Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
08 jul 2020, 51 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Parece piada mas já é quarta feira DE NOVO! Quanto Choras ainda terei que escrever até isso tudo passar?

Enfim, enquanto não vacina, nem cura, nem o desaparecimento desse raio de Covid 19, vamos para mais um Chora!

Chora 01 – Pink

Olá, Cony. Tudo bem?
Bem, sendo bem direta, meu caso é o seguinte: tenho 29 anos, morei fora por 6 anos fazendo pós graduação em outro estado e agora estou de volta para casa da minha mãe. Em breve vou me mudar novamente pois consegui um emprego em outro estado. Porém, aí está o problema: eu amo a minha mãe e ela é a coisa mais importante da minha vida, mas ela é extremamente super protetora e não me criou para o mundo, me criou para fica com ela pra sempre. 
Vou mudar de estado para um emprego onde o salário não é muito bom, mas tenho oportunidade de crescer na minha área em um lugar onde sempre quis trabalhar. Para ela, ganhar pouco e morar tão longe de casa é um absurdo; ela fala que consigo arrumar emprego aqui com o mesmo salário pra ficar perto da família, que estou fugindo da minha realidade e que coloco meu namorado (quase noivo) na frente da família (ela tem muito ciúmes dele). Ele não vai comigo no primeiro momento, mas acho que ela fica com receio de em algum momento ele mudar para onde eu estiver e constituirmos família por lá.
Minha mãe tem 70 anos, é separada do meu pai e totalmente independente… Ela sai na rua e resolve suas coisas, vai ao mercado, faz feira, limpa casa, paga as contas. Entretanto, ao voltar pra casa percebi que minha presença na cidade a ajudaria em algumas coisas e a pouparia de serviços mais pesados, pois ela já ralou muito na vida e agora é o momento dela descansar. Ela mesmo reclama que está ficando velha, cansada e que anda esquecendo as coisas. Enfim, eu fico me culpando muito por ter tomado a decisão de ir para outro estado e ficar tão longe dela. Ela fez de tudo por mim e pela minha irmã, trabalhou muito para nos sustentar sozinha e o que me parece é que eu tenho que retribuir tudo que ela fez por mim todos os esses anos, ficando aqui na cidade como forma de “pagamento”, sabe? 
Quando fui morar fora para fazer a pós graduação foi ruim, ela não queria aceitar no primeiro momento, mas como ela achava que eu iria voltar pra cá quando finalizasse, acho que ficou mais tranquila depois. Enfim, eu odeio esse sentimento de culpa que tenho de ir embora e ser uma má filha por deixá-la, mas ao mesmo tempo entendo que eu preciso viver a minha vida. Minha irmã mora na mesma cidade que ela (em casas diferentes), e ela não estará sozinha, sabe? Mas mesmo assim, ela me faz ter um sentimento de culpa que eu não queria carregar. 
Levar ela comigo não é uma opção, ela nunca iria. Já conversamos sobre isso, que o mercado de trabalho não está fácil e que tenho que agarrar essa oportunidade, mas na cabeça dela estou indo embora pra ficar longe dela (ela não entende meu amor por ela) e junto ao meu namorado. Ela me dá mil opções pra ficar, mil alternativas, mas eu sinto que preciso correr atrás de algo que é na minha área, em uma boa empresa e aqui na cidade dela não tem nada disso. Entendo que ela quer minha presença por perto, isso é normal, mas na atual situação, preciso resolver minha vida… Ai Cony, acho que preciso de terapia pra lidar com isso, pois está me tirando a paz. Preciso de conselhos.

Gente, quantos casos de mães que querem os filhos por perto hein? Já minha família é tão o contrário kkkk Meus pais sempre incentivaram muito a gente a ir atrás dos sonhos, conhecer outros países, viajar… Tanto é que foram ELES que saíram de casa e me largaram aqui kkkk. Enfim, tava quase te falando para ficar perto da sua mãe até ler que você tem uma irmã que mora na mesma cidade que ela e que pode ajudar. Pronto fia, tá resolvido. Ela não está sozinha, pode tirar esse peso e essa culpa de cima de você. Converse muito com ela, fale o quanto a ama, mas vá atrás do seu futuro sim. Ela vai entender… e ela NÃO está sendo abandonada viu? Se for o caso, uma boa terapia para as duas ajudaria bastante!

Chora 02 – Fergie

Oi Cony! Confesso que não sou leitora dinossauro como muitas, conheci seu blog em meados de 2018, e desde então venho acompanhando seu trabalho! Já tem um tempo que venho tentando organizar as ideias e mandar meu chora.

Tenho 33 anos e sou casada a pouco mais de 5 anos (mais 3 anos de namoro). Desde o namoro percebi que tinha algo errado, porém fui insistindo nesse relacionamento com aquela falsa esperança de que as pessoas mudam com o tempo. 

Meu marido é uma pessoa muito nervosa, impaciente, daquelas com o pavio curto. Ao longo dos anos essa característica foi se intensificando, ele começou a descontar em mim todas as suas frustrações. Gritos, palavrões, quebrar ou jogar coisas, começaram a fazer parte da nossa vida.  Posso admitir que sofri inúmeras agressões, menos a física.

Quando ele está bem, age como se nunca tivesse feito nada disso. É carinhoso, ou seja o contrário de quando está num desses “episódios”.

Porém, sempre que alguma coisa dá errado ou não saí como o planejado, a culpa é minha. E em várias ocasiões sou abandonada para lidar com os “pepinos” que surgem.

Algumas vezes se eu falo alguma coisa, as vezes nada demais, se transforma numa coisa muito maior. É como se eu vivesse o tempo todo pisando em ovos, tendo que tomar cuidado pra não falar ou fazer nada que vá ativar esse “lado” dele. 

No final de 2018 fiquei grávida e fui ingênua ao pensar que talvez um filho faria ele pensar duas vezes antes de explodir. Cony achei que seria tratada com mais respeito durante a gestação e puerpério, muito pelo contrário: no meu momento mais vulnerável quando estava amamentando um bebê de 30 dias, cansada, enfrentando a privação de sono, escutei que estava insuportável. Fora outros insultos.

Esse tempo que passei mais reclusa cuidando do bebê também me serviu como um momento de reflexão. Cheguei a conclusão que meu marido é um parceiro ausente emocionalmente. O mundo gira em torno dele e das necessidades dele.  E aparentemente eu devo ser um robô que não tem sentimentos e que pode ser tratada com tanta falta de cuidado.

Sempre me perguntei porque eu não terminei essa relação antes, e cheguei ao ponto de me consultar com uma guru espiritual que me disse ser um Karma com duração de 10 anos. Ou seja, aos 35 anos devo me libertar.

Eu sei que a minha “solução” é sair desse relacionamento que claramente suga mais de mim do que tem acrescentado, mas eu só queria dividir com você e suas leitoras um pouco da minha realidade e ler a opinião de vocês.

Miga isso não é vida não! Ser insultada, feita de capacho, saco de pancada de homem, falar pisando em ovos pra não fazer o outro explodir, NÃO É VIDA! Sim, você vai ter que sair dessa, não aguente mais isso. Não sei se já chegou a ter uma conversa séria com ele, do tipo de falar em separação caso ele não mude, mas falar com firmeza e seriedade. Ele acostumou a despejar tudo em você e como você sempre aceitou, ele acha que é “normal” e que isso não tem machuca o tanto que realmente machuca. E que guru espiritual o que, sendo karma ou não karma, não tem que esperar dar 10 anos pra resolver isso não. Cuide de você, do seu filho, da sua saúde mental e física também porque acho que qualquer dia, essa violência pode chegar a outro nível viu? Força aí e não espere mais tempo!

Chora 03 – Gwen

Oi, Cony! Obrigada por ceder esse espaço para suas leitoras. Acompanho o blog e sua trajetória e quero te parabenizar por fazer tudo de forma tão profissional. Bem, vamos ou meu chora. 

Sou casada há 6 anos com um homem incrível no sentido de ser fiel, trabalhador, carinhoso, honesto, parceiro. E lindo! Nos conhecemos e casamos logo e sou só elogios em praticamente todos os aspectos.

Mas claro, tem um porém. E que agora se agravou. 

Ele não é muito fogoso pra “quantidade” de sexo. E desde o início era assim, ele não mudou com o tempo. Namoramos, claro, e sempre é muito bom, mas tipo a cada duas semanas. Já ficamos um mês e ele nem liga. Temos vários momentos de carinho, beijos calorosos, passadas de mão, etc, mas o sexo em si não rola tanto. Já tivemos inúmeras conversas sobre isso, pois no início ficava maluca, e ele diz que me deseja etc, mas que é assim e nunca muda. E eu me acostumei.

Ele não teve muitas namoradas e passou por muitos problemas familiares, não curte terapia e, por mais que ele não relacione a isso, eu acho que pode ser algum bloqueio. Ou às vezes acho que ele é só assim mesmo e continuo nossa vida, que é bem boa. 

E não é a rotina. Ele era assim até no início. Quando namoramos é ótimo, só não é frequente. E eu nem procuro mais tanto também, me acostumei em ter poucas relações… e de VERDADE estava bem com isso, depois de muito tempo aceitei. Não acredito que tenha traição. 

Massss, resolvemos engravidar e a história está mudando. 

Desde que começamos a tentar ele fala que vamos namorar mais, mas não procura e quando eu quero, ele sempre está doente, ou cansado ou sem vontade mesmo. Mas que quer muito e que no próximo mês tentaremos mais. 

Ele quer muito ser pai, estamos realmente em um bom momento pra isso e já parei o remédio tem quase um ano. Só que em todos os meses, no meu período fértil, ele me namora uma ou nenhuma vez. 

Quando namoramos na data certa, ele fica todo esperançoso e celebrando cada dia de atraso da minha menstruação. 

Só que eu comecei a pressionar mais agora, insistir mesmo, já que não sou tão novinha mais (34), e ele começou a brochar. Já é a segunda vez em seguida só nessa quarentena e da última ele ficou muito mal. Disse que não gosta de namorar pressionado e não funciona, que se pressionar é pior. E está virando uma bola de neve isso. 

Todos os meus exames estão ok, mas meu ciclo é bem irregular e precisaria tentar várias vezes durante um período fértil estendido para ter mais chances. Sinto até vergonha de falar com a médica que posso não estar engravidando por falta de tentativa…

Moramos no interior e todos os nossos amigos estão sendo pais e vejo o quanto ele se dá bem com as crianças e quer isso. 

Por favor, você e suas leitoras podem me ajudar com comentários sinceros? Não queria desistir dele ou do meu casamento por isso, amo o que temos e eu realmente tinha me acostumado com a nossa vida “não muito movimentada” porque tinha qualidade, mas agora estou com medo de “deixar rolar” e ficar frustada se não for mãe.

Vamos lá, pro sexo, melhor qualidade que quantidade viu? Se é bom é gostoso, mesmo que poucas vezes, eu acho ok. Sério mesmo, não vejo problema nisso. Se fosse muito, você também iria reclamar rsrs. Outra coisa, ele SEMPRE foi assim, ou seja, você casou sabendo que o bofe é mais sossegado, e você ainda tá em vantagem pois ele continua com a mesma frequência. Em alguns casos, a frequência sexual cai horrores depois do casamento, imagina se fosse assim com vocês? Agora, realmente, pra fazer nenem tem que namorar bastante e esse plano pode ser prejudicado pela frequência escassa, segure a onda até chegar seu período fértil e aí namore. E não pressiona ele não, já deu pra perceber que ele não se dá bem com cobranças né? Calma, fica tranquila e prepare o terreno pra namorar quando for o dia propício… Vai dar tudo certo!

  • Por hoje é só! Lembrando que os Choras estão abertos! Pode mandar seu caso para constanza@futilish.com e no assunto coloque CHORA QUE EU TE ESCUTO! Dramas pessoais, familiares, de trabalho, amizade, relacionamento… o que estiver te afligindo, pode mandar! Seu anonimato está garantido!
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Chora Que Eu Te Escuto
01 jul 2020, 34 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Ah não gente. Para. Quarta Feira DE NOVO E CONTINUAMOS NA MESMA???? Assim não dá..

Chora 01 – Tulum

Cony sua linda, amo os chacoalhões que você da na gente, tenho você como uma amiga conselheira hehe não perco uma atualização do fufu 🥰 Mas vamos ao meu drama. Eu casei com meu primeiro namorado, sofri um relacionamento abusivo por 7 anos, nesse tempo tivemos uma filha, que é a razão da minha vida. O relacionamento acabou e nada bem, mas isso já superei. O enrosco é, depois da separação meus pais queriam MUITO que eu e a neném fossemos morar com eles. Por quase 2 anos resisti. Maaaas, em outubro do ano passado cedi, voltei pras asas deles. Aí que começou meu martírio, perdi minha liberdade pra TUDO,  se pego a chave do carro já pedem aonde vou, não consigo educar a minha filha como eu quero e considero certo, tentam controlar tudo até quando a minha filha vai pra casa do pai dela, se compro alguma coisa acham ruim (dizem que gasto demais), se saio acham ruim, se fico em casa acham ruim. Já ouvi da minha mãe que “tiramos o sossego dela” mas era ela que me enchia o saco pra voltar. Discuti com meu irmão e ele me chamou de vagabunda entre outras coisas. Ficou aquele climão por uns dias, mas passou. E nem contei tudo que vem acontecendo, senão escreveria um livro, mas são coisas que esgotam, tiram a paz, me tiram do equilíbrio, fazem perder a autoridade com a minha filha. Ela tem 5 anos se eu não tomar as rédeas vou perder o controle da criação dela.Sei que meus pais não fazem isso por mal. Mas além de me sufocarem, estão acabando com a minha relação mãe e filha. Por outro lado, estou enrolando para sair daqui pra não magoar eles, sei como eles são sentimentais e vão fazem tempestade em copo d’água. Me ajuda Cony, eu sei o que fazer, mas preciso daquele conselho que só você sabe dar.

Tá mais claro que tudo, você tem que sair da casa dos seus pais… “Ah mas eles vao ficar magoados…” e você? Não fica magoada com as coisas que está passando não? Se está aí, é por escolha sua e enquanto estiver na casa dos seus pais, no “território” deles, terá que acatar ao tratamento que te dão… Pegue suas coisas e vá procurar um lugar para viver em paz com sua filha. Não estou falando que seus pais sejam pessoas ruins, mas a convivência faz isso mesmo… para de sofrer e de enrolar mulher. Tá perdendo tempo e saúde mental, não só sua mas das sua familia e principalmente da sua filha que deve estar toda confusa com a criação.

Chora 02 – Cozumel

Cony, há cerca de 5 meses eu conheci um menino em um app aqui em SP, eu gostei bastante dele! Ele é super inteligente e me trata super bem! Até que logo em que nos conhecemos, ele me contou que já havia sido casado e que a separação foi super traumática pois eles apesar de terem morado alguns anos juntos, ficaram apenas alguns meses casados. Ate aí tudo bem, não tava focada em casar não. Neste meio tempo que nos conhecemos, eu tinha uma viagem marcada para Barcelona e ele tinha uma reunião do trabalho em Londres e ele comprou uma passagem e foi me encontrar em Barcelona. Foi super legal, passeamos bastante e curtimos muito! logo eu voltei das férias para SP e ele também… continuamos nos vendo com frequencia… acontece que um dia eu falei que eu queria um relacionamento sério e ele foi super frio e disse que apesar de “gostar” de mim não estaria disposto a um relacionamento sério e falou que se fosse assim, ele preferia terminar. Confesso que fiquei bem triste e chateada mas como eu estava curtindo ficar com ele eu aceitei a condição de sermos ficantes. Eu não sei se estou fazendo a coisa certa sabe? é meio ruim saber que a pessoa não quer nada sério com agente “por enquanto”… meio ruim mentir para minha família dizendo que eu não tenho ninguém para não me cobrarem… enfim, sei que a resposta está dentro do meu coração mas queria ouvir a sua opinião e das leitoras sobre isso… vale a pena investir ou melhor eu abrir novos caminhos para eu estar com quem realmente está disponível para estar comigo em um relacionamento sério?

Investir em alguém que não te quer??? Minha filha, mas isso não deveria ser nem uma opção. Pega ele e pega outros também… não precisa “terminar” seu contatinho, seja esperta, não se apegue, conheça outras pessoas também mas NÃO FIQUE 100% DISPONÍVEL JAMAIS! Uma hora ele aparece namorando outra e você vai morrer de tristeza. Vai administrando a situação mas não seja você a “controlada”, seja quem CONTROLA. Não seja a escolhida, seja quem ESCOLHE.

Chora 03 – Cancun

Oi Cony, bom dia.
Vim aqui chorar um pouquinho rs O que acontece é que me envolvi com um cara recém separado… o casamento foi cheio de traição de ambas as partes e a ex dele assumiu um relacionamento logo que acabou. 
Começamos a ficar e as coisas foram evoluindo. Mas minha preocupação é como vai ser lidar com os filhos e a ex quando as coisas se normalizarem… Ela já demonstrou ser daquelas que vai infernizar mesmo.
Fora que sou bem mais nova que ele, tinha planos de casar e ter filhos e ele já não sabe se quer mais essas coisas. Ao mesmo tempo fico confusa pq ele me trata muito bem, é o cara mais bacana que conheço nos ultimos tempos…   
O relacionamento é maravilhoso mas não sei se vale a pena abrir mão de tanta coisa por isso.” 

Miga, vamos lá…o que você quer para sua vida? Quer casar e ter filhos? Ele não quer? Então sinto informar, mas ele não serve pra você. E não se iluda com pequenas coisas e detalhes, tratar bem não é qualidade é OBRIGAÇÃO de homem para com a mulher que está. E mais, você está preocupada com uma coisa que nem aconteceu ainda, não sabe se vai acontecer nem quando vai acontecer. Se eu fosse você, parava de romantizar a situação, olharia tudo com frieza e seria bem fiel aos seus sonhos e vontades. Depois pode ser tarde demais e mais difícil ainda de tomar uma decisão.

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