Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
11 jul 2018, 103 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Nussa, pesado hoje. Vou até tomar um vinho quando chegar em casa. Há um tempo, parei de fazer o Chora porque eu estava ficando mal. É complicado receber casos em que a pessoa precisa de ajuda e eu não ter muito o que fazer. Hoje me senti assim… amarrada, triste, impotente. Não dei conta. Conto com vocês.

Chora 01 – Florzinha

Cony, amo seu blog! Resolvi escrever por que preciso de ajuda. Estou passando por uma crise no trabalho que está afetando a minha vida pessoal.

Tenho 33 anos, trabalho em uma multinacional gigante a muitos anos, que é e sempre foi, um inferno. A empresa em si é ótima, tem excelentes benefícios, mas o dia a dia é infernal, mas me acostumei. Muita cobrança, muita pressão, carga de trabalho e horário pesadíssimos, mas tenho um excelente salário, que me permite ter uma vida bastante confortável.

Em todos estes anos, houveram muuuitos altos e baixos,  fases terríveis, mas nada comparado a fase que estamos passando agora. Trocamos de chefia e a empresa está num processo duro de reestruturação, MUITAS demissões, pressão  insana, as metas estão impossíveis (logo, isto impactou diretamente no meu bolso) e a chefia é muito difícil. Muito, muito, muito difícil.

A nova diretoria é tirana, centralizadora, todo mundo anda trabalhando aterrorizado, os processos estão terríveis e os clientes, emputecidos. E eu acabo sofrendo demais com a situação, por que recebo reclamações de clientes o dia inteiro…além disso, tenho dificuldade em dizer não (porque tenho medo de não ser competente o suficiente) e por causa disso, meu chefe ultra super me sobrecarrega. Eu ando surtada. Ando chateada, engordei, me sinto triste, feia, pra baixo. Tenho vontade de jogar tudo para o alto, mas não posso.

Meu marido está desempregado. E eu tenho sonhos. De ter uma casa maior, de juntar dinheiro, de continuar fazendo as coisas que fazemos. Eu sempre amei o meu trabalho, sempre fui workaholic, mas tenho me sentido desmotivada. Não aguento mais trabalhar todo final de semana, de ser pressionada o tempo todo…Não sei o que fazer. A empresa que eu trabalho é a melhor do meu setor… e saindo de lá, a tendência é que eu permaneça no mesmo segmento, ganhando menos e sofrendo igual… além disso, ramos fora da minha área não pagam o mesmo salário. Eu estou lutando contra o apego que sinto pela empresa, por que além de me sentir grata por tudo que conquistei,  já passei por fases terríveis e elas passaram, pois mudanças no meu ramo sempre acontecem.

As vezes me sinto uma farsa. As pessoas me vêem uma mulher bonita e bem sucedida, mas dentro de mim, eu me sinto feia, gorda, incompetente … eu chego em casa e como, como, como… este ano já engordei 3 kilos. Me sinto péssima, fico mantendo as aparências e dentro de mim está um caos. Eu não sei se insisto e aprendo a levar as coisas mais de boa (o que para mim é dificil por causa do meu perfil) e espero esta tormenta passar… ou se procuro um emprego mais tranquilo, mas eu não sei se consigo lidar com um trabalho mais calmo e que consequentemente me pague menos (gosto de trabalhar e novamente, tenho meus sonhos) ou se sei lá… compro uma bicicleta…rs.

alguém já passou por isto e pode me dar um conselho?

Tudo o que tira sua paz, é muito caro. Vale a pena pagar esse preço? Você tem que por na balança sua saúde mental x dinheiro, até que ponto isso não te faz mal. Talvez ganhar menos, mas ter uma vida mais calma, vai te fazer muito mais feliz. Claro que depois que a gente se acostuma com um padrão de vida, é muito difícil sair dele para algo inferior, mas adianta ter um padrão bem e estar com a cabeça estragada? Como li por aí esses dias: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.” Pra pensar.

 

Chora 02 – Lindinha

Cony! Um belo dia estava me sentindo uma mendiga e joguei no Google “como começar um guarda roupa do zero”…aí te achei e foi amor ao primeiro clique! kkkk Li seu blog TODO e virei sua fã nº 1! Adoro vc e parabéns pelo trabalho!

Meu chora é o seguinte: Namoro um cara há 1 ano e ficamos noivos recentemente. Eu o amo muito, ele me trata como uma princesa, super me agrada, é extremamente carinhoso, atencioso, romântico, etc…mas é extremamente distante e grosseiro com a própria família. Isso tem me incomodado muito!
Ele tem 33 anos e mora com a mãe e com o irmão, que é 5 anos mais novo. O pai dele faleceu há 10 anos. Reclama muito do irmão, que é encostado demais, folgado e vagabundo, não gosta de trabalhar, metido a hiponga. Reclama tbm da mãe, que diz ser fria e distante. Mas venho reparando que o problema é ele. Conversei com a mãe dele esses dias e ela me disse que depois que começamos a nos relacionar ele melhorou muito com ela, mas que tem um gênio desgraçado. Que é extremamente rude, grosseiro e mandão. Reparei que eles não tem UMA atitude de carinho entre eles….eu fico muito chocada com tudo isso, pq venho de uma família meio doida, mas muuuito amorosa. Eles mal se falam..parecem estranhos dentro de casa..quando se falam é pra se estranharem. Pra ter uma ideia, eles não dão nem bom dia um ao outro, nunca vi ninguém trocando um abraço ou uma palavra doce.
Enfim, conversei com ele sobre isso e ele me prometeu tentar mudar. Disse que sente muita falta do carinho deles, que gostaria de ter uma vida diferente, mas que não sabe nem por onde começar. Pensei em tentar fazer eles procurarem uma terapia em família, tipo Constelação Familiar, algo assim, mas sei lá…
Agora que noivamos estou com muito receio de casar, pq sempre achei que se vc quisesse saber se um cara seria bom marido, era só observar como ele tratava a mãe dele. Comigo ele nunca foi assim, mas penso que posso ser a próxima a ser maltratada. Ele age com ela como se fossem patrão e empregada. Comigo é um doce, mas tenho realmente muito medo dele se transformar nisso que é com ela comigo dentro da nossa casa.
Queria a sua opinião e a das leitoras nisso. Será que ele muda ou será que tô entrando numa cilada??

Esteja preparada para a possibilidade dele começar a te tratar como ele trata a mãe. É bem sensato e real seu medo. Mas ao mesmo tempo, não sabemos o motivo dele ser assim. Já perguntou pra sua sogra se ele foi SEMPRE assim ou se foi desencadeado em um determinado momento? O fato dele topar mudar de atitude com a família e de sentir falta de carinho é um bom sinal, ele vê que a situação não é legal. EU, euzínea, no seu lugar, continuaria noiva, mas de olho nas mudanças dele. Até faria um test drive morando junto antes. Vai enrolando, não é porque ficou noiva que tem que casar amanhã. Analise muito antes!

 

 

Chora 03 – Docinho

Olá, Cony. Acho que meu Chora é muito pesado, mas preciso contar em algum lugar. Não tive coragem de contar para nenhum terapeuta e nem para meu namorado, e isso me faz mal, me deixa angustiada. Acredite, está pouco detalhado. Mesmo assim, desculpa o textão rs

Tenho 28 anos e sou virgem. Tenho medo/nojo de sexo. Já tentei transar, mas sinto dor. Ultimamente nem vontade tenho mais, libido zero. A minha ginecologista recomendou que eu procurasse uma sexóloga, mas eu sei qual é o meu problema. Só tenho vergonha/medo de falar.

Tive uma infância muito difícil. Muito mesmo. Passei fome, sofria bullying na escola, apanhava em casa do meu pai bêbado. Nunca tive amigos, de sair e tudo mais. Sempre fui fechada, deprimida, por causa da minha criação, do jeito que vivi. Meu pai tinha comportamentos inadequados comigo. Hoje ainda fico confusa e sinto receio de rotular isso, mas sei que ele abusava de mim. Falava coisa inadequadas para mim, perguntava se eu já tinha “pelinhos”, sempre que eu passava ele esticava a mão para pegar em mim. Já puxou minha mão para eu pegar nele. Minha mãe viu, mas usou a justificativa da bebida para dizer que ele me confundiu com ela. Isso tudo começou por volta dos meus 8 anos. Fora isso ele sempre se masturbava na minha frente. Me dava banho e eu não lembro o que acontecia, só sei que me sentia muito incomodada e não gostava. Depois de adolescente os olhares dele sempre me incomodaram. Ele reparava no meu corpo, dizia que eu tinha “bundão”. Eu só usava roupas largas em casa, nunca usava shorts nem nada que mostrasse muito meu corpo. Fora tantas outras situações de abuso físico e psicológico. São tantas coisas, tantas situações. Não dá para contar todos os detalhes, mas é por tudo isso, Cony, que eu sempre tive vergonha do meu corpo. Nunca me senti à vontade sexualmente porque me lembro de tudo isso, mesmo que inconscientemente. Quando meu namorado comenta sobre meu corpo fico incomodada. Não consigo usar roupas justas nem curtas até hoje. Continuo me escondendo. Sinto muita culpa por tudo que aconteceu.  Não me sinto mulher como deveria. Quero muito me libertar de todos esses sentimentos e ser uma mulher normal. Acho que é minha maior vontade.

Tem 1 ano que moro sozinha. 1 ano que tive coragem de sair de casa. Mas isso me incomoda muito ainda, todas essas lembranças. Acho que só sentirei paz quando ele morrer. Evito ir visitar minha mãe por causa dele e de todas as lembranças que aquela casa me traz. Ninguém desconfia de nada da minha vida, porque aparento ser uma pessoa feliz e que teve uma infância de mimos e cuidados. Não gosto e não quero parecer vítima, por isso guardo tudo para mim. Mas isso me faz muito mal.

Na verdade esse Chora é mais um desabafo do que um pedido de conselho rs Precisava falar isso em algum lugar. Obrigada pelo espaço!

Ps: faço terapia há anos, tomo remédio para ansiedade. Meu problema é conseguir contar para alguém. Acho que com isso poderei me sentir mais aliviada.

Minha linda, vem cá, aliás vem todo mundo: ABRAÇO COLETIVO AGOOOOOORAAAAAAA! Nem sei o que te falar, tô com os olhos cheios d’agua aqui, como queria poder te ajudar!!!!! O que posso fazer por você? Me diz??? Se queria contar pra alguém para se aliviar, está contando e tenho certeza que as meninas vão ser solidárias com você. Me promete que nunca vai largar a terapia?? Pense numa vida nova, por mais que tudo pareça muito difícil, você é uma pessoa amada, certeza que é linda, forte, determinada, independente, uma mulher merecedora do amor e uma vida cheia de felicidades. Não sei o que sua terapeuta diz, mas dependendo do tipo de namoro que você tem (me refiro a maturidade e confiança), contar para ele não seria uma possibilidade? Pode ser um cara muito bacana que vai reprogramar sua cabeça e tirar de você a idéia que sexo é algo sujo e feio. A superação de algo tão pesado assim é um caminho longo, ainda mais vindo de um ser que deveria ser o exemplo de homem na sua vida. Ele NÃO é exemplo, ele é EXCEÇÃO, jamais considere as ações dele como algo NORMAL, NUNCA PENSE QUE FOI SUA CULPA ou que você provocou isso de alguma maneira. Infelizmente isso é mais comum do que se imagina, e contar, falar sobre o que aconteceu, é um dos caminhos para aliviar a alma. Estamos com você!

 

 

 

Pesquisei um pouco sobre abuso sexual infantil e achei matérias bem interessantes. Acho válido todo mundo dar uma olhada, pelo menos nesta aqui, que ensina a interpretar desenhos infantis. LINK É aterrorizante, mas infelizmente muito mais comum do que se imagina.

 

  • CHORAS LIBERADOS! Pode mandar seu mail com sua dúvida, angústia ou desabafo para constanza@futilish.com e no assunto coloque CHORA QUE EU TE ESCUTO. Estaremos aqui prontas para ler, palpitar, aconselhar e ajudar.

 

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103 comentários em “Chora Que Eu Te Escuto!”
  1. Giovanna Silva11/07/18 • 17h15

    Docinho, lamento tanto, mas tanto, que você tenha passado por isso… Sei o tanto que as feridas deixadas na nossa infância são difíceis de serem curadas, mas você já está no caminho certo que é a terapia, tenta falar pra sua terapeuta assim como falou pra gente, mostra esse texto pra ela se vc ainda não consegue verbalizar, tenho certeza que ela irá te entender e te nortear nisso… e não se esqueça nunca, você é vítima e não culpada! Receba ai meu abraço cheio de amor e compreensão! E assim como a Cony, me coloco a disposição pro que precisar, mesmo que seja só pra desabafar! <3

  2. Mari11/07/18 • 17h22

    Docinho, também fui abusada na infância e me sentia como você. Levei 15 anos para admitir o que tinha acontecido e procurar ajudar, e mais um bom tempo pra conseguir falar com o psicologo sobre o assunto. Vale a pena o esforço! Tente se abrir, o terapeuta não vai poder te ajudar se você omitir algo tão grave. Melhorei muito depois da terapia (ainda falta muito, é verdade, o caminho é longo e tortuoso). Uma coisa que me ajudou, foi ter acesso a histórias parecidas, porque eu me sentia a pior pessoa do mundo, mas vi que a situação é tão mais comum do que imaginamos, que a maioria opta em manter em sigilo por vergonha, para não ser “marcada” pela sociedade. Mas, existe luz além desse tormento!
    Fique bem! E sinta-se abraçada! Bjo

  3. Naty11/07/18 • 17h41

    Chora 3
    Muita força para você e para todas as pessoas que passam ou passaram por isso. Parabéns pela iniciativa da terapia e por contar aqui no blog. Uma coisa que pensei com a sua história: se você passa por isso e está tentando resolver e superar eu não me sinto no direito de pensar que eu tenho um problema. Você me deu força, vc é uma guerreira e eu quero ser também. Beijos, muita força e muita energia positiva para que você consiga retirar todos os obstáculos que estão no caminho da sua felicidade.

  4. Rita11/07/18 • 17h44

    Choras muito pesados Cony, muito mesmo…
    Pra primeira moça, do Chora 01, eu diria que quanto mais você ganha, mais você gasta, isso é fato!! Nenhum emprego, nenhum salario vale mais do que nossa saúde mental e física também…considere poupar um pouco, apertar os cintos mesmo, fazer um pezinho de meia e procurar outro emprego, com calma, com tranquilidade, sem desespero, afinal você está empregada.Não precisa sair do seu emprego atual para procurar um outro. Coloque seu currículo a disposição nesses sites de emprego, tipo Catho, ou Vagas.com… Faça network! As vezes você pode se surpreender sabe? Aí, SE aparecer uma oportunidade interessante, você analisa, vai na entrevista por que não? E vê se vale apena ou não…Eu mesma já deixei um emprego por outro que pagava menos, mas que era muito proximo de casa e só ganhei com isso…
    Beijos e boa sorte
    PS Pense bem se toda essa pressão vale mesmo a pena…

  5. Ana Luisa11/07/18 • 17h50

    Chora 02: será que ele não age assim como forma de se distanciar (e punir) de algo que o incomoda? É ele quem banca a família? Talvez, apesar de achar que é o correto a fazer, no fundo ele se sente explorado pelo irmão e pela mãe e age inconscientemente desta forma, já que não consegue se afastar da responsabilidade. Está certo? Não, mas nem sempre somos evoluídos o suficiente

  6. Denise11/07/18 • 17h53

    Florzinha, força na leruca e MOVE ON!!
    O que tu tens que fazer PRA ONTEM é buscar uma boa equipe de headhunters para te recolocar. Existem empresas especializadas em cargos estratégicos e normalmente fecham contrato de garantia de recolocação em um prazo “X”. Quando surgir algo que te pareça interessante, manda esse chege catar coquinhos!! Aliás, você e seu marido podem buscar esse serviço de headhunter também. Se já buscou e não deu resultados, proxurem outro profissional, mas não desistam! Gastar algum dinheiro com isso pode te colocar em outro momento da vida em algum tempo. O que não pode é tu passar o resto da tua vida sofrendo por conta de um conforto salarial. A diferença de um salário um pouco menor e o que está ganhando hoje pode ser o que tu vais gastar rm remédios e terapia se continuar no mesmo lugar.

  7. Ana11/07/18 • 18h00

    Docinho,
    existem outras formas de você contar algo a alguém que não seja falando… como isso que você fez.. escrevendo.. acho que se você se sente melhor e consegue dessa forma, você deveria cogitar escrever uma carta e entregar para sua terapeuta… e fala, na proxima consulta podemos conversar sobre isso.. e seja sincera, conte tudo e fale que não sabe como lidar com isso, falando..
    ela é a melhor pessoa para te ajudar, com certeza irá saber abordar o assunto “pouco a pouco”, ir acessando essa região obscura do seu inconsciente.. e profissionalmente.. você sabe que aquilo estará seguro enquanto você não estiver pronta pra contar.. espero de coração que você encontre sua cura! Você é vitima da situação e merece achar a felicidade!

  8. Daniella11/07/18 • 18h03

    Chora 3.

    A culpa nunca é da vítima!!!!!
    Procure conversar isso com seu terapeuta.
    Passei por uma situação ruim na infância com um vizinho e sinto que a terapia ajudou muito. Falar ajuda a expulsar nossos fantasmas e começar uma nova etapa. Espero q a terapia te ajude a dar um novo significado ao sexo.
    Forte abraço :*

  9. Juliana11/07/18 • 18h04

    Chora 1- tu relatou o meu passado até junho. Também trabalhava em uma multinacional a 15 anos, benefícios maravilhosos (14 salário, PLR de 4 salários e por aí vai), trabalhando no que me formei, enfim, tudo um “sucesso”. Nesses 15 anos sempre guardamos dinheiro e conseguimos comprar nosso ape em 2013 e quitar ele este ano. Não tenho carro, tinha condições de viajar pro exterior todo ano, uma carreira “exemplar”. Em dezembro do ano passado comecei a me sentir infeliz no trabalho, ia reclamando, ficava de cara fechada e achava tudo um saco e eu sempre curti trabalhar. Mais uma coisa: meu marido ta desempregado a mais de 1 ano então seria impossível eu sair ne? Esperei até junho depois de vários ataques de pânico, ansiedade, tristeza, tudo junto. Fiquei 2 semanas de atestado e no dia 18/06 pedi demissão, sem acordo nem nada. FOI A MELHOR COISA QUE FIZ NA VIDA. A sensação é que tu ta caindo sem ter uma cama elástica lá embaixo, mas ela ta lá e bem grande. Nunca te esquece que a qualidade de vida e a tua saúde vale muito mais que qualquer coisa. Estamos usando nossas economias e daqui uns meses volto a procurar emprego. Não tenho medo de trabalhar, então se não for na minha área não tem problema. Desde que eu fique em paz. Tenho certeza que com a experiência que tu adquiriu tu consiga um novo emprego. Sucesso!

  10. janaina11/07/18 • 18h18

    Pro chora 2:
    Não acredito que ele vai necessariamente desencadear de ser grosso e todo o mais
    Muitas relações familiares são difíceis, eles devem estar no automático e não percebem.
    Acho que vc deve ir com calma, aos poucos a família dele vai melhorando, se tornando mais harmoniosa, vc tem um papel importante em melhorar isso, mas não com situações impostas.
    Acho por exemplo que uma oportunidade são os aniversários, datas comemorativas, presentinhos, abraços, aos poucos as coisas vão acontecendo.
    A gente busca numa relação o que teve e o que não teve na família, e ele deve sentir falta de viver situação harmoniosa em casa, então quer construir uma melhor contigo.
    Eu falo que lá em casa era um terror, brigávamos sempre de irmãos e todo e mais, xingamento pesados. Eles sempre tratando bem os outros e dentro de casa aquela brigaceira… então acho que nossa família ía no automático, pai e mãe largados demais, sem percepção das coisas.
    Meus irmãos casaram e são uns doces na casa deles, com os filhos.. nossa relação melhorou tbm.. na realidade esse afastamento melhorou pra todos, mas foi aos poucos.
    Então eu diria pra vc ficar de olhos abertos como a cony disse, mas dar créditos pra ele… se ele não demonstra nada (possessividade, irritação com vc) a relação difícil pode ser apenas com a família mesmo;
    enquanto isso, propor essas ações de mudança entre ele e a família dele e ver se ele está aplicando.. que brigaceiras, tratamento rudes não levam a nada…
    Ele precisa apresentar melhorias com os familiares tbm.
    boa sorte

  11. Flavia11/07/18 • 18h19

    Difícil não se manifestar diante de uma declaração dessas.
    Docinho,
    Falar é muito difícil mesmo, mas você só conseguirá encontrar a verdadeira ajuda que está buscando se a outra parte souber o que realmente te aflige. Seja a terapeuta, um grupo de ajuda de pessoas passaram por situações semelhantes ou alguém próximo, ou todos eles, enquanto não souberem a verdade não terão a real oportunidade de te ajudar. Vc já encontrou o caminho, escrever… Mande uma carta para terapeuta e exponha inclusive a dificuldade de falar sobre isso, tente algum grupo de pessoas que já passaram por isso para te amparar e mostrar que não está sozinha, não está distorcendo nada e não tem culpa nenhuma. Acredito que questões dessa complexidade poderão ser melhor abordadas por profissionais, então eu começaria com o terapeuta.
    Aproveite essa pontinha de coragem de expor a questão aqui e dê o passo seguinte com alguém realmente capacitado para te ajudar. É muito para vc lidar sozinha! Escreva ou mostre o que já escreveu para seu terapeuta.
    Um abraço bem apertado e um forte desejo que vc consiga dar o próximo passo em direção a sua cura mental! Quando esse nó começar ser desfeito, todo resto fluirá naturalmente.

  12. Priscilla11/07/18 • 18h22

    Docinho,
    Sinto muito pelo que passou. Muita força pra você!
    Por motivos bem diferentes (religiosos e criação) tinha também problemas em me relacionar e sentia muita dor na relação sexual. Descobri que tinha dispareunia e um leve grau de vaginismo. Comecei a tratar com uma fisioterapeuta pélvica (uroginecológica) e minha vida mudou. Vou deixar aqui um site com lista desses profissionais pelo Brasil. Estou a disposição se quiser conversar 🙂 E como a Cony falou, nunca pense que a culpa foi sua e nem se envergonhe do seu corpo.

    http://vaginismorumoacura.blogspot.com/2014/11/lista-de-profissionais.html?m=1

  13. Diana11/07/18 • 18h25

    Como é difícil ser mulher, como é triste perceber o quanto sofremos nessa sociedade machista. Docinho, antes de qualquer coisa, tenha sempre em mente q vc nunca teve culpa de nada e nunca deu motivos pra que algo acontecesse. O problema está no seu pai. Vc precisa se abrir com a sua terapeuta, somente falando sobre o q aconteceu é q vc irá começar a superar.

  14. Aline11/07/18 • 18h34

    Chora 2: Passei pela mesma situação quando era mais nova, ele me tratava como princesa, flores, presentes, não saia de perto de mim, todos ficavam bobos com tanto “amor” mas a relação com os pais era esquisito demais. Uma vez ele disse que queria empurrar o pai pela escada, o mesmo tinha tido um AVC…o tempo foi passando e ele mostrou quem era, frio, calculista, egoista e com certeza não tem sentimentos por ninguém. As vzs achamos que certas atitudes é de quem ama mas na verdade é uma máscara. De verdade, pula fora, ninguém muda por ninguém, achei forte a forma como vc disse que ele trata a mãe, mãe é mãe, independente de qq coisa…hj meu marido não me dá flores, não me cobre de presentes mas pensa num amorzinho, numa pessoa generosa com tds, trata a mãe como rainha mesmo ela não merecendo (não é papo de nora que não gosta da sogra não, pensa numa mulher ruim e mesmo assim, ele faz de tudo por ela). Boa sorte minha flor, te desejo coragem e sabedoria.

  15. Marilia11/07/18 • 18h34

    Que histórias! sintam -se todas abraçadas…
    Escrevo porque queria tbm dar uma devolutiva para a Cony: que retorno bacana você deu, super adequada, carinhosa… Mas tbm pontuando coisas importantes. Muito legal ter colocado o material sobre abuso sexual tbm.
    Parabéns, Cony! E mais um abraço bem apertado à Florzinha, Lindinha e Docinho!

  16. Pricila11/07/18 • 18h39

    Chora 1

    Querida, se joga na vida… nenhum sucesso pode ser maior do que qualquer fracasso emocional ou na família… se custa sua paz, é caro demais, não vale a pena.

    Chora 2

    2 possibilidades pra você: conseguir ajudar esse cara a ser uma pessoa melhor (mande ele fazer terapia!) Ou ele começar a te tratar como trata a família dele (possibilidade mais provável)… ele tem problemas e em algum momento vai sobrar pra você! Agora você tem que avaliar se está disposta a pagar o preço!

    Chora 3:

    Parabéns pela iniciativa de contar!!! Agora você precisa contar pras pessoas certas: primeiro, seu terapeuta (nunca abandone a terapia). Talvez conte para o seu namorado, dependendo a relação de vocês. Por último, conte pra Deus! Diga como se sente… chame-o pra sua vida! Ele sabe o que fazer, sempre!

    Cony, força, garota!!! Não desista do chora! Você não faz idéia da força disso tudo! Que Deus te dê direção!

  17. Camila11/07/18 • 18h52

    Docinho, primeiramente sinta se abraçada. Leve esse texto que vc enviou aqui pra sua terapeuta e ela com certeza saberá usa lo no seu processo terapêutico. Desejo que vc consiga se libertar de todos essas dores do passado e tenha uma vida mais leve. Seja forte!! Você conseguirá!

  18. Camila11/07/18 • 18h58

    1. Sou o oposto de vc amiga prefiro me esforçar pouco e ter uma vida leve mas quebrada, pouco dinheiro. Se vc gosta do dinheiro amiga engole o drama.
    2. More por dois anos antes de casar com ele.

  19. Estou aqui!!11/07/18 • 18h59

    Queria dizer a docinho que gostaria muito d ajuda lá!! Nem de longe passei por problema como os dela mas tenho dificuldades de relacionamento com meu pai, e trato isso com análise porque só enfrentando esse medo é que vou conseguir ser livre. O fato de seu pai vir a morrer não vai te livrar da sombra dele. Procure um analista e se permita se ajudar.. se permita não ter vergonha de colocar isso pra fora. Se precisa apenas desabafar e conversar, a Cony consegue fazer essa ligação! Minha experiência de alguns anos de análise pode talvez despertar em você a vontade de de permitir ser feliz!! Um beijo grande e todo o carinho a você!

  20. Izabela Grambela Ribeiro11/07/18 • 19h06

    Docinho, como vc é uma. Mulher incrível, sua coragem de compartilhar essa história foi um exemplo pra mim! Espero que você consiga buscar a ajuda que precisa!

    Abraços cheios de carinho pra vc!

  21. Amiga11/07/18 • 19h08

    Chora 3: tb sinto q só vou me sentir livre qdo ele morrer.
    Tb não gosto de ir na casa da minha mãe e sempre q vou preso cabelo, fecho a blusa, tiro a maquiagem…..
    Mas fui o oposto de ti, fora de casa fui sexualmente extremamente ativa.
    E na minha opinião contar pra alguém não vai fazer vc se sentir melhor, vc vai olhar na cara daquela pessoa aquilo q vc não queria q existisse. Eu prefiro enterrar o passado. E me considero bem Feliz. Meditar, natureza, respirar atentamente me ajudam a apagar quando minha mente, emoções,sensações se lembram. E quanto mais eu medito mais eu sou livre. Não sei se funciona pra ti. Mas eu me conecto mais com a minha alma e menos com essa pessoa, personagem, que vive essa vida, essa encarnação. Sabe vc não é o q acontece com vc, vc é luz, amor, eternidade, harmonia e felicidade. E assim vc vai se desapegado das coisas materiais. Mas eu não me livrei e acho q nunca vou me livrar do passado. Mas sou feliz, casada e sexualmente mto feliz.
    Acontece com mta gente sabia. E tá tudo bem. É passado. Vc tá aqui, agora
    E aqui é pleno e feliz!

    • Constanza11/07/18 • 19h29

      Sem palavras pra vc!!!! Chorei de novo

  22. Amanda11/07/18 • 19h08

    Para o chora 3:

    Eu sinto muito pela sua dor. Eu sei o quão difícil isso pode ser. Já fui abusada por um tio, por anos não disse nada a ninguém. Quando consegui falar disso com meu atual namorado, me senti extremamente melhor, em relação ao sexo, em relação a tudo. Ainda tenho muito receio de falar para outras pessoas, não faço terapia, mas o que me ajuda muito é enxergar minha falta de culpa. Ainda vivo fugindo dessa pessoa, me afastei de um tia amada por isso. Acho que ela sempre vai pensar que eu deixei de amã-la. E torço para o dia que ele possa morrer para que eu volte a conviver com ela. Não é estranho? As pessoas diriam: denuncie! Eu não consigo falar, eu não consigo agir. Por isso te entendo, por isso só posso dizer que não se sinta tão mal, não seja tão dura com você, nada disso é sua culpa. Desejo muita força pra você, desejo muito amor, desejo que você possa ter a vida que sonha!

    • Constanza11/07/18 • 19h27

      Eita que deu um nó na garganta aqui…

  23. Camilla11/07/18 • 19h14

    Meu recado é pra Lindinha. Amiga, vc descreveu o meu esposo! Só que como marido ele é maravilhoso. Ele não se dá bem com a mãe pq apanhou muito quando criança e isso reflete na relação deles até hoje.
    Tente descobrir o motivo desse caos.

    Bjs

  24. Bruna11/07/18 • 19h21

    Docinho! A culpa nunca será sua! Se esforça e conta isso pro seu terapeuta! Ou talvez procure um longe da sua cidade, que vc se sinto mais a vontade por não conhecer, não ver e tal! Tenho uma amiga que não conseguia ter relações por isso TB, mas ela superou e hoje é casada e tem filhos! Você consegue!!! Tô na torcida!!!

  25. Isa11/07/18 • 19h33

    Oi docinho,

    Me inspirei na moça que falou que também passou por isso e quero te contar que isso também aconteceu comigo, com um tio e minha família nunca percebeu. Eu fazia terapia por conta da minha ansiedade e em uma época isso começou a me incomodar muito, porque a minha família ia em todas as férias e feriados para casa desse tio, e mesmo eu implorando eles sempre me obrigavam a ir. Eu chamei a minha mãe em uma sessão e contei para ela e a psicóloga, chorei demais, minha mãe chorou demais, mas foi um grande alívio. Eu me sentia culpada e suja, mas aos poucos fui entendendo que eu nunca tive responsabilidade por isso, a culpa é SEMPRE do abusador.

    Contar para a minha família foi um grande alívio, eu tive muita vergonha, mas a libertação valeu a pena. Quanto a dificuldade com o sexo, eu também passei por isso. O que me ajudou foi muita terapia, muito amor e muita paciência comigo mesmo. O processo todo é doloroso, mas é libertador.

    Eu espero do fundo do meu coração que você consiga se abrir com alguém . Conte com as minhas orações.

  26. Aline11/07/18 • 19h39

    Docinho, conta pra sua terapeuta já! Se vc não tem coragem (e eu te entendo, pq tbem tenho vergonha de falar algumas coisas com minha terapeuta) mas te garanto que é libertador! se vc não consegue falar, escreva uma carta pra ela, ela vai entender seu momento.
    Outra coisa que vc precisa ter em mente: A culpa não é sua, não é do seu corpo, não é das suas atitudes e não é da sua sexualidade, a culpa é unica e exclusiva do abusador. Ele que tem que ter essa carga e não vc. Só em escrever pra cá vc já deu um grande passo, mas precisa dar mais um que é contar pra sua terapeuta. bjus

  27. Jessica11/07/18 • 19h42

    Caso 1:
    Tenha calma, não abandone seu emprego, hoje em dia muitas pessoas estão com estafa do trabalho e é o usado o termo Bornout! Muitas pessoas gostariam de alcançar seu cargo que tanto batalhaste para alcançar! Deus só bota o peso que podemos carregar!

    Caso 2:
    Menina tem gente muito fingida nesse mundo! Eu ficaria de olho nesse boy e nessa sogra, algum dos dois está fingindo!

    Caso 3:
    Por favor, não se deixe abater por isso, sexo pode ser vivido com amor, carinho e respeito! Deixe que a sombra desse mostro covarde lhe apague por mais anos! Você já está na terapia, tente entrar nesse assunto da sexualidade aos poucos! E criança nenhum eh culpada por isso!

  28. Glaicy11/07/18 • 19h46

    Dpcinho, sinta-se abraçada por mim neste momento. Minha vontade é de te proteger de tudo, mas isso não posso fazer. Não pense que foi culpa sua, nunca foi. Só peço que Deus possa trazer paz ao seu coração e que vc tenha uma vida super feliz, deixando o passado lá atrás. Vc faz sua vida daqui pra frente. Torço para que conte ao seu namorado, aposto que, sendo ele uma pessoa boa, vai poder te auxiliar muito. Confie nele. E acho que seria válido contar a um profissional. Vc estará nas minhas orações. Super beijo.

  29. Naiara11/07/18 • 19h58

    Li o chora 3 e me deu um nó na garganta, uma agonia, uma raiva desse homem… Aí venho nos contrários e tem mais mulheres relatando abusos,dói na alma saber que tantas crianças passam por isso, que dor!! Sinto muito moça do chora 3 por tudo que vc passou, mas por favor se obrigue a contar isso na sua terapia, vc pricisa por isso pra fora, vc pode achar que não é forte o suficiente pra isso, mas vc é sim, e por favor não se sinta culpada, vc foi vítima e infelizmente pelo homem que deveria cuidar de vc, mas vc é forte, vc não tem culpa e pode se libertar desse passado ruim. Se cuida, não deixa o seu passado punir o seu presente nem seu futuro… Tenho certeza que vc é uma mulher forte, linda e capaz de sair dessa, e rezo pra que um dia fique tudo em paz sua vida ❤️

  30. Cyntia11/07/18 • 19h59

    Docinho, desejo muita luz na sua vida. Sinta todo o carinho e energia positiva que estamos te enviando. Acho que a oração e a fé são aliadas poderosas em situações muito críticas como essa, independente de qual crença ou religião você segue. Acredite, você não tem nenhuma culpa, era apenas uma criança, um anjinho. Na verdade, você foi vítima de uma pessoa doente. É triste, mais muitos pais são doentes e causam diversos traumas emocionais em seus filhos. Além da ideia de desabafar com sua terapeuta sobre isso através de uma carta, acredito que se afastar totalmente do seu pai pode te ajudar a recomeçar uma nova vida e construir uma história diferente. Você nasceu para ser feliz, estar cercada de amigos, viver momentos maravilhosos, amar e ser muito amada. Não deixe que essa situação terrível e injusta que você viveu defina negativamente toda a sua vida. Pense que você já venceu, você já está liberta do perigo, não sofrerá mais nenhum abuso. Você já deu três passos muito importantes: procurou a terapia, se mudou da casa dos seus pais e nos contou o seu problema. É uma mulher muito corajosa e vai superar tudo isso. Não pare a terapia. Se não conseguir se abrir com essa, tente outros profissionais e métodos. Nós estamos torcendo pela sua felicidade. Beijos!

  31. Andréa Costa11/07/18 • 20h20

    Sem palavras para o último relato.Que triste saber que muitas mulheres são abusadas por quem deveria proteger.Que Deus abençoe vocês.

  32. Cecília11/07/18 • 20h54

    Chora 01
    Miga, super te entendo. Passei por uma mudança profissional que me deixou com a situação um tico parecida com a sua. Só te digo uma coisa: a Cony (como sempre) tem razão. Se está tirando sua paz, seu sossego, sua saúde, então repense pq não está valendo à pena. Se ainda não pode sair do emprego, aguente mais um pouco até poder encontrar outra vaga e seja feliz com menos. Menos dinheiro, menos estresse, menos problemas, menos aborrecimentos, menos peso (rsrsr).

  33. Thaís11/07/18 • 21h03

    Sobre o Caso 2 – Lindinha : Minha visão é diferente de todos os comentários anteriores, porque me encontro no lugar do seu noivo.

    Primeiramente, temos que pensar que você e sua sogra/cunhado são pessoas completamente diferentes, com histórias diferentes; além do que temos que acabar com essa visão romanceada sobre a maternidade, a família acima de tudo…todos nós somos passíveis de ter problemas com todas as pessoas, porque a família é algo intangível? São indivíduos também, que pela extrema convivência são passíveis dos mais diversos conflitos/erros!

    Não sabemos qual é a história de vida do seu noivo, mas ele pode ter passado por inúmeras situações que o levaram a ter este tipo de atitude/comportamento com a família. Digo isso com absoluto conhecimento de causa, sei o que vivi/vivo com a minha família, e após contar tais fatos ao meu namorado, ele entendeu perfeitamente as minhas razões para agir da forma que eu ajo…

    Não podemos julgar questões alheias, baseadas nas nossas experiências pessoais; Logo, é muito fácil falar “fuja amiga” quando se teve um lar harmonioso…

  34. Babi11/07/18 • 21h16

    Florzinha, a vida da gente é feita de escolhas. Quando tive meu filho, há 3 anos, abri mão de uma gratificação de 7 mil reais pra poder trabalhar menos e vê-lo crescer. Acho que foi a melhor coisa que pude fazer por mim mesma. Trabalho meio período, vivo no cheque especial, mexe e vira faço um empréstimo… e nunca fui tão feliz, sabia? Dinheiro não é tudo na vida! 🙂

    Lindinha, meu marido tem uma família muito diferente da minha. São 4 “filhos únicos”. Ninguém destrata ninguém, mas é tanta indiferença entre eles, que às vezes me assusta (pra você ter noção do que estou dizendo, ele e um dos irmãos chegaram a ficar 6 anos sem conversar, dividindo o mesmo quarto). Na minha família somos muito ligados e extremamente amorosos. Na dele, ninguém tá nem aí pra ninguém… e está tudo certo! Converso com minha mãe várias vezes por dia… ele acha suficiente falar com a mãe 1x por semana (e muitas vezes por mensagem). Mesmo sabendo disso, me casei. Estamos há 17 anos juntos (há 9 anos, casados). E acredite se quiser: ele é um marido maravilhoso e um pai excepcional (digo, sem medo, que ele é o melhor pai que já conheci!). E sabe a qual conclusão que eu cheguei? Que é difícil demais a gente dar aquilo que não recebeu. Como podemos cobrar de um homem que não recebeu carinho, que seja carinhoso? A medida em que fomos construindo a nossa relação e que ele foi vendo como é bom dar e receber afeto, surgiu uma nova pessoa. Somos distante da família dele. Nos encontramos esporadicamente (tipo 1x por mês). E quer saber? Não sinto falta. Acho que tem muita coisa no passado deles que eu não sei. Muita mágoa, muito ressentimento… Mas isso é um problema deles. Não meu. Resumo: Se seu noivo não é amoroso com a família, ele deve ter os motivos dele. E isso não significa que ele não será um bom marido.

    Docinho, que vontade de te passar meu zap pra você poder desabafar sempre, quando quiser! 🙂 Sinta-se abraçada!

  35. Bi11/07/18 • 22h44

    Cony como sempre maravilhosa! Parabéns!
    Sobre caso 2: amiga te contar o que aconteceu comigo, meu ex namorado era um amorzinho comigo, um doce, do tipo q as mães sonham para as filhas. Depois de muito tempo conheci a família dele, ele era bem mal educado, se achava demais, enfim um horror. Ao longo do namoro(depois de uns 3 anos) ele começou a mostrar a cara, brigava comigo sem motivo, vivia dando DR, gritava. E logo depois eu ganhava presentes (me encheu de ouro). Não aguentei e dei um pé na bunda, pq ele começou a mostrar o que de verdade era. Minha mãe sempre disse q devemos observar como o namorado trata a família no geral, principalmente a mãe. Então te digo q os sinais estão aí presentes, tem algo de errado e é melhor vc descobrir primeiro antes de casar.

  36. Maise12/07/18 • 00h31

    Chora 1:
    Querida isso que você está vivendo não é uma crise e sim uma mudança de paradigmas e de consciência que passa no planeta. Te aconselho a ler o livro “O propósito” de Sri Prem Baba e quem sabe achar resposta pra essa pergunta: o que me motiva a acordar todos os dias de manhã e seguir feliz na vida?

  37. Mila12/07/18 • 00h35

    CHORA 2
    Acho válido você tentar melhorar a relação dele com a mãe e o irmão, afinal é muito mais saudável viver num ambiente com relações amorosas e leves MAS …. vai com calma amiga por que, caso contrário, ele pode acabar se afastando de você. Eu me dou muito bem com meu pai, ele é casado com minha mãe e é meu melhor amigo, mas… sempre tive problemas com a minha mãe,moramos na mesma casa e não damos nem bom dia uma pra outra; eu viajo e ela só fica sabendo quando já estou no meu destino e por terceiros; evito ao máximo falar dela pras pessoas e só uns cinco amigos frequentam minha casa. Muitas pessoas já vieram me perguntar se minha mãe era viva.E sabe porque? eu sofri todo tipo de abuso psicológico ( desde que eu me entendo por gente) que você possa imaginar, comparações, humilhações, difamação ( chegou ao ponto das crianças da rua serem proibidas pelos pais de ficar perto de mim).Ahh! tem a parte das agressões físicas também… ela já tentou me matar com uma faca. Quando eu fiz 15 anos não convidei nenhum amigo da escola ( eu estudava em outra cidade e ela não conhecia ninguém pra me difamar lá) eu não queria da a chance dela estragar as amizades q eu tinha conquistado. Eu tentei o suicídio duas vezes quando adolescente, fui extremamente retraída e agressiva com todo mundo; não conseguia dormir com porta aberta, nem numa posição que não conseguisse olhar a porta, minhas costas tinham sempre que estar voltadas pra parede porque tinha medo dela me atacar durante a noite. Quando me diziam que eu devia tratar ela bem afinal era minha mãe aquilo me doía muito. Me afasto de qualquer pessoa que tenha esse discurso por que relações familiares não devem ser mantidas só porque existe um laço sanguíneo. Eu guardo esse segredo até hoje mas enterrei esse assunto e quando decidi fazer isso minha vida mudou. Hoje sou extremamente carinhosa e feliz . Aaah!! eu também comecei a juntar dinheiro pra ir morar bem longe dela. Hoje minha relação com a minha mãe é ótima… moramos na mesma casa e não nos falamos, ninguém na cidade sabe que ela é minha mãe; eu finjo que ela simplesmente não existe e sigo vivendo longe das maldades dela. Te contei tudo isso porque talvez seja o caso do seu noivo. Ele tem os motivos dele pra não se dá bem com a família e talvez esse motivo seja muito doloroso pra ele. As relações familiares nem sempre são saudáveis e se não são é melhor não mantê-las. Antes de sugerir qualquer tipo de tratamento pra família dele procure escutar o que ele tem a dizer sobre o assunto e no tempo dele, alguns assuntos são difíceis de serem verbalizados. O fato dele ser um ogro com a mãe não quer dizer necessariamente que ele será um ogro contigo.

  38. Maise12/07/18 • 00h44

    Docinho: o que tenho pra te dizer é o que eu diria pra minha filha. Infelizmente o sofrimento é um chamado grande para a verdade maior da vida que é a espiritualidade. É maravilhoso que você esteja fazendo terapia e que tenha saído de casa, mas como você mesma diz não resolveu seu problema. Se você vive em cidade grande procure o movimento AwakenLove e você será encaminhada, eles têm terapeutas treinados e focados na espiritualidade como uma forma de viver a vida. Se vc não tiver acesso apenas Google Sri Prem Baba ou busque nas redes sociais e você vai achar o que precisa pra se curar desse trauma. Confie. E se possível não culpe sua mãe por não proteger você ( eu sei que é difícil) ela também é uma vítima da própria ignorância. Sinta se muito acariciada e compreendida por mim, como você pode ver o seu problema é muito mais comum do que você pensava. Beijo grande!

  39. Fabiana12/07/18 • 00h51

    Docinho…
    Primeiro: um abraço forte! Tô te enviando agora mta energia de amor!
    A culpa não é sua… nem de nenhuma criança que tenha passado por coisa semelhante.
    Cuide de vc com todo amor desse mundo… se aceita sugestão, tente a constelação familiar e microfisioterapia. Procure bons profissionais em sua cidade e experimente… te digo que é qse milagroso! Vc precisa seguir em frente… a constelação vai te ajudar! E continue c a terapia tb… fique bem, Amada…estamos com vc!

  40. Cris12/07/18 • 01h02

    Chora 3: não imagino como você se sente por ter sido algo dentro da sua família, mas sei o quão difícil é falar sobre isso. Quando eu era adolescente, meu melhor amigo quis me estuprar. Éramos muito amigos, a irmã dele continua sendo minha amiga, mas por muitos anos, não consegui contar para ninguém, apenas recentemente consegui dizer ao meu marido (ela nunca soube). É muito dolorido, mas não deixe que ele estrague mais a sua vida do que já fez, não permita que ele continue a abusar de você em pensamentos. Há muita gente que vale a pena, não jogue a sua vida fora pelas atitudes cruéis de outra pessoa, você não tem culpa disso.

  41. Renata12/07/18 • 01h11

    Florzinha,
    Sei o que você está passando e as dúvidas que surgem, as soluções que parecem perfeitas e no momento seguinte perdem o brilho. Eu trabalho numa empresa há 11 anos que consome minha saúde! Sim, esse tempo todo e a vontade é de largar tudo de uma vez, mas tem a questão de salário, benefícios que eu não encontro fácil em outro lugar. O resultado desses anos passando raivas, engolindo sapos se concretizou em câncer de mama. Sim, meu desgaste emocional e psicológico se transformou em doença física e grave. Operei, fiz radio e estou pra voltar a trabalhar ainda esse mês e só de pensar tenho crise de choro. Mas como largar um emprego estável, salário que paga minhas contas, plano de saúde e me jogar no desconhecido? A gente se vê presa sem alternativas, apenas possibilidades. Eu estou fazendo acompanhamento com psicóloga pra me ajudar a enfrentar o mundo. Não tenho como fugir dessa realidade e não posso abrir mão dessas coisas materiais, mas coloquei pra mim que vou passar a preencher meu tempo com atividades que gosto, cursos, viagens, atividades físicas pra poder extravasar o estresse e aliviar a mente. Nem sempre a gente consegue dar um passo grande e nos livrar dos aborrecimentos, mas podemos e devemos tentar encontrar alternativas que nos ajudem a enfrentar as adversidades. Força, foco e fé que as coisas vão melhorar no seu trabalho e na sua vida como todo!!

  42. Ana12/07/18 • 07h57

    Chora 3,
    Leia um livro do Sri Prem Baba que chama Amar e Ser Livre! Acho que pode te ajudar mto! Mta força e luz pra vc!!

  43. Amiga12/07/18 • 08h18

    Choras 1- Passei por isso. Trabalhava numa empresa que me sufocava – me humilhava e me diminuia. Passei por assédio moral e adoeci de verdade com tanta pressao. Sai de lá e hoje estou numa empresa que não me cobra tanto e valoriza meu trabalho e o que é melhor : tenho paz . Salário diminuiu mas minha dignidade esta ótima. E depois de passar por tudo isso na empresa, ha um tempo atras recebi o convite para voltar a trabalhar lá . Não conseguirem alguem capacitado para meu cargo – veja bem !!!!! Isso é cruel ! Mas o baile seguiu e não aceitei.

    Caso 3 – amiga , toca aqui ! Estamos juntos nessa. Fui abusada quando tinha 7 – 8 anos por um sobrinho do meu pai que veio de outro estado para trabalhar na minha cidade. Mas não sabia o que era certo ou errado mas sabia que aquilo não poderia acontecer. Mas não vou entrar em detalhes porque tentarei achar coragem para um chora. Coragem e se liberte disso … é dificil …. eu sei. E sabe o que me fez contar pra vocês com um pouco de leveza ? Ter desabafado com pessoas que me apoiam e que são importantes para mim . Força !!

  44. Thata12/07/18 • 09h14

    Caso 1: Super te entendo, trabalhei anos numa empresa “grande”, a diferença que não recebia pelo tanto que trabalhava, mesmo assim era um bom salario, eu tinha um apego muito grande pela empresa e acabei saindo porque casei e mudei de cidade, mas te digo que existe vida fora, rsrs hoje eu trabalho no mesmo segmento, mas totalmente diferente do que fazia, menos stress, menos confusão, confesso que sinto falta da agitação, mas é outra vida.
    Caso 2: A família do meu marido também é bem fechada, meu marido dificilmente abraça os pais, bem o oposto da minha família. Meu marido consequentemente também tem se fechado (era muito mais romântico no começo), mas ele demonstra muita vontade em ser diferente, que o filho dele tenha liberdade de abraçar, de dizer te amo.. trabalho bastante nisso pra que ele sinta que é amado, e que tem que demonstrar..
    Caso 3: bem pouco tempo atras um amigo, sexo masculino, me contou que passou por essa situação com um conhecido da família quando era criança, eu sou uma das pouquíssimas pessoas que sabem disso, a família dele não sabe. Ele também demorou a perder a virgindade, por medo, vergonha, tinha medo de não saber a opção sexual dele por conta do abuso.. ele me contou pelo mesmo motivo que você escreveu, precisava colocar pra fora.. como moramos em cidades diferentes hoje, acho que ele teve a liberdade de me contar, justamente pra não me olhar, falamos por telefone e foi libertador pra ele, hoje ele faz terapia, e o profissional que atende ele está ajudando muito ele com isso.. então conta na tua terapia, vai ser libertador e sinta-se abraçada por todas as leitoras da Cony (que são muitas)

  45. Vivianne Siqueira12/07/18 • 09h47

    Oi Docinho, tudo bem?
    Então, sou psicóloga mas vim aqui te dar um conselho que pode te ajudar.
    Entendo sim que contar pra qualquer pessoa seja difícil, e que nesse caso ter repulsa de uma vida sexual seja completamente normal. Não sei como é seu relacionamento com seu terapeuta, mas acredito que se ele for um bom profissional (quero crer nisso), ele já sabe que você foi abusada, mas está respeitando seu tempo de contar. Por outro lado, você poderia, quando estivesse em casa sozinha, ensaiar como contar pro terapeuta, ensaiar várias vezes, para poder ouvir isso de si mesma, e como seria abrir a boca e contar pra alguém. Garanto que o terapeuta não vai julgar, e vai se esforçar ao máximo para ajudar você a lidar com o passado e aprender a conviver com isso. Somos treinados para isso e a escuta terapêutica é muito empática, além de ser focada em auxiliar o paciente no enfrentamento de seus traumas e bloqueios. Espero que você consiga desabafar na terapia e se permitir ser ajudada por alguém comprometido com isso. Espero também ter te ajudado, um beijo.

  46. Mi12/07/18 • 09h49

    Florzinha, nunca comentei aqui, mas me vi na obrigação de vir aqui e falar que sei EXTAMENTE o que vc passa! E estou exatamente na mesma situação até com meu marido! Aqui além de tudo minha Diretora abusa por ja trabalhar comigo à algum tempo e ter conseguido o emprego para mim e também por ter me promovido! A pressão psicologica é intensa e muitas vezes também nao sei até que ponto devo aguentar!
    Infelizmente estamos em uma fase economica muita dificil para jogar tudo para alto!
    Enfim, sorte pra vc! sorte pra nós! e que consigamos encontrar um equilibrio na vida! e que a gte nao precise mostrar ser uma pessoa que nao estamos conseguindo ser devido a tanta pressão!
    Bjo

  47. Aline Gomes Rodigues12/07/18 • 10h02

    Docinho, oro para que você consiga superar essa dor tão grande! Só gostaria de dizer que a culpa não é sua, você foi vítima, nada que você fazia, falava justifica esse ato. Mas saiba que embora seu pai terreno tenha falhado com você, o Pai celestial não falha. Como outra moça já disse tente conversas com alguém, mas se for muito impossível então fale para Deus, deixe Ele curar você. Não estou dizendo para você largar a terapia (acho que é excelente,inclusive eu faço), estou dizendo apenas para acrescentar mais um “método” de cura em sua vida. Você é incrível e tenho certeza que no tempo certo terá forças para vencer tudo isso.

  48. Paula Pessoa12/07/18 • 10h16

    Docinho,

    Vejo coisas lindas no seu futuro proximo, vc ja sabe do seu problema e sem saber ja o esta superando! Vc eh forte e guerreira e tudo há de dar certo na sua vida!

  49. Shirley Santos12/07/18 • 10h16

    Chora 3 DOCINHO
    Eu sinto tanto, mas tanto que chega a doer minha cabeça e meu coração.
    Até que este tipo de coisa abominável fosse noticiada nas mídias, EU NUNCA IMAGINEI que abuso infantil pudesse existir, e muito menos em família.
    Fora falar com a terapeuta e pessoas em quem você confie muito, eu sou a favor de você contar pra sua mãe e na frente dele, se possível, não precisa ser na polícia.
    Porque ? Por que já imaginou que depois que você cresceu, ele deve ter escolhido outra pessoa pra fazer essas atrocidades ?
    Você já pensou que ainda hoje, ele deve fazer isso com alguém ?
    você nem precisa que eles reconheçam o mal que te fizeram, e nem que assumam, apenas verbalize suas mágoas.
    Além de você se sentir um pouco melhor e aliviada, você estará fazendo um grande favor a alguém, ou ou alguns. Imagine !?!
    E isso também vai ajudar você a se sentir útil, além de, na minha opinião, ser uma obrigação social e moral.
    A impunidade é incentivo para o agressor.
    Querida, pense nisso, procure ficar bem e
    SIGA COM A SUA VIDA,
    pois ninguém merecem o seu sacrifício.

  50. Gabriela Goncalves de Oliveira12/07/18 • 10h21

    Chora 3

    Sou psicanalista e o que vc fez aqui com certeza já quebrou esse seu paradigma, vc nos contou… Se ainda se sente temerosa, escreva ou imprima esse seu texto e entregue para o seu terapeuta, para o seu namorado… tenho certeza que eles podem te ajudar ainda mais a superar essa dor.
    Bjo

  51. Carla Daleve12/07/18 • 10h49

    Docinho… sinto MUITO, mesmo!!! Como não sei das tuas crenças, relutei muito sobre fazer ou não este comentário, mas se me permites a intromissão: já tentou buscar auxílio num Centro Espírita? Fazer um atendimento fraterno pode te ajudar a entender muitas coisas se estiveres disposta a por um fim nesta situação que tanto te angustia e que não vai passar apenas com a morte do teu pai. Não deixe a terapia JAMAIS! Ela é importantíssima pra te manter centrada, mas a busca de entendimento acerca do que nos acontece nesta vida, especialmente daquilo que nos perturba e nos tira dos eixos, é libertadora!
    Se quiseres considerar a dica, busque um centro espírita sério, kardecista, e não um centro “espiritualista”. Espero que com este desabafo e com as boas energias emanadas pelas leitoras, a tua caminhada possa se tornar mais leve a partir de agora e que você consiga se despedir destas lembranças e sentimentos ruins. Grande beijo!

  52. Ana Banana12/07/18 • 11h04

    Chora 3: Docinho – como já disseram, se não consegue falar, mostre seu texto para o/a terapeuta que te acompanha, ou envie para um que trabalhe de forma online (o site terapiando é um exemplo). Além disso, gostaria de acrescentar mais 2 coisas:
    – tente alguma terapia alternativa (hipnose, florais, EFT, constelação familiar, etc). Por experiência própria, te digo que no início podem parecer meio malucas, mas funcionam!
    – mais para frente, quando se sentir melhor com seu corpo, procure uma fisioterapeuta pélvica/uroginecológica para te ajudar na questão do vaginismo (impossibilidade de penetração vaginal – de forma inconsciente os músculos e contraem e “fecham” o canal vaginal) que provavelmente voce já desenvolveu. Sexo é bom, voce merece viver essa experiência

  53. Bruna Ataide12/07/18 • 11h17

    Acho que o melhor “conselho” é: FALEM, a unica pessoa que sofre e se afoga são vocês. Vocês que estão dormindo com o medo, e não o medo que vai atrás de vocês. O medo só existe porque a gente deixa.

    Sobre o 1: Voce tem medo de falar “não”, e ai o chefe te sobrecarrega. Ele que é ruim? Se você não fala não, porque ele deixaria de te passar trabalho? A função dele é passar trabalho = sua culpa. Se imponha, sua capacidade é medida em fazer bem feito e não por quantidade. SEMPRE PENSE QUALIDADE E NÃO QUANTIDADE.

    Sobre o 2: Também já sofri abuso, não desista da terapia como todo mundo falou. Mas a psicologa não poderá fazer muito se você não se ajudar. Você tem que querer ser ajudada, e isso só vai acontecer a partir do momento que você falar.

  54. Ana Banana12/07/18 • 11h20

    Chora 2: Lindinha – a situação do seu noivo com a mãe dele é parecida com a minha e meu pai. Claro que cada caso é um caso, e sem conhecer as pessoas e suas histórias fica difícil afirmar que ele será assim com voce, mas seu medo é válido. Aqui acontece que meu pai sempre foi muito fechado, ele cresceu num lar sem amor entre os pais, um casamento arranjado, então não aprendeu a demonstrar afeto… além disso, uma vez ele me espancou qndo eu era criança e isso me marcou muito, fiquei muito magoada até hoje. Então junta a minha mágoa com a falta de afeto dele, e parecemos dois estranhos um para o outro. Em contrapartida, a minha relação com a minha mãe e e irmãs é ótima, e tenho plena consciÊncia que qndo tiver uma família, quero uma relação assim, harmoniosa entre todos, e vou me esforçar para isso

  55. Isabela12/07/18 • 11h24

    Chora 1-
    Passei por isso e fui demitida há 1 ano e me senti a pessoa mais feliz e aliviada do mundo. Até o dinheiro acabar… e sinceramente depois de meses eu voltei para o mercado em condições bem inferiores e estou custando a acostumar. Atualize o seu currículo, faça contatos, cursos, análise o mercado antes de qualquer decisão, se for o caso, vá a um psiquiatra e explica o que está acontecendo, peça uma licença ou tire férias para depois decidir.

  56. Leticia12/07/18 • 11h33

    Florzinha: Vc já fez terapia? Vc tem alguma outra forma de aliviar seus stress e tensões, como atividade física ou algo assim? Acho que vc precisa repensar se realmente quer esse ambiente para vc sim, mas vejo que vc se cobra demais e está com muita pressão…

    Lindinha: Eu diria que cada família é uma família… É difícil julgar de fora!!!
    Eu diria que minha família está mais para a família do seu noivo… Não somos de abraços excessivos, carinhos extremos, trocas de presentes, agradecimentos e mimimi. Já tive minhas questões com isso e com essa ‘falta de carinho’ na minha casa, mas concluí que cada família é de um jeito, cada um tem seus problemas, e não podemos mudar isso. Por outro lado, meu marido é filho único e na família deve sempre teve o excesso, mimo demasiado, etc. Isso traz algumas questões na nossa relação sim, mas aos poucos eu vou aprendendo a lidar com isso…
    O fato do seu noivo se dar conta disso e de querer mudar já é um primeiro passo… Muita conversa, respeito e carinho ajudam! Se ele quiser, a terapia pode ajudar, mas vc tb não pode obrigá-lo a isso…
    Acho que o fato de vc se dar conta disso e querer que as coisas sejam diferentes já ajuda muito na relação de vcs!

  57. Caroline12/07/18 • 11h48

    Chora 1 – semana passada resolvi ouvir podcast…. achava chato antes, mas quando vi o tema, falei: “porra! que adivinhação! to precisando. vou ouvir”. O tema era: você não é o seu trabalho. O trabalho me afeta muito. Cada coisa que acontece aqui me afeta igual a você,mas nao tenho metas. Meu esforço ser jogado fora que me mata. as mudanças pra pior. Então assim, acho que rola você ouvir este podcast antes de tomar uma decisão. É difícil desapegar do dinheiro mesmo. Eu te entendo! Mas uma coisa que não entendi é porque quer continuar nesta área se todas as empresas que você for terá o mesmo tipo de problema. Será q nao seria mudar geral de tema? Se você é boa nisso, vai ser boa em outro tema com certeza! Sair da caixinha faz bem. Ouça aqui o podcast (link abaixo). tem no spotify também. O nome é Mamilos:
    https://www.b9.com.br/93271/mamilos-154-voce-nao-e-seu-trabalho/

  58. Cris12/07/18 • 12h00

    Chora 3
    Antes de qquer coisa: sinta-se abraçada tb por mim!!!!!!
    Caso ainda não consiga falar com sua terapeuta, leve seu “chora”… sério! Pode ser um caminho. Ficarei daqui, torcendo pra vc encontrar felicidade!

  59. Caroline12/07/18 • 12h02

    Não sei se meu comentário anterior foi enviado.. Antes ficava aqui marcado para ser aprovado.. era para o Chora 1. Segue link de novo caso tenha se perdido https://www.b9.com.br/93271/mamilos-154-voce-nao-e-seu-trabalho/

    Agora para o Chora 2 – olha, minha família sempre foi difícil. Brigas, desrespeitos, etc foi minha criação. mas nunca gostei disso. Quando comecei a morar com meu marido, eu era quase do mesmo jeito e nao sabia evitar. apesar de querer. mas fui buscando, aprednendo com erros e essa semana eu briguei com meu marido a toa e depois vi meu erro. E me desculpei no mesmo dia! E aí ele disse depois da minha terapia: ai? vc falou para seu psicologo o quanto vc evoluiu? (eu faço terapia para me ajudar nisso). Aí eu achei que ele estivesse sendo irônico e perguntei: como assim? Ele me disse então: você brigou comigo e, apesar de eu saber q tbm faço coisas erradas as vezes, vc viu que exagerou e se desculpou. Você já é outra pessoa a muito tempo… E isso me emocionou! É tão bom que ele confiou em mim, q me amou mesmo sabendo dos defeitos que eu trazia da minha família e sabia que eu estava usando todas minhas forças pra mudar. Então assim, vc que tem que ver. mas é um problema bem comum, a família interfere muito na gente. Aposto que até vc tem defeitos que você nao gosta na sua família e nem percebe. terapia é bom demais! e apreender a se conhecer tbm!!! boa sorte com seu caso…

  60. Gabriela12/07/18 • 12h08

    Docinho, sinto muito, muitíssimo pelo que você passou.
    Lamento que uma criança inocente tenha sido submetida a esse tipo de abuso. Sinta-se abraçada por todas nós, tenha certeza de que você não tem nenhuma culpa do que te aconteceu.
    Parabéns por ter a coragem de expor e relatar esse trauma, tenho certeza de que é um pontapé inicial para que você consiga deixar tudo isso para trás e seguir em frente com uma vida feliz. Assim como outras já disseram, engrosso o coro de que você procure levar isso ao seu terapeuta para que ele te ajude a superar tudo isso.
    Um beijo grande!

  61. Barbie12/07/18 • 12h21

    Docinho,
    Eu também fui abusada na infância, só que eu não lembrava muito do que acontecia. Para me livrar do sofrimento de encarar a verdade, eu bloqueava os fatos na minha cabeça. Acontece que, como o abuso vinha de uma pessoa próxima da família, a quem eu supostamente deveria amar, eu acabei tendo muitas dificuldades em relacionamentos, pois para mim amor era dor. Por isso, buscava sempre pessoas que me maltratavam, gritavam e me agrediam. Minha autoestima era péssima, apesar das pessoas sempre falarem que eu era linda e que não entendiam como aceitava esse tipo de gente ao meu lado.
    Cansada de ver esses padrões se repetindo na minha vida, comecei com uma terapeuta (maravilhosa) que fez um trabalho de regressão comigo. Pediu para perguntar para minha mãe como foi a minha gravidez, minha infância, como eu era na escola.. e nisso, veio a imagem de eu sendo abusada por diversas vezes nas férias, quando estava dormindo. Meus pais nem desconfiavam, achavam que eu era tímida e desconfiada.
    No início, logo que descobri, chorei muito e me fechei para as pessoas. Fiquei pensando em tudo aquilo que havia ignorado por anos e resolvi não me relacionar mais com outras pessoas. Contei para a minha mãe e ela foi me ajudando a superar aos poucos.
    Até que conheci um homem maravilhoso, que me tratava muito bem e que eu me sentia muito a vontade na presença dele. E, além de ser uma pessoa excepcional, ele é muito bonito, o que me fez ter atração por ele. Depois de muitos meses reclusa, resolvi ficar com ele e coloquei na cabeça que se sentisse tesão, eu não ia ser pudica, pois eu precisava tomar a rédea da minha vida sexual, ao invés de me sentir desconfortável e usada. Foi a melhor coisa que eu fiz, aconteceu de primeira (não me julguem) e estamos juntos há quase 3 anos, fazemos planos e ele me respeita muito e vejo que me ama bastante. Eu finalmente me senti amada e segura com alguém.
    Por isso, meu conselho pra vc é se abrir com a sua terapeuta, pedir ajuda para tentar entender tudo o que aconteceu e colocar na cabeça que de forma alguma esses acontecimentos foram culpa sua. Respeite o seu tempo, se aceite como mulher. Caso se sinta a vontade, comente com seu namorado, até pq deve ser estranho para ele namorar uma virgem de 28 anos. Acredito que ele vai entender melhor o que acontece contigo e te ajudar a superar. O que me curou foi o amor. Me curei de uma depressão de anos e hoje me sinto confortável comigo mesma e com minha aparência.
    Todas merecemos ser felizes! Fica com Deus.

  62. Lopes12/07/18 • 12h23

    Florzinha, me identifiquei tanto com você, que pela primeira vez irei comentar. Tudo o que está passando foi o que passei no meu antigo emprego e sabe o que eu ganhei por prologar minha estada na empresa? Depressão e síndrome do pânico!!! Sim, hoje ganho menos, sim passo por aperto financeiro e sim estou muuuuuiiiitoooo mais feliz…infinitamente!
    Docinho, um grande abraço e um afago no seu coração. Sinto muitíssimo por ter passado por tudo isso sozinha, Deus está contigo minha linda!

  63. M.12/07/18 • 12h48

    Florzinha,

    Chorou, chorou e tudo se resumiu a DINHEIRO. Quando você tiver REALMENTE incomodada, vai perceber que dinheiro é o de menos. Felicidade vale muito mais. Enquanto você não percebe isso, você já tem sua resposta: permanecer na mesma empresa, que te paga bem. E tô falando isso (aparentemente duro) por conta do teu próprio discurso – se reler vai perceber.

    Lindinha,

    A grosseria ele pode mudar, mas a parte de carinho acho mais difícil, por envolver outras partes. Minha família sempre foi (desde quando eu era criança) que nem a dele, sem um toque, um abraço nem nada. Me acostumei com isso, hoje não sou quase nada carinhosa, só com meu marido (que mesmo assim, ainda fala que eu deveria ser mais carinhosa). Tenta entender o lado dele, mas claro que JAMAIS aceite grosseria com você e tente fazê-lo ser no mínimo educado e gentil com os demais familiares.

    Docinho,

    “Sinto muita culpa por tudo que aconteceu”. Nunca sinta culpa, NADA jamais justificaria o comportamento do seu pai. Estamos combinadas?

    O que me preocupou na tua história é que tu disse que faz terapia há anos mas nunca teve coragem de contar pro terapeuta sobre isso. Tá muito errado. Terapia serve pra ajudar a gente com nossos problemas, não tem como ele te ajudar sem tu contar o que te atormenta. Se não confia nele(a), TROQUE. É difícil encontrar psicólogo bom (demorei pra achar uma, mas depois de anos de busca encontrei e estou há 8 anos com a mesma). Já fui abusada por um tio, negligenciada a infância inteira por meus pais e demorei, mas contei pra ela e foi libertador. Chorei muito no dia (e nas visitas seguintes) mas foi ótimo. Ninguém além dela sabe desse abuso do tio. Enfim, acredito de coração que a terapia pode te ajudar – se você for totalmente aberta.

  64. Rachel12/07/18 • 13h43

    Chora 2. Lindinha:

    Me identifiquei com sua história, a diferença é que na minha a família do meu marido mora em outro estado e nunca presenciei uma briga. Mas percebi que com o tempo juntos e com o convívio com a minha família ele foi encontrando formas de adaptar-se com a familia dele. Por exemplo, nunca sequer telefonava no aniversário dos pais/irmão, hoje ele sempre lembra e liga. Quando ia passar datas de fim de ano ele nunca dava (e nem ganhava) presentes, eu comecei a presentear a sogra e mais pra frente, como quem não quer nada, escolhia um presente mais caro e propunha que dividissemos o valor e ele sempre aceitava… Quando ele ligava, ficava sem assunto e eu propunha que ele contasse pros pais qualquer besteira do dia a dia, como: roubaram a calota do meu carro, coloquei o cachorro no adestramento.. para que ele alcançasse intimidade. Hoje eu o vejo muito mais proximo da familia dele. Vi que ele aprendeu a ser mais gentil com esses pequenos auxilios. Se ele aceita e for dócil vc vai conseguir SIM!

    Olha, até para comigo eu tomo certas precauções de lembrar que meu aniversario está chegando, que no aniversrio de casamento poderiamos fazer tal coisa…

    Enfim… eu sempre planto a sementinha e ela vem brotando, pq ele assim como o seu companheiro, sempre foi muito atencioso comigo, embora um pouco frio.

    Hoje estamos esperando nosso primeiro filho e vc não imagina quanto tempo ele levou pra “conversar” com a barriga. mas ai eu fui falando umas besteiras pra ele repetir e ele foi ficando mais a vontade…

    Torço muito pras suas sementinhas brotarem também!
    Muito boa sorte!

  65. Clyvia Soares12/07/18 • 14h30

    Chora 03: Docinho, apenas quero participar deste abraço coletivo. Partilhar da sua dor, pedindo à Deus que alivie seu coração das angústias que essas lembranças terríveis provocam em ti.
    Caso tenha oportunidade, sugiro que assista as pregações da Helena Tannure e da Joyce Meyer, disponíveis no YouTube. Ambas passaram por situações de abuso sexual na infância. Falam sobre o assunto abertamente. Relatam como o amor de Deus curou as feridas deixadas pela situação vivida.
    Peço a Deus que traga todo conforto de alma que precisa para superar e tenha uma vida livre e feliz.

  66. Flávia12/07/18 • 14h42

    Fui abusada pelo meu avô. E não disse a ninguém da minha família, só mesmo para amigos.
    Eu era muito criança e não entendia, achava que estava fazendo aquilo porque gostava de mim e eu não me sentia mal com aquilo. Eu sabia que tinha algo errado, mas achava que era normal.
    Ele nunca chegou a me penetrar de verdade, por pouco.
    Depois que eu cresci, eu tratei ele normalmente, mesmo tendo aquela lembrança. Ele não fez mais nda e me tratava bem.
    Até então eu não sabia como isso poderia interferir na minha vida, mas realmente interferiu. Quando eu tinha 12 anos, decidi perder a virgindade com alguém que eu não gostasse, porque acreditei que isso evitaria meu sofrimento, pois na minha cabeça, os homens que conseguiam sexo com uma mulher, largavam elas depois.
    Meus namoros sempre foram intensos, eu sempre fui muito insegura, ciumenta, possessiva e tinha um medo insano de ser abandonada. Queria o tempo todo ser lembrada de que era amada e quando terminava um namoro, pensava em suicídio.
    Além disso eu fui extremamente promíscua. Me desvalorizava muito, muito mesmo. Me sentia um nada.

    Só melhorei depois que tive uma filha com meu atual marido. Sou ciumenta, mas não é demais.
    Tenho primos que gostavam demais desse meu avô, sentem falta, achavam ele um exemplo de pessoa, ele já faleceu.

    Eu já fiz terapia, mas sinceramente não me ajudou, talvez porque deveria ter feito mais tempo ou não encontrei o terapeuta certo. Alguém pode indicar um bom em Brasília?

    Já procurei centro espírita como sugeriram alí em cima, procurei várias religiões e outras coisas relacionadas e nada me deu respostas.
    Atualmente sou católica, por decisão própria, sou a única cristã da minha família, o restante não se importa com religião. Ensino para minha filha, mas não forço muito a barra.

    Não sei por que essas coisas acontecem na vida da gente, sinceramente.
    Sexualmente falando eu tive meus problemas, mas agora estou tranquila, não sou ninfomaníaca (rs), mas tb não sou uma pedra de gelo. Minha vida sexual é saudável.

    Acredito que o que essa menina precisa é de amor, muito amor.
    Quando lembro do que me aconteceu, penso que o que choca é que essas pessoas que abusam, seriam pessoas que deveriam nos proteger.
    Como um pai pode fazer uma coisa dessas?
    Isso pra mim está além de ser uma doença, pra mim esse homem só pode ser possuído pelo demônio.

    Ela não contou o que foi feito dele.
    Às vezes me pergunto se eu não deveria ter dito para meu avô que eu lembrava do que ele tinha feito.
    Meu pai nunca fez isso, sei que ele me ama, porém ele nunca disse.
    Meus pais são separados e meu pai foi ausente porque estudava muito para concurso e quando passou, casou de novo, teve uma filha e eu só o via nos finais de semana. Ele nunca deixou faltar nada financeiramente e hoje em dia somos amigos, eu amo demais o meu pai e sou extremamente grata por ele me ajudar muito financeiramente. Porém, ele nunca me deu amor de pai, como um abraço, um beijo.
    Os elogios que ele faz são raríssimos. Eu ganho pouco e percebo que ele me vê como fraca, e me compara à minha mãe.
    NAs raras vezes em que ele demonstrou amor, foi de maneira fria.
    (Não sei como é possível)
    Mesmo quando eu mando alguma mensagem dizendo que eu o amo, ele não responde.
    Com a minha irmã ele é mais carinhoso, mas nda de muito diferente. Ele só faz uma coisa que ele nunca fez por mim: Diz que ela é muito bonita. Pra mim ele sempre diz o contrário. Ele não me chama claramente de feia, mas diz que as morenas é que são bonitas (Eu sou muito branca e loira). Por mais que eu me arrumasse quando era mais nova, ele nunca reparou.

    Desculpa mudar o foco do assunto, mas com isso quero dizer que nós temos que fazer diferente, com nossos filhos, sobrinhos… Ajudar de alguma forma.

    Acredito que a gente tem que perceber nos conhecendo, perceber que sexo é uma coisa boa, temos que nos dar uma chance, temos que nos achar merecedoras de sermos amadas e protegidas. Precisamos de amor, de paciência, precisamos conversar com nossos parceiros o que aconteceu. Meu marido sabe de tudo e não escondo dele minhas vontades, meus pensamentos. O diálogo vai te ajudar a ficar bem.

  67. Helena12/07/18 • 14h47

    Querida docinho (Chora 03),
    estou escrevendo bem rápido pq estou no trabalho…
    Quando eu era adolescente, por volta dos 17 anos, estava em casa com meus irmãos e minha mãe, em um acesso de desabafo, nos contou que ela foi violentada sexualmente, fisicamente e psicologicamente durante toda a infância e adolescência.
    Ela nasceu muito no interior de Minas e era muito, muito bonita.
    O primeiro abuso aconteceu por um funcionário do sítio dos meus avós. Minha avó, muito dura, ouviu minha mãe contando e chorando sobre o que aconteceu, só perguntou se havia sangrado, minha mae disse que sim, e ficou por isso mesmo.
    Depois na adolescência, sempre muito bonita, foi morar na casa de uma tia para estudar. E enquanto ela dormia, um primo sempre entrava no quarto e começava a acaricia-la até ela acordar e ameaça-lo.
    Bom, ela se casou com meu pai, mudou-se de cidade e eu e meus irmãos nascemos.
    Hoje sou casada, não tenho filhos, também moro em outra cidade e depois de alguns anos de terapia e ajuda de amigas muito queridas eu percebi que a vida inteira eu e minha irmã fomos o balde de vômitos emocionais da minha mãe.
    Ela sempre foi muito ansiosa, muito emotiva, era como se não houvesse racionalidade nela.
    Assim, eu cresci muito calada, muito reservada. Tanto é que quando eu conheci meu marido ele me perguntava: E aí, como foi seu dia? e eu simplesmente não tinha o que contar sabe? Eu não sabia o que falar.
    Eu achava que o casamento iria me ajudar a me encontrar, e depois de 5 anos casada eu parei, olhei para mim mesma, e simplesmente não sabia quem eu era sabe?
    Eu só sabia viver em função da minha mãe e depois em função do meu marido… há 4 anos que eu estou me ‘reconstruindo’, olhando pra mim mesma e percebendo o que que eu gosto, quais são meus sonhos, enfim…
    Nunca deixe de fazer terapia, talvez conversar com outras mulheres que passaram por isso.
    Hoje eu tenho amigas que passaram por situações muito parecidas comigo e a gente se vê uma na outra sabe? Temos reações muito parecidas diante de algumas situações.
    Preciso ir. Se lembrar de mais algum detalhe volto aqui.

  68. sabrina12/07/18 • 15h41

    Cony, acho tão bacana esse espaço que você criou. Tornou seu blog uma referência pra moda e ainda ajuda os leitores a desabafar/melhorar. Não desmereço nenhum chora até então, mas este, do chora 3 me deixou com o coração aos pedaços. Espero que você tenha a devida ajuda profissional e o amor das pessoas que você confia para superar esse trauma. Saiba que daqui torço por você, mando minhas melhores energias. Muita força. Como mãe, li tudo que a Cony postou como um grande alerta. Achei muito bacana o link sobre os desenhos. Obrigada e parabéns pelo blog. Sou sua leitora há tempo e grande admiradora da sua pessoa tb.

  69. Camila12/07/18 • 15h48

    Fui abusada em minha infância por um tio, diversas vezes. Algumas delas minha irmã estava perto, mas como era muito pequena, acredito que não se lembre.
    Eu me lembro de tudo, de todas as vezes, de todos os momentos, como se fosse ontem. É impressionante a riqueza de detalhes que nosso cérebro permite termos, mesmo após tanto tempo.
    Nunca contei isso à ninguém. É a primeira vez e é claro que, por fazer isso anonimamente, é muito mais fácil.
    Nunca nem cogitei a hipótese de conversar sobre isso com alguém e olha que faço sim terapia. Isso é uma coisa que (graças a Deus) esta em meu passado e é ali que deve estar. Não quero remoer, reviver, etc. Até pq, com dor do coração digo: tenho certeza que tinha gente que sabia e nada fez.
    Enfim literalmente, vida que segue.

  70. Mariana12/07/18 • 16h25

    Docinho,
    sinta-se abraçada! Bom, aos 12 anos um homem falou coisas inapropriadas sobre meus seios na rua. Como sempre tivemos uma relação de mta confiança na minha família, contei pros meus pais que foram atrás do tal homem (que tinha um histórico de abusos infantis, inclusive) e o ameaçaram de morte. Sendo uma cidade pequena, ele teve que se mudar de lá. 25 anos depois, estou falando sobre isso e na minha cabeça eu lembro de todos os detalhes. Bom, o que eu quero dizer contando isso, embora nossas histórias pareçam um pouco diferentes, é que até hoje não consigo usar blusa decotada. Não me sinto confortável, embora ache meu colo uma das partes mais bonita do meu corpo. Uso roupas fechadas, golas, lenços… blusa de alcinha, então, nem pensar. Ficamos assim em relação ao nosso corpo. Com vergonha, parece que precisamos esconde-lo do mundo. Esses dias mesmo falei sobre essa história numa roda de amigos do meu pai, eram só homens e contei para que eles tivessem noção do estrago que um olhar indecente ou palavras sexuais podem provocar numa criança pro resto da vida. Então, meu conselho, agora que vc conseguiu expor o assunto mesmo que de forma anonima, é: fale a respeito.; Conte para seu terapeuta, pro seu namorado, mas fale, por mais dificil que seja. Tire esse peso de dentro de vc e, quem sabe, um dia vc se sentirá confortável até mesmo para falar publicamente para outras crianças e usar seu caso como exemplo para elas. E, só mais uma coisa: jamais se sinta culpada. Você é a vítima!

  71. Lady12/07/18 • 16h53

    Vamos Lá:

    Chora 2 – Meu namorado era exatamente assim! e assim como você isso me incomodou demais porque a minha família é totalmente diferente. Tava chateada e confusa terminei e falei tudo que me incomodava e isso inclusive, disse que eu não gostava que eu pensava que seria tratada assim, voltamos e ele viu que estava errado e hoje se controla muito para não perder a paciência com as pessoas da família (inclusive mãe), mas assim como no seu caso a família dele não demonstra sentimentos, acho que nunca vi ninguém se abraçando, demonstrando carinho e a mãe dele é assim com todos… Ele tem que fazer a parte dele de respeitar, mas acho que o buraco é mais embaixo e não vai se transformar na melhor família do mundo, mas pode melhorar sim!

    Chora 3 – Infelizmente te entendo, passei por abusos na infancia também, isso destruiu uma parte da minha alma sim, mas não me destruiu por completa, fale com seu terapeuta sim, eu não falei por mais de 20 anos e isso mata a gente por dentro sim, é um peso grande demais pra guardar.
    Converse, coloque pra fora com seu terapeuta, com seu namorado depois, principalmente se for sério, ele vai precisar entender, porque tem certas coisas que me deixam mal (filmes c/ estupro, certas falas) e o namorado saber e compreender isso é muito maravilhoso,não foi fácil, eu chorei horrores depois com vergonha,mas isso me ajudou muito, não deixe o que seu pai fez te destruir, voce merece ser feliz e a sexualidade está inclusa no pacote. Se você não gosta de visitar seu pai não vá, se fortaleça primeiro antes de encarar isso.

    Obs: Caso seu namorado conviva com seu pai, evite dizer que foi ele, diga que aconteceu na casa pra mostrar que estar lá te faz mal, dependendo de como for seu namorado ele pode ficar com ódio e piorar a situação, principalmente se você só tem interesse de seguir em frente.

  72. Camila12/07/18 • 18h40

    Tenho uma história muito parecida com a sua. Depois de anos tendo um relacionamento difícil com a minha descobri que ela tinha sido abusada na infância por um irmão bem mais velho. Meu mundo caiu, ela não sabe que eu sei e quase ninguém da minha família sabe. Na época conversei muito com minha terapeuta e foi revelador. Saber isso sobre ela mudou meu olhar e minhas perspectivas. Sei que ela nunca teve oportunidade de buscar ajuda, e eu não posso abordá-la pois ela mesma nunca me revelou esse segredo.

    Hoje a vejo com outros olhos e tento sempre ser mais compreensiva. É díficil até para mim, que sou filha e não sofri nada. Imagina para ela, e para todas essas mulheres que deixaram aqui seus relatos.

    Docinho e demais amigas, sei que ver tanta história ruim junta não é bom, mas pode ser libertador saber que não estamos sozinhas, e que nossas dores são compartilhadas. Me senti abraçada por esses comentários e com vontade de abraçar a todas.

    Cony, obrigada por esse espaço, acredito que aliviar o peso de um segredo pode ser salvação, e você nos proporciona isso.

    Não estamos sozinhas, e juntas somos incrivelmente fortes!! <3

  73. Luisa12/07/18 • 18h53

    Docinho, sinto muito. Muito mesmo. Queria te dar um abraço. Sei que vc não pediu opinião, só um ombro amigo. Mas conheci já há algum tempo, algo que pode te ajudar: chama constelação familiar. Não sei de onde vc é, mas conheço excelentes profissionais da área em BH e em SP. Se achar válido, procure informações na sua cidade. Vc pode ir um dia só para conhecer se quiser; sem precisar falar nada de sua vida. Sinto que até participando (apenas) somos beneficiados. Desejo-lhe paz. Muita paz!

  74. Renata13/07/18 • 09h25

    Caso 1: Eu daria mais um tempo para ver senão é algo temporário, mas enquanto isso, colocaria meu currículo para fora (linkedin é uma ótima opção). Aconteceu algo parecido com uma amiga, mas depois as coisas se acalmaram.

    Caso 2: Acho tão difícil julgar a família de outra pessoa até porque você não sabe tudo que se passou ali. Já julgaram bastante a minha família por alguns problemas que temos e isso me deixou extremamente magoada. Agora, tratar a mãe mal realmente é incompreensível. Tente puxar dele o que ele sente com relação a família…deve ter algo mal resolvido lá. E morar junto seria ótimo para, de fato, você saber como ele será com você. Você nunca vai saber senão testar.

  75. Ca13/07/18 • 10h12

    Cony, não leio mais esses choras no trabalho, estou aqui segurando o choro para outras pessoas não perceberem.
    Docinho, sei que minhas palavras não poderão mudar o que aconteceu, mas, sei que de alguma forma poderá se sentir abraçada.
    Meus pais se separam quando eu tinha 6 anos, e durante 4 anos morávamos somente eu, minha mãe e irmã, até que um belo dia minha mãe começou uma nova relação, com um primo, e super próximo da nossa família. Fiquei com muito ciúmes, eu gostava dele, mas longe, senti que ele estava roubando minha mãe de mim, aí começa toda a minha saga…
    Ele era caminhoneiro e certa vez ia viajar para uma cidade perto da nossa, ia numa sexta e voltar no sábado de manhã, ele perguntou se eu queria ir, eu disse que sim, afinal, ele nunca tinha feito nada comigo, até este dia; depois me arrependi, senti uma coisa muito ruim e disse que não queria ir mais e minha mãe disse: “Vai, se não, ele vai achar que você está com medo dele” (Estas palavras nunca saíram da minha cabeça, e me deu um nó na garganta só de escrever). Então, peguei um ursinho, um livro e fui..
    Ele parou em um posto para dormirmos, e me fez deitar do lado dele, fiquei muito desconfortável mas deitei, senti medo.. Ele passou o pênis dele por minhas coxas e bunda, passou a mão no meu corpo, eu não sei te explicar o que senti naquele momento, mas o medo tomou conta de mim, levantei, comecei a chorar, ele perguntou o motivo, eu disse que estava com saudades da minha mãe, eu fiquei com medo de o questionar e ele sumir comigo, afinal, estávamos no meio do nada, ele então encostou a boca na minha, e me fez deitar de novo, peguei o livro e fingir estar lendo, até o momento que não consegui ficar mais acordada, e não me lembro de mais nada, só de manhã, nós retornando para casa.
    Depois desse dia mudei completamente em casa, me fechei, ele continuava fazendo, sempre encostando em mim, me oferecia celular em troca de beijos, e eu tinha medo de contar, então resolvi num dia, escrever uma carta para minha mãe contando tudo, e assim o fiz. Ela leu, perguntou se era verdade e disse “vou colocar vocês dois de frente para ver se você está mentindo” eu disse que tudo bem, eu não estava mentindo, e ela nunca fez isso….
    Ela contou para duas tias minhas e lembro que uma delas disse: você não está tentando separar os dois? Já que você tinha tanto ciúme da sua mãe (ainda fui obrigada a ouvir isso).
    Tive que aguentar olhar para cara dele por 10 anos, ele só saiu de casa por que minha mãe descobriu uma traição e outras coisas, mas nada relacionado ao abuso que sofri.
    Por muitos anos me fechei, me tornei uma pessoa amarga, sofri sozinha, eu tinha 10 anos, eu era uma criança e não tive ninguém do meu lado naquele momento.
    Quando fiquei noiva contei para meu atual marido, pois não queria iniciar um casamento com traumas daquela época, por exemplo, determinados carinhos que meu marido fazia eu não gostava, pois me fazia lembrar, e o fato de contar para ele, me deixou mais aliviada.
    Confesso que não estou liberta disso ainda, mas não me sinto culpada, ele que é o sujo, ele que é traste, e um dia sei que ele pagará por isso.
    Docinho, meu relato é para lhe dizer que não está sozinha, e te aconselho a se abrir com alguém de sua confiança, isso lhe trará mais alívio.
    Fique bem, nem tudo está perdido, e você pode e deve viver uma vida feliz e plena, da forma que merece.
    Cony, desculpa pelo longo texto.

  76. Mariana13/07/18 • 10h22

    Florzinha, eu sempre penso que nunca estaremos perfeitamente bem em todos os aspectos da nossa vida. Às vezes, o lado pessoal vai bem e o profissional vai mal … Não se sinta uma farsa, de forma alguma !!! Pense em todas as outras coisas positivas da sua vida. Não jogue tudo para o alto – como você mesma falou, estão acontecendo muitas demissões na empresa, ou seja, se for o caso de você ser dispensada, receberia uma certo bacana, que pode te ajudar a abrir um negócio, procurar um headhunter bacana, etc … Me identifico demais com o seu “chora”, e tento sempre focar nos aspectos mais positivos da minha vida. O sucesso é seu, o merecimento é seu. Não se sinta uma farsa, você é MARA !!!

  77. Amanda13/07/18 • 11h06

    Amiga 1- Tenha cuidado com sua sanidade! Não adianta você ter uma vida confortável, um salário ótimo e um peso sem fim! Prefiro uma vida pacata com Paz, do que uma conta bancária ok, aceitável e você vivendo um inferno!
    Amiga 2- Tenha cuidado e não caia na mesma cilada que eu! Me vi no seu chora, no namoro e noivado: tudo lindo, presentes, carinhos, saídas pra lanchar, jantar, super companheiro, bom de conversa, o problema que eu via como algum trauma de criança- era não ter um bom relacionamento com a família- hoje em dia eu sofro por não ter alguém pra conversar. Você( no meu caso, eu!) vive com alguém que não conversa com você, uma pessoa introspectiva, que prefere celular, televisão, conversar com outra pessoa e não dá a mínima pra os seus sentimentos! Pensei inúmeras vezes em mandar meu chora Cony, mas a pessoa vai se acostumando com migalhas e fica difícil querer um prato cheio!
    Amiga 3- Procure desabafar com um profissional, do mesmo jeito que você nos contou. A melhor forma de se libertar é contando o que aconteceu! Sinta-se abraçada por suas amigas virtuais!

  78. Letícia13/07/18 • 13h28

    Chora 3: Docinho, você merece um abraço gigante! Não sei muito o q dizer para te reconfortar porque sei que não é algo que simplesmente se deixa para lá. Mas estou torcendo que vc seja MUITO feliz, abençoada e possa formar uma família acolhedora e em que se possa confiar.

    Chora 2: Lindinha, eu pensei algumas vezes se comentava ou não, mas vamos lá. Me identifiquei com seu noivo. Minha família é igual, desde sempre. Eles não se dão bom dia, lá em casa não se dão boa noite. Mal nos falamos e quando falamos, é briga (sobre qualquer coisa). E te digo: não é legal. É doloroso, é triste e não sei como sair. Pq não é uma atitude que eu tento mudar. Envolve uma vida inteira criada assim, envolve mágoas, envolve orgulho também de dar o primeiro passo quando a sua própria família não te trata bem.
    E então eu conheci meu namorado. Cara fantástico, quero casar e ter família com ele. Ele me levou para conhecer a família dele e eu fiquei encantada!! Eles se tratam com carinho, cuidam uns dos outros, eles se abraçam!!!
    Eu quero isso para mim! Muito!!!
    Quero que a família que eu venha a constituir com meu namorado seja parecida com a família dele e não com a minha.
    Posso levar vícios de comportamento meus para o meu casamento? Posso e estarei errada. Tentarei a todo custo tratar ele como eu quero tanto ser tratada dentro da minha casa. Pq o que eu mais desejo é construir uma família amorosa, que se cuide e que se ame.
    Talvez isso tambem esteja dentro do seu noivo. Não acho que necessariamente ele vai te tratar como a mão dele.

  79. Ana Luisa13/07/18 • 13h40

    Docinho,

    Esse momento de coragem pra desabafar foi muito, muito importante pra você. Leia com carinho todos os comentários cheios de amor, empatia e sororidade e dê o próximo passo: conte pra sua terapeuta. Você precisa ter o retorno de alguém em forma de contato físico real, ali olhando no olho, e deixar o que aconteceu no passado. Esquecer a gente não esquece, não mesmo, mas a gente acaba por aprender que a vida que temos agora pode ser linda e feliz, separando o hoje de todo o ruim do passado. Se mesmo assim você ainda não se sente segura em expor na terapia, talvez não esteja rolando uma boa química entre vocês.
    Eu comecei a fazer terapia aos 25 anos, depois de sair de um relacionamento abusivo, mas falar sobre os abusos que sofri aos 14 anos só veio quando estabeleci um vínculo com minha terapeuta, de confiança e respeito. Estou com ela até hoje, moro fora e nos falamos por Skype. Tem gente que me pergunta “pra que ainda faço terapia”, mas por trás de toda uma vida estruturada e feliz com meu marido e filhas, existe uma menina que as vezes se sente super insegura e incapaz, que duvida de si própria e perde fácil a confiança nos outros. Aí vem a terapia e me puxa pra cima. Me ajudou muito a perdoar a negligência materna (minha mãe pôs toda a culpa em mim) e entender que eu não tive culpa nenhuma, fui mais uma vítima como tantas outras. Sexo foi um avanço gradual em minha vida, tive alguns namorados mas fui ter meu primeiro orgasmo com quase 30 anos.
    Há um tempo atrás meu chora foi publicado pela Cony e foi um outro momento importante pra mim (gratidão pura), percebi que não estava sozinha, como me senti quando tudo aconteceu.
    Você não está sozinha.
    Eu e tantas outras estamos aqui.
    Se quiser conversar mais, pede meu e-mail pra Cony <3

    E parabéns Cony e mulherada! Dá pra sentir a força de vocês pulsar a cada palavra. Juntas somos fortes!

  80. Daiane13/07/18 • 16h37

    Como eu amo esse post!!!!
    http://senhoritadoslacos.blogspot.com/
    Bjos

  81. Lívia13/07/18 • 17h28

    Florzinha, entendo o que você passa pq também sofro muita pressão no trabalho, vou te dar umas idéias que aprendi na prática.
    1) Tenha uma reserva de segurança, que trocando em miúdos equivale ao valor suficiente pra pagar suas contas por 6 meses. Eu to fazendo pra 1 ano hehe
    2) Aprenda a se impor, vai falando os seus nãos. Uma boa forma é dizer algo do tipo “não posso pegar mais essa tarefa no momento pois estou me dedicando a tarefa X (algo que a chefia te passou e esteja dentro do prazo), mas quando terminar estarei disponível pra isso também”. Assim você se mostra bem disposta (nada pior que má vontade e corpo mole, mesmo que você não seja tem que ter cuidado pra não fazer impressão negativa). E entregue todas suas tarefas com muita qualidade, pra verem que sua dedicação tem um resultado.
    3) Não se demita. Se eles não conseguirem mais lidar com esse novo jeito de impor limites, deixe que eles te demitam e assim você terá seus direitos resguardados. Por isso também é muito importante manter a qualidade, pois caso você tenha que sair claro que quer levar uma boa carta de recomendação.
    4) Tenha planos para o futuro… E não só de trabalho! Eu tenho um app de contagem regressiva e coloco tudo de bom que já estou planejando, seja sair pra jantar no dia dos namorados até recesso de Natal, férias ano que vem.. O importante é manter uma luz no fim do túnel
    5) Procure um plano B..Às vezes quando a gente tem uma coisa nos incomodando aquela energia negativa impede de aparecerem coisas melhores! Eu saí de um dos meus empregos e foi a maior libertação da minha vida, era torturante. Preocupei com o dinheiro é claro mas depois dei meu jeito e hoje consigo ganhar o mesmo tanto.

    Ah! E procure sobre burnout, pode ser o nome do que você está passando.. Eu passei, achei que estava com depressão, foi uma fase muuuito dificil mas hoje estou bem Graças a Deus.

    Boa sorte!

  82. Fernanda13/07/18 • 18h17

    Eu nunca comento mas estou passando pelo mesmo da moça 1 então posso falar com uma certa propriedade. 1a coisa – procure um psiquiatra para de repente tomar algo que te ajude a “raciocionar” direito – com menos ansiedade e stress, conseguimos ver as coisas com mais clareza e mudar nossos padrões mentais – eu tomei por 2 meses e foi muito bom, já nem tomo mais. Neste meio tempo, se não for via terapia, que é o ideal, reflita sobre os seus valores: o que é importante para vc? Dinheiro, ser a melhor, status de cargo sempre foram uma questão para mim, quando eu ouvia mais meu ego que meu coração. Não te julgo, nem posso escolher por você o seu caminho mas, levar a vida com serenidade, independente da sua escolha, é um caminho tão gostoso que não sei se tem volta!
    Quanto a menina do chora 3: só a terapia pode te ajudar, girl. Vc, infelizmente, vai ter que se abrir. Lembre-se que no consultorio é vc e um profissional que só está lá para te ajudar e que você paga para isso. Deixar alguem entrar é um processo doloroso mas muito recompensador, as coisas se ajeitam com o tempo, confie.
    muita luz!

  83. Io13/07/18 • 19h14

    Chora 3

    Você não precisa contar pra ninguém, até chegar o momento que você irá precisar. Você vai saber. É difícil terapias convencionais tratarem algo assim. Tenta psicoterapia, parapsicologias, e uma bem interessante, a hipnose. Sério, parece louco mais não custa tentar. Para ajudar a contar, sugiro você falar alto, sozinha, no seu quarto. Para si mesma. Até o momento em que você não vai mais se ver vítima de seu passado, mas dona de sua história, por pior que ela seja. Muita paz e luz pra você.

  84. Juliana Rodrigues14/07/18 • 13h49

    Docinho, fique longe dessa família tóxica, vc não merece isso.

  85. Peaches14/07/18 • 14h26

    Docinho, sinto muito mesmo que você tenha passado por isso! Ninguém nunca deveria passar por uma coisa dessas. Você tem motivo mais que suficiente para ter essas questões. Nossa, não tem palavras que descrevam…

    Olha, eu tive vaginismo, mas não foi causado por abuso.
    E só isso já foi um processo bem mais lento até que eu sentisse prazer com penetração. Essas coisas mexem com a gente como mulher. No meu caso, eu comprei um pequeno vibrador e fui usando sozinha, aos poucos, até conseguir me acostumar.
    Também mudei meu pensamento em relação a sexo (que tinha mais a ver com machismo).

    Como seu caso é infinitamente mais sério, eu não sei se a ideia de você tentar ter prazer sozinha vai ser ainda mais difícil.

    Você já procurou na internet grupos de mulheres que foram abusadas? Talvez buscar um grupo de apoio, onde todas passaram pela mesma coisa e conseguiram superar, pode ser positivo para esse processo.

    De novo, eu sinto muito, muito de verdade pelo que você passou.
    Te mando um abraço daqui de longe.

    Espero que você fique bem.

  86. carol14/07/18 • 15h00

    Chora 1: desculpa; li varios comentários aqui que o pais nao esta em uma situação legal r por isso você tem que segurar as pontas.. OI? quanto custa sua felicidade? quanto custa sua paz?
    Eu sai de uma empresa onde era pj e ganhava em média 15 mil por mês..media porque era comissao.. mas o minimo era 12; com 26 anos de idade! Eu chorava todos os dias; tinha panico da segunda feira; e colocava meu telefone no modo avião de vez em quando pra meu chefe nao me ligar… um belo dia eu acordei e falei CHEGA! foi a melhor decisao que tomei na minha vida; fui trabalhar em um star-up onde meu salario era 1500 por mes mais comissao caso vc atingisse a meta, se nao nem comissao tinha….
    Nunca fui tao feliz…
    Nao perca seu tempo; a vida é uma so… vc vai fazer promessas; dizer que vai se planejar pra sair; que daqui 1 ano vc tem dinheiro suficiente juntando e pode tomar uma atitude assim; mas desculpe; esse dia nunca vai chegar!
    Tome uma atitude POR VOCE! peça demissão, ganhe menos, mude de area, seja feliz… a vida é uma só….

    chora 2: acho que como a Cony disse; desculpa mas hora ou outra’o comportamento dele com a mae; vai ser com vc… =(

    chora 3: eu sei exatamente o que vc passou! meu caso e um pouco menos pior se posso assim dizer; meus pais nunca casaram e ao 5 anos de idade minha mae levou ele na justica; pra começar a me dar pensão; 1 ou 2 vezes no ano ele ia me ver; nem sei pra que… mas lembro dele me dando um beijo no rosto; que me da ansia de vomit; lembro dele pegando na minha coxa dentro do carro quando eu tinha 9 anos ( eu menstruei aos 9 anos; era mulher ja sabe? desenvolvida..)
    mas minha mae SEMPRE conversou muito comigo; até sobre ele;apesar que nunca contei isso pra ela; pq ela que ela mata dele; mas sempre me falou que ele nao prestava; que homem nao prestava; que tinha que tomar cuidado.. ela sempre me abriu muitos os olhos… dai eu comecei a ir ve-lo sempre de calça;roupas largas….
    enfim ; lendo seu relato lembrei disso; graças a Deus tenho zero convivio com ele; ate ja tentei mas nao vem ao caso; e so tenho uma coisa a te dizer; enfrenta esse medo menina! vc é muita mais que isso
    vc deveria era chegar la de mini saia, um batom vermelho, uma roupa justa; e se ele ousar a te olhar diferente; fala tudo na cara dele! esse sujeito merece! tira isso de dentro de vc; pq se tem uma pessoa que nao e culpada; esse alguem é voce!

    No meu caso; nunca deixei afetar; tenho alto estima alem do ceu; sou leonina; e muito bem resolvida comigo; o que claro ajuda; mas de verdade; a vida é uma so! VIVA ela… quantas pessoas estao na cama ; quantas pessoas gostariam de ter a oportunidade de viver, e você esta deixando sua vida passar por um BOSTA! nao faca isso com vc! SE AME!

  87. Paula14/07/18 • 15h34

    Que maravilhoso ver essa mulherada se ajudando

  88. Maria14/07/18 • 21h39

    Caso 3:
    Não sei o tipo de terapia que vc faz. Mas busque pela análise, busque um
    Psicanalista pra te ajudar. A psicanálise eh isso: tudo que vc vive hoje eh reflexo da sua história, do seu determinismo psíquico.É a psicanálise vai te ajudar a enfrentar seus fantasmas, vai te fortalecer. Confia. Vai dar certo.
    Sinta meu abraço. E td bem vc odiar seu pai e achá-lo um monstro. Pq ele é mesmo.
    Bjo no seu coração.

  89. pam15/07/18 • 22h35

    Docinho, acho que o primeiro passo é falar na terapia “tenho algo difícil pra falar”. Seu/sua terapeuta não vai te pressionar, só vai te ajudar a, aos poucos, ficar confortável com falar para ela.

    Falar aqui já foi um enorme avanço. Parabéns. Força

  90. Clarinha16/07/18 • 07h33

    Chora n.2: a regra segunda a qual nossos companheiros nos tratarão como tratam as mães tem, como toda regra, exceção. Uma coisa que aprendi após 10 anos de relacionamento é que quando entrarmos para a família do esposo, muita água já passou debaixo da ponte deles. Eu ficava meio enlouquecida com a forma como meu esposo se relacionava com os pais e quando eu me metia muito, ele falava “não se meta no que você não entende”. Meio grosseiro, né? Mas só comecei a sofrer menos e a AJUDAR mais quando vi qua não adianta chegar achando que será a pacificadora que arrumará tudo porque não é assim fácil. Você está com ele há um ano, ele está com a família há um pouco mais de tempo, né? Você mesma disse que seu noivo reclama da frieza da mãe e da falta de carinho entre eles, bem como do cunhado vagabundo, mas só fala que quer que ele mude. Ele perdeu o pai há dez anos e com certeza foi muito exigido dessa mãe para que se tornasse o homem da casa (tem mães que fazem isso antes mesmo da viuvez, quando o marido é muito “mole”). Acho que sua ideia de terapia em família é mais válida do que a de seu noivo mudar de uma hora para outra ou seu medo de que ele faça o mesmo com você. Eu lhe falo: meu esposo tem suas feridas, como todos temos, mas hoje eu não atribuo as eventuais grosserias com a forma como ele trata a família. Atribuo, sim, a questões mal resolvidas, e até mesmo a necessidade de se aproximar mais dessa família que TAMBÉM o magoou. Não aceite tratamento desrespeitoso por compreensão, dê limites, mostre que com você o papo é outro, mas não julgue e não tente se meter tanto em algo tão novo para você. Vá com calma, demonstre interesse no que levou à situação em que eles estão agora, e o apoio necessário para que melhorem com as próprias pernas. Eu também vim de uma família de comercial margarina e por isso eu julgava muito meu esposo e suas atitudes. Não cometa esse erro que cometi e lembre-se que toda família tem suas feridas, uma mais graves, outras mais leves. Boa sorte!

  91. Clarinha16/07/18 • 08h00

    Chora n3: não consigo imaginar a dor que você passou e passa até hoje. Sinto muito, muito mesmo, e realmente desejo que um dia você se veja liberta de tudo isso que lhe prende. O que seu pai fazia era triste e criminoso, e sua mae também deve ter sofrido muito, apesar de ter sido, de certa forma, omissa. Ela certamente tem feridas que a impediram de proteger você adequadamente. Eu espero que um dia você consiga perdo-los, pois acho que dar perdão é, antes de tudo, reconhecer a culpa do outro e decidir que ela não pode recair sobre seus ombros. Eu sou extremamente radical quando se trata de crimes sexuais, mas acho que, no seu caso, o melhor caminho é investir na terapia, tentar perdoá-los pelos graves erros que cometeram e lembrar que a vida é agora, e que você ainda pode aproveitá-la de forma plena. Acho que a entrega para o sexo deve mera consequência dessa plenitude, se um dia você quiser, claro. Não se force a gostar de nada agora, não procure terapia para gostar de sexo, mas para recuperar essa parte que foi tirada de você. E eu não falo de libido, falo de infância saudável, afeto, cuidado e carinho. Sinta-se abraçada por cada uma aqui!

  92. Leandra16/07/18 • 10h37

    Docinho, não li todos os comentários, pode ser que alguém tenha indicado, existe um método chamado CONSTELAÇÃO FAMILIAR, é uma terapia reconhecida e com ótimos resultados. Conheci ela através da minha profissão, Direito, está sendo aplicada em várias áreas do Direito, em especial do Direito de Família, para verdadeira solução das questões familiares. Leia e pesquise sobre essa terapia, tenho certeza que irá gostar e sinto que é para sua situação. Só mais uma dica, hoje temos muitas formas de buscar uma solução para nossos problemas e evoluirmos para nos tornarmos pessoas melhores, não tenha vergonha, vá atrás, porque merecemos sempre o melhor!!!

  93. Leticia16/07/18 • 13h41

    Chora 1:
    Talvez vc tenha q avaliar se está se boicotando.
    Eu tenho um exemplo clássico de auto boicote. Marco de correr toda terça e quinta, às 20h. Aí, qdo estou com preguiça de correr, eu faço o que? Trabalho até mais tarde rs vai entender! Eu me puno, trabalhando mais! Aí chego em casa, triste por não ter corrido e como doce! Bola de neve!
    Outra coisa q você precisa avaliar é o seguinte, essa empresa q vc está doando sua vida é uma organização capitalista, ela visa lucro é só isso. Os ótimo benefício, obviamente, é p o funcionário “sentir” menos a pressão.
    Talvez vc trabalhe em um banco, percebe o TANTO de processo trabalhista q essa multinacional carrega nas costas? Claro, isso é óbvio! Não se pode trabalhar todo fim de semana sem “bater cartão”.
    Meu conselho seria, faça seu trabalho, seja mto eficiente. Chegue mais cedo se precisar, fique uma, duas horas depois, mas não extrapole. Não leve trabalho p casa todo fim de semana. Nenhum ser humano aguenta. De o seu melhor, vai ser puxado mesmo assim, mas não se mate. Para a empresa, você é só mais uma (apesar deles dizerem q não). Caso, você seja desligada, você terá seus direitos e sim, pode processá-los. Você tem direito a receber por todos esse stress e trabalho feito aos fins de semana, por exemplo.
    Se coloque em primeiro lugar e seja exibe-te, controle seu tempo. Cuide de você e da sua saúde.
    Sugiro tbm uma coach de carreira se não conseguir seguir sozinha. Boa sorte.

  94. Raquel17/07/18 • 16h31

    CHORA 1

    Não sei como resolver seu problema, mas uma coisa que vc precisa fazer é ir documentando TUDO sobre o seu trabalho. Se trabalhar final de semana, mande uma email e guarde como prova. Se fez hora extra, faça a mesma coisa. As metas estão absurdas? Guarde tudo sobre isso!! Junte toda a documentação que conseguir. Pode ser que no futuro vc não faça nada com isso e apenas jogue fora. Mas pode ser que isso seja essencial para uma ação trabalhista. Você não é obrigada a entrar contra seu empregador, mas se no futuro vc quiser fazer isso as provas são fundamentais.

  95. M.18/07/18 • 12h18

    Chora 3
    Chorei muito com seu caso… Sou mãe de duas meninas, as protejo muito, desconfio de tudo e de todos e me parte o coração imaginar criancinhas passando pelo que vc passou. Não se sinta culpada, a culpa NUNCA é da vítima. Um dia desses, num encontro com amigas, fiquei surpresa como TODAS elas tinham pelo menos 1 caso de abuso na infância para contar e mais surpresa ainda com o fato de que todas sentem ou sentiram-se culpadas. As crianças são inocentes, têm coração puro e, por instinto, nascem e crescem confiando nos seus pais. Se eles fazem algo de ruim, elas logo pensam que são culpadas. Vc já é adulta, procure pensar racionalmente agora, para se livrar de toda essa culpa e a raiva que vc deve sentir dessa pessoa (isso não é pai, me desculpe!) pode servir para algo: não permita que ele continue a estragar sua vida! Basta o que já fez até agora! Vc ainda é muito nova, não permita que isso sugue mais seus anos de vida! Eu tive uma infância difícil, por conta da minha mãe, ausência de amor mesmo, pelo que compreendo hj e até já consigo falar do assunto (antes não), então decidi que seria feliz agora, tenho uma marido maravilhoso, duas filhas que são minha vida e uma trabalho que conquistei com muito estudo. A infância é uma fase muuuuito importante, mas eu nem gosto de lembrar da minha, o que me resta é curtir a vida adulta, a independência, a autonomia, o amor, as viagens, os filhos e a infância deles. Seria muito importante falar com seu terapeuta, se não sente confiança, mude de terapeuta, às vezes é uma questão de empatia mesmo. Fique bem, vc merece.

  96. Georgia18/07/18 • 17h02

    Chora 03, você precisa encontrar coragem de compartilhar isso com a sua terapeuta e uma sexóloga pode te ajudar em todos esses sentidos, trabalhar isso junto também com o seu namorado. Confie que vai ficar tudo bem!

  97. Suênia18/07/18 • 21h33

    Docinho parabéns pela sua coragem, é difícil demais falar sobre estupro na infância!
    Eu já sofri, minha irmã sofreu e se a gente “cavar” mais um pouquinho, perceberá que 10 em cada 10 mulheres sofreram algum tipo de abuso!
    Fiz terapia por um tempo e apenas com 28 anos consegui dividir o assunto com minha irmã e amigas.
    Uma coisa que a terapeuta me disse foi para EXCLUIR a palavra CULPA do meu vocabulário.
    Culpa é pesadíssimo para gente carregar.
    Toda vez que eu penso em falar “culpa” troco por palavras como responsabilidade ou outra similar, pode parecer besteira, mas me sinto mais leve!
    Como já disse uma leitora acima a culpa NUNCA é da vítima!
    Um conselho: não guarde para você, conte para terapeuta, pode ser em texto mesmo, ela vai te ajudar!
    Força amiga!
    Um grande abraço!

  98. S.A.19/07/18 • 11h31

    Docinho parabéns pela sua coragem, é difícil demais falar sobre estupro na infância!
    Eu já sofri, minha irmã sofreu e se a gente “cavar” mais um pouquinho, perceberá que 10 em cada 10 mulheres sofreram algum tipo de abuso!
    Fiz terapia por um tempo e apenas com 28 anos consegui dividir o assunto com minha irmã e amigas.
    Uma coisa que a terapeuta me disse foi para EXCLUIR a palavra CULPA do meu vocabulário.
    Culpa é pesadíssimo para gente carregar.
    Toda vez que eu penso em falar “culpa” troco por palavras como responsabilidade ou outra similar, pode parecer besteira, mas me sinto mais leve!
    Como já disse uma leitora acima a culpa NUNCA é da vítima!
    Um conselho: não guarde para você, conte para terapeuta, pode ser em texto mesmo, ela vai te ajudar!
    Força amiga!
    Um grande abraço!

  99. Anonima20/07/18 • 23h16

    Queria compartilhar com a menina do chora 01 que eu sou extremamente cobrada, muito mais cobrada do que a média dos meus colegas, e sou servidora pública estadual. É gritante: todo pepino ou coisa complicada ou coisa urgente cai na minha mesa. Incrível, né? Como dizer não? Como lidar com a pressão? Esta semana parecia que eu ia morrer de tanto stress, medo de ter um AVC.Como peitar a sua chefe que te passa as tretas pra fazer e depois de feitas, fala para a superiora dela que foi ELA que fez, ela que resolveu? Tenho vontade de me dar um tiro na cabeça haha! Brincadeirinha.
    Se souberem do curso pra deixar de ser trouxa, eu me matriculo. Já tentei várias táticas, inclusive olhar na internet na frente dela, me fingindo de relapsa, que é o que alguns fazem por lá, mas deu errado e eu ganhei mais serviço. Me ferrei.
    Nâo posso pedir as contas, foi sofrido demais passar neste concurso. Faço terapia, vou ter que tomar remédio para ansiedade generalizada, mas é o meu ganha pão. Estou estudando pra outro concurso mas tenho a impressão de que é meu isso, de ser o burro de carga onde quer que eu vá. No meu próximo, vou tentar uma tática diferente.

  100. Taiza20/07/18 • 23h22

    Docinho: gostaria de poder te dizer algo que aliviasse a sua dor, mas não consigo, acho que já disseram tudo o que eu diria. Saiba que os votos de uma recuperação e uma vida feliz são unanimidade aqui. Desejo que você visualize uma vida livre, leve, fazendo coisas que você gosta e com respeito e amor. Você já está muito mais forte, talvez não tenha percebido ainda, mas você nao é mais aquela criança que passou por tudo isso,que não estava entendendo o que estava acontecendo. Você já superou a barreira gigante que é vir contar a sua história e foi ouvida, foi abraçada. As pessoas te enxergam de forma diferente do que você se vê, embora você não perceba isso ainda mas irá perceber num futuro proximo. Continue a terapia. Conte sim à sua mãe, pense se deve ou não contar ao namorado. Se for um cara maduro, com as emoções no lugar, vai te apoiar em tudo. Um abraço apertado!

  101. Eliane Landim22/04/21 • 09h06

    Obrigada? Às vezes a gente só precisa desabafar e não encontra palavras.❤️