Futilish

Sobre Comentários e Críticas “Construtivas”

Hoje recebi um link nos comentários (obrigada Ângela!) sobre um texto do blog Small Fashion Diary, da Carol, que falava daquilo que todas nós, blogueiras e leitoras, estamos infelizmente acostumadas a ver por aí: os comentários maldosos e a famosa “crítica construtiva” que cá entre nós, sabemos diferenciar muito bem uma realmente do bem de uma simplesmente maldosa e apenas com o intuito de ferir e provocar.

Pedi permissão pra Carol para postar o excelente texto aqui, já que ele retrata com perfeição tudo o que sinto em relação a esse tipo de atitude.

Sejam bem-vindos.

A porta da minha casa está aberta e logo de cara você entra na minha sala. Decorei tem menos de dois anos e sempre vou fazendo mudanças aqui e acolá. Nas estantes você pode ver meus livros preferidos e de vez em quando algumas músicas. Nas paredes algumas fotos de amigos, de namorado e de mim. 

Na minha casa, que eu abro as portas todos os dias, você pode ainda ver meu guarda-roupa, alguns sapatos, o batom vermelho preferido. Pode ainda saber do meu dia-a-dia, como uma amiga que eu convido pra lanchar e contar as últimas novidades de qualquer dia comum. É assim que são as amigas. 

Na minha sala você pode ainda ver minhas cortinas novas, ou uma nova almofada ou um quadro que eu, provavelmente com muito amor, decidi comprar para decorar. Esta é a minha casa. Na minha casa de portas abertas você pode tudo. Ou quase tudo. 

O que você não pode é rasgar meu tapete, jogar café nas minhas cortinas por pura maldade, me julgar pelas roupas que eu uso e quiçá questionar a bondade da minha alma só por que, por algum momento, eu deixei minhas portas abertas para você. Seu trânsito não é isento de responsabilidade nem de educação.

E metaforicamente falando, meu blog é minha casa. E por isso você, caro leitor, é meu convidado, mas sua educação é convidada também. Por que caso esta minha casa fosse real eu aposto que você não ousaria dizer, na minha cara, com palavras rudes, que eu sou (coloque aqui seus piores adjetivos) só por que você discorda da cor das minhas cortinas, ou dos sapatos que eu compro.

Na vida real somos todos educados (ou a maioria) e pensamos o que vamos falar. Na vida real preferimos ficar calados do que humilhar com palavras chulas a opinião/comportamento dos outros. Na vida real preferimos a delicadeza do silêncio do que a sinceridade extrema da “verdade”. Na vida real nossas verdades são diferentes e mesmo que você não concorde com a cor das minhas almofadas, você não tem o direito de me julgar sem me conhecer, só por que você conhece a minha casa. Certo?

A minha casa (blog) tem as portas abertas. Entre, leia, discorde, concorde, vibre ou ignore. Mas seja sempre educado. Não se ache no direito de dizer seus piores pensamentos e desdenhar (escondido no anonimato) do seu anfitrião, ou sua mãe não lhe deu educação?

Na falta de interesse, simplesmente saia da minha casa e não volte mais, pratique o desprendimento do desprezo mesmo. A porta estará sempre aberta para quem realmente é do bem. E aos que entram pelo simples prazer de magoar meu coração, um aviso: suas palavras vão esbarrar na minha porta imaginária chamada “comentários sujeitos a aprovação.” “

(Fonte: Small Fashion Diary – Obrigada Carol)

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