em silêncio, eu fiquei apavorada nem sabia o que fazer só brigava e chorava sem parar. Me afastei dos dois, terminei de vez o namoro mas nunca comentei com ela sobre isso porque não tinha certeza e tive medo de ser injusta. Fiquei guardando por anos e com o tempo nossa amizade foi permanecendo, me casei, ela foi minha madrinha de casamento e eu ainda guardava essa dúvida até que um dia em uma crise dessas dela de sumiço acabei apelando para isso e falei  da pior forma possível, ofendi, duvidei e nem dei espaço para que ela falasse nada, fui despejando anos de dúvida em um momento de raiva e isso destruiu nossa amizade.
Hoje conversamos diversas vezes, me arrependi de como falei isso pra ela porque duvido que tenha acontecido de fato, acho que foi uma tentativa dele de me provocar ciumes em um momento que eu estava “abandonando o barco” da nossa relação. Deveria ter confiado mais e não ter tocado nesse assunto, mas como uma pessoa rancorosa guardei e joguei tudo em cima dela como uma tempestade. Sinto muita falta da nossa amizade porque sempre pudemos contar uma com a outra e não tive motivos para desconfiar dela durante todo esse tempo, hoje não tenho argumentos para tentar retomar, por mais que eu me desculpe acho que não é suficiente. Preciso de opiniões, de conselhos, será que alguém passou por algo parecido?”
 

O que passou, passou. Nem é questão de você pensar se ela ficou ou não com esse teu ex, pode até ter rolado mesmo mas você não ficou com ele, se casou com outro, ela ainda foi madrinha do seu casamento, tudo deveria ter parado por aí. O tal assunto nunca deveria ter voltado. Você pode sentir falta, mas ela deve estar tão magoada que infelizmente a amizade já era mesmo. Às vezes por raiva, com a cabeça quente, a gente fala muita bobagem e estraga relações, seja de namorado, casamento, amizade, família. Depois para reparar o erro é muito difícil. Fica a lição para cuidar do que falamos, contar até mil se for necessário e preservar as pessoas queridas. Não entendi se você já pediu desculpas ou não, se não o tiver feito, faça e fique com a consciência tranquila. Mas eu, na minha humilde opinião, acho que essa amizade nunca mais será a mesma.

 
 

Agora a vez da Andreia:

“Oi Cony! Namoro há sete anos e sou noiva há dois. Sempre nos demos muito bem, mas, de uns tempos pra cá, as coisas andam beeeeem estranhas. Há pouco mais de um ano ele mudou de região para trabalhar em uma multinacional, agora nos vemos bem pouco, uma vez por mês, aproximadamente.
Já disse a ele mil vezes que estou disposta a mudar de cidade para ficar com ele, arrumar emprego lá, etc etc. Mas ele parece que se acomodou, sabe, Cony? Pra ele é muito cômodo eu viajar, passar o fim-de-semana com ele e só. Não toca em assunto de casamento, nada nadinha. Quando toco no assunto, ele foge. Fala pra eu ter paciência, pra esperar mais, que “ano que vem dá certo”. Aí eu digo “pois vamos estabelecer um prazo, até abril do ano que vem?” E ele “mas tá muito perto, pode ser no fim do ano!”.
Acabou que conheci um cara e acho que estou apaixonada por ele e vice-versa. O que me impede de fazer uma bobagem grande, é que ele mora a cinco mil quilomêtros daqui (mas já falou que se eu disser “VEM!”, ele vem na hora. Estou me contendo, mas a cada raiva que o Pedro me faz passar, vejo que esse relacionamento está fadado ao fracasso e que ele não merece tanta consideração de minha parte.Obrigada por me ler/ouvir.”
 

Não quero te deixar com a pulga atrás da orelha, mas namorado morando longe e se vendo apenas uma vez por mês, foge do assunto casamento sendo que são noivos… sei não viu… Fica esperta e preste atenção aos detalhes. E quem não dá assistência.. abre a concorrência! Eis você desejando outro carinha. Mas vejo outra ilusão: ele mora a 5.000 km de distância e se você falar para ele ir te encontrar ele vai? Jura? Homens falam muitas coisas para nos manter ativas na lista e não se empolgue com o que ele te falou! Pode até ir, mas acho improvável que isso se torne uma relação firme. Você vai cair no mesmo problema do seu atual além de estragar algo que tem há 7 anos. Sossega a periquita e resolva seu namoro/noivado primeiro. Conversa franca de ou vai ou racha. Depois se jogue em aventuras (dependendo do resultado da conversa, claro), mas SEMPRE com os pés no chão!

 
 

E para finalizar, a dúvida da Tatiana!

“Oi Cony, adorei essa nova tag! Achei que não fosse nunca precisar dela, como já comentei por aqui, mas tem uma coisa que tem me incomodado muito recentemente… Namoro há quase um ano a pessoa que acredito ser o amor da minha vida. Estranho falar isso com tão pouco tempo de namoro, mas ele me faz muito bem e eu sinto muita segurança com o que ele sente por mim também! Acontece que ele é meu primeiro namorado – já namorei outra vez, mas menos tempo ainda e eu nem considero. Logo, sendo meu primeiro namorado, é/foi meu primeiro tudo… com ele descobri todas as coisas boas de um relacionamento e também a mágica do sexo! rs… 
Tenho 25 anos, e penso que posso ser um pouco inexperiente ainda, talvez por isso, nunca tive nenhum orgasmo (#quevergonha)…
Não acho que seja ‘culpa’ dele, porque ele me estimula muito, sinto um desejo enorme por ele, nos damos excelentemente bem na cama, aprendi inúmeras coisas e tudo é ótimo… acontece que o tal do clímax eu ainda não conheci. Às vezes penso que pode ser também por eu não fantasiar muito as coisas, pensar nisso toda hora, mas acho que homens são bem diferentes nesse ponto, né?
Queria uma opinião das meninas pra saber se isso é normal mesmo, porque acho que estamos no caminho certo, e até meu médico disse que essas coisas levam tempo… mas ele fica bem triste às vezes por eu não conseguir chegar lá!
 
Acho que o fato de eu ter começado tarde a minha vida sexual é crucial, e que tudo tende a se resolver com o passar do tempo!
Muitas meninas podem achar que ainda vou querer conhecer outros caras, experimentar novas coisas, mas eu o amo muito e nos damos MUITO bem, e acho que resolvendo esse ponto, chegamos no 100% da nossa relação! O que você acha Cony? Tudo dentro da normalidade ou sou a frígida? rs…” 
 

Já dizia Marta Suplicy, relaxa e goza! Pelo que entendi você fica muito tensa esperando chegar ao clímax e isso atrapalha tudo! Também não mencionou se dá uma ajudinha ao rapaz e acho que isso vale muuuuuuuuuuuuuito a pena. Não deixa todo o serviço na mão dele não! Além disso, existem brinquedinhos que podem te ajudar, pense nisso com carinho, conheço várias pessoas que usam.  Se solte, conheça bem seu corpo, não tenha vergonha de nada e não fique ansiosa demais 😉

 
 
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