Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
10 ago 2017, 165 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Gente, acho que não temos mais um dia fixo pro Chora né? Mas reparei uma coisa… quando tinha dia fixo, eu tinha que postar sim ou sim e as vezes EU não estava em um dia bom para aconselhar e os conselhos saiam meio tortos, secos, vazios… Percebi que para ajudar as pessoas, a gente tem que estar em um dia bom, com a sensibilidade aflorada, tranqüila. Hoje estou assim. Sentei para postar sobre moda mas me deu vontade de ler e ajudar alguns choras. Hoje é dia! Então vamos lá!

Chora 01 – Ilhabela

“Oi, Cony!

No comecinho do ano eu enviei um chora pra você (você postou como Ilhabela! rs). E hoje eu vim não pra um chora, mas pra agradecer (enviei um dm no insta há algum tempo, mas acredito que tenha muitas mensagens e não viu! Sem problemas, mando por aqui). 

Bom, não quero entrar em detalhes da cafajestagem que meu ex fez que me deixou em depressão duas vezes e piorou minha ansiedade, do momento mais difícil que passei na vida. Isso passou, isso é passado! 

Desde janeiro, muita coisa aconteceu: comprei meu carro, viajei com as amigas (e já vou fazer outras, uma delas pra sua terrinha natal!), fiz novas amizades, tô saindo horrores (e adoro), fiz sexo casual (santo tinder), arrumei um PA, estou saindo com uma pessoa super especial, mas o mais importante: estou cuidando e pensando SÓ em mim. Somente. Fiz a cirurgia íntima que queria (um alívio!) e neste exato momento estou te mandando este e-mail do hospital, pois hoje fiz minha mastopexia com silica (mais um super alívio! – lembra que falei do meu excesso de pele?). E eu não poderia estar mais contente e feliz comigo mesma! Tô leve, tô irradiante. Não curto espalhar felicidade por aí, a inveja é dominante, mas queria te passar esse feedback pois achei necessário. Eu cheguei a estar abaixo do fundo do poço, e quando tava me reerguendo (mas ainda com muitas cicatrizes das situações que ocorreram anteriormente), resolvi mandar aquele chora. O espaço que você deixa no seu blog é mara. E como você é uma pessoa do bem, aparecem só leitoras maras e do bem também! Li os comentários de coração aberto e bati o martelo de vez: esse ano eu vou pensar em mim e vou fazer sim, tudo por mim. E tá sendo assim. 

As cirurgias não são só estéticas: é a minha estima, minha insegurança, minha felicidade que estavam conectadas à elas. E isso mudou demais. 

As saídas, os boys, são por mim, fui podada por mais de uma década, me descobri como pessoa agora (e mais ainda, uma pessoa adulta e solteira! rs). A terapia é minha melhor amiga e não pretendo deixar mais. Os remédios que o psiquiatra passou já estão sendo cortados e eu estou por mim mesma. 

Enfim, espero que todas as pessoas que já mandaram o chora por aqui tenham absorvido os comentários da melhor maneira, de mente e coração abertos pra poder realmente receber a “ajuda” necessária e tentar mudar o que incomodava. 

Obrigada, Cony. Obrigada leitoras. 

Beijo grande e com muito carinho”

MEU DEUS QUE COISA MAIS LINDA! Ilhabela minha linda, vem cá me dar aqueeeeele abraço! Meu olhos encheram d’agua aqui de saber o quão bem você está e mais ainda saber nós tivemos uma parte na sua felicidade! Menina, é isso mesmo, seja você por você, faça o que te faz bem, não se culpe por dizer não a algo que não te agrada, viva a vida em sua plenitude, os anos passam tão rápido e depois não tem volta. Seja livre, seja gata, seja gostosa, seja leve, feliz, tudo isso para VOCÊ! Temos que pensar que somos nossa melhor companhia e ninguém quer alguém triste ao lado né? Fico muito, mas MUITO feliz por você, e espero de coração que sua recuperação, seja física e de alma, se concretize rapidinho. Obrigada por voltar e nos contar sua reviravolta. Somos donos da nossa vida e é maravilhoso quando resolvemos tomar as rédeas e seguir pelo melhor caminho. PARABÉNS! (O Chora da Ilhabela foi publicado no começo do ano, segue o LINK para quem quiser ler!)

 

 

Chora 02 – Jeri

Então, eu namorava um carinha e fiquei a fim de outro na faculdade.. Terminei com o boy e fiquei com o outro, mas logo o antigo namorado pediu para voltar e eu aceitei. Uns dois anos se passaram e voltei a me aproximar do cara da faculdade. Terminei novamente o namoro que na verdade já tinha se acabado há tempos e comecei a namorar com o menino que era da minha sala. Passei um ano “namorando escondida”, não apresentei ele aos meus pais porque sempre dava a desculpa que ainda era cedo, já que tinha acabado de sair de um relacionamento. No início do namoro eu era muito imatura, fazia questão de brigar por qualquer coisa, etc. Com o passar do tempo (para ser mais exata, com 2 anos de namoro), coloquei na minha cabeça que era a hora de casar. Fiz do nosso relacionamento um inferno insistindo com ele que deveríamos dar esse passo adiante, ele sempre me “prometia” para o ano seguinte mas nunca cumpria. Com isso várias brigas aconteceram, por minha culpa, eu sei. Hoje enxergo que eu agi errado e fiz pressão em algo que realmente era muito cedo. Só que esse assunto acabou se tornando um tabu entre nós. Hoje já temos 5 anos de namoro e nada desse papo entre nós. Não fazemos planos, ele não fala nada e nem eu, porque sei que errei lá atrás. Apesar disso, tenho uma enorme vontade de casar, construir uma família e tudo mais, porém as vezes fico com medo de imaginar quanto tempo mais essa espera vai durar. Hoje tenho 25 anos, sou formada, tenho um trabalho legal, ganho bem e ele também. Temos condições financeiras suficientes para dar início a essa nova fase da vida e pais que nos ajudariam ($$) no que fosse preciso. Como se não bastasse isso, ao mesmo tempo que morro de vontade de casar, fico imaginando como será a vida dos meus pais. Sou filha única e meus pais são aquele tipo de casal que só está junto por conveniência. Não saem, não namoram, não se curtem, ou seja, não se amam. Meu pai sempre foi um ogro, ignorante e agressivo (só de palavras, nunca chegou a agredir) com a minha mãe mas ela sempre se sujeitou a isso. Fico pensando como será a vida deles quando eu sair de casa, imaginando o tédio que será e o quanto vai ser dolorido para  a minha mãe passar a viver sozinha com ele. 

O que eu faço, Cony? Converso com o boy sobre casamento? Será que assustei tanto o rapaz a ponto dele nunca querer se casar comigo? E quando eu tiver que sair de casa, o que faço com meus pais? Só de pensar nisso já fico com o coração partido. Um lado meu morre de vontade de construir minha própria família, já o outro não querer largar os pais (principalmente minha mãe) de jeito nenhum. Até mesmo as vezes quando saio ou viajo, fico triste por ter que ficar longe da minha mãe, sinto como se eu fosse o alicerce dela. 

To confusa, me ajuda!

Você está totalmente sofrendo por antecipação! Primeiro que não tem casamento a vista, isso é só na sua cabeça. Segundo que está IMAGINANDO como seria quando sair da casa dos seus pais. Nenhuma das duas situações são reais, concretas ou em vias de acontecer. Acho que antes de mais nada, você deveria relaxar quanto ao assunto casamento. Isso tem que ser algo natural! Tudo o que é forçado, não é herdeiro. Você tem que observar sim, se ele tem esse objetivo também, se ele tem essa vontade. Se achar que ele tem e é questão de tempo, e você o ama o suficiente para esperar, espere. Mas se ele fala que não quer casar, fala contra o casamento dos outros, se mostra numa posição contraria, melhor repensar o namoro pois os dois estariam olhando para caminhos diferentes e ninguém está para perder tempo. Sobre seus pais, os filhos crescem e saem de casa. É o rumo natural das coisas, eles fizeram isso com os pais dele. Você tem que pensar em sua vida, nas suas vontades. Você casar não significa que seus pais deixarao de existir para você ou que você vai desaparecer da vida deles, é apenas um momento de ajuste. MAS, como nenhuma dessas preocupações são concretas, relaxa… aproveite o namoro e o colo dos pais enquanto pode.

 

Chora 03 – Pipa

Estou precisando muito debater um assunto (que nunca foi tratado aqui), que está me deixando bem indecisa.

O assunto é: mudar o nome para acrescentar o sobrenome do marido no casamento.

Vou me casar no final do ano e não gostaria de mudar meu nome. No entanto, meu noivo gostaria MUITO que eu mudasse e fica extremamente chateado/contrariado por eu não querer mudar. Já tivemos várias discussões nesse sentido e nunca conseguimos convencer um ao outro. Nas discussões, sempre concluímos que: de uma forma ou de outra, um dos dois vai ficar muito contrariado e vai “engolir” essa chateação. Eu sei que o nome é meu e a decisão é minha, mas eu não queria que meu casamento começasse com essa desavença. Gostaria de ter uma forma mais amigável de solucionar essa impasse, sem que seja uma simples imposição minha de que “não mudo e pronto”. O argumento do meu noivo é que a família precisa ter um nome e que fica estranho e “desconectado” o casal com sobrenomes diferentes. E que eu acrescentar o nome dele não representa submissão. Por outro lado, eu não quero justamente por achar que é um representação da sociedade machista. Além de gostar do nome que tenho desde que nasci, sem contar o trabalho que dá para alterar os documentos.

Enfim, esse tema já deu muito pano para manga entre nós e não conseguimos nos acertar. Fico aflita de pensar que está chegando a hora de marcar o civil, quando vou ter que tomar a decisão de uma vez. Por favor, gostaria muito de saber a sua opinião e das leitoras, e ver se alguém já passou por situação semelhante.

Obrigada! Amo muito o blog e a interação que temos por aqui. 🙂

Menina, acho que aqui vou pedir ajuda das leitoras porque meu conselho seria meio vazio por falta de conhecimento ou experiência. Nunca casei, já fui noiva duas vezes mas nunca pensei sobre esse assunto. A única coisa que penso é na trabalheira de mudar os documentos e depois se separar, mudar tudo de novo. Eu não mudaria meu nome somente por causa disso. Quanto ao lance da submissão ou machismo, nem vejo assim… até concordo com seu noivo sobre a família ter uma conexão pelo nome, mas sinceramente, jamais pensei por esse lado… Acho que hoje em dia até ele pode pegar seu nome não??? O que vocês acham leitorinhas lindas?

 

  • Tá angustiada, aflita, coraçãozinho apertado com alguma situação? Manda pra gente que faremos uma terapia em grupo! Mande seu caso para constanza@futilish.com, no assunto colocar CHORA QUE EU TE ESCUTO, e tente ser resumida na história tá?