Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
02 maio 2017, 52 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!

Que babado confusão e gritaria que foi o último chora hein? Até desisti de ler os comentários e aprovei tudo rs.

Gente, deixa eu falar uma coisa para vocês… quando alguém me manda um mail pedindo a MINHA opinião, eu dou. Opinião não tem certo ou errado, é opinião e se a gente não concorda, não bombardeia o outro, mas dá a sua e a defende ou fica calado e xinga mentalmente. Ponto. Sobre o fato de eu ter sido mais seca e direta… sou assim! Sempre respondo os choras pensando como responderia para uma amiga e não é isso que faz a diferença?? Se acho que precisa de chacoalhão, ele será dado. Se acho que precisa de um abraço e um beijo, também será dado. E só faço isso com quem me pede ajuda. Não passo mão na cabeça de ninguém se acho que não deve. Poderia ser mais meiga, suave, política? Poderia, mas não seria eu. Enfim, acho que as pessoas pedem opinião querendo ouvir as delas saindo da boca dos outros. Não é assim, só acho.

Vamos aos choras de hoje!

Chora 01 – Gucci

Olá Cony, tudo bem? Pensei muito antes de escrever para o Chora, porém acredito que alguém possa estar passando por uma situação similar e quem sabe me ajudar a clarear as ideias. Tentarei ser o mais breve possível.

Tenho 25 anos, sou formada em Direito, trabalho em uma repartição pública e ganho razoavelmente bem. Para entender o contexto, preciso voltar alguns anos. Sou a caçula, tenho dois irmãos bem mais velhos apenas por parte de mãe. Ambos sempre tiveram tudo, pois meus pais tinham uma condição financeira bem estável (aposentados, com casa própria): os melhores colégios, carros, apartamentos mobiliados, faculdade (que inclusive não terminaram não por falta de grana, mas por gastarem o dinheiro da mensalidade com festas, mulheres, roupas, etc.).

Até então, eu não era nascida. Após um tempo, ambos casaram e constituíram suas famílias. O mais velho levou um pé na bunda da ex esposa e perdeu tudo mas se virou bem sozinho e formou nova família.
O do meio foi praticamente a mesma coisa, entretanto envolvendo traição da ex esposa e a alienação parental, fazendo suas filhas não quererem mais o ver. Devido a tudo isso, minha mãe o acolheu em casa, mas como estava sensível e magoado, entrou para o mundo do álcool e dos jogos.

Um adendo importante: na época em que era casado, ele e minha mãe abriram um negócio em sociedade, então ela forneceu uma procuração com amplos poderes. Mesmo vendendo tal negócio, esta procuração nunca foi revogada.

Ele não tinha emprego e vivia as custas de nossa família. Um dia, recebemos uma intimação para desocuparmos a casa pois ela havia sido vendida. Nunca entendi direito essa história pois eu era uma criança entrando para a adolescência e sempre era poupada desses papos.

Anos depois, ainda morando conosco, mas em uma casa alugada, bem humilde, de madeira, pequena em que nem quarto eu tinha pois cedi a ele, descobri que ele havia apostado nossa casa em um jogo e perdido, podendo vender ela por causa daquela procuração.

Isso me revoltou de uma forma impressionante, pois tudo o que meus pais conquistaram foi perdido por irresponsabilidade dele!

Nossa vida até o presente momento era: minha mãe sem trabalhar e doente (depressão e problemas cardíacos), meu pai com quase 70 anos trabalhando no pesado (soldador de máquinas industriais), meu irmão vivendo de bicos e não ajudando nada em casa (gastava todo o dinheiro em bebidas, farras, jogos), eu como estagiária. Somado a isso, aluguel, contas básicas e minha faculdade.

Do nada, meu irmão arrumou um emprego, uma esposa e saiu de casa. Ficamos aliviados, de certa forma. Aliado a isso, meu pai foi demitido e era impossível pagar todas as despesas com a aposentadoria deles e meu salário de estágio. Quase tranquei a faculdade, pois ou era pagar o aluguel ou a faculdade, mas consequentemente perderia o estágio.

Por sorte, uma semana depois do meu pai ser mandado embora, fui efetivada a funcionária e com um salário que podia cobrir as despesas de casa. Para facilitar, fiz o FIES e concluí o curso.

Ao mesmo tempo de tudo isso, meu irmão comprou uma casa na praia e resolveu se mudar para lá. Nunca cogitou devolver o dinheiro a meus pais. Nunca ofereceu ajuda mesmo sabendo de toda a nossa situação difícil.

Eu e meus pais nos mudamos para outra casa, um pouco mais cara, porém com uma estrutura melhor e mais segura. Até conseguíamos nos manter no início, mas além das despesas aumentarem, principalmente com medicação para ambos, minha mãe fez alguns empréstimos para cobrir gastos e se atolou em contas.

Em meio a toda essa tempestade, conheci o meu atual marido, do qual não posso falar absolutamente nada. Sempre me apoia e me incentiva. Ele também passava por algumas dificuldades e então resolvemos que ele iria morar conosco, virando assim marido, rs e juntando nossas rendas. Melhorou razoavelmente nossa vida, mas aí chegaram alguns problemas a mais.

Meu irmão decidiu vender a tal casa na praia e voltar para a cidade, já que quando abriu um negócio lá, não deu certo, faliu e perdeu muito dinheiro. E ainda sim pedia ajuda para nós, mesmo tendo casa própria. Como disse, conseguimos nos virar, mas sempre temos que optar por quais contas pagar no mês.

Não que eu não ache justo ele reconstruir a vida dele, mas se estamos na merda hoje é por conta dos erros dele. Acredito que a lei do universo vai agir, aliás, já está agindo, mas ainda assim guardo uma mágoa absurda dele, o que me faz transparecer que sou fria e antipática. Convivemos bem nos almoços de domingo, mas nada me tira esse sentimento de raiva, indignação e impotência.

Além de tudo isso, vem o ponto principal do meu chora: me sinto estagnada na vida. Não posso fazer uma pós, cursos, nem ter minha própria casa pois sustento meus pais e não sobra dinheiro. Mesmo guardando, sempre aparece alguma emergência. Não reclamo disso, de os sustentar, mas tenho certeza que se eles ainda tivessem a casa própria, poderiam viver a velhice com tranquilidade e com suas aposentadorias. Fora que sou a única irmã que os ajuda. A única que “cumpre seu papel de filha”.

Como mencionei, minha mãe ficou doente por causa de toda essa história, então sempre estamos em um pé de guerra. Tento ser o mais calma possível, entendo que ela é uma pessoa doente, mas vivemos brigando por falta de dinheiro. Assumi algumas dívidas dela, acabei fazendo algumas e estou com parcelas de contas bem altas. Fiz uma projeção de gastos com meu marido e até dezembro desse ano quito algumas contas. Sobraria um dinheirinho.

A partir disso, contei para minha mãe meus planos de, a longo prazo, morar apenas com meu marido. Além de não compreender que é daqui 1 ano, 1 ano e meio, pois precisamos nos estabilizar e quero os ajudar financeiramente, ela enfiou na cabeça que eu quero me livrar dela e do meu pai, que eles são “um peso morto”, “inúteis”, “que eu os carrego nas costas”, e decidiu procurar uma casa para alugarem, que dariam um jeito e que era para eu viver minha vida com meu marido. O que me deixa de mãos atadas é que apenas com a aposentadoria dos dois, é impossível alugar uma casa (por menor que seja), pagar as despesas básicas, medicamentos, etc. e eu não posso ajudar em nada agora por falta de grana.
Ela é teimosa, afoita, dramática e ansiosa por causa da doença, então brigamos bem feio por causa dessa interpretação errada do que eu disse. A longo prazo para mim é a curto prazo para ela. E ainda ela insiste que quem deu a ideia de eu “os abandonar”  foi meu marido, o qual ela “acolheu como filho e o apunhalou pelas costas, que ele está comigo porque ganho mais e ele quer me usar para se acomodar e ser um sanguessuga” (palavras dela).

Consegui (não sei como) tirar da cabeça dela a ideia deles se mudarem, mas ainda sim ela olha meu marido com indiferença. O trata bem, com educação, mas o olha com um ar de julgamento e tem esse pensamento equivocado dele. Em tudo o que ele pode ele me ajuda, mesmo que ele precise deixar de pagar uma conta dele para me dar o dinheiro. Ele nunca me negou nada!

A convivência está complicada e pesada em casa. Não sei o que fazer. Não sei se realmente seria um “abandono” que eles seguissem a vida deles. Não sei se foi certo a fazer desistir de se mudar. Ao mesmo tempo que sinto que eles precisam de mim e que nunca eu os deixaria na mão, me sinto impotente e estagnada por não conseguir construir minha própria vida e ter que os ajudar sozinha, sem nenhum outro irmão se oferecer para nada.

Me sinto horrível, um monstro por cogitar dar um fim nisso tudo e cada um ir para um canto de uma vez. Não sei se eles passariam por dificuldades, mas me sinto presa. Pode soar egoísta, mas não consigo seguir minha vida por conta deles que estão pagando um preço alto por um erro do meu irmão.

O que eu posso fazer Cony e leitoras? Me ajudem, iluminem meu caminho.

Obrigada por lerem esse textão, mas como disse, fui o mais breve possível e cortei muitas coisas.

Li TUDO! É um caso e tanto e imagino sua angústia… Só me perdi em uma coisa, cadê seu irmão mais velho??? Ele também deveria ajudar e dividir as responsabilidades com você já que o do meio é um caso perdido. Não acho nada errado você seguir sua vida, ter suas coisas, formar sua família, ter sua casa, mas ao mesmo tempo imagino a situação da sua mãe que te vê como um porto seguro, já que foi você que sempre esteve por ele e aguentou todos os perrengues. Coloque na sua cabeça que você não vai abandonar seus pais e tente mostrar isso para ela. O fato de você sair de casa não significa que ele deixarão de existir para você. Muito pelo contrário, acho que te dará uma visão ainda melhor da situação e abrir sua cabeça para saber como agir e decidir. Também sei que pode soar egoísta mas o filho é DELES, ele que aprontou e você ajudou até onde conseguiu. Dói tomar uma atitude dessas? Dói, mas até quando você vai pagar pelos erros do seu irmão? Como te falei, você não vai abandonar seus pais, você vai é ter sua vida da mesma forma que cada um deles escolheu ter. Converse com sua mãe, uma vez, duas vezes, várias vezes. Aos poucos, demonstre com atitudes também que você sempre estará lá por eles, mas agora precisa de ter um respiro.

Chora 02 – Hermes

Namoro há 1 ano com um cara maravilhoso. Ele sempre diz que me ama, que é muito feliz, que eu faço muito bem a ele.. até aí tudo ótimo.
A questão é que, antes de namorarmos, ele ficou 8 anos com outra mulher. Chegou a ser noivo e tudo, ia casar no ano passado. Terminaram e depois de 5 meses nos conhecemos melhor e começamos a namorar.
Eu não sei por quais razões eles terminaram, só sei que ele não quer ter nenhum contato com ela ou a família dela.
Pois bem, nós moramos em bairros distantes e a ex mora perto dele. Esses dias, a irmã dela ligou pra ele para conversarem, e disse que ela terminou o namoro dela com um outro cara. Ele me disse que não teve nada demais, só conversaram sobre coisas da vida mesmo, e nem tocaram no assunto da ex (exceto por essa informação).
Mas aí isso ficou na minha cabeça… fui fuxicar nas redes sociais e vi que ela excluiu todas que tinha (facebook, instagram). Me bateu uma insegurança sabe… fiquei pensando que ela pode estar tentando entrar em contato com ele, tentar uma reaproximação, sei lá… eles moram perto, vai que ela o procura durante a semana? Já vi algumas mulheres doidas que não conseguem fazer a vida andar e vão atrás do ex, tentando alguma coisa.
Estou com tanto medo, tão insegura! Não sei  que eu faço, se falo com ele, se pergunto alguma coisa, se deixo pra lá… confio nele, mas to com a pulga atrás da orelha, só por causa dela. Tenho medo dele me deixar pra reatar com ela.
 
Me ajuda Cony!

Miga, não perca seu precioso tempo imaginando coisas. Ela pode estar indo atrás dele? Pode. Mas também pode ser que não. Confie em VOCÊ! Apenas isso. E por favor, não deixe transparecer a insegurança. Observe, fique de olho, mas não deixe que essa desconfiança altere seu comportamento com seu namorado. Ele está com você e é isso que importa. Agora me conta uma coisa… você estava junto quando a ex cunhada ligou pra ele? Ou ele que te contou??? Porque se foi ele que te contou, era uma informação desnecessária né? Pode estar querendo criar ciuminho em você. Seja mais do que isso, ignore e trate esse assunto como bobagem.

 

Chora 03 – Chanel

Oi, Cony! Acompanho o blog há anos e já li muitos conselhos sinceros seus e das outras leitoras no Chora, então quis mandar o meu dilema pra ver se alguém já passou por algo parecido e pode me ajudar.
Minha mãe é uma mulher bem tradicional, católica, mas é incrível, sempre fez de tudo pra mim e minhas irmãs, nunca nos faltou nada, tanto no aspecto financeiro quanto no emocional. De uns anos pra cá, porém, eu tenho mudado muito… Conheci o feminismo, entrei na faculdade, o que abriu muito minha cabeça pra realidades diferentes da minha (que sou bem privilegiada), comecei a questionar premissas que antes eu sequer enxergava, enfim, hoje em dia, com 22 anos, tenho formado opiniões próprias e tomado decisões que nem sempre agradam minha mãe.
Acontece que ela quer impor as crenças dela como verdades absolutas, e se eu opto por algo que não corresponde às expectativas dela (mesmo que não seja uma opção ruim, apenas não é o que ela esperava), ela fica duvidando que vai dar certo ou brigando comigo porque eu escolhi algo diferente do que ela escolheria, como se o fato de eu tomar uma decisão no que tange à minha vida fosse uma afronta a ela… Ela tenta controlar certos aspectos da minha vida que já não é mais possível ela intervir, como com quem eu devo me relacionar, qual âmbito da minha vida devo dar prioridade, mas o que mais me incomoda é que ela não apoia a opção que fiz pra minha carreira, que é ser defensora pública, porque ela acha um absurdo defender “bandido” e que eu não sei o que eu estou fazendo.
Eu entendo que boa parte disso é preocupação, mas ultimamente tem se tornado algo desproporcional, porque TODAS as minhas decisões são questionadas por ela, na visão dela, o meu jeito de fazer as coisas sempre vai dar errado e o dela sempre vai ser melhor, ela quer impor a decisões dela em tudo que eu faço, mesmo eu já tendo uma relativa independência financeira… Pra citar um exemplo, às vezes eu quero sair pra jantar com meus amigos depois de uma semana inteiro estudando, trabalhando, etc, e ela briga comigo por isso, querendo decidir por mim se eu estou cansada ou não, ou então falando que ela não quer que eu saia, simplesmente pra fazer “braço de ferro” e mostrar que é ela quem ainda manda em casa, porque sabe que eu não vou querer me indispor e vou acabar respeitando a imposição dela.
Isso está dificultando nossa relação e convivência, que antes era muito boa… Estou achando que ela ainda não conseguiu se adaptar ao fato das filhas terem crescido e que a opinião dela, apesar de ser muito importante pra nós, não é mais a palavra final para tomarmos uma decisão. Mas sempre que tento um diálogo, ela não quer escutar, diz que não vai mudar o jeito dela, que enquanto eu morar na casa dela eu vou ter que me conformar (e eu ainda não tenho condições de sair de casa e ir morar sozinha, então isso não é uma solução) e também fica dizendo que eu acho que ela é uma mãe ruim, sendo que eu nunca disse e nunca pensei isso.
Enfim, me ajudem a conseguir sair desse ciclo vicioso, que está me desgastando muito e me privando de ser quem eu sou.
Obrigada!

Antes de mais nada, mãe é sagrada. Certa, errada, chata, legal, bonita, feia, nova, velha, do jeito que for, mãe é mãe. Se sair de casa não é uma opção (dividir ou morar em república também não dá?) e conversar tá complicado, miga faz a egípcia, meditação e deixa entrar por um ouvido e sair pelo outro. Continue fazendo suas coisas, seguindo suas vontades, não bata boca, você mesma admite que mudou MUITO e obviamente isso acarreta uma reação da sua mãe. Toda história tem 3 lados: os das duas pessoas e a verdade. Ela não deve estar te reconhecendo e isso, claro, gera um stress na relação. Você mudou, ok, bacana, mas faça isso ser gradual e tente mostrar pra sua mãe que você está ciente e convicta da sua escolha mas que o amor de filha continua lá.

 

  • Fui bonitinha hoje? Cês gostam é do meeeeeel né? rsrsrs, mas eu sou bem tequila. Com limão e sal mesmo. Quer mandar seu Chora? Escreva para constanza@futilish.com, no assunto coloque CHORA QUE EU TE ESCUTO e por favor, evitem assuntos já tratados a exaustão por aqui (caras sacanas, amores não correspondidos, etc)
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52 comentários em “Chora Que Eu Te Escuto!”
  1. Carol02/05/17 • 13h40

    Chora 03 – Chanel, cuidado com a lavagem cerebral que sua mãe faz. Mãe pode ser sagrada mas sabe causar um estrago e tanto na vida dos filhos. Até hoje eu acho que tudo que eu faço ou decido não é bom. Minha mãe falava mal de todas as minhas decisões: que vestibular prestar, pra onde sair, que estágio escolher, que namorado ter, o que fazer na folga, etc etc etc. Saí de casa aos 23 anos pra seguir a carreira que escolhi a duras críticas e hoje acho que nada que faço é útil ou bom, que minha carreira (que me faz ganhar bem) não presta, etc. Tem sempre o fantasma dela questionando as coisas. Isso é torturante. Ignore mas também procure ajuda profissional. Você é nova e se deixar, isso acaba com sua vida! Eu só ignorava e hoje percebo como isso me faz mal.
    Mamães que acompanham o blog, por mais amor que vocês tenham por seus filhos e queiram bem, jamais traumatizem eles. Deixem tomar decisões, aprender a errar (acompanhem o que acontece com cuidado), ajude com conselhos construtivos e não destrutivos. Pra que desejar tanto mal a quem você ama? Eu tenho uma amiga que toda vez que a filha dela chegava perto do meu gato e do meu cachorro vira-lata mansos, ela gritava “cuidado!!!” ou “ai meu deus que perigo, sai daí”. Eu tentava mostrar que não havia perigo, mas o resultado: a criança hoje não chega perto de nenhum animal. Vai levar esse trauma pra vida toda. Faz igual a mãe dela, vê um gato e acha que vai ser atacada e sai sapateando ou se esconde dentro de casa porque tem cachorro do lado de fora.

    • Débora02/05/17 • 16h08

      Concordo com a Carol. Mães são mães, mas são humanas também. Justamente por isso, elas podem errar e causar traumas nos filhos. Eu tenho uma mãe (que depois de muitas brigas decidi me afastar) que sempre me colocava para baixo: “vc vai sair na sexta? Não está cansada? Fica em casa!” <<< isso quando eu recebia um convite que quase nunca vinha pra ir pra uma balada. Ou então qdo me chamaram pra ir pra cachoeira e ela disse que só me convidaram pq eu tinha carro, sendo que eles já tinham o carro, queriam só minha companhia, resultado: acabei não indo, perdi a cachoeira e a chance de fazer novos amigos. Tive amiga na infancia que era "puta", segundo a minha mãe, e por isso não podia andar com ela, mas qdo tive um problema e todos viraram as costas para mim, essa amiga estava lá, mesmo qdo eu tinha me afastado dela. Ou ainda quando minha mãe separou do meu pai, ele saiu de casa e ela enfiou na cabeça dos três filhos de 16, 13 e 7 anos que o pai havia os abandonado. E só depois de anos que descobri que aquilo era somente uma alienação parental. Mães são sagradas, mas só quando sabem ser mães. Mulheres (e homens tbm!) que tiveram filhos pq a sociedade impunha e criam verdadeiros poços de traumas, não têm meu respeito. Não estou dizendo pra moça do caso 3 se afastar (até pq a mãe dela sabe ser carinhosa e atenciosa)… somente estou dando um relato do que aconteceu comigo na questão do abuso emocional.

    • Lia03/05/17 • 08h17

      Sua amiga parece a mulher do meu tio! Meu tio queria levar o menino pro mar, pra piscina e ela ficava histérica dizendo que o menino ia morrer afogado, ele comia um salgado na rua ela ficava histérica dizendo que ele ia pegar uma infecção intestinal e morrer e por ai vai. A criança tinha o emocional bem abalado e nem acompanhamento psicológico dava jeito pq ela não mudava, quando o psicologo tentava conversar com ela pra mostrar que algumas atitudes prejudicavam ela trocava de psicologo

    • Luana03/05/17 • 09h12

      Concordo com a Carol e a Débora. Só quem tem pais disfuncionais sabe o estrago que eles podem causar. Também cresci sendo duramente criticada pela minha mãe e sendo podada por ela e também pelo meu pai (que também é o rei da chantagem emocional). Hoje em dia tenho uma dificuldade imensa de conhecer pessoas (estar em um ambiente social onde não conheço ninguém e conversar socialmente com desconhecidos é a morte para mim). E ó único motivo que me vem à cabeça é porque eu não fiz muito isso durante minha infância e adolescência. É uma dificuldade que carregarei pra sempre.

      Para a moça do caso 3, digo para ela não ceder às chantagens da mãe dela e sair de casa sim quando tiver convite, ainda que debaixo de críticas. Meu pai chegou ao ponto de simular infarto porque eu estava indo viajar com amigas. Doeu, me senti um monstro, mas eu fui mesmo assim e ele está vivinho da silva rsrsrs.

    • Mi04/05/17 • 15h23

      Concordo com vcs, essa história de “mãe é sagrada” é para quem tem uma mãe “normal”, que não sabe o que é o terror que é ter uma mãe manipuladora, agressiva, má, e ainda ter que crescer ouvindo esse dogma de que “mãe é sagrada”, portanto toda a culpa é sua… Não, isso não é verdade e fui aprender com mais de 30 anos e após muito sofrimento, terapia e livros. Li uma vez que “uma pessoa má não se torna boa quando virá mãe, só piora”. Enquanto todos valorizam sua mãe quando se tornam uma, eu passei a enxergar mais ainda os erros da minha quando me tornei mãe, pois vi que jamais conseguiria agir da mesma forma com meus filhos. Portanto, vamos parar com esse “preconceito” de que toda mãe é sagrada e merece respeito. Algumas não. Não que seja o caso da leitora (não acho que é), mas achei importante compartilhar.

  2. Tio Lelo02/05/17 • 14h07

    Hey Gucci,

    Numa escala menor, eu sei como você se sente.
    E apesar de eu não ter encontrado uma saída pra mim, eu acho que posso te sugerir um formato que possa funcionar.
    Não é a coisa mais fácil de encontrar, mas se você encontrar um terreno com duas casas, eu acho que já seria um início de privacidade para você e seu marido. Uma opção de “juntos” porém “separados”.

    Boa sorte, e siga sendo essa mulher forte e batalhadora, o mundo precisa de gente como você pra ser um lugar melhor.

    Beijo!

    • Carol02/05/17 • 15h45

      Eu ia sugerir a mesma coisa.
      É um primeiro passo que não vai chocar tanto seus pais e vai dar a privacidade que você Gucci e seu marido precisam.

      Vale tentar!

    • Nívia05/05/17 • 09h54

      Perfeito Léo!
      Você sempre arrasando nas soluções funcionais para as pessoas.
      Beijão a você e à Cony

    • Jéssica Diane05/05/17 • 10h44

      Eu a principio acho essa ideia boa, depois não, pois esse meio termo não vai permitir que haja o rompimento dessa dependência da mãe dela…

  3. Letícia02/05/17 • 14h11

    Gostei do que você falou no começo. Se pediram a sua opinião, tá certíssima de ser você mesma e falar da forma que falaria com uma amiga. Esse foi o propósito dessa coluna desde o começo, né?

    • Constanza02/05/17 • 15h06

      Sim sim, sempre respondo como responderia para uma amiga!

      • Marcella10/05/17 • 11h59

        preferimos a tequila Cony, chega de mimimi

  4. Natália02/05/17 • 14h33

    1- Cara, acione esses irmãos judicialmente e peça pensão para os seus pais! Pais também podem receber pensão, vc como tem formação em Direito, sabe disso. Não carregue isso tudo nas costas sozinha! Se não quiserem ajudar por bem só vejo essa saída! Vc é uma excelente filha mas tudo tem limite!

    2- Ficar se preocupando com a ex não vai impedir nada de acontecer entre eles. Então, viva seu namoro na plenitude mesmo e esquece isso. Vc tem toda uma página em branco pra escrever com ele. Ela não.

    3- Viva a sua vida conforme vc acha que deva ser. Escute sempre a sua mãe, pondere, ela tem mais experiência de vida e te ama. Mas, ainda assim, a decisão final é somente sua. E viver conforme os preceitos de outras pessoas, ainda que seja sua mãe, nunca vai te fazer feliz. Não fique batendo boca, desgastando a relação de vcs, ela é de outra geração, nunca vai entender a nossa. Apenas escute, tente entender e tome suas próprias decisões sem culpa.

  5. Tauana Barcelos02/05/17 • 15h05

    Chora 01 – Gucci – Acho que demorastes um pouco para se dar conta disso e principalmente se impor. Tu ajuda teus pais e teu irmão “gasta” teu dinheiro. E eles não fazem nada?
    Hoje é um erro irreparável, e pelo que falastes, ele nunca vai devolver o dinheiro que deve aos seus pais. Mas cabe a você alertar eles de que TU não tens condição de arcar com os erros do seu irmão do meio. Que hoje tu é quem sustenta e organiza a casa e não tem como.
    Conversa bastante com teus pais, fala para eles o que teu coração mandar e principalmente a respeito do teu irmão, mesmo que ele devolva R$50,00 por mês, mas já está devolvendo o que era de seus pais por direito.
    E o mais velho? Ele também tem obrigações.
    Teus pais precisam entender isso, não é só tu que tem a responsabilidade de filha.

    Chora 02 – Hermes – te preocupar com antecedência é no mínimo sofrer duas vezes. Pq ele nunca te contou sobre o passado dele? Eu acho sim que devemos riscar uma linha entre o relacionamento passado e o do presente, mas se isso te incomoda tanto, pede para ele te contar.
    Seja mais segura, não demonstre isso para ele. Ele deve te amar pelas tuas qualidades e virtudes, mas vendo tua preocupação em estar sendo traída essa visão pode mudar.

    Chora 03 – Chanel – A verdade não existe. Pq o que é verdade/certo para mim, não é para ti! Ela simplesmente não existe.
    Contrariar a mãe é difícil, ainda mais morando e dependendo dela. Eu sou evangélica e defende os princípios de igualdade feminista, e hoje sou muito rotulada por isso, mas eu não me importo, pq a minha verdade é só minha e não interessa para mais ninguém.
    Meus pais são empresários e minha mãe passa a maior parte do tempo em casa, logo, ela cuida dos afazeres domésticos sozinha e meu pai acaba não ajudando. Eu não concordo com isso, mas isso é um problema meu, e se ela quer fazer, beleza. Mas ela nunca me criticou por um pensar diferente, ela só reclama que eu polemizo muito minha opinião, mas no mais, ela nunca me repreendeu sabe.
    Conseguimos trabalhar super bem isso em casa.
    Mas ela é sua mãe, tu deve respeito a ela, mas ela também tem que respeitar tua opinião.

  6. IASMINE02/05/17 • 15h51

    CHORA 01

    Amiga, essa situação é tão densa que mereceria vários cafés pra conversar. Mas sinto que você parece assumir um peso que não é seu. Primeiro: esse rancor. Infelizmente, pelo que você diz, não há nada o que fazer quanto aos bens materiais. E acredito que o que te prende, materialmente mesmo falando, é exatamente esse apego ao que já passou. Muda a vibração. Aceite que foi assim. Errado, sim, mas infelizmente foi assim, e com a permissão de seus pais. Por mais injusto que isso seja. Você já deve ter escutado isso de sua mãe, e é muuuuito certo: quando (e se) você for mãe, compreenderá melhor as atitudes e sentimentos Dela. Aceite com amor, e com o mesmo amor, siga sua vida.
    Você não os estará abandonando. E sua mãe da mesma forma irá aceitar isso. Nem que leve algum tempo. E também te “perdoará”, porque é isso que mães fazem: amam incondicionalmente. Vocês duas estão super assustadas com as mudanças que se anunciam, e isso é natural. Mas o amor que as une é bem maior, e tudo ficará bem. Entrega e confia. 🙂

  7. Mari02/05/17 • 15h56

    Chanel, estou passando por uma situação bem parecida com a sua. Sempre tive uma relação muito boa com a minha mãe e até que ok com meu pai. Mas desde que terminei a faculdade no meio do ano passado as coisas se complicaram um pouco, porque os dois começaram a me pressionar para decidir sobre o que fazer após a formatura. 🙁 É aquilo, é normal os pais se preocuparem, só que vira um problema quando essa preocupação passa do limite do que seria aceitável e também as opiniões deles acabam por impedir você de fazer algo que vai ser positivo para você. Meu pai especialmente tem uma visão x do que é ser bem sucedida e do que eu deveria fazer. Se eu decido por outra coisa, vira um problema.
    Muitas vezes percebia que me sentia culpada porque querer fazer algo que ia contra o que eles achavam. E percebi que não estava fazendo nada de errado, mas sim seguindo o meu próprio caminho. E que precisava me “bancar”, ser firme para poder tomar minhas decisões e defender o meu ponto de vista. Se eles não concordarem, paciência…
    Meu conselho pra você é não se anule, acredite nas suas escolhas e seja firme nas suas decisões se você sabe que vai ser algo bom para você. Concordo com a Cony, não vale a pena discutir com a sua mãe, vai deixando claro pra ela com as suas atitudes que você mudou,mas que continua ao lado dela e sendo a filha dela e isso não vai mudar. Com o tempo ela vai se acostumando com isso, pelo menos eu espero que sim, assim como espero que meus pais façam.
    Ao longo da vida a gente vai aprendendo e mudando, e isso é bom! Estranho seria se fossemos sempre as mesmas haha. Viva a sua vida como você quer e realize os seus sonhos, disso eu tenho certeza que você não vai se arrepender!

  8. IASMINE02/05/17 • 16h00

    CHORA 3

    Se tem uma coisa que aprendi com minha mãe foi: “Quando mãe fala, acontece”. Sinceramente me vi nesses movimentos de “rebeldia” que voce mencionou. Não no sentido ruim, mas no sentido de achar que eu sabia muito, sabia mais que mamãe, que eu era diferente e culta, e ela ortodoxa. E quer saber, eu estava redondamente enganada. Mães muitas vezes (na maioria absoluta delas) sabem mais da gente do que a gente mesma. Intuitivamente, sabe? Acho que é aquela coisa sagrada que nos une a elas. Meu conselho seria exatamente o oposto da Cony: escute o que sua mãe diz sobre tudo. Não que você tenha que concordar com tudo, ou dizer amém. Mas escute, e reflita, e avalie o que existe por trás de cada crítica ou discordância Dela. Também sugiro que reflita sobre o termo “arrogância acadêmica”. Não é uma agressão gratuita, mas muitas de nós passamos por isso nessa fase da vida. Passamos por muitas mudanças, é normal. Uma dose extra de humildade faz toda diferença nessas situações. Caso, após todas essas reflexões, ainda assim você ache que Ela está “errada”. Use as asas que ela te deu e voe. É sua obrigação como uma grande mulher que sua mãe criou tão bem, como você mesma assume. 🙂

    • Danusa03/05/17 • 03h25

      Ia dizer isso, mas sem tanta ternura kkkk

    • Carolina04/05/17 • 09h57

      Não achei rebeldia dela em nenhum momento. As pessoas confundem ter opinião própria com rebeldia. Achei ela muito sensata, dizendo que respeita a mãe mas as opiniões delas divergem. Tem que ter respeito sim, mas as coisas mudam… Cabe a cada um refletir sobre o que acontece e qual a sua própria opinião sobre os assuntos e claro, estar sempre aberta aos diálogos (pois com eles refletimos e também mudamos de opinião).

  9. Luiza02/05/17 • 16h04

    Achei ótimo Cony!!! Não que seja mel, é cuidado com as palavras. Pra mim hj vc foi direta nas respostas como sempre. O último realmente foi pesado, inflamou uma discussão que achei super interessante e mostrou a força do seu blog.
    Quem pede opinião quer sim ouvir a resposta, mas talvez um problema tão grande nos exige um pouco de cuidado nas palavras e só te digo isso pq sou a rainha das tretas criadas por palavras mal colocadas, hahaha.
    Tio Lelo respondendo é mesmo muito amor. Que ideia maravilhosa!!!! Por um mundo com mais pessoas assim. Sou desse time aí do amor e mãe e pai sagrados… e família é família gente. Acionar justiça, pedir pensão.. nao entraria nessa onda não viu.

  10. Marcella02/05/17 • 16h13

    Hermes, eu te aconselho a se abrir com o seu parceiro e, se for o caso, já impor um limite a partir daí. Afinal de contas, se você está relatando isso aqui é porque no fundo essa situação te incomodou, então o que vai adiantar você colocar uma “máscara” de que é superior e de que isso não te incomodou se não foi o que ocorreu de fato? Qual o problema em questionar a situação e demonstrar alguma insegurança (se é que isso pode ser considerado insegurança)? Nós todos não temos as nossas inseguranças? Se você não puder expor os seus verdadeiros sentimentos à pessoa que voce escolheu para estar do seu lado, então para quem você poderá? Se ele não te ouvir e não levar isso em consideração, já é um forte indício que não é a pessoa mais adequada para estar com você. Enfim, converse com ele e exponha o que você sentiu de forma verdadeira antes que isso vire uma bola de neve na sua cabeça!

  11. Ana Claudia02/05/17 • 16h58

    Gucci e a procuração, Já foi revogada? Se não, providenciar com urgência!!!

    Mesmo que eles não tenham mais “nada”, melhor garantir.

    E Cony, isso aí: opiniões sinceras sempre!!!

  12. Gabriela02/05/17 • 20h32

    Gucci
    Já parou pra pensar que você virou mãe da sua mãe?
    Pois é… os papéis se inverteram…e sabe como você resolve isso? Saindo da casa deles…pq sim…a casa é deles…. apesar de idosos são adultos e tem de assumir os próprios erros e se responsabilizar por eles.
    Teus irmãos não fazem nada porque VOCÊ toma a frente de tudo…. não tome mais. Ajude seus pais da forma que puder financeiramente e vá viver a tua vida com seu marido.
    Cada um no seu quadrado.
    Eu ja estive no seu lugar e sei o quanto é difícil cortar o “cordão umbilucal” mas fará um bem danado à vc e à eles.
    Bju e se cuida

  13. Marina02/05/17 • 22h00

    AMOOOO Cony sincera <3
    Não coloca mel não!

  14. Daiane02/05/17 • 22h52

    Gucci, primeiro vai atras do seu irmão mais velho. Ele tbm tem que dividir as contas, a responsabilidade.
    E de verdade eu chegava seu irmão do meio no canto, falava minhas poucas e boas com ele, longe da sua mae, logico p ela não sofrer tanto.
    É angustiante, mas você tem que seguir sua vida junto com seu marido.
    Segue seu coração, seja doce, mas seja firme.

    felicidades. Que Deus abençoe sua vida

  15. carol03/05/17 • 00h24

    Gucci, que barra hein?
    Mas, sendo BEM prática, vamos às ações necessárias para contornar esse cenário: imagino que você não tenha OAB (por trabalhar num cargo público, ainda que comissionado), mas com certeza deve ter sobrado uma amiguinha/o da faculdade que quebraria seu galho ajuizando uma ação PARA ONTEM para revogar essa procuração! Veja: você poderia elaborar a inicial, acompanhar a ação e a amiguinha/o só revisaria (isto é: você não causaria trabalho para ninguém. Sem culpa, ok?).
    Essa tem que ser, sem dúvida, a PRIMEIRA coisa a se fazer.
    A segunda atitude a ser adotada (esta é só “para hoje” e não para ontem) é se reunir com seu irmão mais velho e ter uma conversa franca: se ele não passar a contribuir você vai se ver obrigada a ajuizar uma (outra) ação para pedir que seus irmãos paguem pensão a seus pais. Na prática, como o irmão do meio é caso perdido, isso significa que apenas o mais velho contribuiria de fato. Em resumo: converse com ele que vocês podem poupar essa ação judicial e solucionar isso entre vocês. Mais que isso: unam forças para revogar a maldita procuração outorgada ao irmão do meio. Provavelmente essa procuração deve assustar seu irmão mais velho e deve ser uma das razões para ele ser distante a ponto de você sequer menciona-lo no seu relato…
    No mais, confie no pais que você tem, que te deram uma criação tão boa a ponto de permitir que você se tornasse uma mulher tão forte e tão fiel a valores importantes como o é a família.
    Sua mãe, por mais assustada que esteja neste momento (e que transmita isso por meio de brigas e tristeza), com certeza vai reconhecer as melhoras que suas atitudes e até mesmo sua independência vai causar para toda família. Tenho convicção que que ela se orgulha muito de você e que sabe que você nunca a abandonaria.
    Boa sorte, estou na torcida!

  16. Lia03/05/17 • 08h09

    Gucci entra com uma ação de alimentos no nome dos seus pais pedindo pensão pros seus irmãos, mostra que você contribui no sustento dos dois e que mesmo assim não dá conta de pagar todas as contas. Dá pra você solicitar a pensão in natura p/ que seus irmãos arquem com plano de saúde ou remédios,coloca sua mãe na parede p/ colocar seu irmão na justiça, alega um estelionato sentimental do seu irmão pra cima dos seus pais, tem mta tese que dá pra explorar nessa seara.
    Eu não me daria bem nem em almoço de família, vc é uma santa.

  17. Gláucia03/05/17 • 09h09

    Quanto ao caso 3, enquanto você morar embaixo do teto de sua mãe, vai ser esse transtorno, então a sua situação só vai se abrandar quando vocês se sustentar de forma total, não adianta, a cabeça dela não vai mudar, passo o mesmo em casa e engulo os sapos, sabendo que minha vida só melhorará quando eu sair de casa, ou seja, quando eu passar no concurso público que quero!! é a vida, não é mar de rosas, conflitos sempre existirão, ainda mais com nossos pais, que são de uma outra geração

  18. Gucci03/05/17 • 10h00

    Nunca imaginei que meu Chora seria publicado, rs.
    Obrigada Cony.

    As leitoras e a Cony, muito obrigada pelas opiniões. Estão sendo de grande ajuda.
    Quanto alguns questinamentos:

    01. A procuração já foi revogada, inclusive na época do ocorrido.

    02. Meu irmão mais velho está desempregado, tem um filho adolescente e quem sustenta a casa é a esposa com salário de professora. Ou seja, estão em pior situação que nós.

    03. Meu irmão do meio também está desempregado agora e a esposa também.

    Dessa forma, é bem improvável alimentos. Já pensei nessa alternativa, mas a contribuição que o juiz estipularia seria mínima devido a situação deles.

  19. Julianna03/05/17 • 10h47

    Chora 01 – Gucci: Entre com ação de alimentos contra esses dois irmãos. Eles serão obrigados a se virar para pagar nem que seja uma quantia mínima de pensão para os seus pais, independente de terem renda ou não. Essa responsabilidade não é só sua. E isso não deve ser confundido com seu amor pelos seus pais.

  20. Cacau03/05/17 • 11h36

    Gucci, eu vivi algo parecido com você, mas não tão dramático porque não moro com os meus pais. Mas eu estava sempre disponível, preocupada, me desdobrava para fazer tudo o que eles precisavam e o meu irmão não estava nem ai, era tratado com rei e tudo o que eu fazia não era suficiente. São seus pais, mas são pessoas, com qualidades e defeitos. Quando você se sacrifica e faz tudo, as pessoas se acostumam e só reclamam querendo mais. Você deve pensar primeiro na sua vida e do seu marido. Devem ir morar sozinhos o quanto antes. Ele parece ser uma pessoa muito boa e deve amar você muito, mas ninguém aguenta uma situação dessa eternamente. Estabeleça limites com os seus pais – eles são adultos e tem que saber se posicionar com todos os filhos, não só exigir tudo de você. Faça por eles o que você pode, sei que você não vai abandona-los mas não sacrifique sua vida e seu futuro nem por eles nem por ninguém. Por último, siga os conselhos do pessoal e peça pensão para os seus pais para os seus irmãos. Todos tem obrigação de ajudar.

  21. Rúbia03/05/17 • 11h38

    Eita, como é complicado tentar dar uma opinião…

    Minha história tem coisas parecidas ao primeiro caso, mas é muito longa, ao final, tb sobrou pra mim sustentar a minha família, atualmente, minha mãe (meu pai faleceu) e uma irmã, que está meio perdida. Algumas vezes penso em tudo que eu poderia ter e fazer se não tivesse esse “peso”, mas a verdade é que me sinto privilegiada e agradecida por poder fazer isso… Recentemente casei e havia uma preocupação de como seria, mas nada mudou, continuo fazendo tudo pela casa de minha mãe, e hj tenho a minha… Cada história é única, e cada pessoa reage e tem um tipo de sentimento, no meu caso sou imensamente feliz por dar tudo a minha família, que ao final, é quem estará comigo… A única coisa que posso sugerir, é que tente não fazer disso um fardo tão pesado, brigas na justiça com os irmãos não sei se valeria a pena, tente conversar, mas faça a sua parte, eles têm obrigação? Sim, mas não se pode obrigar, e talvez na justiça soe pra seus pais como se realmente vc não “os aguentasse” mais… Mas como falei, difícil sua situação…

    No segundo caso, tenho o seguinte lema, se está comigo, é pq quer, se quiser ir embora, jamais tento impedir… Além de que, não adianta se preocupar, pois isso não impede nada e ainda te faz sofrer…

    Sei que existem mães que são verdadeiros infernos na vida de um filho. Por outro lado, já parou pra pensar que uma mãe, que tb é uma pessoa, passou por coisas terríveis na vida? Muitas vezes têm histórias sofridas e de abusos tb, terminam por repetir os mesmos erros, muitos casos precisariam de muitas terapias… Mas se ela só está tentando fazer o melhor pra vc, na cabeça dela, se é apenas excesso de preocupação de mãe, faz o que a Cony falou, faz a egípcia e evita maiores stresses… Mãe é sagrada, e se não é o caso de pessoas que nunca deveriam ter sido mães, pessoas más, melhor ouvi-las um pouco…

  22. Maria03/05/17 • 11h49

    As suas respostas são sempre ótimas! Não mude não! Adoro sua sinceridade e é raríssimo não pensar o mesmo que você. Tem gente demais ultimamente cheia de mimimi. Sem contar a turma do “politicamente correto”. Tenho paciência para isso não! Beijos

  23. Isa03/05/17 • 13h27

    Cony, nunca uma opinião sua foi tão IGUAL ao que penso. O caso 3: mãe é mãe!

    Chanel, se não concorda com a opinião, faça a egipcia, não discuta… mas no final, faça tudo do seu jeito rs… vai com jeitinho! Sua mae é normal e amorosa e pelo seu relato, foi vc quem mudou muito! alguns exemplos citados aqui ilustram mães problemáticas, ciumentas e mentirosas (alienação parental), mas esse não é seu caso! Sério, não discuta, não brigue, NUNCA grite com sua mae… ouça tudo que ela tem a dizer! Se quiser absorver, beleza, se quiser fazer diferente, ok! Acho que não vale a pena se indispor com sua mãe só pra provar seu ponto de vista… orientação política, religiosa, feminismo… por mais que vc discuta e tente convence-la, ela não vai mudar de opinião! É outra geração! trate muito bem sua mãezinha… afinal, mãe é mãe!

  24. Letícia03/05/17 • 16h07

    Primeira vez que comento aqui, mas queria dizer que amo de paixão esse blog Cony ♥

    Caso 1, Gucci: Sou um pouco sentimental demais, preocupo muito em não magoas as pessoas, mesmo que elas já tenham me magoado, e como passei recentemente por uma situação parecida, queria compartilhar isso com você. Nem de longe, meus problemas chegaram perto dos teus, mas há 3 anos atrás minha mãe sofreu com um aneurisma e meu padastro infartou na mesma época, ficaram ambos internados e desde então eu e minha irmã mais nova seguramos uma barra pois temos que cuidar deles, e principalmente da nossa mãe que virou uma “criança” digamos assim…Mesmo assim, eu decidi me casar há 1 um ano, e realmente estou casada há 6 meses rs. Mas ficava com o coração apertado por ter que deixar a casa da minha mãe, fiquei preocupada no que as pessoas ia achar por eu estar “abandonando” ela nessa situação, e cogitei a desistir de formar a minha família pra viver cuidado de mamis…
    Então, graças a Deus, recebi muito apoio da minha família e amigos pra seguir minha vida, pois eu já tinha feito TUDO que eu podia fazer por ela, e eu tinha certeza que não ha abandonaria, apenas estaria morando em outra casa. E ela entendeu muito isso, eu incluir ela no meu sonho a todo momento e ela viveu isso comigo e hoje, somos mais amigas ainda, nos declaramos uma à outra a todo momento e eu vou na casa dela SEMPRE, e tenho plena consciência que em momento nenhum eu a abandonei e ela tem a consciência que ela não foi uma “pedra” no meu caminho.
    Enfim, é isso que quero que você sinta: tranquilidade e paz consigo mesma! Tenta conversar mais com sua mãe e faça com ela viva esse sonho com você para que seu coração não se entristeça e te faça desistir dos seus sonhos.
    Se ninguém te ajudou até agora, não espere ajuda de ninguém. A sua consciência tem que estar tranquila! Parabéns por essa filha!

    • Constanza03/05/17 • 18h44

      Comente mais vezes!!! Beijossss

  25. Michele03/05/17 • 17h05

    Eu gosto mesmo é da tequila com limão e sal!!!! Povinho cheio de mimimi que prega a tolerância praticando a intelorancia viu!!!

    • Constanza03/05/17 • 18h43

      hahahahahaha

  26. Vivi03/05/17 • 17h26

    Cony, essa introdução do post…. <3 eu não li muitos comentários do Chora anterior, porque fiquei passada com os poucos que li.
    Como diria o Cid Moreira: Cony, você é fannntáasticaaaa!

    • Constanza03/05/17 • 18h43

      Muito amô

  27. Melissa03/05/17 • 20h38

    Gucci, ler a sua história me lembrou MUITO a história da minha mãe. Ela também tem 2 irmãos e um é exatamente igual ao seu: ele também usou uma procuração dos meus avós, fez empréstimos, dívidas e o apartamento dos meus avós foi a leilão para cobrir os gastos. Minha mãe vendeu TUDO, trabalhou 50x mais e por um milagre, arrematou o apartamento. Para piorar tudo, a minha avó defende e acoberta tudo que esse meu tio faz.

    Enfim. Esse episódio do leilão foi a gota d’água e sabe o que a minha mãe fez? Tomou a frente pela última vez. Ela se reuniu com os meus tios e os meus avós (todos juntos), levou extrato de banco, fatura de cartão, recibo de condomínio, TUDO relativo às finanças dos meus avós. Mostrou pra todo mundo que a conta não batia, que o que eles ganhavam não era suficiente pra pagar as contas + as dívidas e estabeleceu uma “cota” que cada um tinha que pagar para que os meus avós tivessem uma vida estabilizada e se mantivessem, pelo menos até quitarem as dívidas feitas pelo meu tio. Todo mundo concordou e essa virou a lei.

    Não foi fácil. Esse meu “tio-problema” não trabalha, e de tempos em tempos fala que não vai poder contribuir. Sabe o que a minha mãe faz? NADA. Ela fala que é problema dele, que se ele não pagar meus avós vão ficar sem e no fim ele sempre dá um jeito de pagar.

    Ninguém sabe, mas ela monitora de pertinho as contas da casa dos meus avos, pra ter certeza de que não tem nenhum empréstimo ou que eles não deixaram de pagar nenhuma conta pra dar o dinheiro pro meu tio (sim, é nesse nível).

    Meu conselho: se der, saia mesmo de casa. Não precisa ir pra longe. Dá pra dividir um terreno, fazer uma casa menor pra você atrás da deles, alugar um apartamento no mesmo prédio ou no mesmo bairro, mas saia de casa. A minha mãe achava que não ia conseguir nunca, tinha muito medo de sair de casa e tudo desandar de novo. Inclusive ela ouviu muuuuuita chantagem emocional da minha avó. Até hoje é assim. Mas foi o melhor.

    Na minha casa usamos a expressão “enquanto houver cavalo, São Jorge não anda a pé”, e eu acho que é por aí mesmo: enquanto você pagar as contas, cuidar dos seus pais, assumir tudo, seus irmãos não vão fazer nada. Menina, vai ser muito feliz!

    Sei que não é fácil, mas é possível!
    Beijos!

    • Lic10/05/17 • 22h54

      Não boa, sua mãe é uma guerreira, uma filha de ouro! Já a sua avó merece uns catiripapos pra deixar de estar acobertando o malandro do seu tio. Que raiva dela!

  28. Bruna04/05/17 • 10h09

    Sempre achei o máximo suas respostas. Muito sensatas. Não acredito que seja passar a mão na cabeça, mas ser cortês, ter empatia e ser ponderada nas questões. Ninguém quer uma amiga rude que se chama de realista, isso é ser grossa. Acho que não precisa de mel. (:

  29. Bruna04/05/17 • 10h17

    Sobre o caso da Gucci, infelizmente não dá pra obrigar alguém a se sentir moralmente responsável. Por isso não dá pra obrigar seus irmãos ajudarem a não ser na base de ação judicial mesmo. Vá com calma com sua mãe, conversando e envolvendo ela nesse seu plano. Aos poucos ela vai entender, mesmo que ela não diga em voz alta. Você precisa se sentir segura da sua decisão e seguir em frente.

  30. Marina04/05/17 • 16h58

    Gucci, se tiver oportunidade faça constelação familiar.
    Se for de BH tenho uma excelente terapeuta pra indicar. Mudei muito a minha postura com minha família depois disso.
    Uma sessão ja ajudaria e nem é tão caro, cerca R$ 150 uma sessão de duas horas.

  31. LAla04/05/17 • 20h18

    Casio 1: oq a Melissa falou acima, Voce deveria fazer o mesmo!! Deveria chamar sues 2 irmaos e dividir today’s as despesas dos seus pais com eles, deveria fazer tudo judicialmente.
    Saia de Casa e de puder veja algo perto deles

  32. Sandra04/05/17 • 20h30

    Para Chanel: “Minha mãe é uma mulher bem tradicional, católica, mas é incrível, sempre fez de tudo pra mim e minhas irmãs, nunca nos faltou nada, tanto no aspecto financeiro quanto no emocional.” pelo que você escreveu tradicional e católica são defeitos (pelo uso do mas). Você já encara isso como errado, mas você não pensa que nossas mães foram criadas desse jeito. Com certeza essa preocupação excessiva atrapalha sua cabeça aberta, mas ela foi criada assim, e você com certeza é quem é por causa dessa superproteção. Só na faculdade você conheceu ideias diferentes, o que mostra que sua mãe sempre criou você numa bolha. Quem mudou foi você, não ela. Uma boa opção é você tentar sair de casa, aluga um apartamento ou quitinete e ela verá que você já é uma mulher. Ela ainda deve te ver como a menininha que precisa de cuidado, comida e proteção

  33. Sarah06/05/17 • 00h48

    Gucci, querida, anuncia sua familia no Enjoei. Já ando querendo fazer essas Coisas com minha parentada tbm. Se quiser a gente abre uma lojinha juntas! Quanto ao seu irmão, dá ele pros outros, manda o homem do saco levar… Essas coisas

    • Constanza08/05/17 • 09h49

      hahaahahahahah

  34. Daniella16/06/17 • 23h48

    Chora 3: a Defensoria é uma instituição maravilhosa!! Também quero ser Defensora. Ame sua mãe, mas n deixe q ela defina sua vida! Cada um tem sua vida e deve fazer suas próprias escolhas :*