Comportamento
Chora Que Eu Te Escuto
01 set 2016, 35 comentários

Chora Que Eu Te Escuto!!!!

Minha choradeira foi na terça, hoje é a vez de vocês!

Caso 01 – Debbie

Tenho 23 anos e estou vivendo um momento decisivo na minha vida.Estou em um relacionamento a (longa) distancia há apenas 1 ano, e já sinto a maior pressão para me mudar de país e ir viver com o meu namorado nos US. Ao longo desse ano ele veio me visitar  praticamente de 2 em 2 meses, entre férias e viagens surpresas. Nos conhecemos em uma viagem que eu fiz para lá, um mini intercâmbio. Ele é brasileiro de nascimento, porém, foi embora bebê.

Ele é muito atencioso e apaixonado. Fala em “futuro” comigo o tempo todo, quer realizar planos e faz questão de se fazer presente mesmo longe. Quando não chega de surpresa, me manda lembranças, massagens.. Faz tudo para me agradar, sempre se preocupa com o que estou precisando, com meus problemas e etc. Só acredito que ele é assim sempre porque faz o mesmo com a mãe dele até hoje. Minhas amigas o chamam de “príncipe” e todos, familiares, meus pais, pais dele, amigos… todos perguntam quando vou embora, é o único assunto que têm comigo.

Mas eu não sou de esconder a parte ruim (pelo contrário). Somos os dois nervosos, de paciência curta, grosseiros.. As nossas discussões que começam por bobagens tomam proporções absurdas. Quando vem uma discussãozinha parece que vamos nos matar (a ponto de nosso pais terem que pegar o telefone e entrar no meio). Nosso relacionamento as vezes é uma palhaçada, em quase toda briga pensamos em terminar (da boca pra fora, que é pior ainda). Todos culpam a distancia e a idade, já que quando estamos juntos tudo flui muito bem. Mas não sei, sou muito desconfiada… Levanto a bandeira de respeito e amor próprio acima de tudo, e sim, falta muito respeito nas nossas brigas. Eu definitivamente não estou acostumada. Tive um relacionamento anterior longuíssimo, com uma pessoa calma até demais, onde não existia brigas, ciumes, stress (e como minha mãe completa a frase.. nem amor!).

Tenho uma vida confortável devido aos meus pais. Sou formada em uma área nada promissora por aqui e no momento estou acomodada em um emprego onde ganho pouco, me estresso muito e não tenho oportunidade nenhuma de crescer. Porém, o  que eu ganho é meu, não preciso ajudar em casa com nada, tenho meu carro, e sou levemente mimada pelos meus pais, que, apesar de esperarem o momento em que vou “dar um impulso na minha vida profissional” não me cobram quase nunca. Essa situação me permite usar um segundo motivo para a mudança, para não dizer que penso em ir embora só “por amor”. Lá eu posso tentar novas oportunidades profissionais depois que eu me estabelecer. Estudar lá é caro, mas depois de um tempo posso fazer cursos, um mestrado, pós, validar meu diploma lá, ou mesmo mudar de área.

A questão aqui é a duvida, falta de coragem… Sou muito racional e pessimista em tudo. Tenho medo, insegurança, fico calculando tudo que pode dar errado. Mas quase nunca o quanto eu posso ser feliz e realizada. Penso nas dificuldades de um “casamento” entre duas pessoas que nunca conviveram no dia-a-dia, penso no abandono do meu lar, na distancia dos meus pais, penso na pouca idade (e imaturidade natural) dele, ops, nossa. Tenho medo de demorar para arrumar um emprego e acabar dependendo financeiramente dele, medo do que a família poderia falar de mim. Medo de me resumir a esposa, mãe e dona de casa tão cedo. Medo inclusive de atrapalhar ele nos estudos (além de trabalhar ele ainda faz faculdade), sabe quando falam “tinha um futuro brilhante mas foi inventar de casar, ter filhos…”, não quero ser um peso na vida dele.

Todos os motivos acima são defendidos por mim. Ele é super otimista, implora pra que eu resolva minha vida o mais rápido possível e vá morar com ele logo. Ele diz que sabe das responsabilidades que vai ter, da vida de jovem solteiro que vai abrir mão. Já veio até a minha casa falar sério com os meus pais para “pedir” que eu fosse embora morar com ele. O fato é que se eu não for logo a gente não vai conseguir manter esse namoro a distancia.

Minha mãe fala que vou acabar ficando sozinha se eu pensar demais, e olha que ela já chora de pensar em eu ir embora, mas é a pessoa que mais me apoia nisso, ela acredita em nós dois, diz que nunca (como se eu fosse velha e não tivesse mais tempo) me viu gostar de alguém assim, nem ser tratada tão bem. Ele se dá muito bem com toda minha família, graças a Deus. Todos sabem das nossas brigas mas minha mãe diz “Ele quer você pra vida dele, isso que importa, a maturidade vai vir, com ela a serenidade, não meta os pés pelas mãos, não desista…” 

O que fazer? Se um relacionamento já é um furacão a distancia, a tendência não é piorar pessoalmente? Assim que eu penso. Tenho vontade de ir, gosto dele, mas hoje em dia não estamos dispostas a aguentar problemas de relacionamentos, se doar, amadurecer com a pessoa. Se não der certo, troca, arruma um que não dê dor de cabeça. Mas e se eu não for e tiver essa dúvida pra sempre dentro de mim “e se eu tivesse ido? arriscado…”. Será que esse amor vale a pena? ou estou fechando meus olhos para os nossos problemas e entrando em um relacionamento abusivo? E se eu for e der errado posso voltar, certo? E aí? Vou ou não?… 

Nao vá. Surpresa com a resposta né??? Pois bem… é isso mesmo… Eu não iria querer uma pessoa pessimista desse jeito ao meu lado. Você nem foi e já está colocando milhões de obstáculos no caminho. Ele está sendo super bacana com você, TODO MUNDO vê isso, todo mundo vê essa super oportunidade mas ou você quer se fazer se rogada ou simplesmente não quer ir. Seja qual for o real significado desse monte de poréns que você citou no seu relato, melhor não ir e não digo por você… Digo por ele. Porque a qualquer briguinha, a qualquer discussão, você vai jogar um monte de coisas na cara dele (que saiu da casa dos pais, que estava bem aqui etc e tal) e será péssimo pros dois. Primeiro vamos amadurecer, peitar as decisões, pensar positivo, querer dar certo para dar um passo importante desse. E tenha cuidado, pois essa oportunidade pode não acontecer novamente no futuro, mas será consequencia dos seus atos. Pense com carinho e quando tomar a decisão, que seja de coração aberto.

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Caso 02 – Joan

Oi Cony e gurias do Futilish, escrevo pois me sinto MUITO perdida em relação as decisões que preciso tomar. Sou formada e estou terminando minha pós-graduação. Há cerca de 1 ano conheci um cara super gente boa e possui qualidades que qualquer mulher gostaria em um homem. Ficamos algumas vezes e optamos por não assumir um namoro inicialmente pois ele mora em uma cidade a 800 km da minha. Agora que estou terminando minha pós, estou sem emprego (tá muito ruim para a minha área) e estou estudando para concurso, já obtive boas colocações e tenho a esperança de que minha aprovação não irá demorar! Ele me dá total apoio e acredita na minha capacidade. Me convidou para ir morar na cidade dele, em um apartamento próprio que está vazio. Eu iria morar sozinha e ele continuará morando com os pais por motivos familiares. Ou seja, vai me dar total infraestrutura para eu continuar estudando tranquilamente. Até aí tudo bem né? A questão é que eu sei que NÃO O AMO. Adoro sua companhia, seu jeito e espontaneidade, mas não é amor. O coração não bate mais forte, não fico ansiosa para poder ir vê-lo. Ele é o homem mais gentil que já conheci, mas NÃO CONSIGO AMÁ-LO. Penso que ir morar na cidade dele seria ótimo do ponto de vista do estudo, mas estou com muito receio. Poderia ir morar com meus pais, mas lá não é um ambiente adequado para estudos. Eu não sei o que fazer, é uma oportunidade maravilhosa, mas tenho medo de brincar com os sentimento dele e depois quando eu passar e ter que me mudar vou dizer o que? “Muito obrigada por tudo, tchau!”. Ele já falou em assumirmos o namoro agora, mas deixou claro que isso não é pré-requisito para que eu vá morar no apartamento dele e receba seu apoio. Eu gostaria muito de aceitar, mas algo me puxa pra trás. Talvez o medo de magoá-lo, de me sentir uma interesseira (isso me aflige muito) ou mesmo de me enganar e assumir uma relação com uma pessoa que eu não amo.

Você sabe que o amor a gente constrói né? O amor não nasce da noite pro dia, isso se chama paixão mas o AMOR MESMO é aos poucos, no dia a dia… Apesar disso, concordo com com você e entendo sua aflição. Sinceramente? Não vá… Ou abra o jogo pra ele. Tudo isso que você está contando pra gente, fale pra ele, de uma forma mais branda obviamente. Você pode perder o pretendente, mas poderá ganhar um amigo maravilhoso. Ou perder o amigo e o futuro namorado também, nunca se sabe… mas seja sempre verdadeira com seus sentimentos e principalmente com o dos outros.

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Caso 03 – Patti

Olá, meu nome é Patti e tenho 22 anos, não sei nem como começar justamente por ser um problema, e ter dificuldade em assumir tantos problemas em mim, fiz acompanhamento com psicologo, mas não resolveu em nada, o problema está em mim. Minha autoestima é ZERO, zero mesmo, extremamente insegura, infeliz com a vida, infeliz por ser eu. Soa tão horrível lê isso, dá até vergonha, sei que devemos ser gratas, devemos nos amar, na teoria, até tento, até que volto a estaca zero, onde continuo tendo a mesma sensação, sem sonhos, sem perspectiva,  odiando tudo. Pessoas mais intimas falam pra mim, que sou muito insegura, negativa e tenho que trabalhar meu emocional, MAS COMO FAZ ISSO? As vezes tenho medo de passar a vida inteira com essa sensação de não me aceitar, não me amar e isso reflete em todos os aspectos da minha vida, e fico sendo a emburrada, a negativa pra todo mundo que me conhece, e as pessoas normalmente até se afastam de mim.

Não consigo me olhar no espelho e me agradar com o que vejo, não consigo me agradar com o rumo da minha vida, não consigo me agradar com nada, porque, esperava está bem diferente, ser bem sucedida, ter meu apartamento, ter sido aprovada num concurso publico, ganhar bem, terminar meus cursos(sim, faco duas faculdades) enfim, casar, ter filhos, e me sentir plena. Só que, sinto que falta tanta coisa, que perco a esperança em mim e na vida. 

Terapia amiga. Só ela vai te dar as respostas que você procura e te ajudar a entender porque você se trata assim? Será que foi algum trauma? Alguma coisa na sua criação? A forma que seus pais te trataram quando criança? Com certeza aconteceu algo que levou sua auto estima embora e talvez você até saiba o motivo. Se souber, tente lidar com isso, entender isso. Pense que uma pessoa negativa, que anda com aquela nuvem cinza em cima da cabeça o tempo todo, emburrada, não vai atrair coisas boas e aí que sua vida não vai desenrolar mesmo. Negatividade atrai negatividade, então vamos mudar o foco!!! Já pensou em fazer trabalho voluntário? Ajudar em asilos, creches, hospitais… ver como tem pessoas que com BEM menos que você tem forças e vontade de seguir adiante???? Vamos pensar com carinho em tudo o que temos e valorizar isso. Você faz duas faculdades, não se martirize por isso, mas lembre-se sempre que seu sucesso só depende de você!

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Caso 04 – Carol

Eu entrei no grupo do WhatsApp Fufusfitness, que foi criado a partir do grupo de Whars para organizar o último encontrinho do Fufu, lá tive acesso a muitos desabafos de histórias tristemente parecidas. Esse desabafos me fizeram refletir muito sobre mim, sobre minha vida e sobre o que as mulheres enfrentam de modo geral. Os dramas divididos ali foram muito parecidos e se repetem muito afora: mulheres infelizes com o espelho, com estima abalada, e sem forçara para alcançarem as mudanças que gostariam. Essa vida exige demais de nós! Demais mesmo! E muitas vezes nós nem nos damos conta disso. Ao contrário, no sentimos culpadas e fracassadas por não darmos conta de tudo. Para começar, o corpo feminino é muito complexo, passar por um turbilhão de influências hormonais que são capazes de nos levar do céu ao inferno em poucos dias ou até horas!  E ainda somos pressionadas as lidar bem com isso, a sermos inteligentes (“mulher burra ninguém merece”), a sermos bem sucedidas profissionalmente, a termos um companheiro (“mulher sozinha é considerada mal amada”), a termos filhos lindo, inteligentes e espertos, a sermos boas donas de casa (lavar, passar, cozinhar), sermos educadas, delicadas (“é da essência feminina) e ainda sermos lindas, saradas e estarmos sempre de bom humor!! Que coisa não? Super fácil isso! E a maioria dos homens ainda se acha super bacana por “ajudarem” a cuidar da casa e dos filhos, como se a responsabilidade fosse exclusiva feminina. Oi??? Eu já passei por momentos super difíceis de expresse nas alturas porque me desdobrava em muitas tarefas: trabalho, estudo para concurso de domingo a domingo, namorado, família, e no final das contas ainda ficava me sentindo péssima porque não encontrava tempo nem forças para cuidar de mim mesma. Me sentia feia, mal amada e com auto estima no chão. Com muito custo consegui me organizar e voltar a fazer atividade física depois de anos parada e alguns quilos a mais, que não eram muitos mas alteraram bastante minha composição corporal. Eu era falsa magra. Pesava pouco, mas estava com barriga, coisa que jamais tinha tido, sem bumbum e com pernas e braços finos. Estava terrível! Não me reconhecia mais no espelho. Na época o único horário que dispunha era o do almoço, porque trabalhava o dia todo e estudava a noite, e assim segui durante 3 anos. Hoje tenho as noites livres, mas optei por correr para a academias às 7h antes do trabalho o que faz meu dia começar com muito mais disposição. Quando recomecei a treinar contratei um personal e passei a ler tudo que encontrei pela frente sobre nutrição e atividade física. Com o tempo fui me dedicando cada vez mais. Meu corpo melhorou muito, e minha qualidade de vida ainda mais! Fiquei livre da depressão que me acompanhou por boa parte da vida e me rendeu anos de terapia e anti depressivos. Ajustei outros mal estares tratando a tireóide que demorei a descobrir que também não andava bem. Enfim, aprendi a me amar. Mas se me perguntam se essa melhora toda foi por conta um corpo mais bonito, de quilos a menos de gordura e alguns músculos a mais, eu respondo com absoluta convicção que NÃO! Absolutamente não! Não vou negar que sou muito mais satisfeita com meu corpo hoje, e que faria tudo de novo e ainda melhor, e que a cada dia que acordo tenho ainda mais vontade de me cuidar, de treinar e comer certinho… Mas o determinante para a felicidade que sinto hoje e para minha auto estima em dia é que esse cuidado diário que tenho tido comigo foi a forma que encontrei de fortalecer a relação de amor comigo mesma. Meu corpo é meu tempo, meu habitat, e minha mente não está fora dele. Ao contrário, está integrada a ela. Quando mais eu me cuido, treino, me alimento bem, durmo bem, mais eu me amo, me valorizo, fico mais equilibrada e mais satisfeita com essa relação de amor comigo mesma. E ainda aprendi a ficar mais exigente em relação ao tipo de amor que recebo dos outros. Aprendo que quanto nos valorizamos e nos cuidamos de verdade não aceitamos qualquer coisa, não aceitamos migalhas travestidas de amor. Quando aprendemos a nos respeitar, a nos valorizar e a nos amar de verdade, estamos prontas para receber valor, respeito e amor de verdade!

Espero de coração que essa mensagem consiga incentivar algumas de vocês a começar hoje mesmo a fortalecer a relação de amor consigo mesmas. Nos amemos mais, meninas!! Somos todas são lindas, poderosas e maravilhosas por natureza e só podemos merecer o melhor de nós mesmas e dos outros!!

Se eu consegui vocês também conseguem!

Olha o tapa na caaaaaara!!!!! Nossa, é isso mesmo!!!! Parabéns por tudo, te admiro e me espelharei em você!

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  •  Gente, vamos jogar esse pessimismo no lixo??? Tem que pensar positivo SEMPRE! Mesmo quando meu dia tá todo errado, eu penso ¨no final tudo dá certo¨ e dá mesmo! Então vamos trabalhar essas cabecinhas para só deixar coisas lindas nos pensamentos e bloquear tudo de ruim tá?
  • NOVIDADE! CHORAS ABERTOS! Podem mandar seus casos, suas angústias, suas aflições, seus problemas que a gente ajuda a clarear as coisas. E se tem um caso feliz, de superação, também manda que a gente AMA ler histórias felizes! Mandem para constanza@futilish.com e no assunto coloquem CHORA QUE EU TE ESCUTO!