Parece piada mas já é quarta feira DE NOVO! Quanto Choras ainda terei que escrever até isso tudo passar?
Enfim, enquanto não vacina, nem cura, nem o desaparecimento desse raio de Covid 19, vamos para mais um Chora!
Chora 01 – Pink
Olá, Cony. Tudo bem?
Bem, sendo bem direta, meu caso é o seguinte: tenho 29 anos, morei fora por 6 anos fazendo pós graduação em outro estado e agora estou de volta para casa da minha mãe. Em breve vou me mudar novamente pois consegui um emprego em outro estado. Porém, aí está o problema: eu amo a minha mãe e ela é a coisa mais importante da minha vida, mas ela é extremamente super protetora e não me criou para o mundo, me criou para fica com ela pra sempre.
Vou mudar de estado para um emprego onde o salário não é muito bom, mas tenho oportunidade de crescer na minha área em um lugar onde sempre quis trabalhar. Para ela, ganhar pouco e morar tão longe de casa é um absurdo; ela fala que consigo arrumar emprego aqui com o mesmo salário pra ficar perto da família, que estou fugindo da minha realidade e que coloco meu namorado (quase noivo) na frente da família (ela tem muito ciúmes dele). Ele não vai comigo no primeiro momento, mas acho que ela fica com receio de em algum momento ele mudar para onde eu estiver e constituirmos família por lá.
Minha mãe tem 70 anos, é separada do meu pai e totalmente independente… Ela sai na rua e resolve suas coisas, vai ao mercado, faz feira, limpa casa, paga as contas. Entretanto, ao voltar pra casa percebi que minha presença na cidade a ajudaria em algumas coisas e a pouparia de serviços mais pesados, pois ela já ralou muito na vida e agora é o momento dela descansar. Ela mesmo reclama que está ficando velha, cansada e que anda esquecendo as coisas. Enfim, eu fico me culpando muito por ter tomado a decisão de ir para outro estado e ficar tão longe dela. Ela fez de tudo por mim e pela minha irmã, trabalhou muito para nos sustentar sozinha e o que me parece é que eu tenho que retribuir tudo que ela fez por mim todos os esses anos, ficando aqui na cidade como forma de “pagamento”, sabe?
Quando fui morar fora para fazer a pós graduação foi ruim, ela não queria aceitar no primeiro momento, mas como ela achava que eu iria voltar pra cá quando finalizasse, acho que ficou mais tranquila depois. Enfim, eu odeio esse sentimento de culpa que tenho de ir embora e ser uma má filha por deixá-la, mas ao mesmo tempo entendo que eu preciso viver a minha vida. Minha irmã mora na mesma cidade que ela (em casas diferentes), e ela não estará sozinha, sabe? Mas mesmo assim, ela me faz ter um sentimento de culpa que eu não queria carregar.
Levar ela comigo não é uma opção, ela nunca iria. Já conversamos sobre isso, que o mercado de trabalho não está fácil e que tenho que agarrar essa oportunidade, mas na cabeça dela estou indo embora pra ficar longe dela (ela não entende meu amor por ela) e junto ao meu namorado. Ela me dá mil opções pra ficar, mil alternativas, mas eu sinto que preciso correr atrás de algo que é na minha área, em uma boa empresa e aqui na cidade dela não tem nada disso. Entendo que ela quer minha presença por perto, isso é normal, mas na atual situação, preciso resolver minha vida… Ai Cony, acho que preciso de terapia pra lidar com isso, pois está me tirando a paz. Preciso de conselhos.
Gente, quantos casos de mães que querem os filhos por perto hein? Já minha família é tão o contrário kkkk Meus pais sempre incentivaram muito a gente a ir atrás dos sonhos, conhecer outros países, viajar… Tanto é que foram ELES que saíram de casa e me largaram aqui kkkk. Enfim, tava quase te falando para ficar perto da sua mãe até ler que você tem uma irmã que mora na mesma cidade que ela e que pode ajudar. Pronto fia, tá resolvido. Ela não está sozinha, pode tirar esse peso e essa culpa de cima de você. Converse muito com ela, fale o quanto a ama, mas vá atrás do seu futuro sim. Ela vai entender… e ela NÃO está sendo abandonada viu? Se for o caso, uma boa terapia para as duas ajudaria bastante!
Chora 02 – Fergie
Oi Cony! Confesso que não sou leitora dinossauro como muitas, conheci seu blog em meados de 2018, e desde então venho acompanhando seu trabalho! Já tem um tempo que venho tentando organizar as ideias e mandar meu chora.
Tenho 33 anos e sou casada a pouco mais de 5 anos (mais 3 anos de namoro). Desde o namoro percebi que tinha algo errado, porém fui insistindo nesse relacionamento com aquela falsa esperança de que as pessoas mudam com o tempo.
Meu marido é uma pessoa muito nervosa, impaciente, daquelas com o pavio curto. Ao longo dos anos essa característica foi se intensificando, ele começou a descontar em mim todas as suas frustrações. Gritos, palavrões, quebrar ou jogar coisas, começaram a fazer parte da nossa vida. Posso admitir que sofri inúmeras agressões, menos a física.
Quando ele está bem, age como se nunca tivesse feito nada disso. É carinhoso, ou seja o contrário de quando está num desses “episódios”.
Porém, sempre que alguma coisa dá errado ou não saí como o planejado, a culpa é minha. E em várias ocasiões sou abandonada para lidar com os “pepinos” que surgem.
Algumas vezes se eu falo alguma coisa, as vezes nada demais, se transforma numa coisa muito maior. É como se eu vivesse o tempo todo pisando em ovos, tendo que tomar cuidado pra não falar ou fazer nada que vá ativar esse “lado” dele.
No final de 2018 fiquei grávida e fui ingênua ao pensar que talvez um filho faria ele pensar duas vezes antes de explodir. Cony achei que seria tratada com mais respeito durante a gestação e puerpério, muito pelo contrário: no meu momento mais vulnerável quando estava amamentando um bebê de 30 dias, cansada, enfrentando a privação de sono, escutei que estava insuportável. Fora outros insultos.
Esse tempo que passei mais reclusa cuidando do bebê também me serviu como um momento de reflexão. Cheguei a conclusão que meu marido é um parceiro ausente emocionalmente. O mundo gira em torno dele e das necessidades dele. E aparentemente eu devo ser um robô que não tem sentimentos e que pode ser tratada com tanta falta de cuidado.
Sempre me perguntei porque eu não terminei essa relação antes, e cheguei ao ponto de me consultar com uma guru espiritual que me disse ser um Karma com duração de 10 anos. Ou seja, aos 35 anos devo me libertar.
Eu sei que a minha “solução” é sair desse relacionamento que claramente suga mais de mim do que tem acrescentado, mas eu só queria dividir com você e suas leitoras um pouco da minha realidade e ler a opinião de vocês.
Miga isso não é vida não! Ser insultada, feita de capacho, saco de pancada de homem, falar pisando em ovos pra não fazer o outro explodir, NÃO É VIDA! Sim, você vai ter que sair dessa, não aguente mais isso. Não sei se já chegou a ter uma conversa séria com ele, do tipo de falar em separação caso ele não mude, mas falar com firmeza e seriedade. Ele acostumou a despejar tudo em você e como você sempre aceitou, ele acha que é “normal” e que isso não tem machuca o tanto que realmente machuca. E que guru espiritual o que, sendo karma ou não karma, não tem que esperar dar 10 anos pra resolver isso não. Cuide de você, do seu filho, da sua saúde mental e física também porque acho que qualquer dia, essa violência pode chegar a outro nível viu? Força aí e não espere mais tempo!
Chora 03 – Gwen
Oi, Cony! Obrigada por ceder esse espaço para suas leitoras. Acompanho o blog e sua trajetória e quero te parabenizar por fazer tudo de forma tão profissional. Bem, vamos ou meu chora.
Sou casada há 6 anos com um homem incrível no sentido de ser fiel, trabalhador, carinhoso, honesto, parceiro. E lindo! Nos conhecemos e casamos logo e sou só elogios em praticamente todos os aspectos.
Mas claro, tem um porém. E que agora se agravou.
Ele não é muito fogoso pra “quantidade” de sexo. E desde o início era assim, ele não mudou com o tempo. Namoramos, claro, e sempre é muito bom, mas tipo a cada duas semanas. Já ficamos um mês e ele nem liga. Temos vários momentos de carinho, beijos calorosos, passadas de mão, etc, mas o sexo em si não rola tanto. Já tivemos inúmeras conversas sobre isso, pois no início ficava maluca, e ele diz que me deseja etc, mas que é assim e nunca muda. E eu me acostumei.
Ele não teve muitas namoradas e passou por muitos problemas familiares, não curte terapia e, por mais que ele não relacione a isso, eu acho que pode ser algum bloqueio. Ou às vezes acho que ele é só assim mesmo e continuo nossa vida, que é bem boa.
E não é a rotina. Ele era assim até no início. Quando namoramos é ótimo, só não é frequente. E eu nem procuro mais tanto também, me acostumei em ter poucas relações… e de VERDADE estava bem com isso, depois de muito tempo aceitei. Não acredito que tenha traição.
Massss, resolvemos engravidar e a história está mudando.
Desde que começamos a tentar ele fala que vamos namorar mais, mas não procura e quando eu quero, ele sempre está doente, ou cansado ou sem vontade mesmo. Mas que quer muito e que no próximo mês tentaremos mais.
Ele quer muito ser pai, estamos realmente em um bom momento pra isso e já parei o remédio tem quase um ano. Só que em todos os meses, no meu período fértil, ele me namora uma ou nenhuma vez.
Quando namoramos na data certa, ele fica todo esperançoso e celebrando cada dia de atraso da minha menstruação.
Só que eu comecei a pressionar mais agora, insistir mesmo, já que não sou tão novinha mais (34), e ele começou a brochar. Já é a segunda vez em seguida só nessa quarentena e da última ele ficou muito mal. Disse que não gosta de namorar pressionado e não funciona, que se pressionar é pior. E está virando uma bola de neve isso.
Todos os meus exames estão ok, mas meu ciclo é bem irregular e precisaria tentar várias vezes durante um período fértil estendido para ter mais chances. Sinto até vergonha de falar com a médica que posso não estar engravidando por falta de tentativa…
Moramos no interior e todos os nossos amigos estão sendo pais e vejo o quanto ele se dá bem com as crianças e quer isso.
Por favor, você e suas leitoras podem me ajudar com comentários sinceros? Não queria desistir dele ou do meu casamento por isso, amo o que temos e eu realmente tinha me acostumado com a nossa vida “não muito movimentada” porque tinha qualidade, mas agora estou com medo de “deixar rolar” e ficar frustada se não for mãe.
Vamos lá, pro sexo, melhor qualidade que quantidade viu? Se é bom é gostoso, mesmo que poucas vezes, eu acho ok. Sério mesmo, não vejo problema nisso. Se fosse muito, você também iria reclamar rsrs. Outra coisa, ele SEMPRE foi assim, ou seja, você casou sabendo que o bofe é mais sossegado, e você ainda tá em vantagem pois ele continua com a mesma frequência. Em alguns casos, a frequência sexual cai horrores depois do casamento, imagina se fosse assim com vocês? Agora, realmente, pra fazer nenem tem que namorar bastante e esse plano pode ser prejudicado pela frequência escassa, segure a onda até chegar seu período fértil e aí namore. E não pressiona ele não, já deu pra perceber que ele não se dá bem com cobranças né? Calma, fica tranquila e prepare o terreno pra namorar quando for o dia propício… Vai dar tudo certo!
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