ConstanzaModa
Fashion News
03 set 2016, 14 comentários

Look Kenoa!

Vamos ver um look MARAVIDEUUUUSOOOO que usei no Kenoa???

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Comportamento
Cotidiano
04 jun 2016, 53 comentários

O Dia Que Não Postei

Não sei se vocês tem reparado, mas tenho postado frenéticamente no blog. Todos os dias, tento subir 2 matérias, e aos finais de semana, subo um no sábado e um no domingo, se der, dois.

Ontem estava tudo pronto para liberar o primeiro post do dia mas… não deu. Pro segundo então, nem pensei.

Vocês sabem praticamente tudo da minha vida: sabem quando viajo, para onde viajo, com quem estou, quanto termino namoro, quando namoro de novo, quando tô passando mal, quando troco de academia, quando coloco DIU, quando começo dieta, quando machuco o joelho, quando pinto o cabelo, quando compro sapato novo, tudo, tudo. Pois ontem aconteceu algo inédito na minha vida, e claro, vou contar para vocês. Fui assaltada.

¨Ah, normal.¨

Infelizmente, é normal sim. Mas sabe aquela coisa que você nunca acha que vai acontecer com você? Pois bem.

Um dia comum, eu precisava fotografar um look para um cliente novo. Montei minha produção, arrumei o cabelo, fiz minha maquiagem e fui pegar minha fotógrafa na Savassi. Ah, agora tenho assistente/fotógrafa! A Juju (Juliana) estuda Moda na Fumec e também está começando a fotografar. É a pessoa ideal a me ajudar a criar conteúdo pro blog, ajudar a me organizar e fazer algumas fotos quando eu precisasse. Enfim, peguei a Juju e fomos para a Praça da Liberdade tentar fotografar.

A Praça da Liberdade estava cheia e sem lugar para estacionar. Após dar uma voltas, pensamos: Vamos para a Praça do Papa, lá tem umas mansões com portões lindos e como o look era rycoh, iria ficar bem bonito lá.

Fomos, era cerca de 14:30, 15h. Parei o carro e deixei TUDO dentro dele, desci apenas com o look da foto, joguei a chave do carro dentro da bolsa da produção (que estava cheia de absorventes, usei isso para dar volume nela rsrsrs) e a Juju desceu apenas com a câmera. Ok.

Fotografamos, em frente a uma casa linda, com um portão maravilhoso. A praça cheia de crianças em uma excursão, tinha uns 3 ônibus estacionados. Passou patrulha policial umas 2 ou 3 vezes, tudo tranquilo. Até que de repente, um carro prata encostou, com vidros pretos beeeem escuros, e ouvi um cara dizer:

¨Onde fica a rua do perdeu tudo?¨

Não entendi e fiquei olhando pra ele, achando que estava pedindo informação. Mas não, com um revólver apontado pra Juju, ele pediu a camera e a bolsa. Ela viu as balas e o tambor girando, provavelmente o cara puxou o gatilho para assustar ainda mais. Ela entregou tudo (minha bolsa estava com ela, pois estávamos fotografando detalhes) e eles foram embora. Vi duas pessoas, o motorista e o carona com a arma. Não dava para ver se tinha gente no banco de trás. Assim que saíram, não consegui pensar em nada. Não lembro modelo do carro, roupa dele, nem lembrei de anotar placa. Nada, nada. Um dos motoristas dos ônibus de excursão viu e emprestou o celular para chamar a policia. Outra moça que estava no ponto de ônibus logo abaixo também viu e disse que eles saíram sorrindo.

Chegou polícia, BO feito, chamei o guincho para levar meu carro para casa  já que sem a chave não conseguimos abrir, ficamos mais umas 3 horas lá até resolver tudo. E eu com medo dos bandidos voltarem para pegar o carro, afinal, não tinha nada de valor dentro da bolsa, só a chave do carro.

No momento do assalto a gente pensa em sair correndo, em questionar, em pedir pra não fazer nada, mas simplesmente, fiquei estática. Se eu queria saber como seria minha reação a um assalto, pois foi essa.

No momento sinto muita raiva, mas muita mesmo. Da falta de segurança que temos, da falta de liberdade e tranquilidade, da privação do direito de ir e vir dentro da minha própria cidade. Trabalhamos muito, pagamos cada imposto, suamos para comprar nossas coisas e acontece isso. Estávamos em um ponto turístico de BH, um bairro nobre, praça cheia de crianças, 3 horas da tarde, trabalhando, e acontece isso. Sinto muito, mas muito mesmo pela Juju, que perdeu sua ferramenta de trabalho, que não é barata e que ela estava começando agora… Quanta maldade!

O dia que eu tanto esperava chegou. Sempre que alguém me contava sobre um assalto – e isso acontece praticamente todos os dias – eu pensava quando seria minha vez. Já foi. Agora penso quando será de novo. Penso ¨esse não atirou, será que o outro também não vai atirar? Será que esse de ontem atiraria na gente? Será que ele teria coragem?¨ Como viver assim???? Quantas pessoas são assaltadas a mão armada por dia? Quantas tem a ¨sorte¨ de ter apenas bens materiais roubados? E as que são mortas por capricho de bandido, vítimas que nem reagem e levam tiro????? Me aconselharam a sair com seguranças quando for fotografar, pedir pra polícia ficar do lado enquanto trabalhamos, mas me diz uma coisa… era pra ser assim??? Sério que precisamos de contratar segurança para trabalhar em paz??? A revolta e a impotência é tão grande!

E o pior, como viver com o ¨ah, é normal¨? Como viver com o ¨não vai acontecer nada com eles¨?

Estamos vivas, em casa, o que se perdeu de material a gente recupera, mas odeio a sensação de que isso não acabou. Queria que essa experiência fosse única e que não se repetisse jamais. Infelizmente, hoje não vou falar para viver a vida ao máximo como sempre falo, vou pedir para tentarmos SOBREVIVER ao máximo. É isso que temos feito, sem perceber, todos os dias quando acordamos. Não era pra ser assim.

E ontem não deu pra postar.

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Não quero me sentir corajosa quando sair na rua, quero me sentir livre.