Dá play aí Fufúx!
Essa semana ( sexta dia 22/07/16 para ser mais exato) eu atendi lá na loja um casal que estava em dúvida se era hora de pensar nos móveis ou se está muito cedo.
Aí eu fiz a pergunta clássica que todo vendedô di móvis faz, ou que você já ouviu quando foi numa loja de mobiliário planejado:
_ Em que ponto está a sua obra?
Fazia tempo que eu não digitava isso: dois pontos, nova linha, parágrafo travessão.
O fato é que a obra deles, bem…
Não tem obra. Eles acabaram de contratar um arquiteto que SEQUER apresentou a eles um esboço do desenho da casa deles.
Sobre este casal eu tenho uma declaração: MELIÓRES PESSOUAS!
Quanto antes se compatibiliza projetos, melhor pro desenvolvimento da obra. Pode-se criar todos os projetos ( hidráulico, elétrico, estrutural, telefônico, tubulações de gás e esgoto, todas com uma facilidade e precisão incríveis.
Na verdade o que me motivou a escrever sobre isso é que os brasileiros não costumam contratar a consultoria de um profissional para – por exemplo – comprar um terreno. A posição do terreno influencia e muito, em todo o desenvolvimento de um projeto. então, que tal umas dicas?
Quando projetamos um imóvel estudamos a movimentação do sol, como ele se comporta em cada estação do ano e organizamos esse lugar conforme o uso (residencial ou corporativo) para conseguirmos o máximo de eficiência energética de cada cômodo. E para isso temos programas que nos mostram a trajetória do sol conforme cada cidade, algo como isso:
Claro que conforme o costume de cada família as coisas podem se diferenciar um pouco, mas o fato é que podemos tirar muita vantagem com uma boa orientação de cômodos e até a influência da escolha do telhado está atrelada ao sol.
Sabe aquela cozinha escura? Aquele banheiro que mofa? Aquele quarto extremamente quente no verão? Metade do problema é culpa do desenvolvimento não estar pensado conforme o sol.
Alguns profissionais, geralmente os que não gostam de trabalhar com interiores, indicam que os cliente façam a casa toda, e somente depois saiam em busca dos móveis. Por que? Porque aí eles fazem tudo de uma maneira standard e vão embora, sem pensar nos detalhes necessários para uma casa personalizada.
Quando a casa está finalizada, muitas vezes algo que era simples de modificar na obra acaba impossibilitando você ter uma cozinha muito mais funcional, ou até incrivelmente mais bonita. As vezes movimentar uma janela 10 centímetros, faz você ter espaço para uma despensa muito maior. Tubulações, tando as hidráulicas quanto as de gás, são terríveis de modificar depois de prontas e aí um banheiro que poderia ter um aproveitamento incrível, acaba tendo uma única gaveta pra armazenagem.
Então, pensemos no lugar onde você vai morar como uma gestação. É preciso preparação para que tudo saia o mais perfeito possível.
Falando de interiores, é muito mais fácil você compatibilizar o material do móvel com as opções de revestimento, pastilhas e tintas, pois o menor leque de opções é o do mobiliário.
E como eu exemplifiquei para esse casal, é interessante quando se vai comparar orçamentos, que se faça orçamentos do mesmo projeto. Orçar uma coisa em cada loja só vai deixar você perdida, pois um mesmo ambiente pera N diferentes opções. E como eu sempre digo, invariavelmente sua casa vai ter um pouco da cara do profissional que você contratou. Seja na distribuição dos móveis, nas cores ou na iluminação.
Então conheça não somente a “competência” do profissional, mas também o portfólio de trabalhos. Nestes materiais a gente sempre exibe o que agrada mais a nós mesmos. HAHAHAHA
Esse casal me disse que o profissional ofereceu “pré interiores” que seria apenas uma distribuição de móveis, sem seleção de acabamentos. É que eu chamo de layout de mobiliário.
Pra isso é legal você ter um mínimo de amizade com uma trena e um rolo de fita crepe, mas ó: a fita crepe mais vagabunda que você achar. Com estes dois apetrechos você mede e vai colando fita no chão, assim você terá uma ideia espacial do que está sendo oferecido e conseguirá até intuitivamente saber se cabe suas coisas ali dentro ou não.
Sobre construir, existe um ditado que diz que:
A primeira casa que você constrói, é pra vender pra um inimigo;
A segunda casa que você constrói, é pra vender pra um amigo;
A terceira casa que você constrói é a sua casa pra sempre.
Então, entenda que algumas vezes a sua falta de conhecimento implica em pequenas decepções, e que contratar alguém pra auxiliar diminui estes probleminhas.
Só não me contrate alguém que pensa em metros quadrados (alô engenheiros, eu amo vocês, mas não dá pra defender nessa hora)
Muitas pessoas também tem receio de que o profissional ser um gasto extra. A verdade é que com a compatibilização de projetos, com a supervisão e a conferência de quantidades o valor deste serviço diminui desperdício e os erros na obra, tornando-se um investimento em tempo e economia de materiais. E não confie em profissionais que dizem sim pra tudo que você quer. Tá? Alguma coisa de maluca você deve querer e isso inviabiliza algo mais.
Esse post hoje vai ficar curtinho, porque minha internet tá mais sofrida que o maiô da Pamela Anderson no Baywatch.
Por isso o bom drink de hoje será:
Caipirinha de maracujá para ficarmos todos loucos, porém calminhos.
Gostaria que vocês comentassem se já enfrentaram uma obra, se fizeram sem ajuda, se contrataram alguém… fala pra gente aí nos comentários da sua experiência.
Obrigado pelo carinho de sempre, e não esqueçam da patroa maravilhosa no Snap e no Instagram sempre como Futilish e esse véio chato que vos escreve, como Tiolelofoz.
As fotos utilizadas nos posts são coletadas na internet, e só apareceram aqui porque eu gostei, então, parabéns pra você que fez. Respeito muito seu trabalho e os créditos são seus. Se te incomodar a divulgação aqui, mande um email e eu substituo. BêXos.
