Futilish

Chora Que Eu Te Escuto!

4.640 pessoas participaram da votação sobre o nome da tag e “Chora Que Eu Te Escuto” ficou em primeiro lugar com 27% dos votos! Disputa acirrada com “Entre Amigas” mas voto é voto e vocês sabem bem disso rs #indiretas.

Vamos começar com o feedback da Rafaela, o caso mais tenso do post passado. O que será que ela achou de todas as respostas??

“Meninas, primeiramente, tenho que agradecer demais a todas vocês. Li todos comentários, um por um (várias vezes, em vários dias) e vocês não tem noção do quanto me ajudaram. Meus amigos próximos não conseguiam detectar o óbvio.. Ou se detectaram, talvez não tenham tido coragem de falar.

Eu estava tão, mas tão fragilizada, que não via que simplesmente não existe justificativa plausível para um namorado ficar 10 dias em silêncio, apesar das minhas tentativas de contato. E, por ironia do destino, no dia que a Cony publicou meu desabafo, ele mandou uma mensagem com os seguintes dizeres:

“Rafaela. Não estou doente. Não fui demitido. Não estou punindo você. Talvez esteja punindo a mim mesmo. Quando uma das partes não está em sintonia, não tem como nada dar certo. Preciso estar só. Prefiro falar com você semana que vem.”

Pois então, nem consegui responder. Achei perverso, egoísta, tétrico, Ontem fez 2 meses que meu pai faleceu. O MÍNIMO que ele tinha a fazer era respeitar meu luto. Se quer ficar sozinho, se está afim de outra, não sei. Mas ele tinha a obrigação moral de me deixar em paz. Ele carregou o caixão do meu pai há um pouco mais de um mês e acompanhou meu sofrimento durante o estado terminal dele e sabe o quanto eu sofri (e continuo sofrendo). Não queria que ele ficasse comigo por pena, mas que tivesse a consideração de acabar comigo de uma maneira respeitosa, e não simplesmente deixando de falar comigo e sendo refratário..

Ainda estou arrasada, pois estou vivenciando também o luto da perda do meu pai, pois é bem recente. Não estou me vitimizando: voltei a correr, estou fazendo acupuntura com uma médica anestesista (para aliviar o sofrimento), estou indo em psiquiatra, tomando remédio para ajudar a dormir, fazendo terapia e vou nesse sábado num centro budista para aprender a meditar. A psiquiatra não quer me dar antidepressivos, pois disse que estou vivendo dois lutos (o do meu pai e o do meu relacionamento) e que isso é um processo a ser vivido, e que nem toda tristeza pode ser medicada. Que não pode me entupir de remédios para eu não sentir nada. Tenho me mantido ocupada com o inventário do meu pai e em cuidar da minha mãe, que está devastada (eles tiveram um casamento LINDO de 40 anos). Tive que assumir tudo de burocrático que uma morte provoca. Assumi a casa, estou organizando as coisas inacabadas que meu pai deixou (inclusive uma reforma) e estou cuidando também do meu irmão. Virei o “macho alfa” da família e, apesar de triste, aprendi que, graças a Deus, ninguém morre de amor.

Por último, ainda não sei o que faço com essa mensagem que recebi. Se vou atrás pra colocar um ponto final e dizer tudo que ficou entalado e pegar minhas coisas, ou se simplesmente deixo assim. Se puderem, gostaria de saber a opinião de vocês.

Quero agradecer especialmente à menina que indicou o livro “Ele não está afim de você”. Li em questão de um dia. Parece bobo, mas tudo é muito simples. A gente é que fica inventando justificativas para comportamentos estranhos.
Outro agradecimento especialíssimo à Cony, que é uma pessoa incrível. Não tenho nem palavras pelo colo que está me dando.
E, finalmente, à Pati, que mesmo à distância está ajudando a juntar meus cacos de uma maneira que nem sei explicar.

Vocês são INCRÍVEIS! Um beijo enorme”

Rafita, concordo DEMAIS com sua psiquiatra. Não tome remédios. Passe por isso com toda a coragem e força do mundo, luto não pode ser disfarçado, tem que ser vivenciado… Estou feliz que você não está deixando ser derrotada pela situação. Ocupe sua cabeça, tudo vai passar, te garanto! Beijos.

Agora vamos com os novos casos!

Chora Manuela…

“Olá meninas! Estou feliz por poder desabafar!

Minha história é a seguinte: são 9 anos de relacionamento, sendo que 5 anos casada. Eu o conheci muito nova, foi meu primeiro namorado e o único homem de minha vida.

Nosso início foi difícil pq eu já estava bem apaixonada, mas ele não queria nada, só estava curtindo e, por isso, ele me magoou várias vezes. Contudo, com o tempo, ele foi se envolvendo mais e mais e hoje posso dizer que ele me ama de verdade. Ele é um cara super família, doido para ter filhos, trabalhador, sincero, me ajuda bastante com as coisas de casa, me apoiou muito nos meus estudos, minha família adora ele, pois ele os trata muito bem, exceto minha mãe, eles costumam ter uns conflitos, mas nada muito exagerado.

No entanto, apesar das qualidades, que sei que elas existem, temos enfrentado muitos problemas. O trabalho dele é aos finais de semana, e também exige que ele viaje regularmente, enquanto que eu trabalho durante a semana, logo, temos poucas oportunidades para curtimos sozinhos, com tranquilidade, exceto o período de férias. Isso resulta em várias situações que fico sozinha, como festas, reuniões de família, casamentos, encontro com os amigos, meu aniversário, até mesmo o casamento da minha irmã, que seríamos padrinhos, ele não pode ir, e mesmo assim ele não acha que precisa me compensar por conta disso, eu tenho que aceitar e ponto.

Além de tudo isso, ele não é uma pessoa carinhosa, nem romântica, é insensível e muito orgulhoso. Portanto, são raras as vezes em que há um pedido de desculpas.

Também há o fato que temos poucas coisas em comum, os gostos, o modo de pensar, o modo de viver, tudo é bem diferente. Esse detalhe, no início, pode parecer interessante, mas com o tempo começa a surgir o desejo de ter alguém que esteja na mesma vibe, que seja mais próximo do que somos.

Com o passar dos anos, nossas brigas aumentaram, normalmente brigamos por besteiras, mas que se tornam grandes, e com a quantidade de conflitos, a bola de neve vai aumentando e vai ficando difícil se entender e resolver essas questões. O problema é que por serem besteiras fica mais fácil vc deixar pra lá, a gente tenta superar, esquecer, e acaba que com a rotina aquele desentendimento fica para trás, no entanto, no fundo, ele ainda está ali, me incomodando e impedindo que eu fique 100% bem.

Claro que temos ótimos momentos juntos, eu não seria tão louca assim, mas a vontade de terminar o relacionamento tem aparecido constantemente, e eu não acho isso normal quando se ama alguém. Sou nova, penso em tudo que poderia estar vivendo, curtindo, me sentindo livre, mas ao mesmo tempo tenho medo de me arrepender, de ficar sozinha, de descobrir tarde demais que realmente era ele que eu queria para a vida toda.

Eu estou completamente em dúvida, mas não sei se essa dúvida é influenciada pelo tempo que temos juntos ou pela vontade que tenho de viver coisas novas. Sei que é um caso difícil. Só queria mesmo algumas opiniões. Tentei objetivar ao máximo nossa relação.

Obrigada!

Manuela, sinto um pouco de egoísmo da parte dele sim. Casamento da sua irmã e sendo padrinhos é motivo importantíssimo para conseguir uma folga no trabalho, ainda mais que isso é avisado com muita antecedência!!! Se encaixa naquela famosa frase: quem quer faz, quem não quer arruma desculpa. Não sei qual o trabalho dele, se é algo tão impossível assim de conseguir uma folguinha mas sei lá, isso me chocou um pouco. Outra coisa que percebi fortemente é sua insatisfação, suas dúvidas e seu constante pensamento em separar. Acredito que não seja falta de amor mas sim o fato de você ter casado muito nova, não ter se relacionado com mais ninguém e a vontade de viver coisas inéditas. Meu pai sempre me falou: aproveite muito a vida, conheça vários homens, se divirta! E olha que namorei 15 anos mas o ano que fiquei solteira, aprontei até dizer chega e foi ótimo! Quando resolvi namorar, vi que era uma pessoa que valia a pena e merecia minha dedicação. É péssimo eu te falar isso porque só vai te dar ainda mais vontade de conhecer o desconhecido mas sinceramente é o que eu acho. Sei que tem muitos casos de mulheres que se casaram com seus primeiros homens e são super felizes, mas em algum momento serão atormentadas pelo pensamento de “E se eu não tivesse casado tão cedo? E se eu tivesse mais experiência?”. E muito cuidado para não desgastar ainda mais sua relação ao brigar por bobagens… Vocês já não ficam muito tempo juntos, brigam por qualquer coisa, e você ainda querendo conhecer coisas novas… Cuidado! É uma situação MUITO complicada para dar qualquer tipo de opinião… EU optaria por viver o desconhecido, mas sua realidade pode ser bem diferente!

Agora é a vez da Milene chorar…

“Oi, Cony, tudo bem? 

Meu nome é Milene, e tenho 20 anos. Faço vestibular para Direito e enquanto não entro na faculdade, trabalho de recepcionista em uma multinacional.

Muita coincidência, estava há um tempo sem entrar no seu blog, e logo agora que terminei meu namoro, entro e vejo essa novidade.

Sempre tive um dedo podre pra escolher namorado. Até que há um ano, conheci o Bruno. Uma pessoa espiritualizada, de 30 anos, mas que ainda mora com os pais e vive um pouco no mundo da lua. Mesmo assim, fiquei apaixonada por ele. Finalmente tinha conhecido um cara legal e em quem eu podia confiar e com uma familia legal.

Depois de um ano, algumas coisas foram me incomodando, como o fato dele não ter um trabalho fixo. Não poderia ficar com uma pessoa que me desse conforto, mas que não tivesse planos de futuro, de formar uma familia e etc…

Mesmo com isso me incomodando, nunca me abri pra ele. Mas me abri pros meus amigos, e até mesmo para o meu ex namorado.

Até que um dia, o Bruno pegou meu celular e viu minhas conversas com esse meu ex. Falando tudo isso. De achar que o Bruno era acomodado, que vivia no mundo da lua, e que me dava conforto mas nao me oferecia futuro. Resumo: Bruno ficou triste, enciumado, terrminou comigo. Eu estou arrasada, arrependida, me sentindo uma monstra e mal consigo trabalhar. O que faço Cony? Estou me sentindo a pior pessoa do mundo. E quero ele de volta. Mas pelo o que ele disse, não tem volta de jeito nenhum. Estou tão mal. Só choro e choro e choro. 

Beijos, querida. E obrigada.”

Vish! Hoje só tem caso difícil! Essa dele ver a conversa no seu celular foi punk. Não tiro a razão dele em terminar, eu teria feito a mesma coisa. Poxa, se está tão insatisfeita assim, vai chorar as pitangas pro ex namorado e ainda detona o cara? Sim, foi pesado MAS há males que vem pra bem. O fato dele já ter 30, não ter emprego fixo e viver no mundo da lua me incomoda. E muito. Faltou conversa, você deveria ter exposto sua preocupação para ele! Você tem apenas 20 anos (10 a menos que ele) e já começou seu texto mostrando sua preocupação e investimento profissional, vai fazer Direito e enquanto isso trabalha numa multinacional. Madura hein? Agora me diz… você realmente quer ele de volta ou está se sentindo culpada pela mancada do celular? Você aceitaria viver angustiada com um homem que não te oferece futuro sendo que você já está batalhando para isso? Isso é muito importante, quando você tem um relacionamento sério com alguém a intenção é construir uma vida juntos, sólida, de união e se você está vendo isso loooonge, se o seu esforço é bem diferente do dele, melhor nem continuar mesmo. Pensa direito no que você quer e no que você merece! Errou no lance do celular? Sim, errou, mas talvez só adiantou uma situação que iria acontecer em breve.

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