Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
07 fev 2018, 39 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Choradeira Pré Carnaval? Temos sim!

Chora 01 – Olinda

Oi Cony, adoro seu blog, sempre estou conferindo os posts, mas hoje chegou meu dia de pedir ajuda.

Acho que esse assunto ainda não foi abordado diretamente, então vamos lá: namoro há quase 5 anos uma pessoa bacana, temos vários objetivos em comum, enfim, um namoro normal até que… até que há 1 ano mais ou menos ele foi diagnosticado com depressão e não tem vontade de fazer nada. Toma os remédios prescritos, mas não faz mais que isso. Ele já não quer mais viajar, sair pra jantar, encontrar família e amigos  etc. Às vezes eu faço esses programas sozinha, pois não quero deixar de viver por causa da doença de outra pessoa, porém, também não acho certo levar uma vida de solteira. Eu tento ajudar, mas não está dando certo. Fico me questionando se devo terminar ou não e, pior, e se eu terminar e ele fizer alguma besteira? Você/alguma leitora já passou por isso? Me ajudem por favor! Tô, muito confusa!

Imagino como você deve estar confusa, eu também estaria! A gente sabe que o “certo” seria ficar com a pessoa que amamos, cuidar, estar sempre ao lado, ajudar e tal, mas ao mesmo tempo é “injusto” abrir mão de uma vida onde não tem se tem problemas (de doença) para acompanhar alguém doente que não quer ser ajudado. São sentimentos encontrados, te entendo e não te julgo. Nunca passei por isso mas acho que também ficaria em dúvida do que fazer. Acredito que você já deve ter tentado de tudo… Será que não é o prazo dos remédios fazerem efeito??? Será que a medicação está adequada? Porque se ele está tratando a depressão, deveria ter uma melhora do quadro. Várias meninas já comentaram aqui no blog que tem essa doença e várias lidam “bem” com ela. Enfim, se alguém estiver passando por isso ou se ja passou por situação parecida, deixe seu comentário aqui pra Olinda!

Chora 02 – Salvador

Meu pai e minha mãe são separados a quase 8 anos. Nesses oito anos minha mãe já teve alguns namorados, um deles já morou com a gente por dois anos, acabou não dando certo, e eu disse que não aceitaria mais nenhum homem dentro de casa, enquanto a gente morar nessa casa, porque é uma casa muito pequena, sem muito conforto, temos dois quartos e mora eu minha mãe e irmã e cada um precisa de privacidade. Minha mãe é aposentada e no momento está sem trabalhar, então a renda dela diminuiu muito. O discurso dela é: eu mando aqui, eu sou maior de idade, pago minhas contas e não aceita nenhum conselho de ninguém, pra ela todo mundo está errado e só quer se meter na vida dela (minha mãe é formada, mas parece que não quer crescer na vida, se acomodou, principalmente depois da separação,. poderíamos estar muito melhor financeiramente se não fosse a separação). Até que a seis meses atrás, ela conheceu um homem, músico mas que está sem trabalhar regularmente, só vive de bicos, e ele tem problemas com a família dele por conta de herança da mãe e não tem casa própria (ele tem 50 anos e 3 filhos), então ele está esperando a divisão dos bens da mãe pra ficar com a casa. Por conta desses problemas, ele não quer mais ficar na casa da família e não sei se por convite da minha mãe ou ele que pediu, ele veio morar na nossa casa. A condição era: eu ficava no quarto que agora é da mãe, e eles iriam fechar uma parte da lavanderia pra fazer um quarto pra eles (a lavanderia é bem grande, antes era uma garagem). Só que você não tem noção o tanto de coisa que tinha nessa lavanderia, e está uma bagunça eu não sei onde iriam colocar todas essas coisas. Ontem cheguei em casa, vi essa bagunça e falei pros dois: Posso ser sincera? Mais uns seis meses vamos precisar procurar outro lugar, um lugar maior pra nós 4. Aqui é pequeno. Pronto, briga estava feita! Ele começou a arrumar as malas, e saiu de casa, dizendo que ele não tem dinheiro pra ajudar minha mãe, mas tem honra, porque ele não me fala nada porque está dentro da minha casa. Enfim, agora eu que fico de culpada e de ruim na história. Gostaria muito de saber o que falei de errado, em momento algum fui grossa, só nunca fui de conversar muito com ele, porque sabe a questão de quando o santo não bate? Foi assim desde o início, e você ir morar com um cara seis meses após conhecer e ele não trabalhar? isso pra mim é muita loucura, ainda mais quando se tem duas filhas em casa, eu tenho 21 anos (trabalho, faço faculdade, me viro) e minha irmã 12. Gostaria muito de morar sozinha, mas ainda não consigo me sustentar financeiramente. Eu penso que você deve estar com alguém que te impulsione a ser alguém melhor, te acrescente na vida, não alguém que te puxa pra baixo, não tem uma estabilidade, eles estão numa fase da vida que estabilidade, conforto é fundamental.
 
Cony, ou leitoras, alguém já passou por isso? O que preciso fazer/falar? Vocês concordam que uma casa com 5 cômodos é pequena pra 4 pessoas morarem? Estou com muitas dúvidas
Desde já obrigada!

Sua mãe está sendo uma bela de uma irresponsável! Como assim põe homem dentro de casa, homem que mal conhece, e com duas filhas, sendo uma de 12 anos apenas??? Ela tá é muito errada, esses caras podem fazer qualquer coisa com você e sua irmã!!! Nossa, tô revoltada. Ela tá é precisando de uma conversar muito séria, puxão de orelha mesmo, ela não mora sozinha e enquanto tiver as filhas dentro de casa tem que zelar por vocês. Sei lá, acho que em último caso seria bom você e sua irmã saírem de casa… Não tem como ir morar com seu pai? Uma avó? Algo assim??? O problema não é nem o tamanho da casa, mas sim o tanto que ela está expondo vocês a homens que ela mal conhece. Vejo que você virou mãe da sua mãe… tenta mais uma conversa com ela, de boa, tranquila, e mostra pra ela que ela pode ter os namorados que quiser, mas não levar pra dentro de casa (morar) principalmente por causa da sua irmã de 12 anos.

 

Caso 03 – Rio

Boa tarde, me perdoe os erros de português e/ou pontuação mas estou escrevendo pelo celular.
Não podia deixar de escrever sobre como o blog me ajudou e tem me ajudado principalmente nesse ano que acabou.
Para chegar a 2017 preciso antes contar um pouco da minha história. Tenho 32 anos, solteira, sem filhos, ótimo emprego, ótimo salário. Para muitos uma vida perfeita!! Aos 22 anos tive meu primeiro relacionamento serio! E eu me anulei por ele. Os primeiros dois anos foram ótimos, depois nos separados mas eu nunca aceitei. O procurava, fazia barracos, queria ele de volta. Aceitava as migalhas que ele me oferecia e isso durou 9 anos. Eu não aceitava o fim. E não aceitava me envolver com outra pessoa. Nesses 9 anos ele se envolveu c outras pessoas e eu continuei esperando ele voltar. Até que um dia eu conheci o blog. Comecei a segui-lo pelo Comprei no ebay, e comprei muitas coisas! Rs. Mas um dia li: Conversinhas sobre o fim. E foi libertador. Tudo que estava escrito ali era exatamente o que sentia. Doeu muito, mas me libertei. Comecei um novo relacionamento em 2016 queria dizer para vocês que estamos juntos até hoje. Que sou muito feliz mas novamente não deu certo. E ai a Cony posta: Resoluções para o findiano. Meu Deus era para mim que ela estava escrevendo. Não vou dizer que não sofri, sofri, chorei, quis morrer, todas aquelas fases de quando um relacionamento termina. Mas abri minhas asas e voei. Fiz as viagens mais loucas da minha vida, conquistei lindas e verdadeiras amizades, fui morar sozinha, mudei de cidade, me reinventei. Mas não vou mentir e dizer que estou a pessoa mais feliz do mundo, sinto falta de um relacionamento, sinto falta de um amor. Tenho medo do tempo que está passando. O 2 ex quis voltar, mas quando contei que conheci outras pessoas e me envolvi ele não aceitou. Me senti a pessoa mas suja do mundo pela maneira como ele tratou tudo isso, ( até exames ele pediu) mas acabou optando por voltar c a menina que tinha conhecido no período que ficamos separados, porque segundo ele, ela é mais do nível dele)na verdade ele não aceita muita coisa, principalmente o fato que eu ganhava mais que ele. Esse fato de ganhar bem e ser independente tem sido um problema na minha vida, pois ele e mais uns dois que conheci depois dele, não seguiram um relacionamento comigo com a mesma desculpa:  Que sou muito para eles.( Isso pq eles não tem ideia de quanto eu ganho e dos bens que tenho. O ex mesmo acha que ganha 1/3 do que realmente ganho) Mas sigo, acredito ainda que algo bom vai acontecer na minha vida e o amor vai chegar. Não tenho direito de reclamar da vida. Me espelho em você Cony na sua força e na leveza que leva a vida. Que venha 2018.

Sua gata maravilhoooooooosaaaaa! Como tá 2018??? Olha só, a palavra é LEVEZA! Quer um amor? Calma que ele virá… no momento que você estiver mais plena, mais tranquila, mais 100% você, ele vai aparecer. Sempre acontece quando a gente menos espera, tenha certeza disso! E sabe porque é quando a gente menos espera? Porque é nesse momento que estamos focadas apenas em nós, na nossa felicidade, no nosso bem estar. Lembre-se SEMPRE dessa regra: primeiro aprender a ser feliz sozinha, depois ser feliz a dois, porque se tudo der errado, você se basta e nada te abalará. E pra ter um amor quando a gente aprende a feliz sozinha, tem que ser de um cara MUITO FODA pra entrar na nossa vida e te transbordar. Completar não, porque completas já somos e temos que assimilar e entender isso. Nunca aceite ninguém que tire sua paz, que te diminua ou que te faça duvidar de você mesma. E outra coisa, homem fraco não serve pra mulher forte e esse último embuste (te pedir exames?? você que tinha que ter pedido pra ele!) só mostrou que realmente você não está no nível dele, está MUITO acima. Seja leve, foque em você que quando menos esperar, seu amor aparecerá. Rimou.

 

Sorria LINDO agora da Linda, vou chamar de LINDA!

Oi Cony, sua linda! Desejo tudo de bom para  você e para o seu blog! Que seu 2018 seja infinitamente melhor que o ano que se passou! <3

Esse chora é uma reflexão para a mulherada!

Aos 18 me casei com o meu primeiro namorado, casei virgem e feliz! Ele foi basicamente meu primeiro em tudo, e apesar das imaturidades a gente ia levando. Quando namorávamos eu já percebia algumas atitudes violentas nele, inclusive coisas que a família dele me contava. Ele era ex usuário de drogas, então existiam vários problemas aí.

Se passaram 4 anos de um casamento infernal. Cheio de agressão física e verbal.

Chegou um momento que eu realmente pensei que mulher apanhar do marido era normal…E que eu realmente era uma vagabunda, feia, gorda e burra. Minha auto estima chegou em um nível baixo demais e eu não fazia nada da minha vida, além de trabalhar e ser dona de casa (para receber reclamações ainda)Tentei conversar com a mãe dele, dizendo para conversar com ele, e a resposta que tive foi “ele sempre foi assim”…tentei levar o casamento sozinha e aí que foi meu maior erro.Se tivesse falado com a minha família antes, meus pais, minha irmã…com certeza teria sofrido menos.

Um dia eu ouvi da boca dele que precisava fechar os olhos para gozar enquanto transávamos….E aquilo foi o fim pra mim! Passei umas duas semanas chorando sem parar, e ainda de combo tivemos uma briga em que ele jogou meu celular na minha cara com toda força.

Peguei minhas coisas e saí de casa, pensando que ficaria sozinha. Engano meu! Minha família me recebeu de braços abertos e me surpreendo até hoje com meus pais. Os anos que se passaram foram difíceis, mas era libertador! Um relacionamento abusivo é extremamente complicado de sair, e mesmo saindo as consequências ainda ficam ali. Demorei muito tempo para voltar a me arrumar, para sair, e etc…Afinal, eu era uma DIVORCIADA COM 22 ANOS.

~segue o baile que vai melhorar~

Tive uma ajuda IMENSA da minha família, da igreja(sou evangélica) e de um amigo.

Éramos amigos há tempos e quando me separei, vieram MUITOS homens que eram amigos do meu ex marido, puxando conversa comigo, e isso me incomodava DEMAIS. Por isso esse amigo que chamarei de LOGAN (kk) era o único em que eu confiava. Ele só comentava sobre a minha separação quando eu falava primeiro e NUNCA deu em cima de mim. Era um verdadeiro amigo.

Fomos amigos por 5 anos até eu começar a gostar dele no segundo ano em que estava separada, até por que eu já o amava como pessoa. Para resumir, nós dois estávamos apaixonados mas tínhamos medo de namorar e perdermos nossa amizade. Até que um dia eu EUZINHA, falei para ele que gostava dele…e DESCOBRI QUE O BONITO ERA MALUCO POR MIM, haha Estamos juntos há um tempo já, e sinto que ele é aquilo que eu sempre procurei em alguém. Não quero que ele me faça feliz porque eu já estou feliz há muito tempo. Me sinto realizada, tirei minha carteira (carro e moto), estou fazendo faculdade…Vocês percebem a diferença?

A situação é bem simples meninas, principalmente vocês que namoram/moram junto…

NUNCA ACEITE UM RELACIONAMENTO ABUSIVO ME ENTENDERAM??

Vocês merecem muito mais, qualquer pessoa merece a liberdade de amar e ser amado COM RESPEITO. Toda a minha história teria sido diferente se eu tivesse terminado com ele, LÁ NO NAMORO quando descobri que ele já havia agredido a mãe e uma tia. Por favor meninas, percebo que a maioria dos chora’s aqui são sobre machos. Existem tantas coisas que podem ser evitadas viu? Não queiram mudar um macho, não queiram passar por toda uma situação para então PERCEBER que esse relacionamento não era para você. Se preservem meninas, preservem seus corações, não se deixem desgastar com esse tipo de relacionamento. Espero que todas vocês possam SE AMAR, fazer planos, viajar, pintar o cabelo de roxo, E SEGUIR A VIDA do jeito que vocês quiserem. Por que uma decepção amorosa não é o fim do mundo, é só um recomeço!

obs: meu namorado/amigo é 4 anos mais novo que eu kkk <3 (MAIS UMA DICA AQUI: NÃO DESCARTEM UMA PESSOA SÓ POR PADRÕES QUE A SOCIEDADE IMPÕE para um relacionamento ok?)

  • Me emocionei com o relato da Linda… e é verdade que a maioria dos casos que recebo aqui são de mulheres com a auto estima tão baixa que permite que os homens façam qualquer coisa com elas. Muitas estão CLARAMENTE em relacionamentos abusivos e não percebem isso! É muito triste ver que isso é muito mais normal do que se imagina. Quantas de nós temos aquela amiga que é traída pelo marido e sabe mas não separa, aquela que arruma milhões de desculpas para os abusos do namorado, aquela que aparece com um roxo no corpo e diz que “esbarrou na porta”, aquela que não pode usar uma determinada roupa porque o namorado não deixa, ou que não pode sair com as amigas por causa do ciúme do marido. Isso NÃO É NORMAL! Apanhar não é normal, ser traída não é normal, ser diminuída não é normal, ser manipulada não é normal! Se cuidem, leiam seus próprios textos antes de mandar pro Chora, vejam os absurdos que estão vivendo e achando que é “normal”. Não é. Normal é ser feliz, é ser amada, ser apoiada, ser querida, ser cuidada, ser tratada como rainha. E sim, ISSO EXISTE!
  • Ah, Choras abertos. Podem mandar mais. 
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39 comentários em “Chora Que Eu Te Escuto!”
  1. Moc07/02/18 • 16h25

    A RIO falou tanto do salário que nitidamente dá pra ver que na real ela se incomoda sim que os namorados ganham pouco e não quer assumir isso.
    Isso não é problema pra ninguém ganhar bem ou estar bem, mas talvez inconsciente vc esteja procurando essas pessoas com condição social inferior pq não se julga capaz de ter alguém no memso patamar, talvez tenha a ver com coisas fo tipo não estar em forma ou alguma neura nadaver.
    Enfim, acho q como a cony disse, ser leve.. Se preocupar wm criar redes de contato, fazer programas diferentes, novos ambientes.. Aulas de crossfit, de culinária, de tiro.. Enfim… Focar em outras coisinhas e deixar o amor como consequência, antes do amor é preciso ter admiração,empatia, cuidados…
    Boa sorte

  2. Izabela Ribeiro07/02/18 • 16h26

    Cony, textos lindos e inspiradores hoje!

    Olinda – Pode parecer grosseiro da minha parte dizer isso, mas vc ta ai pra ser namorada dele, e não terapeuta e médica. Ajudar é uma coisa, se responsabilizar é outra. Reflita sobre isso um pouco.

    Salvador – Olha, acho arriscado trazer um homem de pouco tempo para uma casa com duas filhas, mas, querendo ou não, realmente a casa é dela. A gente pode tentar ajudar os pais também, mas não pode NUNCA inverter os papeis. Se possível, more em outro lugar, se não for possível tente te uma conversa sincera com a sua mãe, mas sempre lembrando que a mãe é ela, que os problemas dela são DELA! tenta não tomar isso pra si.

    Rio – Miga, se deu bem! Era cilada! Tenho visto muitos relatos de moças com mais de 30 super bem sucedidas mas caindo na pressao da idade. Gente não tem isso não, medicina ta aí, tem gente engravidando até os 401. Tem um pouquinho a mais de grana? Congela óvulos (se a maternidade for questão para você) alivia esse peso, pq ai a gente não corre o risco de aceitar qualquer traste so pelo medo do tempo passar e não ser mãe. A Cony ta certinha, seja completa sozinha, se tiver parceiro bom, se não tiver, bom também!

    Linda – Obrigada por compartilhar sua história! Sinto muito que vocêe tenha passado por isso, espero que seu relato incentive as outras meninas!

    Cony, e sobre a lista que você mandou, acho que vale acrescentar, se o seu namorado/marido faz UMA dessas coisas, já é abuso, não precisa esperar bater e nem completar o check-list! Não precisa se desculpar por ele! Vamos abrir o olho mulherada, SOMOS TODAS LINDAS E MERECEMOS O MELHOR!!!!!!!!!

    • Dani Depi08/02/18 • 10h32

      Gostei das suas colocações, mas discordo um pouco do que vc fala pra Salvador (caso 2)… Sim, a mãe contesta que a vida é DELA, a casa é DELA, mas antes de casa, de vida, não viria as FILHAS??? Acho muito loko esse povo que é pai/mãe e não tem o instinto viceral de proteger seus filhos de todo o mal… abuso sexual ocorre demais da conta (mais do que podemos imaginar), e caso eu fosse solteira/separada e tivesse filha(s), eu morreria sem homem ao invéz de pôr um qualquer dentro de casa… povo doido!

      • larissa08/02/18 • 15h45

        Nossa, concordo demais com você. Acho surreal mulher/homem que põe cônjuge na frente dos filhos. Pra mim filho vem em primeiro lugar.

  3. Carol07/02/18 • 16h26

    Chora 1
    Me vi em varias situações dessa historia, esse discurso acho que só muda de endereço “…eu mando aqui, eu sou maior de idade…”, pra completar meu pai nunca ajudou, ainda tinha que ouvir sobre isso. Ela arrumou um namorado que meu santo não bateu desde o inicio, fui relevando e fui até colega do cara, chegou num nível que não deu mais, la se vão quase 5 anos, entre idas e vindas dele, ele não chegou a morar oficialmente em casa, sempre estava por la. Minha mãe me criou pra ser altamente independente e não aceitar qualquer machismo de homem além de que ele qnd bebe surta, segunda ela nunca agrediu ela, tenho as minhas duvidas (meu pai é alcotrata pesado, sem salvação já, fiz de tudo, ele quer essa vida). Tenho 30 anos e uma irmã gemea, hoje em dia a minha mãe escuta (com ressalvas, ainda faz o que quer) a gente bem mais, somos muito mais mães dela do que ao contrário, ela mesmo fala. Conselho que eu posso te dar, tenta sair de casa, estou me planejando pra isso, espero que em um ano, veja se alguém da família não te ajuda pra você levar a sua irmã junto.

  4. Ana07/02/18 • 16h43

    Resposta para chora 02 – Salvador:
    Eu passei pela mesma coisa com a minha mãe.
    Eu estava terminando minha faculdade e minha mãe arrumou um namorado folgado e colocou dentro da nossa casa. Tudo virou uma bagunça, a casa era pequena e ele não fazia nada. Sobrou tudo pra mim. Eu chorava, perguntava pra ela se isso era o que ela queria, e ela dizia que eu era egoísta por não deixar ela ser feliz. Resumindo a história: passei por ruim, minha mãe vendeu nossa casa e foi morar com o dito cujo em uma cidade distante. E eu agora moro em casa de parentes, pq amo minha cidade e não quero morar com o namorado dela. Por isso eu te dou um conselho: Não adianta você chorar, pedir pra sua mãe pensar em você e na sua irmã. Por mais que doa, por mais que você sofra, deixa sua mãe fazer as escolhas dela. A vida é dela. Se você já aconselhou ela, já conversou, e mesmo assim ela não pensa nas próprias atitudes, tá na hora de você parar e apenas pensar no seu futuro. Começa a guardar dinheiro, procura um lugar pra morar e seja feliz. Mesmo que isso demore. Não adianta você sacrificar sua felicidade e estado de espírito pelas escolhas erradas da sua mãe. Eu sei o quanto é triste, mas passa. Boa sorte.

    • Carolina08/02/18 • 10h14

      Meu Deus do céu, que triste :((((
      vc é muito forte, Ana! desejo ainda mais força pra lidar com tudo isso :*

  5. Rose Tabaldi07/02/18 • 17h06

    Cony, no chora 3 saiu o nome da pessoa.

  6. Rose Tabaldi07/02/18 • 17h15

    Lindo relato da Linda 🙂 E sábias palavras Cony. Tudo isso pode ser comum, mas com certeza não é normal. Amemo-nos!

  7. Silva07/02/18 • 18h22

    Parabéns pelo comentário sobre a LINDA. Isso precisa ser dito em alto e bom som. Merece um post!

  8. Mônica07/02/18 • 18h33

    Cony, vc esqueceu de tirar o nome da menina “Rio”.
    Bjo

  9. Jonilza07/02/18 • 19h43

    Chora 02 – Salvador: Pelo amor de Deus, você precisa pegar a sua irmã e sair daí. Sim… mãe é o nosso maior tesouro, mas ela é também entre outras coisas, nosso anjo protetor. Neste momento ela não está fazendo isso muito bem. Vejo que ela tem colocado o interesse dela por homens acima de vocês. Sua irmã é muito nova pra poder “se cuidar”. Sua mãe não vai parar de “recolher homem pra dentro de casa” porque o que ela busca é um relacionamento e pelo que você descreve, nem precisa ser o melhor relacionamento.
    Também acho que você deve procurar o seu pai e ver se ele tem condição de levar vocês para morar com ele, ou talvez, a solução seja você e sua irmã se separarem, de repente uma morar com o pai e a outra com uma avó ou tia… enfim, em casa realmente não dá pra ficar!

  10. Taiza07/02/18 • 21h25

    Salvador : Eu acho que você não fez nada de errado. Muito pelo contrário, alguém nesta família tem que zelar pelos outros e, quando quem deveria estar no comando não está, alguém assume e coloca os folgados pra correr, mesmo que não seja o papel da pessoa. Na questão, esta pessoa é você. Creio que sua mãe sofre de um mal muito comum para algumas pessoas: medo de se dedicar completamente aos filhos e, depois que eles forem embora, ter passado muito tempo que ela acha que terá que ficar sozinha e infeliz. Muitas mães pensam assim, só que estes caras que ela coloca dentro de casa não vão fazê-la feliz, pois me parece que ela não está aplicando muitos filtros. Não a julgue, mas imponha sim a sua condição até você conseguir sair de casa. Você teria alguma avó, ou mesmo morar com o seu pai? Você não fez nada de errado, o cidadão com 50 anos esperando por herança???? Com 3 filhos e nessa vida ainda?? Socorro!!! VocÊ fez muito bem, não se sinta culpada e aprenda já a se posicionar, me parece que você é a única pessoa adulta da casa.

    Rio: o seu comportamento no primeiro término não era normal, espero que saiba disso. 9 anos da sua vida correndo atrás, dando barraco, por um cara que já estava em outra. Socorro!!!! Mas hoje li algo sobre isso que me fez parar e pensar nas minhas próprias atitudes perante a vida: a melhor forma de recuperar o tempo perdido é não perder mais tempo. Essa você já venceu! Não deixe o ciclo se repetir.
    O segundo cara foi um livramento ele ter resolvido voltar pra outra menina, porque convenhamos: ele não aceitou seu tempo de solteira, mas ele foi solteiro o quanto quis. Primeiro que cara que quer saber o que uma mulher fez no tempo em que esteve solteira, é um machista e também um rato. Ele também tem um passado, caso não tenha se dado conta. Você não perdeu NADINHA. Continue curtindo, aproveitando o bom salário, a boa vida. Compre roupas lindas, viaje muito, muitas gostariam de estar em seu lugar neste sentido. programa a próxima viagem, seu futuro amor está em algum lugar esperando por vocÊ. Nós mesmas devemos ser o nosso grande primeiro amor.

    Linda, pela idade com que vocÊ casou, eu já sabia que você era evangélica… heheheh! Também sou, mas não casei tão jovem. Você fez muito bem em compartilhar com a sua família, que me pareceu um porto seguro, te acolheu como acontece em todo bom lar, afinal você foi uma vítima de relacionamento abusivo. VocÊ disse tudo, espero que você seja muito muito feliz! Que bom que deu a volta por cima, que se valorizou e principalmente, conseguiu se libertar desse cativeiro. Ninguém merece apanhar, sofrer, ser humilhada, se sentir feia, suja, ou o que quer que seja. A vida é tão curta! O seu conselho para as outras meninas foi um show à parte. Seja feliz!

  11. Taiza07/02/18 • 21h32

    Cony vejo que este espaço é muito importante, que muitas pessoas precisam ler sobre isso… que precisa sim de muita reflexão sobre o assunto!
    Mulheres jovens, jovens mulheres, mulheres maduras, com bom emprego, sem emprego, estudantes, sendo vítimas de abuso dos companheiros. A possessividade doentia não escolhe classe social, classe econômica, idade. Muito bacana este espaço que você abre, eu adoro ler os comentários e os posts e leio até mais do que os posts de moda. Porque acho que a nossa beleza vem de dentro, precisamos estar em paz e se o companheiro não enxergue o que uma mulher tem de bom, não a merece e ponto. Ninguém merece sofrer.
    Da mesma forma, já vi homens sendo maltratados em público por suas companheiras, inclusive dois que chamaram a atenção só esta semana. Não estou fazendo a advogada do diabo, a gente sabe e as estatísticas não mentem, as mulheres são vítimas em maioria. Mas existe essa doença dos dois lados, por incrível que pareça.
    Para refletir, né?
    Sou fã! Bjs

  12. Jessica08/02/18 • 07h06

    Salvador: você fez muito bem! Não aceite nenhum estranho dentro de sua casa, ainda mais se ele não vai agregar ou passar desapercebido nas financias , vai apenas se encostar! Infelizmente, não sabemos quem são as pessoas, se fazem algo ilícito, se são abusadores, tem algum vicio. Fora o mal exemplo que sua mãe está dando a vocês duas em termo de relacionamento! Acho que vc deveria pedir a sua avó para intervir e depois vocês conversarem com ela!

    Olinda: Já tive um namorado com depressão! Tenho depressão, e não tem cura de 100%! Provavelmente ele vai ter períodos de estabilidade, mas em alguns momentos ela vai retornar, caso não permaneça na terapia! Ou você conversa com ele e decidem estratégias para vivência de vocês dois e vivem bem , , ou você cair nesse mal também por frustrações, acabar o namoro e os dois ficarem pior que antes!

    Rio: Assim como você aprendi demais com Cony e as leitoras! Prometi para mim mesma: NÃO ACEITO MAIS NADA QUE FOR RUIM NA MINHA VIDA! Nesse ano de 2018 já voltei a estudar para alcançar meu grande sonho; abandonei um dos empregos que tinham muitas pessoas tóxicas, mesmo com dinheiro muito bom no fim do mês, não compensava o estresse, o medo, o desgaste físico e emocional, e as horas de recuperação; disse para as pessoas próximas que elas me feriam com certas atitudes e não ia mais aceitar aquilo, e esses relacionamento tem mudado muito; parei de fazer compras fúteis apenas para agradar os outros e só compro o que for de grande desejo pessoal; decidi que não vou deixar de fazer nada por medo de ser repreendida, julgada ou esperar o conselhos das pessoas para decidir o que eh bom para minha vida! Com 27 anos decidir ser mulher forte e saudável, assim como todas as Leitoras do Futilish! ❤️

  13. Bia08/02/18 • 10h04

    Chora 2:
    Fiquei tão abismada com esse chora que até comentei com minha mãe e ela acho um ABSURDO. Gente, onde já se viu colocar homem dentro de casa com duas filhas, sendo que uma é praticamente criança. Sua mãe deve ser muito carente e está desesperada por um relacionamento, não prestando atenção nas próprias filhas. Concordo que ela tem o direito de conhecer pessoas, namorar, mas ela aparente ser “presa fácil” para homens mau caráter que querem apenas se aproveitar da situação e viver às custas dela (ou suas). Você tem que conversar com ele, tentar abrir o olho, falar com seu pai. Caso saia de casa, não esqueça da sua irmã, que é muito nova para viver num ambiente desses. Sabemos que não é de hoje, mas ultimamente temos visto muitos casos de abusos de menores por padastros e/ou pessoas próximas. Sua mãe tem que abrir a cabeça para isso e seu pai também, não deixando as filhas dele sob essa ameaça. Isso é muito sério, menina! Sem contar a parte financeira, só faltava você ainda ter que ajudar a sustentar os namorados da sua mãe.

  14. manu08/02/18 • 13h33

    Salvador,

    Concordo PARCIALMENTE com a Constanza. OK que é um risco pras meninas colocar qualquer um pra dentro (mesmo que conhecesse a anos, na verdade), maaaas do jeito que você fala, me pareceu muito mimada.

    “eu disse que não aceitaria mais nenhum homem dentro de casa”, “A condição era”.

    Quer queira quer não, a casa é da sua mãe e pelo visto ela que sustenta. Ou seja, vamo baixar a bola aí, fia.

    Quer algo? Fale direito, peça direitinho, justifique motivos. Mesmo que estivesse certa, comigo não colaria essa autoridade imaginária toda. Vai ver é por isso que ela nem te escuta.

    É aquela velha história: quem fala o que quer, ouve o que não quer. Reflita sobre a forma de se expressar e mude. Quem sabe sua mãe também mude.

    • Constanza08/02/18 • 13h38

      Ta doida??? A mae esta expondo as filhas, uma tem 12 anos apenas! E Salvador esta zelando por ela. Ta mais que certa em impor respeito dentro de casa sim!

      • larissa08/02/18 • 15h48

        Também acho Cony. Mãe e pai são figuras importantíssimas, mas tb devem ser contestados. Parece um caso de carência extrema esse da sua mae. Ela deveria se preocupar com vc e sua irma (que é uma criança) primeiro. Se fosse um cara q valesse a pena, que fizesse algum esforço tudo bem, mas um encostado??? Vai namorar na rua. Deixa a casa pra familia.

    • Vamos baixar a bola vc?09/02/18 • 00h07

      Casa deve ser lar… deve pertencer e gerar pertencimento em todos os que moram ali. Essa coisa de “quem é que manda” é que é extremamente infantil, jogo de poder. Se eu não puder ter paz na minha casa vou ter aonde? Eu sempre discuto e sempre discuti na minha casa a respeito de tudo o que acontece aqui. Com uma mãe irresponsável dessas a menina realmente tem que ficar impondo condições, pois se não, o lar é destruído e aquilo ali vira um pardieiro… imagine o inferno que essa garota vive com um monte de macho estranho e folgado entrando e saindo. Sem ter privacidade e conforto. Já vi essa cena antes… minha sogra fez o mesmo… dizia que a casa era dela e levou mais de um cara pra morar com ela enquanto meu marido e o irmão eram pequenos. Foi terrível. Relacionamentos doentios. Ouvir a mãe de namoro com estranho. Ver ela tentando convencer o irmão mais novo a chamá-los de pai. E ela comprou a casa sozinha? Não! Foi ela e o antigo marido. A casa era para usufruto dela. Depois de tantos relacionamentos frustrados tá ela sozinha, doente e achando que o filho tem a obrigação de ficar pajeando. No fundo, ela quer que ele assuma responsabilidades que não tem. Tem gente que é autodestrutiva. O que não é justo é essa menina de 12 anos ficar correndo risco e a mais velha não ter paz. Eu pediria a intervenção da família. E ela não tem que sair de casa, nem a irmã… elas tem DIREITOS garantidos por lei e que a mãe deve garantir e não tirar independente da mãe bancar da casa ser dela e o krl a 4.

    • Aline09/02/18 • 09h44

      Concordo com a MANU, tem que zelar pela menina sim, mas a alegação da Salvador, sempre foi sobre espaço, DINHEIRO e principalmente sobre a opinião dela sobre o homem que ela nem fez questão de conhecer.
      Não estou defendendo a mãe dela levar homens para dentro de casa, mas enfatizo que, em nenhum momento ela colocou o fato da irmã dela estar exposta. Ela se irritou com a bagunça, com a falta de espaço e sobre ” o santo dela não bater” pela falta de um emprego formal do homem, tanto que a pergunta final foi “Vocês concordam que uma casa com 5 cômodos é pequena pra 4 pessoas morarem?”. Bom, eu não concordo que uma casa de 5 cômodos é pequena para 4 pessoas, morei deste jeito minha vida inteira. Concordo também que a criança pode estar exposta sim, não posso esquecer disso. Mas acredito que este fato somente foi evidenciado e criticado pela Cony, em nenhum momento pela Salvador.

    • Érika09/02/18 • 14h44

      Concordo com você colega, tenho meus filhos mas a casa é minha e quem manda sou eu. claro que não exponho eles a violência e etc. Talvez até o viés do discurso esteja contaminado por ser mimada. Vai saber se tudo isso é verdade.

  15. CLG08/02/18 • 14h39

    Salvador: me deu até um aperto no peito ler o seu chora. Me identifiquei bastante com a situação, muito embora comigo não tenha acontecido exatamente igual. Meu conselho pra você é: zele pela sua irmã. Muitos dos comentários falam para você ter cuidado com possíveis abusos, e este é sim um risco muito real, mas não é a única sequela possível. Vou te contar minha história para você entender porquê: meus pais se separaram quando eu tinha 11 anos e fomos morar só eu e minha mãe. Ela é uma pessoa extremamente carente e vulnerável quando o assunto é relacionamentos, e rapidamente começou a me negligenciar para “viver a própria vida”. Poderia ilustrar com muitos episódios, mais um em especial foi o que mais me marcou: um belo dia minha mãe combinou de sair com seu então namorado. Era fim de semana e ela não tinha com quem me deixar, logo o plano era me levar junto, só que eu calhei de passar muito mal na ocasião – acordei enjoada, com ânsia de vômito, dor de barriga. Minha mãe ficou contrariada, não quis desmarcar o passeio, e a “solução” foi me botar dentro do carro do sujeito na marra. Obviamente que eu – na época com 12 anos – não aguentei e quase vomitei dentro do carro, cinco minutos depois de entrar. Resultado: tivemos que voltar pra casa, eu e ela, passeio cancelado. Você acredita que ela ficou tão irritada comigo que me deu uma surra? Por eu ter estragado os planos dela! Assim, como se eu tivesse feito de propósito. Hoje, com 23 anos, ainda lembro desse dia com muita tristeza. Não foi pela dor física – minha mãe nunca me agrediu gravemente -, mas sim pelo sentimento de rejeição. Nunca houve negligência financeira ou excesso de violência física, mas eu nunca me senti verdadeiramente querida, amada. Por conta desse tipo de atitude, era muito visível que a prioridade na vida dela era sempre o parceiro da vez, e hoje sei que isso me deixou marcas emocionais. O relacionamento com os pais, o amor que recebemos – ou não – dentro de casa é muito relevante para a formação do indivíduo. Enfim, tente ser, para sua irmã, o apoio que eu não tive. Espero que consigam resolver a situação juntas!

    • Indira09/02/18 • 11h06

      Fico imaginando a sua dor e, como mãe, dá vontade de te colocar no colo e dar o amparo que vc não teve nesse episódio.
      Mas tem uma coisa que ouvi esses dias que acho que vale a pena te dizer, ‘isso tudo não é você, é o que aconteceu a você’, não se torne uma pessoa triste por isso, pai e mãe também erram muito, a gente que tem mania de achar que eles são seres perfeitos.
      Não sei se vc já falou sobre isso com sua mãe, tb não sei se há espaço entre vocês para esse tipo de conversa, mas se houver espaço fale sobre isso, acho que fará bem pras duas, você tirará esse peso e mágoa e ela por talvez nem lembrar do episódio ou não ter noção do quão marcante isso foi pra você.

    • Mi10/02/18 • 15h40

      Eu entendo bem a situação da “salvador” (ironicamente o nome cabe bem na situação dela neh?). O que posso te dizer é que assim que puder vá fazer sua vida, se for possível, zele pela sua irmã. Sim, é mais comum do que se imagina esse tipo de situação. Sou a filha mais velha e tenho mais dois irmãos, hoje com 32 anos e fazendo terapia percebi que sempre assumi responsabilidades que não eram minhas, mas fiz do sofrimento a minha superação, hoje estou bem e aos poucos estou me curando desses fantasmas do passado. Não se acanhe em pedir/aceitar ajuda dos seus parentes mais próximos.

    • keks11/02/18 • 20h21

      Menina, to impactada com a sua história. Sinto muito que vc tenha passado por isso. Eu passei por coisas parecidas com a minha mãe. Por isso acho tão importante a gente parar de colocar mãe em pedestal, porque é difícil pra elas, que são seres humanos cheios de falhas, e é difícil pra gente, que não se sente amada pela mãe como todos dizem que as mães têm que amar. Fica parecendo que a minha veio com defeito, ou que a culpa é minha, porque ela ama mais meus irmãos, sei lá. Enfim. Sempre que tenho a oportunidade, peço para as pessoas pararem de dizer que mãe é tudo, que mãe ama incondicionalmete, porque pra muita gente essa não é a realidade, e isso só faz a gente se sentir mais merda ainda. Aliviem a barra das mães também. Tirem essa pressão de cima delas. Por exemplo, no caso da Salvador, a gente nem sabe onde está o pai dela. Pq? Se não morreu, tem que estar envolvido aí, tem que se responsabilizar por essas meninas também. Mas sobra tudo pra mãe, o ser “divino”. NÃO.

  16. Anna Eduarda08/02/18 • 18h37

    Olinda: Sou psicóloga e minha dica é: fale com seu namorado para buscar uma terapia! Todo mundo acha que só tomar remédio resolve, mas remédio é só uma muleta para se suportar a dor de uma depressão! Por isso que deve-se fazer o tratamento medicamentoso e o psicológico em conjunto, pois o primeiro irá auxiliar a pessoa até a ter forças para se levantar da cama, e o segundo irá agir na causa dessa dor, a buscar estratégias para lidar com essa doença.
    Pessoas que tem depressão podem sim levar uma vida normal! Se não está tendo nenhuma melhora desde o diagnóstico e ele já faz acompanhamento psicológico e toma remédio, é sinal que é preciso rever a medicação e talvez até os profissionais que estão atendendo ele.
    Pelo que você contou, acredito que no caso dele ainda não foram esgotadas todas as alternativas para melhora dessa doença, mas posso imaginar o seu desgaste físico e emocional com tudo isso. Aí acredito que vá de você pesar se a pessoa que ele é/o relacionamento que vocês tem faz com que valha a pena esperar por essa melhora (buscando outras alternativas!) ou não.

    • Camilla12/02/18 • 12h29

      Anna Eduarda, disse tudo! os medicamentos são realmente apenas muletas. Eu acabei de finalmente acertar uma terapeuta, estou indo pra quinta sessão essa semana. Isso pq já tem mais de 8 anos que procuro terapia, sendo tendo um porém com o profissional. Não por eles não serem qualificados, mas por questões pessoais mesmo. Leva tempo até a gente conseguir acertar um tratamento.

  17. Isabelle08/02/18 • 23h04

    Chora 1: o seu relato me fez ver como será que o meu noivo deve ter se sentido com relação a minha depressão, na fase em que eu estava na pior, não tinha vontade de viver, ir a luta, não me permitia ser feliz, aproveitar o momento e posso afirmar que sai dessa fase graças aos medicamentos (tomo até hoje), terapia ( achava desnecessário antes de começar mas hoje vejo o quanto ela é importante para o tratamento, porque só medicamento não é eficaz, cada um de nós tem questões internas que precisam ser tratadas, a terapia é o que me faz enxergar a vida com mais leveza).
    O apoio dos meus pais e principalmente dele me ajudaram a reagir. No começo é muito complicado, até descobrirmos que temos depressao, depois aceitarmos essa condição e enfim realmente se tratar.
    Vocês viveram momentos maravilhosos como você relatou, tente relembra-lo desses momentos, do quanto você foi feliz ao lado dele e quer continuar sendo. Mostre com muito amor e carinho a pessoa que ele é por trás da doença. Com o tempo as coisas vão se ajeitando.
    Não estou curada, mas me sinto muito melhor, tenho esperança de que essa doença vai passar.
    Se você o ama tenha paciência e ajude-o a se amar também, a depressão faz com que nos tornemos o nosso pior inimigo.

  18. Lara08/02/18 • 23h39

    Chora 2 – salvador:
    Passei por uma situacao MUITO parecida com cerca de 14/15 anos (hoje tenho 30)
    Minha mae colocou um homem extremamente grosseiro e mal educado pra dentro de casa, com cerca de 3 meses de relacionamento. eu MORRIA de medo dele. sou filha unica e minha unica opcao era morar com meu pai, que tb tinha uma familia instavel (minha madrasta é louca ate hoje). aguentei morar com meu pai por 8 meses, e devido a minha situacao (onde meus pais colocavam os conjugues na minha frente) minha avó me acolheu. morei com ela por 2 anos. entendo totalmente o que voce está passando, mas voce já é mais velha e tem um pouco mais de independencia. o que eu sugiro é que voce proteja sua irma o máximo possivel. quando os pais tem essa visao….infelizmente nada que vc faça vai mudar. nenhuma briga. NADA. eu cheguei a entrar em depressao profunda e quase cometi suicidio. minha mae só resolveu tomar jeito depois que isso aconteceu. seja forte e se possivel, peça para alguem da sua familia acolher voce e a sua irmã. não deixe isso te afetar de forma alguma!!!

  19. Priscila09/02/18 • 09h40

    Chora 1: você se imagina casada com o seu namorado,pai de seus filhos e envelhecendo com ele? Se sim, ajude-o no processo de depressão, quando possível, o acompanhe nas consultas (mesmo que não possa entrar), enfim, faça aquilo que você gostaria que fosse feito caso você estivesse no lugar dele e ele no seu lugar.
    Chora 2: Esse namorado da sua mãe é sem futuro. E enquanto a sua abordagem for: não vai ter mais nenhum namorado aqui! ela pode terminar com esse encostado e arrumar outro encostado. E a impressão que fiquei é que você não quer que a sua mãe arrume outro namorado (independente de quem quer que seja) – rejeição que normalmente o pai nunca sente de maneira tão gritante quanto a mãe. Vai morar com seu pai. Mas peço que reflita que sua mãe tem direito de arrumar um namorado (mas um cara decente, não esses encostos) e mostre apoio quanto a isso. Vc e sua irmã estão crescendo e logo terão as suas vidas, e sua mãe quer ter a vida dela (e merece). Se coloque no lugar dela e pense que tipo de apoio você gostaria de ter.
    Chora 3: melhor coisa que esse cara fez foi optar pela outra garota, pq seu nível é muito alto pra ter que ficar com um tranqueira como ele. Atitude pra tentar diminuir a grande mulher que você é. Viva a vida, não aceite migalhas, sim, questão salarial define relacionamento! Isso é fato! Só ver o Chora 2 que o cara tem 50 anos e três filhos, vive de bicos, que futuro podemos esperar? Nenhum! Não é ser exigente, é saber o seu verdadeiro valor.

  20. FatimaX09/02/18 • 13h37

    Cony acho que to muito sensível pois me emocionei com a história da Rio. Voce tem noção de como faz um trabalho de utilidade pública para as pessoas no sentido delas se amarem se respeitarem e sempre buscar o melhor pra si mesmas? Parabéns..continue assim!
    Salvador – Acho que vc está certa, mas tente uma conversa amigável com sua mãe.

    • Constanza13/02/18 • 21h13

      Tb me emocionei muito!

  21. Rachel09/02/18 • 18h32

    O meu help é para Olinda. Amiga, vivi exatamente a mesma história que você. No meu caso o relacionamento acabou mesmo. Descobri que a depressão era usada como desculpa é que quem ameaça suicídio não tem coragem de fazê-lo. Enfim, eu insisti o quanto pude, pois a pessoa com quem eu convivia antes era muito diferente do que se tornou depois da depressão. Foram anos esperando ele se reajustar. Aos poucos fui me decepcionando por ter uma vida solitária, por ver que ele era viciado em remédios (procurava sempre o mesmo psiquiatra que não se interessava em progresso, apenas receitava drogas cada vez mais fortes). Ele só dormia dopado e nossos horários de tornaram incompativeis… Sem contar as inúmeras briga.

    Mas sabe de uma coisa: faria tudo de novo. Achava que ele era o homem da minha vida. Durante muito tempo acreditei na reabilitação. E ainda acredito que é possível dar a volta por cima QUANDO A PESSOA QUER. Mas no meu caso eu cheguei no meu limite. E dentre os meus não arrependimentos está o fim do relacionamento.

    Boa sorte! Espero que a sua história seja diferente da minha.esteja atenta e siga seu coração.

    Força!

  22. Melissa14/02/18 • 20h44

    Quero muito opinar no caso da Olinda.

    Meu ex também tinha depressão, mas no momento em que percebi que ele estava bem assessorado por médicos e psicólogos, terminei porque não consegui mais lidar com a situação. Eu acredito sim que seja possível para uma pessoa com essa doença melhorar e ter uma vida normal, mas era uma carga muito pesada para mim e estava prejudicando a minha saúde mental.

    Ele demorou muito tempo para aceitar ajuda, procurar profissionais da área médica e não houve apoio da família – que se recusava a aceitar um diagnóstico psiquiátrico para ele. Eu via claramente que tinha algo errado e passei mais de um ano sem ter com quem compartilhar os meus próprios problemas, porque ele nunca tinha “paciência” ou “cabeça” pra isso. Mesmo as coisas boas não tinham espaço na vida dele, sabe? Passei num processo seletivo que era meu sonho profissional e ele nunca me deu parabéns; o levei para viajar mais de uma vez e ele reclamou de 100% das coisas. Se era praia estava calor demais, se era neve era frio demais, se íamos jantar ele “poderia fazer isso na nossa cidade mesmo”… Ele se tornou apático e era pesado demais para mim lidar com os meus problemas (sozinha) e com os dele.

    Foi uma época muito difícil que deixou marcas ainda hoje (mais de um ano depois do término). Infelizmente, a escolha que eu julguei ser mais adequada foi mesmo terminar. Acho que depende muito da forma que a própria pessoa lida com a doença. Seu namorado entende a gravidade da doença que ele tem? Ele leva o tratamento a sério? Toma os remédios do jeito correto? Faz acompanhamento psicológico e frequenta mesmo as sessões? Se ele quiser e entender a doença que tem, eu acho que vale a pena continuar sim.

    Acho problemático apenas se você tiver que se colocar no papel de “mãe”, sabe? Se ele quiser melhorar, eu acho que você pode encarar isso tudo como uma fase ruim. Se ele não entender a dimensão dos fatos, acho que cabe repensar o relacionamento, sim.

    Espero que fique tudo bem! Depressão não tem cura, mas tem tratamento sim! Não tem regra nesse caso – terminar ou não é uma escolha muito individual, tenta ver a situação de fora, analisar com algum distanciamento. Beijos!

  23. luize14/02/18 • 22h25

    sempre leio o blog e amo o apoio que as pessoas recebem aqui, mas agora é minha vez, gente conheci uma pessoa em um site de relacionamento pp, site serio , achei que ele queria algo serio no incio tudo foi otimo, mesmo com a distancia, dai fui fuçar no instagram do infeliz descobri varias curtidas e tem contato com a ex…fui reclamar e me excluiu do zap, canalha , sei que ele não mereçe mais estou sofrendo meninas, me ajudem

  24. Olinda16/02/18 • 09h26

    Obrigada a todas as pessoas que opinaram. Eu estava muito confusa, me achando uma pessoa muito ruim por pensar em terminar.
    Então tivemos uma conversa séria e meio que dei um ultimato: ou voce se trata seriamente (pq só tomar remédio não tá ajudando) ou terminamos. Por enquanto está tudo bem, mês que vem vai ter consulta com o psquiatra pra ver se troca de medicação e pedir indicação de psicólogo. Novamente agradeço a todas! <3

  25. Mila16/02/18 • 13h08

    Muito bacana o relato da Linda!
    Terminei um relacionamento há 6 meses, ainda não consegui superar completamente, mas hoje mais calma eu consigo perceber algumas faltas de caráter dele que antes eu não percebia, coisas bem pequenas (como não tratar a mãe mal, inclusive depois que terminamos eles brigaram e ela veio me falar que ele era super grosseiro com ela, egoísta com os irmãos etc., logo pensei: se a própria mãe ta falando isso, estão até hj sem conversarem).
    No início era um príncipe, mas foram surgindo coisas que eu via, mas era como se apagasse da minha memória e que agora voltou rsrs.
    Também tento lembrar mais das coisas ruins, é incrível como hj quase não lembro das coisas boas, prefiro assim.. pq sempre que estou de tpm, carente, triste agora só me veem as coisas ruins e passa.
    Ainda dói, não sei por quanto tempo ainda vai doer, ja fiz viagens, beijei uns cara (mas nada vai pra frente), mas o fato é que não quero nem ver pintado de ouro, mereço algo melhor, todas nós merecemos.

  26. Juliana16/02/18 • 19h07

    Olinda, eu namorei com um cara por mais de 3 anos q era alcolatra. Ele não bebia todos os dias mas quando começava a beber não conseguia parar. E fazia um inferno na minha vida. Quando o porre passava ele ficava deprimido e arrependido. Fazia promessas que procuraria ajuda, que jamais repetiria as coisas ruins que havia feito. Bem, isso durava no máximo uma semana. Era só chegar o fim de semana que era cerveja atrás de cerveja, gritaria, discussão, carros amassados e muita humilhação. Eu ficava dividida porque achava que era minha obrigação ajudá-lo, mas ao mesmo tempo quem estava ficando deprimida era eu. Vivíamos terminando e voltando e qualquer programação fora de casa me deixava extremamente tensa porque eu sabia o que ia acontecer se ele bebesse a primeira latinha da noite. As coisas pareciam sempre q iam melhorar mas não tardava até outro porre acontecer e voltarmos ao ciclo de destruição. Cansei, caí fora, carreguei a fama de egoísta e os olhares atravessados dos amigos em comum que não tinham ideia da gravidade da situação. Não me arrependo. Eu não podia obrigá-lo a procurar tratamentos e se manter neles então eu optei pela minha própria sanidade e nunca me arrependi por um segundo sequer.

    Tudo isso pra te dizer que é preciso um olhar bem frio sobre a questão para que o amor não seja confundido com culpa, com compaixão, com medo de ser taxada como egoísta. Como disse uma colega de profissão um pouco acima, apenas remédios não são suficientes. Eles ajudam a tratar os sintomas mas somente a psicoterapia vai ajudá-lo a tratar a(s) causa(s) e aí sim ele pode aos poucos ter uma vida mais sociável.

    Força!