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Dicas de Viagem
26 jun 2013, 42 comentários

Diário de Viagem – Restaurantes em NYC

Ai que saudade me deu de minha amada Níu Ióki!! Revirando algumas fotos da última viagem, achei estas de restaurantes que podem render boas dicas para quem estiver indo pra lá.

O primeiro é o badalado Balthazar. Essa é a dica de restaurante que vai aparecer em todos os cantos. Mega charmoso, estilo francês,  frequentado por celebridades e super concorrido, fica no SoHo e todas as vezes que fui tinha fila. É bom fazer uma reserva caso você não tenha paciência para esperar. Os pratos são bons, mas das vezes que comi lá não ameeeeei a comida não. Não que estivesse ruim, mas não apaixonei sabe? Os preços não são caros, cerca de US$ 25 por prato principal.

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Balthazar, 80 Spring St. entre a Broadway e Crosby St.

A próxima dica peguei no blog da Camila e posso jurar que foi a melhor comida que já provei até hoje em NY! Eu nunca fui de sair de Manhattan, sempre ficava na ilha mesmo, mas da última vez quis conhecer o Brooklin, ainda mais que agora está bem badaladinho. Não sei se peguei um dia ruim, mas o bairro em si não me chamou muito a atenção, então me dediquei a comer rs. A entrada do Juliette é bem simples, daquelas dicas que você pensa “credo, mas será que é aqui mesmo?” mas quem conhece NY sabe que atrás de pequenas portas sempre existem belas surpresas. E assim foi. Depois de passar por um corredor escuro, lá estava o restaurante, com uns 3 ambientes, LOTADOS.

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 A comida é simples, mas foi a mais saborosa EVAH! Carne, ovo mexido, batata frita e uma salada com um molho perfeito (tô até salivando). Eu ODEIO rúcula, mas essa foi a mais gostosa que já comi rs.

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 Muito bom, quem for para Williamsburgh no Brooklin, pode ir comer no Juliette sem medo.  135 North 5Th St At Bedford

Agora a dica é para quem está de compras e não quer perder tempo procurando restaurante. Sabe a Bloomingdale’s? Pois é a minha loja preferida em NY. Sou capaz de passar dias lá dentro e não ver tudo rs. Daí que no sétimo andar tem um restaurante bem bacaninha, com comida leve e que não vai pesar no bolso.  O Forty Carrots é natureba, tem sanduíches de-li-ci-o-sos, sucos per-fei-tos e ainda um sorvetinho mara para arrematar o lanche (li por aí que foi o Forty Carrots que levou o frozen yogurt para NY há 56 anos, mas não sei se procede). Mas ó, geralmente tem fila, várias mulheres cheias de sacolas ficam esperando a vez de entrar, mas não se assuste, a fila anda bem rápido.

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 Quando vou pra gringa não posso ver um Tuna Salad que fico doida. E ó, baratinho, 12 obamas.

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 Saudável, barato e GOSTOSO! No Sétimo Andar (onde tem as coisas de cama) da Bloomingdale’s da rua 59 em Manhattan. E não “corta” o dia.

Diquinha final, que também peguei no GE! O lugar é LINDO e vale a visita para um café, mas para matar a fome… sei lá. O Cafe Gitane fica no Jane Hotel, beirando o rio Hudson. É muito charmoso, quando fui estava vazio e ainda assim achei o atendimento fraco 🙁 Demoraram muito para vir nos atender e a cara da garçonete não era muito boa.  Não é caro, cerca de US$ 15 por prato.

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O lugar é mais bonito que gostoso, se estiver passando por lá, entre para um café. Fica 113 Jane Street no West Village

Tem outros restaurantes que gosto em NY, mas nada fino rs. Desses que a gente pára para comer rápido e continuar o passeio sem perder muito tempo. Se alguém quiser anotar…

  • Adoro o sanduíche de camarão (shrimp salad) do Junior’s, ali bem na Broadway. Barato, grande e gostoooooooooso!
  • Falando em camarão, AMO o Stuffed Shrimp do Bubba Gump! Na Times Square.
  • Salada boa é a que acompanha o prato principal no Olive Garden. Por que em casa nunca fica igual?
  • Tá sem grana e quer comer MUITO? Essa dica é para quem não quer gastar mas quer encher a pança kkkk O Dallas BBQ fica ali na 42nd Street entre a 7th e a 8th Avenues. Escolha um dos Combos e coma até uma broinha kkk. Gente, quando chega o final da viagem e já se acabaram todos os dólares, o Dallas BBQ é parada certa.
  • Outra dica para quem quer comer MUITO, mas MUITO é o Carmine’s. Esse é italiano e se prepare para um festival de carboidratos. Os pratos são gigas e o preço bem bom (cerca de US$ 30 mas dependendo da fome serve até 4 pessoas). Sempre lotado mas, sinceramente? Não amei a comida não… mata a fome, mas não é deliciosa.
  • Um que NÃO INDICO: o Bar Pitti no Greenwich Village. Italiano mega famoso mas com o pior atendimento do MUNDO! Não sei se peguei um dia ruim do garçom (que se não me engano são os próprios donos que atendem), mas meu amigo ficou só na água de tão arrogantes que foram com a gente. E como a primeira impressão é a que fica… não volto nunca mais.

 

No momento não me lembro de mais restaurantes para indicar… Se alguém quiser deixar sua dica, será muito bem vinda!

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05 mar 2013, 107 comentários

Diário de Viagem: Boragó, É Pegadinha??

Seguinte, uma vez uma amiga me perguntou se eu conhecia o restaurante Boragó em Santiago, Chile (oi Kaie). Falei que não e ela me contou que uns amigos tinham ido e que era muito louco. Fiquei com vontade de conhecer e na minha última ida pra Santi fui checar o tal do Boragó.

Liguei antes para reservar, coisa que nunca faço, mas como o lugar tá famosinho resolvi me precaver. E logo no telefone já fizeram um mini interrogatório: se eu já conhecia o restaurante, se tinha algum tipo de comida ou bebida que eu não gostava etc. Achei diferente e personalizado e logo pensei “com esse atendimento, deve ser os ói da cara”. Mas fui.

Chegando lá, acho que umas 3 pessoas nos acompanharam até a mesa (eu e meus 2 irmãos). Daí um rapaz (que deveria ser o gerente, algo assim) nos contou da história do restaurante e do que se tratava. Bom, resumindo, o Boragó trabalha com cozinha endêmica, que usa de ervas (matinhos mesmo), flores, frutas, terra (éee), tudo o que o solo chileno pode produzir naquele momento. São pratos que representam cada região do Chile com as particularidades de cada lugar. O “cardápio” nunca é o mesmo visto que os “ingredientes” variam conforme a época. A sugestão foi a desgustação do menu endêmico, composto de 8 pratos e 8 bebidas para harmonizar perfeitamente com cada sabor. Quem é de álcool bebe vinho, quem não é, vai de sucos. Fiquei tensa, pois queria ver o cardápio e tentar entender mais do que se tratava, mas nada de carta nem de valores. Fechei os olhos e falei: ok, 3 menus, sendo o meu com vinho.

Acho que o gerente viu que eu estava meio sem entender e trouxe um cardápio onde continha além da tal degustação uns 3 pratos diferentes, mas já que eu estava lá queria conhecer o ponto forte do Boragó e o motivo de sua fama.

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A cozinha é aberta e pode-se ver os chefes trabalhando. Tive a impressão que todos são estrangeiros… 

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Primeiro vieram os snacks servidos em pedras. Sim, em pedras. Três coisinhos de cada, um para cada pessoa. O chef responsável por esse prato foi até a mesa e explicou o que era cada coisinha. Óbvio que esqueci… Mas tinha batata recheada com um queijo diferente, mariscos, um matinho que parecia erva doce, um outro negócio que parecia cocada… Juro que eu queria rir muito, mas me segurei. Agora imaginem a cena: 3 irmãos, um mais palhaço que o outro, sendo servidos de mini comidinhas em pedras. As piadas foram inevitáveis… tipo: o carinha foi lá fora catou uma grama e vai cobrar uma fortuna por isso. Daí já sacamos que o negócio era realmente bem diferente.

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Nem ouse pegar mais de um, tá contadinho por pessoa.

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Após os snacks veio um prato que parecia um ceviche. Tinha ostras, algas, cebola, coentro, pisco, ervas ácidas, flor de alho acompanhado por um champagne. Gostosinho. Cada prato é apresentado pelo chef responsável.

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Depois veio um matinho mas beeeem mato mesmo. Era de uma praia que esqueci o nome com morangos de mar. Acompanhou um sauvignon blanc.

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Comi TUDO.

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Esse prato foi épico. Lá no sul do Chile existe uma comida que se chama curanto. É feito em um buraco na terra, onde cozinham mariscos, batata, carne, várias coisas, é bem forte, levanta até defunto. Daí que no Boragó eles reproduziram a forma como o curanto é feito e simularam um buraquinho na terra com o caldo dentro. Detalhe, feito com água de chuva da Patagônia. Aham. Nesse ponto as piadas entre os irmãos já tinham ganhado força e um até perguntou se os gravetinhos eram pra comer também kkkk. Tô rindo, mas juro que também queria perguntar isso. Não, era só enfeite mesmo. Ah, o vinho foi um Pinot Noir.

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Esse estava muito delícia! Era merluza (peixe) com purê de beterraba. Com Pinot Noir de novo.

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Churrasco com cerejas!!! E acompanhava um baldinho com pedras quentes que jogavam água e saía fumacinha. Isso tudo pra gente se sentir num churras mesmo. Para beber, um cabernet sauvignon.

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Esse prato me deixou sem graça. A cada troca, os talheres também eram trocados, mas dessa vez não teve reposição e fiquei com uma gigante interrogação no rosto. O chef da vez explicou: este prato se come diretamente, sem talheres. Tipo, enfiar a boca aí?? Si, asi de simple. Eu heim… fiquei pensando se tinha alguém olhando até que um dos meus irmãos falou: é verdade, o povo ali atrás tava lambendo o prato kkkkkkkkkkkk Ok né? Caí de boca no merengue com matinho do Atacama e uma gelatina de licor de raiz araucana.

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Vez das sobremesas (acho que prato anterior também era, mas não foi apresentado como tal). Aqui temos um sorbet de framboesa com crumble de chocolate branco e pétalas de rosa desidratadas. O vinho era um sauvignon blanc.

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Mais um docinho. Uma “árvore de espinhos” e crumble de cacau. Tem por aí no meio uma maçã desidratada e sorbet de cacau. A bebida que acompanhou foi uma cerveja (num copinho de shot).

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Aqui foi a palhaçada mor do Boragó e o que me fez pensar se o Sergio Mallandro iria aparecer do nada e falar que era pegadinha… Veio um engravatado (que não era chef e nem o carinha que apresentou o restaurante no início) e disse bem rápido: “Vejo que vocês estão fotografando tudo, então tirem uma foto bem rápido deste prato pois o efeito dele acaba. Cada um pega uma dessas balas e põe na boca RÁPIDO.” OMG! Sorte que um dos meus irmão conseguiu fotografar a tempo. E a gente sem pensar nem nada, apenas seguindo ordens, logo colocamos esse treco na boca, todos ao mesmo tempo, sem chance nenhuma de perguntar que raios estava acontecendo. GENTE EU QUIS MORRÊEEEEEEEEEEEEEEEE. Começou a sair fumaça por tudo que é buraco kkkkk, eu olhava pros meus irmãos e rachava de rir, um soltando fumaça pelo nariz igual dragão e o outro tampando a boca, as orelhas pra ver se continha aquela desgra&^%. Imaginem a minha cara! E o engravatado todo sério, em pé ao nosso lado, olhando todo aquele sofrimento. Daí quando o show acabou, o carinha falou: “vocês acabam de provar um mentol feito com água glacial e nitrogênio líquido para se sentirem na Patagônia chilena”. Ah váaaaaaaaaaaaaa, ninguém me perguntou se eu queria aquilo kkkkkk. Mas confesso, foi MUITO engraçado. Eu ri de chorar. 

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O baldinho com pedras que solta cheiro de churrasco, eu comendo sem talheres, a entrada o Boragó e o pãozinho que vem todo embaladinho. Esse vasinho com uma plantinha, é pebre (um molho chileno) e estava super gostoso.

  • É algo muito diferente. Realmente uma viagem na culinária chilena. Não é o tipo de lugar para ir sempre, mas para turistas acho o máximo! Mas prepare a carteira: custa uns R$ 240 por pessoa (se a escolha for vinhos, se forem de sucos é pouco mais barato). Porém, é algo que nunca vi antes na vida e valeu cada centavo. Uma experiência completamente diferente e inovadora. Ah, e apesar dos pratos minúsculos, a gente não sai com fome, muito pelo contrário!
  • Achei bacana que explicaram depois que quando eu quisesse voltar, era só falar o dia que estive que eles elaborariam pratos diferentes. Ou seja, você NUNCA vai comer a mesma coisa.
  • O Boragó fica na Av. Nueva Costanera, 3467 – Vitacura. O telefone para reservas é o 02 – 2953 8893
  • Muito louco.