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Decoração, Mi Casa Su Casa
01 maio 2022, 16 comentários

Mi Casa, Su Casa – Ambientes Integrados

Bonjour Fufulândia! Tudo bem por aí?

Posso aparecer depois de um mês jogando confete no meu escritório?

Esse mês tivemos oportunidades legais de fotografar e filmar 3 obras em que trabalhamos e gostaria de mostrar uma delas para vocês hoje, e caso gostem posso vir no futuro com outras obras.

A residência de hoje, que chamamos de Casa 3, é um imóvel de uma incorporadora que constrói casas e personaliza apartamentos com uma atenção e dedicação inigualáveis. Tudo é selecionado e empregado com os critérios que os proprietários teriam como se fosse para eles morarem. E de fato, acontece deles às vezes morarem um tempo nos empreendimentos antes de venderem.

Veremos estar, jantar, cozinha, varanda e lavabo hoje, que é basicamente toda a área social que dispomos. A casa ainda tem mais 3 suítes, sendo uma térrea e duas no superior e uma suíte master, com 2 closets e 2 banheiros. A casa ainda dispõe de adega, copa íntima, rouparia, três depósitos (garagem, piscina e interno), despensa, lavanderia e área técnica. Com área construída de 550,93 m2, fizemos a previsão de uso de elevador, então caso necessário, é possível converter a rouparia e a adega em um elevador. Pode parecer exagero, mas ninguém está ficando mais xófen com o passar dos anos, não sabemos se alguém que vá morar na casa tenha alguma restrição de mobilidade. Se você estiver em fase de projeto e seu imóvel contempla mais de um pavimento, vale a pena pensar em um lugarzinho que possa ser um elevador algum dia.

Diria que falta muito pouco de decoração na casa, que tem uma estética muito atual e se fosse se encaixar em um estilo, eu chamaria de modernismo minimalista.

Ao acessar a casa, temos uma ampla sala que engloba jantar e estar. Com brandes aberturas, é possível integrá-la com varanda e cozinha, tornando-se um ambiente único que comporta confortavelmente de 45 a 50 pessoas (vacinadas, obviamente).

A mesa de jantar para 10 pessoas tem linhas simples é revestida em lâmina de madeira natural muito elegante, que traz aconchego ao espaço com sua textura suave. Todo o espaço tem base em tons cinzas, é pontuado por itens em preto. As luminárias são pendentes diferentes que se distribuem em linha al longo da mesa, uma brincadeira com os diferentes formatos. As dimensões permitem a inclusão de um buffet entre estar e jantar, mas ainda não encontramos a peça correta.

A área de estar equipada com um home completo, tem um generoso estofado em couro, poltronas contemporâneas e uma poltrona azul que é a mais confortável que já existiu na Terra. O paisagismo ainda está sendo definido, visto que essa construção foi entregue há apenas três meses, mas o muro lateral que se comunica diretamente com esse cômodo será coberto por um jardim vertical.

O home tem um painel de marcenaria com recortes geométricos com espessuras e ângulos diferentes – o pavor do marceneiro – além disso, o equipamos com gavetas para esconder a baguncinha de controles, manuais e etc, além de nichos para decoração e uma estante com fechamento em vidro. Incluímos embaixo das gavetas uma barra de iluminação para “calibrar” a luminosidade do ambiente quando for assistir algum programa. Eu brinco que é a luz para achar o pote de pipoca, porém realmente faz diferença no conforto, se tiver como incluir, pode ser derivando de uma tomada, invista nisso.

Vamos pro coração da casa?

Talvez esteja estranhando a churrasqueira aqui dentro da cozinha. Já tem muito tempo que deixamos de fazer dois espaços distintos de cozinha e churrasqueira quando a distância entre eles é pouca ou nenhuma. Se a cozinha e o gourmet estão muito próximos, é melhor uni-los e ter um cômodo mais versátil. Aqui temos uma ilha de refeições rápidas para quatro pessoas, churrasqueira e todas as facilidades da vida moderna.

Nessa área “vazia” teremos um lounge, um espaço para relaxar, tomar um chá, petiscar com amigos enquanto a mágica acontece, visto que logo na entrada da cozinha há uma mesa de 10 lugares, e logo no acesso da varanda temos uma mesa externa de 6 lugares faz sentido ter onde acomodar as visitas próximas ao chef da vez.

A varanda com sua riqueza de texturas é um convite ao dolce far niente. A piscina essencialmente tem 7×3 na área mais profunda e 4×4 no espaço de prainha.

Abraçada por um grande volume com cascata, onde temos neste detalhe uma grande jardineira que receberá plantas que ficarão emolduradas pelo revestimento tipo hijau, que tem esses tons de azuis e verdes que fazem alusão ao mar e é o mais pedido do momento.

Antes de irmos pro lavabo, me diga nos comentários: Você percebeu que toda a iluminação da sala é indireta? Temos muito orgulho dessa iluminação, pois conseguimos deixar o teto muito limpo, e temos fontes de luz diferenciadas, em móveis, em perfis suspensos e arandelas na parte externa.

Para o lavabo queríamos algo com volume, então as paredes receberam um produto cimentício com ondas:

A composição se deu com uma cuba escultórica, a bancada feita como um grande bloco de mármore e o espelho com desenho orgânico coroou esse espaço que temos muito carinho em criar, pois é o que transmite o carinho e o estilo dos moradores para quem está sendo recebido.

E por hoje é só pessoal! Qualquer dúvida, pede nos comentários que eu respondo você.

#Bença!

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Bem Estar, Decoração, Mi Casa Su Casa
03 abr 2022, 13 comentários

Mi Casa Su Casa – Ansiedade e Depressão II

Rélou Rélou Rélou!

Dando continuidade ao post da semana passada, vamos falar de outros itens de decoração que podem criar ou agravar ansiedade e depressão.

Estou feliz demais com a repercussão, obrigado a todas que comentaram, que encaminharam a matéria para outras pessoas, eu fico muito feliz em ajudar as pessoas a se sentirem melhor.

Passaram bem essa semaninha que chegou esfriando o Sul? Aqui já puxei 2 cobertinhas (para evitar brigas noturnas) e já tô adaptando cardápio para polenta, risoto… Então que tal trocar a bebida de hoje por um petisco? Vamos de pinhão!

Destralhe

Se você não ouviu o termo, ele é muito comum dentre os “minimalistas” ou “essencialistas”, que buscam ter o mínimo de coisas possíveis ou o mínimo de coisas que julgam necessário. Basicamente é livrar-se das coisas que não tem uso, ou das coisas duplicadas que tem na sua casa. Especialistas defendem que esse tipo de excesso aumentam os níveis de cortisol e atrapalham diretamente nossos sistemas digestivo e imunológico, afetando por exemplo padrões de sono e qualidade do nosso aprendizado.

Superfícies com muitos itens expostos criam padrões complexos e um excesso de coisas fazendo com que nosso cérebro gaste muita energia para poder assimilar. Por outro lado, a falta de objetos nas superfícies nos dá a sensação de não-pertencimento, ou seja, cada pessoa deve encontrar seu ponto de equilíbrio. Um exercício efetivo e gratificante é retirar tudo de uma superfície horizontal (um aparador por exemplo) e ir incluindo coisas devagar e sentindo até onde você se agrada. Não faça isso na casa toda de uma vez. Vá um local por vez. Uma mesinha de cabeceira, depois a mesa do escritório. Uma prateleira da estante… assim você não se sobrecarrega e vai aos poucos se acostumando ao “peso” visual que te agrada.

Materiais

No vídeo a Vivien dedica todo um capítulo sobre a frieza dos materiais. Eu não acredito que o fato de usarmos plásticos, laminados, porcelanatos ou vidros na nossa decoração nos vá sentir depressivos, porém acredito que essa relação é válida em Vancouver, onde os invernos são intensos e aí realmente uma relação de emprego de madeiras naturais, lãs e algodão naturais vão fazer diferença na saúde mental.

Segundo os analistas nós temos intrinsicamente no sentido do tato o desejo de nos conectarmos com materiais naturais, então se a sua região é mais fria, vale a pena se atentar neste item e buscar tapetes, cortinas e estofados em materiais naturais. Seda, linho, algodão e lã por exemplo.

Falta de Luz Natural

É conhecido na esfera científica que a exposição a luz natural aumento a produção da serotonina, melhorando nosso humor. Uma casa com maior incidência de luz natural fará com que os moradores tenham mais energia e fiquem mais alertas. Se seu espaço não tem uma ampla penetração (ui) de luz, alguns truques que ajudam são:

Pintura em tons mais vibrantes;

Espelhos refletindo a luz natural que entra (tomando cuidado com os problemas que o espelho pode trazer, relatados no post anterior);

Fontes adicionais de luz artificial, como abajures e luminárias de coluna, aqui eu acho válido pontuar a escolhe de uma temperatura de cor de luz próxima a 4000k que é equiparada ao tom da luz natural do sol.

Vale lembrar que as luzes artificiais também afetam nosso ciclo circadiano, para quem não conhece, olha esse esquema simplificado:

Alterações neste ciclo podem causar problemas de insônia e desânimo, por isso a maioria dos aparelhos mais modernos tem aquela função “modo noturno” que faz com que eles fiquem com as telas mais amarelinhas.

Posição da Luz Artificial

O local onde posicionamos a luz influencia diretamente nosso humor e comportamento. Uma luz focada, diretamente sobre você (tipo luz de interrogatório) vai te deixar no modo alerta, incomodada/o e se sentindo desprotegida/o.

Por isso luzes acima da mesa de jantar, sobre a cama ou sobre mesas de trabalho/estudo seria muito bom considerar que tivessem sempre ter um controle de intensidade (com lâmpadas smart é fácil de conseguir hoje em dia) ou se você não quer mais uma coisa smart, pode incluir um dimmer físico (substituindo o interruptor) e adquirindo uma lâmpada que aceita dimerização.

Cores

As cores nos afetam psicologicamente de forma muito forte. É impossível dissociar a influência do que nos rodeia dos efeitos diretos delas. A incontáveis estudos sobre as cores, porém pouco ainda se sabe sobre a profundidade dessa relação.

O que se pode afirmar já, é que azuis, verdes e lilases são tons frios e suavizam ambientes. Basta relacionar com o céu azul, os campos verdejantes ou as plantações de lavanda.

Vermelhos, amarelos e laranjas são catalogados como tons quentes e fazem alusão ao sol e ao fogo, se relacionando com aconchego e acolhimento.

Em estudos azuis se mostraram eficientes e acalmar pessoas, desacelerar metabolismo, diminuir batimentos cardíacos e pressão arterial. Algumas pessoas podem sentir-se tristes e desanimadas em locais com muito emprego de tons azuis.

Já o vermelho, uma cor vibrante e estimulante que evoca a urgência, e que pode melhorar depressão, infelizmente pode também causar efeitos de raiva e agressividade. Para não chegarmos a estes sentimentos, o melhor é utilizarmos tons rosados ou de terracota. O laranja por exemplo é considerado um antidepressivo, e se mostrou eficiente em melhorar o sistema imunológico e digestivo.

Verdes nos ligam diretamente a natureza e tem efeitos refrescantes, calmantes e relaxantes culminando em sensações de harmonia e equilíbrio, ajudando a diminuir ansiedade e stress.

Marrons, o maior dos neutros é relacionado com confiança, estabilidade, segurança e conforto.

Amarelos melhoram o humor e trazem energia, em contrapartida também podem causar distrações.

Importante frisar também que cada pessoa pode ter percepções diferentes das cores, assim como essa relação de percepção de efeito da cor pode ser alterada até por diferenças culturais e/ou crenças. Contudo uma regra é sim universal, cores mais saturadas (clarinhas) são mais relaxantes, e cores mais escuras são mais estimulantes/energizantes. É preciso exercitar um certo auto conhecimento e reconhecer suas necessidades individualmente.

Pontos que eu concordo com o vídeo são: Evite e branco absoluto e a paleta 50 tons de cinza. Branco total é estressante e causa ansiedade e o cinza sem adição de outras cores não é um ambiente que fará uma pessoa sentir-se bem humorada ou animada.

Distribuição de Mobiliário

Um bom layout de mobiliário faz toda a diferença na percepção espacial. Locais com fluidez e leveza visual, que estimular interação social fazem com que a ansiedade diminua e sentimentos de opressão. Simetria também é um conceito que agrada mentalmente e traz satisfação ao nosso cérebro. Se a sua casa tem muita mobília, tente realocá-las deixando espaços maiores dentre elas ou até mesmo retirando peças.

Pense na maneira que você costuma passar pelos espaços, verifique se um posicionamento diferente não vai deixar o uso mais fluído e intuitivo.

Reposicionar mobília no ambiente pode ajudar até mesmo a quebrar padrões de pensamentos negativos que pelo bloqueio visual acabavam “presos” dentro do nosso subconsciente. Reposicionar coisas também evita a culpa da compra e não causa stress de lidar com gerenciamento de novos itens a serem inseridos nos ambientes. Mas entenda. Essa mudança também não pode se tornar compulsiva, nem causar ansiedade de pensar que as coisas “ainda não estão do jeito certo”.

Vivien embasou o vídeo em um livro, que para quem lê inglês está disponível AQUI, infelizmente não encontrei ele traduzido.

Espero que essa série de 2 posts tenha sido proveitosa! Lembrem-se que se tiverem dúvidas, podem pedir temas nos comentários.

Bença!